Pov Dan:
18 de Maio de 2011, Quarta-Feira. Quando eu acordei barulhos estranhos estavam sendo feitos no andar de baixo. Me troco rapidamente e qual é a minha surpresa quando eu chego no andar de baixo e ele está todo inundado, inclusive quase metade da escada com Ian e Natalie tentando se locomover ali. Eles sobem a escada todo molhados e logo em seguida vem a Amy.

—Oque eu perdi?-Pergunto chocado.

—Eu sei tanto quanto você.-Diz a Amy recuperando o fôlego.

—Isso é sabotagem com toda certeza. A casa nunca apresentou falhas nessas proporções antes.-Diz Ian.

—O que tá acontecendo exatamente?

—Bom a minha hipótese é que alguém veio aqui, fez alguma coisa com o sistema de água e agora toda a água nos territórios da água como a da casa dos empregados, a água das cachoeiras, lagos e etc ta tudo de algum modo vindo pra cá. Ou seja apesar da nossa casa ser bem grande é evidente que se a gente não parar isso logo, vai inundar a casa toda.-Diz a Natalie.

—Cade os outros?-Pergunto alarmado.

—Procuramos em todos os lugares prováveis da casa. Estamos sozinhos.-Responde a Amy.

—E onde os outros estão?-Pergunto ainda mais desesperado do que antes.

—Boa pergunta.-Diz Ian.

—Procuramos em todos os lugares mais prováveis.-Fala Natalie.-Ou eles não estão aqui ou...Você sabe...Morreram afogados mas não vamos pensar no pior né?

—Entao...O que fazemos agora?-Pergunto.

—Bom...O plano é o seguinte. Não dá pra gente sair por nenhum lugar lá embaixo então vamos até o telhado de casa e lá eu termino de bolar esse plano.

—Serio Natalie?-Pergunta Ian, meio incrédulo.

—Ue quero bolar meu plano fora de perigo.

A Natalie sobe as escadas e nós vamos seguindo ela.

Quando chegamos no telhado, Natalie tira um binóculo da bolsa e começa a procurar por alguma coisa lá de cima. Ignoramos o fato de que ela leva um binóculo na bolsa(porque é provável que caiba o mundo na bolsa dela).

—Ali.

Ela aponta para um lugar ao longe.

—O que é aquele lugar?-Pergunta Amy.

—Onde fica os balões de ar quente. Porque é que você quer ir lá Natalie?

—Aquela é a maneira mais rápida de chegar até o lugar que tem o sistema de água, ver qual é o problema, e consertar.

—Mas tem um problema, Natalie como vamos chegar lá?-Pergunto.

—Nao estão vendo as árvores?-Ela pergunta nos olhando

—Nao podíamos ir pelo chão?

—A agua tá começando a ir pra floresta tambem. Além de que se fossemos pelo chão seria mais longe e poderíamos nos perder. Aqui estamos cortando caminho. Aí assim que chegarmos no lugar e concertarmos o problema, ligamos pro Bickerduff e ele manda a equipe de emergência arrumar a casa o mais rápido possível. Agora já que ninguém tem mais questionamentos, Quem chegar por o último é a mulher do padre.

Natalie avança na frente pulando pelas árvores com agilidade e precisão.

Fomos atrás dela e como ela tinha começando com alguns segundos de vantagem, ela chegou primeiro. Ian em segundo, eu em terceiro e Amy em quarto.

Pegamos um balão de ar quente preto com alguns detalhes bem elegantes em dourados. Quando colocamos ele pra voar.

—Finalmente podemos descansar.-Disse a Amy se sentando no balão.

Ficamos em silêncio. Apenas observando a paisagem. Me lembro de uma conversa que já tive com a Natalie. Ela me disse que a casa dela um pouco mais da metade da floresta ficavam na parte da Cidade de Londres e que a outra metade da floresta ficava em outro borough(bairro) da região da Grande Londres que se chamava Hackney. Como a cidade de Londres e fazia distrito com esse lugar a casa dela meio que estava em dois lugares ao mesmo tempo ao todo. Daqui a pouco estaríamos em Hackney.

Fazendo um mapa geral da casa tinha os quatro andares que davam pra ver, mais um monte de coisa em baixo, a floresta atrás, um jardim lindo na frente, algumas coisas tipo lojas, o zoológico, o observatório e etc do lado esquerdo, ou seja um mini-centro comercial como eles chamavam e do lado direito um pouco mais afastado a casa dos empregados e, pelo menos até onde eu sabia, era isso. Devia ser difícil ver e saber tudo o que tinha aqui visto que tem um monte de passagens secretas.

Enquanto eu tava perdidos em meus próprios pensamentos, a Amy tava dormindo e o Ian e a Natalie apenas observando a paisagem, algo me faz voltar a realidade.

—O balao tá pegando fogo!-Natalie diz, um pouco alto demais.

A Amy acorda num salto. Devia ser apenas um cochilo pra ela acordar tão rápido. Ou ela apenas estava descansando os olhos porque com tanto perigo iminente ninguém conseguia dormir direito. Eu durmo muito porque...Bom...Eu sou eu. Mas Amy demora pra dormir e tem um sono muito leve. Até onde eu sei Ian e Natalie eram assim também.

Nós quatro nunca conseguiamos ficar totalmente em sintonia. Por exemplo todo mundo nesse balão tem algum problema de saúde menos a Amy. Todo mundo nesse balão não gosta de trabalhar sob pressão, exceto a Natalie. Isso sem falar em nossas diferenças de irmãos e individuais.

—O que a gente faz?-Pergunto.

O fogo estava se alastrando mais. Eu olho pra Amy. Ela tava começando a ficar afobada e eu provavelmente estava assim também por mais que tentasse esconder.

Ian e Natalie como sempre pareciam calmos mas eles notaram a nossa agitação. Deu pra ver os olhares preocupados que eles nos lançaram rapidamente. Natalie olha em volta e acha uma corda. Ela faz um laço e lança a corda em uma arvore.

—Me ajudem a puxar na direção daquela clareira ali.

Ian, Amy e eu vamos ajudá-la e apesar de a aterrissagem ter sido meio bruta, eu diria que foi quase um pouso perfeito.

Aí a Natalie e o Ian correm até uma arvore e pegam um extintor de incêndio de algum lugar da árvore e apagam o fogo.

—Tem extintor de incêndio nas árvores?-Pergunta a Amy.

—Gostamos de estar prevenidos.-Responde o Ian.

—Eu não tô reclamando.

Nos olhamos. Pela primeira vez estávamos em sintonia, todos se perguntando a mesma coisa...

E Agora?