Witch Bitch escrita por Line


Capítulo 1
01- O universo, suas forças superiores e seus erros cósmicos


Notas iniciais do capítulo

OIOI! HISTORIA NOVINHA EM FOLHA IRRA????

Inicialmente, Witch Bitch seria uma continuação de Seventh Daughter, só que com foco no Seth e na Astra, mas devido à mudanças no plot de SD, essa história aqui ficou totalmente deslocada :( Como eu amo minha menina Astra e o baby Seth, eu decidi tornar essa aqui uma história independente YEAAAAH!

Vamos então falar de alguns avisos, começando pelo fato de que: Astra Astrobours é uma personagem extremamente falha, ela não é boazinha e ingênua. Ela é real. Astra é egoísta muitas vezes ao longo da história, ela prejudica as pessoas em nome do seu próprio bem, ela não é a mocinha indefesa e com certeza não é a heroína altruísta, então não façam comentários desnecessários quanto à personalidade que criei pra ela; Apesar de todas suas tramóias e atitudes agressivas, Astra também pode ser dócil e gentil, ela tem sentimentos como qualquer um e sente culpa, mais do que todos imaginam, então dêem uma chance pra ela antes de a odiarem, a evolução dela vai ser incrível. Prometo.

Segundo que como já devem ter notado, eu acrescentei bruxas ao universo de Twilight, e elas estão fortemente ligadas com os Quileutes, por isso adaptarei algumas das lendas que foram apresentadas nos livros, mas nada que altere a essência das coisas.

Em terceiro lugar: A mitologia das bruxas aqui tem muito à ver com elas no universo de TVD e seus spin-offs: The Originals e Legacies, os feitiços e poderes da Astra podem ser iguais ou inspirados nas séries, mas também trarei muita coisa original tirada da minha cabecinha oca.

Por fim, vamos aos Elenco:

Astra Astrobours é Danielle Russell
Vivi Badwin é Lexi Rabe
James Badwin é Matthew Davis
Alathea Le Fay é Phoebe Tonkin
Henrik Astrobours é Joseph Morgan

Esses são os personagens citados, conforme os novos forem aparecendo nos capítulos, eu vou informando nas notas

É isso, espero que gostem.

Aproveitem a leitura.



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Astra Astrobours:

Muitos acreditam que, qualquer que seja a força superior que rege o universo, ela não comete erros. Pra mim, é fácil derrubar essa hipótese de uma vez por todas: Eu sou um erro cósmico. O que anula completamente a ideia de um universo perfeito e equilibrado.

Minha mãe, Alathea Le Fay sacrificou sua própria fertilidade em nome do poder. Não por ganância, jamais, ela era uma mulher pacífica e doce que não ambiciava a grandiosidade, seu sacrifício veio em nome de seu clã, ela precisava protegê-los e fez o que foi preciso, ela não pensou duas vezes. Só anos mais tarde que essa decisão de fato pesou sobre ela, quando conheceu Henrik Astrobours, ou papai como eu cresci chamando-o, foi o que qualquer um chamaria de amor à primeira vista e quando eles se casaram e decidiram criar uma família, não optaram pelos métodos tradicionais de casais inférteis –Adoção, barriga de aluguel—, eles procuraram soluções mágicas e, resultando de um punhado de magia proibida e volátil, eu nasci.

O bebê milagroso, o anticristo. Houve até mesmo uma profecia que dizia que aos meus quinze anos eu destruiria ou salvaria o mundo; Eu tenho dezessete. Nada aconteceu.

Bem, quase nada. Eu incendiei minha cota de coisas, e explodi várias outras também, mas nada que se compare ao armagedom que alguns acreditavam que eu traria pra terra.

De qualquer maneira, para um erro cósmico, eu vivi muito bem por vários anos, até que o universo resolveu cobrar seu preço; Graças à uma paixonite proibida e idiota por um vampiro, meu clã todo foi morto.

Há séculos atrás, uma de minhas ancestrais matou um vampiro do clã Knight que estava dizimando uma vila francesa inteira, os parentes dele não ficaram felizes com isso, e então dedicaram sua eternidade à caçar e matar cada um da já quase extinta linhagem Le Fay. Minha mãe era a líder do clã Le Fay, além de mim e dela, haviam apenas mais três bruxas de nossa linhagem e todas elas foram mortas na noite em que Dominic me traiu. Meu pai e meus tios foram o efeito colateral, não havia rixa entre os Knights e os Astrobours, mas quando minha família paterna tentou lutar de volta, mesmo que estivéssemos envenenados e sem nossos poderes, os vampiros mataram todos. Eu sobrevivi por um golpe de sorte, ou porquê o universo decidiu que morrer era fácil demais pra mim, por qualquer que seja o motivo, Dominic Knight hesitou. Foram cerca de cinco segundos, mas foi o suficiente para que eu invocasse o pouco de magia que ainda tinha para atacá-lo e então fugir.

É o que tenho feito desde então. Fugir.

Venho fugindo dos meus inimigos, da minha culpa, de mim mesma.

Não foi uma tarefa fácil, principalmente porque forçar James Badwin –Meu padrinho humano e ignorante quanto ao sobrenatural– a se mudar toda vez que os Knight chegavam perto, foi um desafio e tanto, eu tive que ser expulsa de tantas escola que estava perto de não ser aceita por nenhuma outra mais, minha última façanha envolveu fogo, líderes de torcida e o ginásio da escola. Não foi algo bonito de se ver.

De qualquer forma, James estava cansado da minha atitude rebelde e decidiu que ir para casa era o que me faria bem. Exceto, que, o que ele chama de minha casa é uma cidade minúscula, depressiva e úmida na qual o solado de minhas botas nunca pisou.

Forks é minha cidade ancestral, lar dos Astrobours antes mesmo de se tornar uma cidade, minha família paterna viveu como vizinha dos Quileutes de La Push antes que Forks fosse feita de cede dos cara-pálidas imigrantes. De qualquer forma, fazia também séculos que nenhum de nós ousava pisar os pés nessas terras, algo envolvendo uma rixa e uma bruxa queimada na fogueira como na antiga Salém. Eu só esperava não acabar queimada também.

— Desfaça essa cara feia. — James mandou, me olhando pelo retrovisor, Viviane, a filha de seis anos dele me olhou para confirmar se eu estava mesmo de cara feia. Eu não estava.

— Não estou de cara feia. — Eu digo. — Essa é a minha expressão.

— É verdade, papai. — Vivi diz. — Astra sempre tem cara de má.

Eu olho pra criança ao meu lado no banco, deixando o queixo cair.

— Não tenho cara de má. — Eu digo, Vivi ergue uma sobrancelha de maneira adulta demais e sua expressão diz "Se você quer se enganar, vá em frente." — Okay então, formiguinha, você vai me ver ser malvada de verdade.

Me atiro sob ela, meus dedos buscando as costela sensíveis para atacá-las com cócegas, Vivi se remexe e ri, nossos cintos de segurança se enroscam até que ambas somos uma bagunça risonha e enroladas.

— Vocês duas são terríveis. — James balança a cabeça de um lado para o outro, mas consigo ver quando ele estica os lábios levemente em um leve sorriso.

James não é má pessoa, ele quer o meu bem, mas sua falta de informação o faz falho, ele não pode me proteger. Ninguém pode. Tenho que fazer isso por mim mesma, custe o que custar, mesmo que tenha sujar as mãos, magoar pessoas, manipulá-las e usá-las em meu próprio benefício. Não posso me dar o luxo da culpa, tenho que compartimentar minhas emoções e lidar com elas quando tudo estiver acabado.

Vivi é, provavelmente, a única pessoinha que me recuso a magoar. Ela é uma luz no fim do túnel escuro que minha vida se tornou, sua doçura e alegria me tiraram do fundo do poço muitas vezes, meus poucos sorrisos verdadeiros foram resultados das brincadeiras e piadinhas inteligentes da. Em pouco mais de um ano e meio, desde que passei a morar com James e ela, Vivi se tornou família.

— Estamos chegando. — Avisa ele, de repente, quando estamos tão fundo em uma trilha na floresta que começo a achar que o carro não vai aguentar. Por sorte, James dirige um Jeep que dá conta da estrada íngreme.

— Por que no meio do mato? — Eu questiono, não uma reclamação, apenas um pergunta sincera.

— Vai te fazer bem.

Provavelmente vai sim, mas James não sabe que sou bruxa e que isso me garante uma ligação com a natureza, então só posso imaginar que ele está tentando alguma técnica Hippie para acabar com a rebeldia de adolescentes.

James estaciona em frente à uma casa modesta de dois andares, um jardim verde bem aparado e cercado branco, uma passarela de tijolinhos cortando a grama e levando até a ampla varanda; James é meu tutor legal, portanto também é responsável por minha herança, apesar disso ele tenta gastar o mínimo possível –Apesar de meus pais terem deixado o suficiente para uma vida toda bem confortável–, eu sei que ele está usando uma parte sempre que eu nos forço a nos mudarmos, mas em geral, ele sustenta a casa com seu trabalho como professor de história.

— OLHA, AS! — Vivi grita de repente, eu olho na direção que ela está apontando, o canteiro de rosas debaixo de umas das janelas. — FLORES DE PRINCESA.

— É o seu quarto, Vivi. — O pai dela anuncia, então se volta pra mim. — Eu sei que prefere o sótão, então transformei o terceiro quarto da casa em um ateliê pra você.

James sabe que eu já não pinto há mais de um ano, mas ele está sempre tentando me fazer voltar aos velhos hábitos, é um esforço falho. Desde que minha família foi tirada de mim, meus quadros se tornaram sombrios e depressivos, então eu decidi parar de torturar as telas e aposentei o píncel de vez.

— Podia ter feito um escritório pra você. — Eu digo à ele. — Ou um quarto de brincar pra Vivi.

— Eu tenho um escritório. — Ele diz. — E Vivi pode brincar no quintal, a casa é sua, Astra, você merece o quarto extra.

Dou de ombros, porque não vou dizer à ele que o quarto vai pegar poeira, então finjo que aceito a decisão.

— Podemos entrar? — Eu questiono, ansiosa pra sair de seu campo de visão, preciso preparar tudo para os feitiços de proteção que farei essa noite quando Vivi e ele estiverem dormindo.

— Sim, mas só pelo tempo de nos refrescarmos, vamos às compras, não há uma migalha sequer nos armatios. — James faz sinal para que eu vá na frente, eu estendo a mão para Vivi e ela a agarra, seguimos juntas pela passarela até a porta da casa.

Aguardo James destrancar a porta, então nós entramos, como um homem prático, ele comprou a casa quase toda mobiliada, com excessão do sótão que foi transformado em quarto, o ateliê e o quarto de Vivi.

— Essa é mais bonita que a última. — Declara Vivi, girando em seu eixo para encarar os arredores. — Podemos ficar mais tempo dessa vez?

Me sinto automaticamente culpada, porque minhas mudanças afetam Vivi também, mas logo estarei fazendo 18 anos e por mais que me doa ir embora, poderei livrá-los do fardo que sou.

— Vamos ficar o quanto você quiser. — Eu digo à ela, que comemora, em seguida me viro para James: — Vou subir, me chame quando formos sair.

Eu subi as escadas para o segundo andar, em seguida puxei a escotilha do sótão que é surpreendente espaçoso, a decoração que James planejou junto com a decoradora é aconchegante e meio rústica, o papel de parede é de um tom creme estampado com penas coloridas, os lençóis da cama king size são azul céu e há uma manta de macramê colorido por cima, um tapete felpudo creme cobre a maior parte do piso de madeira polida, uma escrivaninha de madeira pesada e puída fica encostada em um dos cantos e um guarda-roupas grande fica na parede oposta, ao lado da cama há um criado mudo com um abajur em cima, e por último, uma penteadeira caramelo no extremo oposto da cama. Nada disso é tão importante quanto a clarabóia no teto reclinado, que fica posicionada bem acima da minha cama, além da boa vista na hora de dormir, também posso engatinhar pro telhado sempre que quiser, é perfeito.

Dou um sorrisinho satisfeito e me jogo de costas na cama pra sentir o colchão, ele é macio e os lençóis são como carícias na pele, me levanto após constatar a qualidade do meu lugar favorito da casa, eu chuto minhas botas e meias para fora dos pés e retiro a jaqueta jeans que estou usando, jogando-a em cima da cama, solto o elástico que prende meu cabelo em um coque e ele caí em ondas brilhantes sobre meus ombros e costas.

Em meu guarda-roupas, encontro as malas ainda não desfeitas jogadas de qualquer forma, eu puxo uma delas e a abro, indo em busca de um casaco mais quente, porque há uma geada que cobre o chão do lado de fora e o clima úmido me deixaria gripada com muita facilidade. Opto pela minha jaqueta de camurça da cor vinho, ela tem forro duplo e vai dar conta do clima de Forks. Apanho também minhas botas de cano longo caramelo, essas sem saltos diferente das botinhas anteriores, apesar de ter uma coordenação motora razoável, não vou arriscar quebrar nenhum osso pra ficar alguns centímetros mais alta, meus 1.57 de altura vão ter que dar conta do recado.

Pronta para enfrentar o clima, eu me junto à Vivi e James no andar debaixo quando os ouço me chamar, Vivi fala sobre comprar chocolates e cereal e James tenta convencê-la de que brócolis é mais gostoso. É um jogo perdido, ele sabe.

— Podemos ir? — Eu questiono, saltando o último degrau da escada e cruzando os braços com impaciência.

— Desfaz a cara feia. — James diz, fazendo questão de implicar, mas se move para liderar o caminho.

— A cara dela sempre é feia. — Vivi retruca, como sempre faz, eu faço uma careta pela forma que as palavras soam e a crianca parece entender o que disse pouco depois, mas não está disposta a se explicar muito mais do que: — Você entendeu.

Apenas por que eu entendi sim, eu a deixo livre, assinto de leve, contendo um sorrisinho, e agarro a mão dela para arrastá-la atrás de James que já está destrancando o Jeep.

— Meu quarto é de princesa. — Ela tagarela, mudando de assunto, e continua falando durante todo o caminho até o mercado, durante as compras e durante a volta pra casa. De certo modo, é reconfortante.

Quando voltamos, estamos todos cansados demais para cozinhar, por isso James pede pizza –Depois de prometer pagar uma taxa de entrega, graças à enorme distância da pizzaria até nossa casa– e após comermos, eu coloco a louça na lavadora, enquanto James arruma Vivi para dormir, e então me recolho para meu próprio quarto.

Sei que tenho que erguer as proteções em volta da casa, mas estou tão cansada que adormeço enquanto espero que James durma para que eu escape de fininho.


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