Got a Secret, Can You Keep it? escrita por Siaht


Capítulo 1
I. you got a cold, cold heart, do you feel it all?


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!!!
Tudo bem com vocês?
Sim, estou aqui novamente, postando mais uma fanfic para o Pride Month, porque eu não tenho nenhum autocontrole. Quero agradecer mais uma vez pelo convite lindo e indicar que leiam todas as histórias incríveis desse projeto tão especial. Aproveitem para segui-los nas redes sociais também (@pridemonthffs e https://pridemonthfanfics.tumblr.com/).
Bom, essa é uma história um tanto inusitada e sombria com um casal ainda mais inusitado, mas espero sinceramente que gostem! ♥



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got a secret, can you keep it?

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— secrets and lies —

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I

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{you got a cold, cold heart, do you feel it all?}

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Eu sei o seu segredo. — a garota disse com um misto de doçura e veneno em sua voz. Um prazer indescritível crescendo em seu íntimo ao constatar que desvendara mais uma entrelaçada teia de mentiras. Ainda assim, daquela vez havia algo novo misturado ao tão conhecido sentimento: a culpa.

Rita Skeeter era uma criatura ardilosa, feita de malicias, segredos e fofocas. Para a maior parte do corpo estudantil de Hogwarts, não passava de uma mexeriqueira incapaz de tirar o nariz da vida alheia. Irritante e um tanto desprezível, especialmente agora que começara um protótipo de jornal para espalhar calúnias pelo colégio, mas ainda inofensiva. Estavam errados, é claro. E subestimar a jovem talvez fosse o primeiro equívoco. A garota parada em frente a ela, no entanto, não parecia subestimá-la. Pelo contrário, a encarava com cautela, medindo a adversária e analisando a ameaça que ela poderia representar.

— Eu não faço ideia do que você está falando. E francamente, Skeeter, não tenho tempo para suas bobagens. — a moça afirmou com toda a classe e desdém que possuía, não aparentando estar nada abalada com o que acabara de ouvir.

Narcisa Black era uma boa mentirosa. 17 anos de mentiras a tornaram fluente naquela língua. Era muito boa também em manter as aparências. Sabia cultivar sua imagem de boa moça como ninguém. Os cabelos loiros bem penteados, os olhos azuis, as bochechas rosadas, as saias abaixo dos joelhos, os colares e brincos de pérolas. Tudo metodicamente escolhido para alimentar sua imagem angelical. Para fazer com que parecesse uma garota perfeita. Uma perfeita mentira.

Rita, contudo, sempre fora muito boa em ler as entrelinhas de uma mentira. Talvez fosse por isso que houvesse ficado tão obcecada pela Black. Sabia que algo tinha que estar errado a seu respeito. Ninguém poderia ser tão imaculado, tão sem defeitos, tão primoroso. Skeeter se recusava a acreditar nisso. Mesmo em tão tenra idade, sabia que as pessoas eram um acúmulo de podridão e fingimento. E nada além disso. Pelo menos aquele conhecimento seus pais a haviam deixado como herança.

— Eu vejo a forma como você olha para elas, Black. Vejo o desejo em seus olhos. — e realmente via. Era o mesmo desejo que Rita tinha nos próprios olhos, ela supunha, quando olhava para as colegas de classe. Para garotas.

A expressão de Narcisa vacilou brevemente, um ínfimo de segundo antes dela recompor sua máscara blasé. Um ínfimo de segundo, contudo, fora tempo suficiente para que a Skeeter soubesse que estava certa.

— Novamente, eu não faço a mínima ideia do que você está falando.

— Ah, você faz.

— E o que você quer, Skeeter? — o tom da Black era gélido e ameaçador — Me chantagear com alguma mentira? Porque eu não acho que isso vai acabar bem para você.

Foi a vez de Rita vacilar. O que ela queria, afinal? O prazer de estar certa? A satisfação de ter descoberto os segredos da pessoa mais cautelosa de Hogwarts? O que poderia tirar da menina com alguma chantagem? Não. Nada disso. Se o tema da conversa fosse outro, a moça não hesitaria em usar a carta a seu favor de forma sádica. O mundo era um lugar impiedoso e uma adolescente órfã e sem grandes recursos financeiros precisava fazer o que estivesse a seu alcance para prosperar e sobreviver. O mundo, no entanto, poderia ser ainda mais cruel para mulheres que gostavam de outras mulheres. Especialmente no terrível ano de 1972. E Skeeter sabia disso por experiência própria. Sendo assim, nem mesmo ela desceria tão baixo com uma semelhante. A primeira que encontrara em sua vida.

O que ela queria, a Black perguntara. Lá no fundo, queria apenas alguém que a entendesse. Alguém que provasse que não estava sozinha. Alguém que a fizesse sentir que, ao contrário do que todos diziam, não havia nada de errado com uma garota como ela. E Narcisa, tão linda, tão rica, tão elegante, tão perfeita, parecia a pessoa certa para isso.

— Não quero te fazer mal algum, Black — e era espantoso perceber que aquilo era verdade — Eu sou igual a você.


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Notas finais do capítulo

Essa história era inicialmente uma one-shot, mas decidi que dividi-la em quatro capítulos faria mais sentido. Vou postar todos de uma vez, então deixarei minhas considerações finais para o último capítulo.
Até lá! ♥
Beijinhos,
Thaís



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