Pov Natalie:
Os Holt estavam fazendo escalada e do nada a montanha explodiu. E era escalada sem corda e sem nenhum tipo de proteção. Já tinha se passado uma semana desde o acidente. Dia 11 de Março de 2011, sábado. Estava fazendo um piquinique na cachoeira com a Madison.

—Então, Dolt. Porque me chamou aqui?

—Então, Cobra, a questão é que você é a única pessoa com a qual eu posso passar o tempo sem ficar perguntando se eu estou bem o tempo todo.

—Como assim?

—É só que...Agora que estou nessa cadeira parece que eu virei uma criança. Uma bebê que não consegue fazer nada sozinha. E você é a única que ainda age totalmente normal comigo. Pra algumas coisas eu realmente preciso de ajuda mas...No outro dia a Reagan quis me ajudar a amarrar o cabelo. Minhas pernas estão paralisadas e não minhas mãos. E o médico disse que com fisioterapia talvez eu volte a andar porque a lesão foi pequena e não completa.

—Entendo. Olha Maddie...Eu queria te pedir desculpas. Provavelmente a Isabel tem alguma coisa a ver com isso e...Saiba que se eu pudesse fazer alguma coisa pra ter evitado aquilo eu faria...Mas aconteceu...E seus pais? Vieram pra Londres?

—Com muito custo Hamilton conseguiu convencer meu pai a continuar aqui mas meus pais estão em um hotel bem perto daqui.

—Ahn...Sabe...Nao querendo te acusar de algo mas...Voce bem que podia ter usado o equipamento né?

—Haha. Mas é verdade. Eu achava que estava pronta pra escalar aquela montanha.

—Se te serve de consolo, essa é a maneira mais original de se sofrer um acidente que eu já vi.

Assim que falo isso ela ri.

—Viu? Você não se importa de me magoar e dizer coisas assim.

—Me importo. Eu deveria pensar mais antes de falar mas que bom que você não ficou chateada...

—Sem ofensa mas...Você é Lucian. Achei que não se importava com o que as pessoas pensavam de você.

—E não me importo. Mas tento sempre escutar as pessoas que eu gosto. E se me convém o que elas dizem, eu faço. Realmente não me importo com a opinião dos meus inimigos e pessoas desconhecidas mas devemos sempre escutar os amigos.

—Obrigada, Nat?

—Pelo que?

—Por ser minha amiga.

—De nada. Logo o Ian vai tirar aquela tipoia, você vai sair dessa cadeira, vamos derrotar os vilões e tudo vai voltar ao normal.

—E qual seria a definição de normal na família Cahill?

—Errr...Boa pergunta...Acho que os Ekats inventado as coisas loucas deles, os Janus fazendo as artes deles, os Madrigais fazendo...Seja lá o que eles fazem, os Tomas com seus esportes e os Lucian com veneno e dinheiro. E com toda essa coisa de agentes intermediários muita coisa vai mudar. O que acha sobre isso?

—Acho que realmente é bom pra formar agentes com mais especialidades. Agora que eu estou nessa cadeira não devo poder mais ser uma tutora. Ou seja se meus pais deixarem viu ser agente intermediária Lucian.

—Sério? Que bom. Posso te dar umas dicas se você quiser.

—Eu sou ate descente no tiro ao alvo mas imagino que seja mais difícil com dardos e não flechas.

—Ah relaxa. Você aprende rápido...Sabe...Parando pra pensar os nossos clãs tem um pouquinho em comum.

—Tipo o que?

—Ah...Por exemplo ambos são descritos como os clãs mais teimosos, violentos e competitivos. Principalmente a última parte. Acho que só temos maneiras diferentes de comemorar uma vitória e lidar com uma derrota. No clã Lucian comemoramos as vitórias com cassinos e essas coisas. E lidar com a derrota...A gente simplismente da um jeito de fazer o outro time se ferrar.

—No Clã Tomas é mais ou menos assim também. Quando ganhamos tem muita festa mas quando perdemos...A gente coloca a culpa em outra pessoa ou...Simplismente vai socando a cara dê todo mundo. Uma diferença gritante entre nossos clãs. Pelo o que eu sei vocês Lucian planejam até coisas que não precisam de planejamento. E nós Tomas tendemos a...Invadir e socar primeiro e fazer perguntas depois. Nao que isso seja ruim. Mas tudo em excesso estraga. Com o planejamento não seria diferente.

—Esse é o problema. Pouco planejamento também não dá certo. Tinha que haver um equilíbrio mas a ultima coisa que a família Cahill é, com certeza é equilibrada.

—Verdade. Mas...Acho melhor voltarmos. O Hammer e a Reag devem estar me procurando.

—É...E Eu tenho que colocar minha ideia em prática.

—Que ideia?

—Voce vai saber logo logo...

As vezes...So as vezes...Acho que a Madison tinha um um pouquinho de medo de mim. Sorrio. Ela devia estar pensando que era algo que tinha a ver com compras. E meio que era. Era quase tão bom quanto...

Pov Amy:
—Uma festa do pijama?-Pergunto confusa.

—Uma não. A FESTA DO PIJAMA MAIS INCRIVEL DO MUNDO!!!-Diz Natalie empolgada.

—Natalie o que o Ian já te disse sobre esse vício em Festas do Pijama?

—Sophie o que eu já te disse que eu não ligo para o que o Ian diz?

—Sem ofensa Nat.-Começa Reagan.-Mas festas do pijama devem ser meio...Chatas...Quer dizer só vamos ficar trançando os cabelos umas das outras e falando sobre garotos.

—Reagan, Reagan, Reagan...Acha mesmo que eu sou tão previsível. Minhas festas do pijama são extremas. Meus jogos de festa são...Intensos...Nao é qualquer uma que aguenta...

—Natalie você não vai voltar com aqueles seus jogos malucos vai?

—Sophie minha ideia, minha festa do pijama, minhas regras. Aliás só avisando que se não compareceram vai ser pior.

—E o que você vai fazer se a gente não for?

—Nao vai gostar de saber...Angelle Summers.

—Mas porque temos que fazer uma festa do pijama?-Pergunto.-Quer dizer dizer...No meio da ameaça de Pierce eu acho que não é...Adequado...

—Amy...Amy...Amy...-Diz Natalie, dando uma risada assustadora e sussurrando para mim som sua voz rouca, grave, profunda, provocante e seduzente.-É exatamente por não ser adequado que eu continuo fazendo...

Ela olha para todas nós e depois abre um sorriso brilhante e perfeito como se não estivesse nos ameaçando a dois minutos atrás.

—Enfim...Eu vou cuidar de tudo. Às 19:30 no meu quarto em ponto. E de pijama obviamente. Nao se preocupem. Ninguem vai morrer. No mínimo sair gravemente ferido...

Ela sai dali rindo. Ok...O que acabou de acontecer aqui?