Pov Natalie:
Ian e Amy finalmente aparecem.

—O que aconteceu?-Pergunta Dan.

—Ficamos presos na biblioteca.-Disse Amy.

—Voces dois? Sozinhos? Presos em uma biblioteca? Um lugar pequeno, escuro e que ninguém pode ouvir vocês se fizerem coisas consideradas...Inapropriadas? Parece romântico...-Falo, para provocar.

Deu certo. Ian olha pra mim com um olhar mortal e a Amy cora e olha para o chão.

—Err...Enfim o que aconteceu aqui em baixo? Ouvimos barulhos.-Pergunta Amy.

—Os Wyoming. E os Henddeffyers. A tia de Annelise e Matthew era Vesper. E eles consequentemente eram também. E os Wyoming...Sao simplismente uns burros imortais.-Respondo.

—Achamos algumas coisas e pegamos. Acho melhor voltarmos...Acho que ninguém quer ficar mais nesse lugar por nem mais um segundo.

Ele tinha razão. Ficar ali seria tortura. As memórias...Lembrar de tudo aquilo. Eu podia ouvir, sentir, ver...Tudo aquilo...Tudo aquilo acontecendo de novo. Aquele fatídico dia. Aquele fatídico tiro...

Como um instinto olho para baixo. Meus pés ainda estavam intactos. Sabia que estariam...Foi...Só uma precaução. Melhor prevenir do que remediar.
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Aproximadamente umas sete ou oito horas depois, chegamos a Londres. Fui para o meu quarto. E eu vejo o Galt deitado na minha cama...

—O que está fazendo aqui?-Pergunto, chocada.

—Nada só...

—Veio me espionar.

—Eu deveria. Eu ia dar só uma passadinha e ir embora e fingir pro meu pai que não achei nada, mas aí vi essa porta e não resisti a tentação. Sua cama tem seu perfume. E porque nunca me contou sobre a fonte de chocolate no closet?

—Voce entrou no meu querido closet?? Meu lugar sagrado??

—Se te serve de consolo, não mechi em nada. Mas você vai precisar de petiscos novos.

—Mereco.

Começamos a conversar na janela do meu quarto que dava pra varanda. Descobri que ele era o Dançarino Misterioso pelo qual eu temporariamente me apaixonei. Era...Inesperado...

Aí não sei como o assunto chegou nisso, estávamos falando de assuntos normais e aí chegou em assuntos mais profundos e ele me pediu pra contar mais detalhes sobre a coisa da tortura. Talvez eu devesse me abrir sobre isso com alguém...

—Bom...Meus pais eram muito ausentes e nos deixavam fazer o que quisermos. Mas nas semanas e meses de treinamento contínuo, a gente se ferrava. Se cometiamos erros:sala de tortura. É...Complicado explicar, mas vou tentar. Era tipo...Ela nos torturava e nos dava um sedativo que nos fazia esquecer da tortura. Quando acordavamos não nos lembravamos como a tortura tinha sido, mas a dor continuava lá. E sabíamos que tínhamos sido torturados. Mas não tinham muitas torturas físicas. Era mais tortura psicológica, que na época nem sabíamos que era tortura. Essas torturas nos marcaram mais porque essas a gente não esqueceu, porque não teve sedativo.

É...Falar sobre isso foi difícil...O Galt apenas sorriu pra mim é segurou a minha mão. Aperto ela de volta e coloco minha cabeça sobre seu ombro. Galt era um bom amigo. Me sentia confortável com ele...

Mas...Sera que ele podia ser mais que um amigo?

É...As vezes, nem eu mesma me entendo...