A Mesma Sensação escrita por Loreh Rodrigues


Capítulo 4
O instante presente


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por todos os votos e comentários. Não deixem de comentar e participar da história. Amo vocês.
⚠️ ALERTA ⚠️
Capítulo com descrição do ato sexual.



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Capítulo com descrição do ato sexual.

***

A mulher de brilhantes e vívidos cabelos negros, com aqueles sedutores cachos nas pontas, vibrou quando ele arrancou com força sua calcinha preta de renda e foi encaixando sua boca no meio de suas pernas arreganhadas. Ela só teve tempo de acomodar seus dedos por entre seus cabelos sedosos e jogar sua cabeça para trás vendo seus mais internos desejos se realizando. Seus gemidos ansiosos faziam com que ele notasse, quando segurou firme o quadril dela, que as pernas tremiam e se debatiam enquanto seu abdômen se contraía com pequenos espasmos.

Primeiro ele lambeu a virilha, depois os lábios maiores até que, por fim, começou a chupar, com movimentos circulares a parte interna deles, incansável. Ela gemia desvairada quando ele enterrava com gosto a língua bem no meio de seu centro sensível fazendo com que ela rebolasse na boca dele, estava mole de prazer, delirando com sua cabeça no meio de suas pernas daquele modo, era uma mulher muito fogosa que se realizava no papel de amante extraordinária.

Quando ele sentiu seu clítoris enrijecido, pressionou a ponta da língua nele de leve e começou a massageá-lo sempre pressionando-o em movimentos circulares até que ela começou a gritar, encorajando-o a socar fundo a língua nas paredes dela fazendo com que ela ficasse sem forças até pra gemer. Ela agarrou forte os dois seios, sentindo como ele cada vez enfiava a língua mais fundo até que pareceu prender a respiração e sentiu seu corpo todo se contorcer até seu dedinho mínimo. Estava gozando.

Ela desceu daquela mesa, ajeitou seus sapatos e disse a única coisa que podia depois daquele momento de prazer sem limites:

— Vou tomar um banho. — Ainda ofegava depois do orgasmo.

— Não demore que ainda temos muito que... discutir aqui, Fer. — Disse Pedro com aquele sorriso que ele sabia que a seduzia.

— Nem pense em me roubar mais tempo porque tenho uma reunião às 11 e não posso me atrasar. — A jovem seguiu no caminho do banheiro sem pudor de andar completamente nua no apartamento dele.

— E, você está preparada? — Ele indagou fingindo desinteresse seguindo-a até o banheiro. — Está preparada para enfrentar de verdade sua mãe, a grande Victoria Sandoval?

— Ela não é páreo para mim. — Ela quis demonstrar uma força que, às vezes, ela mesma duvidava que tinha. — E você me faz sentir forte, minha mãe não merece ter de volta a presidência e não vai ter. — Sorriu apaixonada.

— Você sabe que não podemos chegar juntos, que ninguém pode saber que, clandestinamente, o diretor financeiro da Casa Victoria leva à loucura sua linda presidente Fernanda Sandoval. — Ele riu.

— Eu já sei. Mas não gosto nada disso, Pedro. Que tenhamos que nos encontrar pelas manhãs, às escondidas, você vai acabar se casando com a Bianca e eu vou ser o quê? Sua amante para sempre? — Cobrou-lhe já incomodada com aquela situação.

—  Já conversamos sobre isso e ainda não é o momento, pequena. — Ele começou a acaricia-la sob o chuveiro. Sabia como levar Fer à loucura. — Bianca tem muita influência sobre seu pai, que é um dos maiores acionistas da empresa. Se eu terminar com ela e tornar pública nossa relação, sua estadia na presidência acaba e sua mãe, que você tanto detesta, volta à presidência. É o que você quer?

— Claro que não. — Ela repousou seus braços sobre os ombros dele. — Depois de tudo que ela fez meu pai sofrer podendo tê-lo levado até a morte, eu quero que minha mãe sinta a dor de perder a única coisa que importa para ela: sua casa de modas.

— E sua filha! — Pedro concordou beijando-a.

Movida pela raiva, Fernanda logo terminou de se arrumar e voltou para a empresa, para se preparar para o embate com sua mãe. Ela estava fragilizada desde o casamento fracassado e a filha não lamentava isso, pelo contrário. Desfrutava de que via Victoria abatida, sem forças para enfrentar a própria filha, sua raiva injusta e sua juventude. O que ela não sabia é que, talvez, Victoria também tivesse uma fonte clandestina de onde tirar forças e isso, mesclada à sua experiência, eram armas que custariam muito trabalho a Fernanda enfrentar.

Pedro, logo que Fer saiu, fez aquela ligação que estava ansioso para fazer há muito tempo, a intensidade de Fernanda o deixava fastigiado.

— Bernarda? — Até no modo de falar o nome da megera, dava para perceber que aquele jovem estava de quatro por ela. — Já fiz o que você me pediu, ela segue irredutível em ceder para a mãe como você queria, está cheia de ódio.

— Ótimo! — Ela respondeu satisfeita. — Você vai ter o pagamento que merece no dia em que essa idiota da Fernanda colocar a empresa em suas mãos e, consequentemente, na minha.

— Esse é o único motivo para que eu saia com essas duas patetas. Você sabe que eu prefiro... uma mulher de verdade, não essas garotinhas emocionadas. — Não perdeu a oportunidade de demonstrar seu interesse.

— Faça por merecer! — Bernarda fez seu jogo de sedução. — Coloque em minhas mãos tudo, absolutamente tudo que é tão caro à Victoria Sandoval, Pedro. Com essa paixonite de Fernanda você tem a chance de manipulá-la como quiser e, assim, conseguir o que você tanto quer.

***
Victoria ainda hesitou ao se ver diante daquele elevador. Desde o reencontro com Heriberto na tarde anterior, aqueles corredores do Continental ganhavam outros contornos pra ela. Passaram a fazer parte de seus desejos eróticos bem como a alimentar sua curiosidade. Não fazia seu estilo deixar as coisas sem esclarecer ou falar as verdades que Heriberto merecia ouvir depois de deixá-la.

Sim, curiosidade. O que haveria lhe dito Heriberto se ela tivesse entrado no consultório dele? E se Antonieta estivesse certa e ele tivesse uma razão para ter-lhe feito o que lhe fizera há três meses? Além disso, ela não tinha direito de colocar para fora tudo o que precisava dizer? É claro que racionalmente nenhum desses questionamentos faziam sentido, mas essa relação nunca havia funcionado no âmbito racional e sempre havia tido intensamente passional.

Pessoas entravam e saíam do elevador e se moviam agitadas pelo corredor deixando Victoria nervosa e cada vez mais ansiosa se devia ou não entrar. Quando se deu conta, já estava de novo dentro da caixa de metal e, até um pouco trêmula, apertou o botão do quarto andar. Ao chegar em frente a sala de Heriberto, ainda ficou parada ali na frente, tinha um espaço para a secretária que ainda estava vazio, era incrível como naquele cantinho toda a agitação do hospital desaparecia.

Ela levantou a mão para bater a porta, mas se afetou com o batuque de seu coração ansioso e hesitou quando a porta se abriu sem mesmo ela havê-la tocado. Ele, de novo estava tão bonito, uma insegurança nos olhos, a mesma que aparecia segundos antes de ele beijá-la e levá-la à loucura, um sex appel que exalava pelos poros, aquela tranquilidade irritante que não desaparecia ao mesmo tempo em que a encantava.

Ele sorriu quando a viu ali parada, vestida tão elegantemente e de novo desprendendo uma luz que, misturada àquele perfume cítrico a deixava intensamente atraente, perigosamente atraente. Seu olhar se perdeu nos lábios dela, perfeitamente desenhados com aquele batom que ao mesmo tempo em que o deixava com pena de borrá-lo, era exatamente o que pedia.

Como ela não reagiu, ele a segurou pelo braço, com leveza e, ao mesmo tempo urgência ansiosa, e a puxou para dentro do consultório fechando a porta atrás dela.

— Então você veio? — Falou ainda sem acreditar, sorrindo.

— Eu não devia. — Falou com a voz nervosa. — Mas foi como se o destino me trouxesse até aqui.

— Sente-se. — Ele também estava ansioso. Apontou a cadeira reservada aos pacientes, mas não se sentou atrás da mesa, acomodou-se ao lado dela. — Eu estou muito feliz que você esteja aqui depois de tão pouco tempo que eu te disse que viesse. Isso é algo que eu não poderia esperar da velha Victoria.

— Velha Victoria. — Ela sorriu levantando-se sem aguentar um só minuto daquele contato tão perturbador. — Depois de tudo que eu passei, é natural que eu tenha me tornado uma mulher diferente.

— Se nota. — Ele se aproximou dela por trás. — Você parece menos explosiva, mais tranquila para processar suas mágoas, problemas e frustrações.

— Eu tenho meus motivos. — Ela disse sentindo-se perturbada com o quanto a proximidade dele era impositiva. Não pensava falar sobre o bebê, mas ao mesmo tempo parecia que ele a decifrava só com vê-la. — E então. Eu estou aqui. — Virou-se ainda que não devesse, vendo um brilho de sedução e verdade nos olhos dele que não devia ver. — Você me disse que tinha algo que dizer, coisas por explicar...

— Eu tenho. — Ele respondeu também afetado pela proximidade dela. Não podia dizer-lhe toda a verdade, mas também não conseguia mentir-lhe e seguir experimentado seu desprezo. — É só que... ao ter você perto de mim, depois de tanto tempo, tão linda e radiante eu só consigo pensar e fazer uma coisa.

— O quê? — Ela indagou sentindo o ar ficar gelado dentro de sua boca que se secou.

— Isso!

Tomou-a num beijo cheio de sensações que, misturadas, tinham um sabor de saudade, entrega, desejo e mistério. Sim, mistério! O mistério de estarem entregando-se a uma paixão muito maior do que tudo que os havia magoado. A uma paixão clandestina que envolve e arrebata o espírito até o ponto de ser muito mais atraente que a paixão às claras porque tudo se resume unicamente ao instante presente.

***

 


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