Histórias da Ecomoda. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 20
Lembranças Dolorosas.


Notas iniciais do capítulo

Gabriela continua a ouvir a trágica história de amor de Betty & Armando



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Gabriela, se levanta e pega um copo com água.

— Nossa Armando, estou até tonta com essa história!

— Quer que eu pare?

— Claro que não continua, por favor!

— Eu fiquei desnorteado depois do tapa, aí finalmente assumi que estava com ciúmes da Betty.

Na presidência;

— Doutora acredito que com essa quantidade de convidados que a senhora me passou, o custo da coleção aumentaria em 30%.

— Não tem problema, temos caixa pra isso!

— Tudo bem doutora! Vou começar a trabalhar nisso agora mesmo, mais antes vou passar na sala do doutor Mora pra passar os novos custos.

Juliana sai da sala, Betty pensa em ir à sala de Armando, mas o telefone começa a tocar.

— Alô?

— Olá Dona Catalina, e como está tudo por aí?

— Ah a senhora está, Alemanha! E quando volta?

— Que bom vai chegar a tempo do lançamento da nova coleção!

— Sim Betty, eu estou te ligando para te avisar que quero levar algumas pessoas para a nova coleção, aqui na Alemanha tem muitos lojistas, e eu os convidei para conhecer a Ecomoda, tem algum problema?

— Claro que não, isso vai ser ótimo, podemos levar nossas peças para o mercado europeu! Mas dona Catalina, tivemos que contratar uma relações públicas, já que a senhora não está aqui!

— Não tem problema Betty, e que é?

— Se chama Juliana Meza!

— Ah sim a conheço, ela é muito boa, mas acho que só trabalhou em empresas pequenas, trabalhar na Ecomoda vai ser ótimo pra ela e vocês também.

— Sim, ela acabou de sair daqui e teve ótimas ideias!

Betty fica conversando com Catalina pelo telefone. E o desabafo continua na vice presidência.

— No dia do lançamento eu estava muito nervoso, pois Betty não tinha feito ainda a maquiagem no relatório pra reunião de diretoria!

— Fui à salinha dela e a pressionei, junto com Calderón, mandei que Calderón saísse da sala e abri meu coração pra Betty. Falei pra ela que estava em suas mãos, me aproximei dela e a beijei, com todo o amor que sentia.

Gabriela não piscava, prestava atenção em tudo que Armando falava.

—Meu celular começou a tocar, era Marcela. Depois fui para o lançamento com o Mario.

— Armando me fala uma coisa, você disse que já estava apaixonado por Betty, então por que continuava com a Marcela?

— Porque só tomei a decisão de deixar Marcela, na noite que a Betty me entregou o relatório maquiado, quando ela saiu da sala e foi pra casa, percebi que a amava com toda a minha alma!

— Entendi, todo esse tempo você estava confuso, sem saber o que sentia por Betty e por Marcela...

— Betty eu só não queria assumir que estava apaixonado, que a amava. Já Marcela eu só estava com ela por compromisso pela empresa.  Daniel falou que se eu não me casa-se com Marcela ele ia vender a parte dele da empresa. Qual empresa, já não era nossa1 

— Mais aí, você não se casou com a Marcela1 O que aconteceu?

— No outro dia fui à sala do Mario e disse a ele que não ia me casar com Marcela que estava apaixonado por Betty!

No ateliê Hugo está conversando com Marcelo.

— Meu querido, você foi ótimo na apresentação, você quer desfilar no lançamento?

— Claro! Eu achei que você não ia me pedir!

— Eu quero contratar, dois modelos masculinos e dois femininos, pra esse lançamento. Hugo fala pegando os óculos que estava em cima da sua mesa.

— É a modelo de molde que você tem Jenny?

— Hora por favor, essa menina, não tem charme nem glamour, no máximo serve para fazer molde!

— Aí seu Hugo! Reclama Jenny.

— Mais é verdade menina! Olha bem pra isso aqui. Hugo segura o rosto de Jenny.

— Essa menina tem rosto e corpo bonito, mais tirando isso não me sobra nada. Só serve para tirar o marido das outras! E solta uma gargalhada.

— Inezita! Eu preciso que você leve esses contados dessas modelos pra sua amiga na presidência. Diga a ela que precisamos contratá-las.

— Aí seu Hugo, depois eu levo, eu tenho que terminar de colocar esse bordado nessa blusinha!

— Aí mais essa velinha está cada dia mais lenta que é isso?  Quer que eu mesmo leve? Dando seus famosos chiliques.

— Hugo pode deixar que eu levo, eu ia mesmo sair um pouco pra tomar um ar! Marcelo percebendo a ótima oportunidade de ir à sala de Betty. 

— Você na sala da monstra transformada? Hugo estranhado.

— Não fala assim Hugo, ela é uma ótima pessoa! Marcelo tentando desconversar, percebendo a cara de susto de Hugo1

— Tudo bem1 tome, (entregando os contatos dos modelos) mais cuidado com as feiuras que a rodeiam. O quartel das feias que estão espalhadas por aí. Dando outra gargalhada.

Marcelo pega os contatos e se dirige a presidência.

Betty continua no telefone, conversando com Catalina, Marcelo bate na porta.

— Entre!

— Oi Betty eu trouxe... desculpe não sabia que você estava no telefone.

Betty faz sinal para Marcelo se sentar. E Continua a falar com Catalina.

— Sim dona Catalina, vamos jantar assim que a senhora chegue! Tenho tantas coisas pra lhe contar.

— Sim1 Seu Roberto e dona Margarida viram para o lançamento.

— Ok até dia 13 então?

— Ok1 Beijos dona Catalina, sim digo a ele que a senhora mandou um beijo... Tchau!

Ela coloca o telefone no gancho!

— Em que posso ajudar? Com um sorriso.

A conversa continua, na sala da vice presidência:

— Então Betty apresentou o balanço com a real da situação da empresa?

— Sim! Dentro do relatório do Mario e do meu, estava uma cópia da maldita carta do Mario!

— Nossa!

— Meu mundo caiu naquele momento!  Tentei recolher os relatórios, mais Daniel já sabia da verdadeira situação da empresa.

Gabriela toma um longo gole de água, respira fundo... Nossa eu estou sem palavras, mais continua por favor!

— Todos na sala de reuniões souberam que a empresa não pertencia mais as famílias Mendonza e Valência. Tive que me explicar, contar sobre o embargo, sobre a Terramoda. Ou seja, tudo!

— Tudo? Sobre o romance que teve com a Betty também? Gabriela olhando com os olhos arregalados, pergunta a Armando.

— Não, isso não falei, mais é claro que depois, Marcela, minha mãe e Patrícia descobriram

Gabriela toma mais um gole de água. Passa a mão no rosto e nos cabelos. Nossa continua!

— Bom, Betty pediu demissão, eu fui destituído da presidência da empresa, meu pai assumiu interinamente.

— Sai da sala, e fui procurar Betty, na sala dela pra que ela me desse uma explicação, porque tinha feito aquilo comigo e dizer a ela que eu amava e queria ficar com ela!

— Na sala dela, Betty não deixou que eu explica-se o que tinha acontecido, que eu tinha me apaixonado por ela, que a amava com todas as minhas forças. Disse que ouviu quando Mario e eu estávamos planejando mandá-la para longe da empresa, pra poder me casar com a Marcela!

— E era isso mesmo que você ia fazer1

— Não! Disse que aceitava a ideia do Calderón, pra ele me deixar em paz!

— Meu plano era, depois que terminasse a reunião, eu ia falar com a Marcela, ia falar pra ela, que não poderíamos nos casar, porque estava apaixonado por outra mulher!

— Você ia falar que era por Betty, pensava em oficializar o romance de vocês?

— Sim, não aguentava mais esconder o meu amor por Betty.

— Entendi! Bom mais e aí o que aconteceu?

— Tentei explicar pra ela mais ela não acreditou, tentei segurá-la pra não ir embora, e nesse momento Marcela abriu a porta da sala da Betty me chamando pra voltar pra reunião. Eu disse que não ia, e nisso minha mãe veio e me mandou voltar para a sala de reuniões. Foi a última vez que vi a Betty!

Na presidência:

— Betty eu trouxe esses contatos de umas modelos que o Hugo pediu!

— A sim, obrigada! São quantas pessoas?

— Quatro, dois homens e duas mulheres, a mais pra fazer o desfile!

— Certo! Betty pega o telefone, e liga para Nicolas, para que ele coloque os nomes dos modelos na planilha de custos da coleção!

— Obrigada Nicolas!

— No que mais posso te ajudar Marcelo!

— Nada Betty, eu só estava admirando a sua beleza!

Betty se sente constrangida, fica vermelha igual a um pimentão. 

— Não fique assim, parece tímida, deveria estar acostumada a receber esse tipo de elogio!

Betty não sabe o que falar para Marcelo, ela quer que ele saia da sua sala, mais não quer ser grossa, ela arruma os óculos e dá um sorrisinho amarelo.

Na vice presidência;

— Então você não sabia onde estava Betty?

—Não, ninguém sabia, só o dentuço e a família e se negaram a me falar.

— Fiquei louco sem saber onde ela estava, bebia todas as noites, gritava o seu nome. Teve uma vez que puxei briga em um bar, quase me mataram, Marcela teve que me resgatar.

— Nossa1 Marcela deve ter te amado muito, porque eu não seria capaz de depois que você confessou que amava outra mulher, que destruiu a empresa que o seu pai e o pai dela montaram ainda ia te salvar de um bar!

— Sim, eu acabei voltando com ela, mesmo ela sabendo que eu amava Betty, me aceitou, aí veio a reviravolta na história, como te disse, estávamos procurando Betty pra que nós devolvesse a empresa, mais se ela fizesse isso. Os credores iriam tomá-la de nós. Betty precisava voltar pra assumir a presidência.

— Foi aí que ela voltou?

— Sim! Mais não era mais a Betty que eu conhecia, estava diferente. Linda e com outra atitude!

Na presidência:

— Olha Marcelo fico feliz com o seu elogio, mas eu sou uma mulher casada, que ama o esposo e a filha!

— Desculpa Betty, não foi minha intensão lhe deixar assim. Só quis fazer um elogio!

— Tudo bem vamos deixar pra lá isso.

Aura Maria entra na sala de Betty.

— Betty uma ligação, Ricardo Camacho!

— Obrigada Aura Maria, pode me passar!

— Alô!

— Olá Ricardo como vai?

Marcelo fica na sala de Betty esperando dela terminar a ligação.

Quando ela desliga, Marcelo lhe faz uma pergunta.

— Betty você aceitaria tomar algo comigo?

Continua...               


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Notas finais do capítulo

É esse Marcelo não perde tempo mesmo. Ele acredita que vai tirar Betty das mão de Armando de qualquer jeito. Será que ele vai conseguir?



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