O Retorno dos Monstros da Rua Maple escrita por Maria Vicente Carvalho


Capítulo 4
Capítulo 04 - O Ataque do Monstro


Notas iniciais do capítulo

Hello people!

Capítulo 04 finalizado com sucesso.

No capítulo anterior Sophie deparou-se com uma pessoa desconhecida em seu quintal escondida pelos arbustos alegando que Haley, a vizinha é um dos monstros... Como será que Sophie reagiu?

Boa leitura! =)



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 ─ Quem é você? – indagou Sophie assustada.

 ─ Um dos seus vizinhos... Sou o morador mais antigo dessa rua.

 ─ Tommy?

 ─ Como sabe o meu nome?

 ─ Eu vi na internet a história... Sobre os assassinos e...

 ─ Eram monstros!

 ─ Oras eu não tenho que ficar aqui dando-lhe atenção para essas baboseiras! Eu ordeno que saia do quintal da minha casa ou eu chamo a policia e o acuso de invasão de propriedade.

 ─ Está bem... – caminhando com dificuldade enquanto apoiava-se em sua bengala ele saiu do quintal.

 Sophie desistiu de ir até a casa de Haley e rapidamente adentrou sua residência chaveando a porta. Travou as janelas e pelo vidro ficou a observar se o vizinho voltaria. O toque de seu celular fez que ela soltasse um berro de susto. Chamada de sua mãe.

 ─ Filha, querida que saudades!

 ─ Olá mãe, como está?

 ─ Estou bem, mas com saudades. Ainda acho loucura você ter ido morar sozinha. Você tinha todo o conforto aqui e...

 ─ Ainda vai insistir com isso? Mãe, eu tenho quase trinta anos, passou da hora de eu ser independente.

 ─ Você sempre foi. Tem o seu emprego e sempre fez o que quis.

 ─ Mãe, por favor.

 ─ Está bem. Liguei para saber se precisa de alguma coisa.

 ─ Gentileza de sua parte, mas eu estou bem.

 ─ Certeza?

 ─ Sim, pode ficar tranquila.

 ─ E quando vem nos visitar?

 ─ Assim que eu organizar tudo aqui... Falta a instalação de alguns serviços aqui em casa, concluído isso eu juro que marco um dia.

 ─ Eu vou cobrar sobre isso.

 ─ E eu sei que vai. Boa noite mãe.

 ─ Boa noite meu amor.— Sophie ao ver que a chamada se encerrou voltou a espreitar pelo vidro da janela, todavia não havia mais ninguém pela rua e muito menos em seu quintal.

 O estômago reclamou de fome e ela decidiu fazer sua refeição, apesar de estar receosa sobre Haley acabou consumindo os produtos alimentícios da cesta. Após a refeição trocou as vestes por um pijama, estava cansada e precisava de coragem para a semana que viria, porém antes de se recolher olhou pela janela mais uma vez para se certificar se tudo estava tranquilo.

 A segunda-feira de Sophie foi movimentada logo pela manhã, pois foi desperta com o som da campainha, era a entrega dos seus eletrodomésticos. Nem teve tempo de trocar de roupa, pois assim que a entrega foi feita chegou o técnico da internet e em seguida chegou o técnico do alarme de segurança.

 Finalmente tudo em ordem. Sophie respirou aliviada quando os homens foram embora. Agora tinha seus moveis completos, internet a disposição e o alarme de segurança disponível. Era mais de duas horas da tarde quando ela ainda preparava seu café da manhã atrasado, teve que comer apressada, pois agora que tinha as coisas em ordem precisava trabalhar. Sophie era escritora. Escrevia artigos e resenhas sobre o universo cinematográfico e tudo sobre a TV para uma revista digital, tinha a vantagem do seu serviço ser home office, todavia gostava de sempre adiantar suas tarefas para não haver atrasos ou problemas futuros.

 Ao final do dia quando finalizava uma resenha ouviu gritos vindo de fora ela se espaventou. Foi a janela da sala observar o que estava ocorrendo. Os gritos vinham da casa da frente, aparentemente uma discussão familiar entre mãe e filha, pois a voz que exclamava era um tom feminino e adolescente.

 ─ Droga mãe pede para arrumar isso logo!

 ─ Lucy, tenha paciência! As coisas não são como você quer.

 ─ Tem que ser! Eu não vou passar o meu dia sem internet! Resolva agora!

 ─ Não devemos ser as únicas, deve ter sido uma queda geral.

 Sophie ao conseguir ouvir a discussão foi verificar se houve queda da internet, mas isso não ocorreu com ela. A menina passou o final da tarde esgoelando-se de nervoso, era inaceitável para a garota ficar sem internet e ela culpava a mãe pela situação.

 Sophie começou a refletir sobre morar naquela vizinhança e passou a discordar do vizinho que dissera que a rua Maple era um lugar remanso, pois quando não se eram visitas de pessoas estranhas ou vizinhos invadindo o quintal eram escândalos vindo das casas vizinhas.

 Se eu procurar outro lugar agora e minha mãe souber disso, fará um drama dizendo que eu não consigo morar sozinha. Pensou enquanto preparava um chá.

 Finalizou a tarefa daquele dia e resolveu cuidar do jantar, mas lembrou-se que não havia feito compras ainda por isso apressou-se em sair na esperança de encontrar algum comercio aberto, pois o anoitecer se iniciava. Teve sorte, pois se deparou com um estabelecimento comercial aberto na rua Floral. Comprou as coisas necessárias para aquela semana preferindo deixar a compra do mês a ser feita no final de semana.

 Ao retornar à rua Maple carregando seus pacotes avistou Haley na varanda da casa dela, entretanto a vizinha não a viu. Sophie estranhou o modo em que Haley olhava para o céu, o olhar dela era fixo em algum ponto.

“... ela é um dos monstros” dissera Tommy, o vizinho que invadiu o quintal.

 Sophie deixou de olhar para Haley e seguiu a calçada para a sua casa, tinha sua vida para cuidar e queria esquecer aquela historinha de “monstros do espaço sideral”.

 Ao chegar e procurar as chaves pela bolsa ouviu mais berros vindo da casa da frente, a menina ainda protestava pela falta da internet.

 ─ Porque não ligaram para um técnico vir ver isso logo? – retrucou Sophie irritada com aquele escândalo.

 Preparou o jantar e após a refeição banhou-se se preparando para dormir. Antes de deitar ouviu mais gritos e cogitou em chamar a polícia, mas de repente os gritos cessaram e assim conseguiu dormir.

 Pela madrugada, Sophie foi obrigada a levantar-se. Sonolenta ouvia o toque repetido da campainha e batidas incansáveis a porta.

  ─ Quem é?

 ─ Policia de Virginia!

 Sophie se estremeceu. Por que a policia batia em sua porta àquela hora da madrugada?

 ─ Perdão senhorita – disse o policial – é que houve um assassinato na casa da frente e temos que interrogar todos os vizinhos.

 ─ Assassinato? – Sophie arregalou os olhos enquanto cruzava os braços tremendo-se do frio causado pela ventania de fora.

 ─ Sim. Karen Thomas, 45 anos, foi encontrada morta em sua cozinha pela filha adolescente.

 ─ Que horror! – Sophie levou as mãos a boca – E quem a matou?

 ─ Isso que estamos investigando, mas segundo a filha adolescente a mesma disse que foi um monstro.

 Sophie não queria acreditar que estava ouvindo sobre aquilo mais uma vez. Estava chocada com o ocorrido e cogitou a hipótese de alguém pela vizinhança estar usando a historinha para cometer crimes e logo lembrou-se de Tommy.


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Notas finais do capítulo

Sophie quer não dar atenção mais a historia de monstros, mas o assunto a persegue... Se ocorre um crime na casa de um dos vizinhos e ela mais uma vez ouve sobre os monstros... Esquisito. Será que Haley é uma boa suspeita?

Observações:

— Quando o policial vai a casa de Sophie ele se apresenta como "policia de Virginia", ou seja, a policia da cidade. No episódio da série eu não sei em qual cidade a trama se passa, pois Rod Serling ao fazer a apresentação apenas menciona "Rua Maple, Estados Unidos" então para ficarmos um pouco mais situado na historia em termos de localização eu optei por Virginia.

— A rua Floral já foi mencionada mais de uma vez, no episódio ela é citada como a rua vizinha da rua Maple.

— A série tem mais de 60 anos de exibição. O personagem Tommy no episódio era uma criança aparentando ter uns 10/12 anos e aqui ele surge bem idoso então a idade estimada é entre 70 a 80 anos.

Espero que tenham gostado e até o próximo. =)



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