A filha do Senhor Darcy escrita por EmilySofia


Capítulo 1
Capítulo 1- Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esta continuação sempre esteve na minha cabeça. Mas quando a coloquei no papel, criou vida própria. Mas você não precisa ter lido a primeira parte para entender.
Boa leitura.



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O Sr. Fitzwilliam Darcy estava em polvorosa. Sofie observou de onde estava sentada, ele até respondeu um ríspido “Sra. Darcy”, quando passou por sua mãe. Era interessante como essas palavras poderiam mudar de significado. Esse casal costumeiramente, sempre que se encontravam em qualquer canto da casa, diriam essas palavras um ao outro. Normalmente na forma de um apelido carinhoso, diferente que a forma atual.

Seu pai era um exemplo de cavalheiro, mesmo sua visível fúria não o fez perder a compostura, admirou a jovem. Ela o observou ir ao escritório com passos contidos e fechar a porta atrás de si. Se questionou o que poderia ter acontecido para tal mudança de humor.

Sr. Darcy atrás da porta fechada bagunçou os cabelos de maneira nada cavalheiresca. Filhos! Você cria eles por anos, os alimenta, dá amor e carinho para logo ser traído quando eles começam a sair de casa! Para que todos os anos passados zelando por suas vidas!?

Se sentou em sua escrivaninha e começou a traçar um plano para impedir a tragédia iminente.

“Fitzwilliam?” Chamou sua linda e adorável esposa da porta. Depois de anos de casamento ela ainda continuava linda como no dia em que casaram. Mas isso não fez muito para melhorar seu humor. “O que há de errado?”

“Elizabeth, não é a melhor hora.” Falou com um suspiro. O olhar em seu rosto lembrou Lizzy de um cachorro que pela primeira vez era apresentado ao delicados afagos das mãos de um humano, assustado com a ação sem saber o que fazer e assustado que pudesse vir a ser machucado mais uma vez. 

“Pode não ser a melhor hora em sua mente, mas pode ser que seja o momento em que mais precisa. Diga o que está ocupando seu pensamento de forma tão dolorosa?”

Vendo que sua esposa tinha um ponto e provavelmente não sairia da sala até que fosse satisfeita Darcy pode apenas responder com o nome de seu tormento. “Christian Stevens.”

“Vocês brigaram de alguma forma.” Perguntou ela confusa. “As coisas pareciam bem ontem a noite.

Sim, a noite, mas o dia havia virado e sua viagem ao clube que frequentava em Londres esta manhã se tornou seu maior arrependimento, até este momento de sua vida! “Não Christian, Chris na verdade.” Oh, a inconveniência que era seu primo ter nomeado seu filho mais velho como a si mesmo, nem sempre ele se lembrava de diferencia- los, em conversas como essas.

“O que o pobre rapaz te fez Fitzwilliam? Espero que você não tenha tentado duelar com um homem mais de vinte anos mais novo.”

Ele sabia que ela o estava provocando, por diversão, mas não pode deixar de ficar levemente ofendido em seu atual estado de espírito. “Não, porém não creio que ficaria aquém do desafio.” Na verdade teria gostado muito de vencer o jovem em um duelo, seu orgulho e ego seriam plenamente saciados, só não falou isso a Sra. Darcy, não seria sua mais sensata ideia. “Contudo, senhora, me senti como se houvesse perdido um duelo. Posso sentir em meu corpo.”

“Sim, eu vejo, estou vendo como você parece prestes a arrancar o tampo de sua própria mes. Meu pai está correto quando diz que você tem um comportamento destrutivo quando nervoso. “ Ela brincou e logo ficou séria. “Mas me diga, qual foi o motivo do desentendimento entre vocês?”

“Ele teve a audácia de sugerir um namoro com minha filha! Ela acabou de debutar! Como ele pode?”

“O jovem Christian? Não parece o tipo de brincadeira que ele faria.”

“Exatamente! Porque não foi o...” Darcy falou alguma palavra inteligível que sua esposa não podia ouvir. “ Na frente de Bingley também!”

“Se ele quer cortejar a menina e se ela aceitar por que não pode?” Elizabeth criava a garota muitos anos como sua, para não se preocupar. A própria Sofie tinha dito muitas vezes que ela era a única mãe que conheceu, já era muito nova para lembrar da antiga senhora Darcy, então o coração de Lizzy foi tocado pela jovem de muitas formas. 

“Elizabeth! Ele deveria esperar! deixe a menina ter sua primeira temporada antes de fazer tal coisa!” Ele não perderia seus filhos! Talvez as mulheres fossem embora, só que teriam que se casar com homens que morassem próximos a Pemberly, mas seus filhosos homens teriam que ficar na propriedade, não havia motivos para se mudarem depois de casados. Na sua fúria ele esqueceu de Philip, ou quase. Seu segundo filho tinha uma propriedade em seu nome, mesmo assim Darcy queria ele em casa.

“Ele se ofereceu a ela?” Perguntou a voz calma e melodiosa que o fazia companhia a anos.

“Não.” Foi a resposta seca.

“Ele estava realmente falando sério?”

“Bom…”

“Liam…”

“Ele apenas começou a falar sobre como gostaria de poder cortejar Sofie…” Uma sobrancelha levantada o fez engolir em seco. “Talvez ele tenha dito uma jovem como Sofie.”

Ele esperava muitas coisas naquele momento. Uma repreensão, ser ignorado como um pai exagerado, e até descrença, mas não o alto riso que se seguiu, embora não fosse totalmente impossível e fora do personagem da esposa.

“Como você mesmo disse, é apenas a primeira temporada dela e você como pai tem todo direito de recusar todos homens com este mesmo pretexto. Embora eu ache que talvez deva esperar o jovem fazer a proposta primeiramente.” E mais uma vez ela voltou a rir. 

Ele se sentiu tolo, tão tolo que não pode impedir o rubor que em seu rosto. Desde de o começo deste episódio, se fosse admitir havia aquela voz, baixa, interior que dizia que havia sido exagerado, que havia feito de si mesmo um tolo. Mas dentre seus amigos mais íntimos o único que tinha filha era ele, e possuía duas para se preocupar, os outros não o entendiam facilmente, quanto doía pensar em se separar de seus bebês. E comunicou isto a esposa.

“Eu sei. No entanto não posso impedir o sentimento.” Sua Elizabeth se aproximou dele sentou em seu colo e o abraçou com ternura.

“Meu querido, não quero alarma- lo, mas acredito que você deve estar começando a sentir o que meu pai sentiu ao ter dois homens levando suas filhas preferidas para a distante Derbyshire, e o motivo de um homem que odeia sair de sua biblioteca vir várias vezes ao ano a Pemberly.”

“Certamente, ele vem pela biblioteca.” Não poderia se dar por vencido, sua amargura não permitiria, porque o fazia se sentir culpado.

“Não vou negar que seja um grande incentivo, realmente.” Ela acariciou o seu cabelo. “ Se sente melhor agora, Sr. Darcy?”

“Minha Elizabeth, que homem eu seria sem você?”

“Eu me lembro de quem você era antes de nos casarmos.” Ela levantou. “Mas agora meu querido, temo que seja quase a hora do chá e seus filhos tem mais energias do que nós, então seria bom um descanso antes de os enfrentar em meia hora.”

“Você é toda sabedoria, minha cara.” Ele se levantou também arrumando o colete levemente amarrotado. “ E creio que possa ter assustado Sofie com minha demonstração de temperamento.”

“Acho que ela vai sobreviver, quando a vi a pouco parecia estar muito bem.”

Ele sorriu levemente e juntos caminharam para fora do cômodo  de braços dados, se olhando amorosamente.

Quando passaram pela filha, não notaram o sorriso que ela esboçava, desejando para a angústia de seu pai ter um casamento como o deles.


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