Sandra sai da sala, fecha a porta mais fica com a orelha grudada na porta.

Armando se levanta da cadeira, vai em direção a Gabriela com uma xícara de café nas mãos, a entrega e vê uma sobra que passa por baixo da fresta da porta.

— Então Gabriela, eu estava pensando em contratar uma nova secretaria, pois preciso de alguém com porte físico de uma deusa!

Gabriela que está tomando café, não entende do que Armando está falando. Ela olha pra ele sem entender e quando vai perguntar do que ele está falando, ele estende a mão e aponta para a fresta da porta.

— AH! Sim Armando também acho que você deveria fazer isso! Segurando a risada.

— Quando eu era presidente tinha duas secretarias, a Betty e uma oxigenada!

— E você teve alguma coisa com a oxigenada?

— Sim! Tinha uma relação escondida com ela!

Sandra que escutava atrás da porta fica de boca aberta.

— Sabe Gabriela amo minha esposa, mais preciso de carne nova! Ele fala se aproximando da porta. Coloca a mão na maçaneta e continua a falar.

— Quero alguém que além de minha secretaria, não fique o tempo todo... ME ESPIONANDO!

— O QUE VOCÊ QUER SANDRA! Ele grita enquanto abre a porta.

— Ai doutor é  é... eu ia pegar as xícaras pra levar para a copa!

— Como você ia pegar as xícaras sendo que acabou de trazer?

— E verdade doutor!

— Sandra você quer saber o que nós estávamos conversando? E tenho certeza de que você ouviu a minha conversa com Gabriela da secretaria, não é?

— Não doutor! como o senhor pode pensar isso?

Antes que Armando possa berrar a resposta, o telefone toca e Sandra corre pra atender.

— Vice presidência Ecomoda!

Ele fecha a porta e Gabriela está se contorcendo de rir.  Ele olha pra ela dá um sorriso e pergunta:

— Onde eu parei?

— Você disse que foi buscar Betty em um museu, acho!

Mario que tinha passado praticamente a tarde fora volta para Ecomoda.

— Sandra boa tarde! Alguém ligou pra mim?

— Sim doutor, aqui estão os recados!

— Ótimo obrigado! ele pega a folha e vai em direção da sala da vice presidência.

— Doutor! O seu Armando está conversando com a dona Gabriela, se eu fosse o senhor não entrava lá. Ela fala com uma cara de medo.

— Certo! qualquer coisa estou na produção.

Betty e Kennedy, chegam a um acordo, que a loja precisa sim de várias reformas, e o mais rápido possível.

— Precisamos nos reunir, e informar aos os outros sobre as reformas, e decidir quem vai para supervisionar a reforma! Kennedy fala preocupado.

— Sim, vamos reunir os membros do conselho, passar todas as informações e decidir que vai para lá.

— Você e Armando poderiam ir Betty!

— Não! Nossa filha ainda é muito pequena e não gostaria de ficar muito tempo longe dela!

— Leva ela com vocês!

— Mais não teria ninguém pra ficar com ela lá enquanto estamos trabalhando, aqui temos a minha mãe e a babá. E não poderíamos levar elas com agente.

— Entendo. E contratar uma lá não é seguro, afinal vocês teriam que fazer entrevistas e ganhar confiança na pessoa e isso demora um tempo.

— Sim!

Depois de conversar muito com Hugo, Juliana Meza já tinha várias ideias sobre o lançamento e de convidados para a nova coleção.

Ela e Nícolas estavam a caminho da sala da presidência quando encontraram com Mario,

— Oi Nícolas, e quem é a linda senhorita?

— Como assim? Foi você que a indicou, ela é Juliana Meza, nova relações públicas da empresa!

— Desculpe senhorita, só nos falamos por telefone!  Muito prazer Mario Calderón! Esticando a mão pra ela.

— Muito prazer Juliana Meza! Estica a mão para cumprimentá-lo, Mario pega a sua mão e a beija jogando todo o seu charme.

Nícolas cruza os braços e pensa: Droga essa eu já perdi. Esse aí fica com todas.

Na vice presidência;

— Você a tirou do museu e a levou para o apartamento do Mario?

— Sim!

— E aí?

— Betty se sentiu, incomodada, porque o porteiro fez piadas, que eu sempre ia com várias mulheres lá. Ela queria ir embora, primeiro porque estávamos no apartamento do Mario e depois, porque estava com ciúmes.

— E aí?

— Eu a convenci a ficar e depois fizemos amor!

— Depois que acabamos me senti, mais próximo a ela. Sabia que ela não era virgem e pedi pra ela me contar como tinha sido a sua primeira vez!

— E ela te contou?

— Sim. Mais não posso te contar Gabriela me desculpe.

— Tudo bem, apenas continue com a história.    

—No outro dia eu ia viajar com a Marcela e Mario. Um pouco antes Betty disse que eu não poderia ir! Por causa dos bancos e alguns fornecedores que estávamos tendo problemas. E tive outra briga com a Marcela!

Betty estava saindo com Kennedy de sua sala, estavam a caminho a sala de Armando, quando dão de cara com Nícolas, Juliana e Mario que estavam no corredor,

— Doutora Beatriz! Gostaria de falar com a senhora sobre o lançamento!

Betty encara Mario, toda a vez que ela o vê só consegue lembrar das coisas terríveis que leu na carta deixada por ele para Armando.

— Claro! Entre por favor!

Nícolas, Juliana e Kennedy entram na presidência, Mario ia entram também quando Betty o encara com a cara feia.

— Bom eu tenho que ir à produção! Mario fala com um sorriso amarelo.

Na vice presidência:

— Quando voltei do Almoço fui a sala do Mario. Aqui! e estava a sacola, com todas as lembrancinhas e a maldita carta!  Armando fala com ódio nos olhos. 

— Bom e depois disso?

—Peguei a sacola li a carta a destruí e fiz o que estava escrito lá,

Na presidência;

— Então doutora Beatriz essas são as ideias, já conversei com seu Hugo e ele aceitou fazer o lançamento aqui!

— Ótimo, eu gostei bastante, Nícolas por favor faça um novo levantamento dos custos da coleção com as ideias da Juliana!

— Certo Betty, e pra já! Com licença.

— Por Favor, será que depois de pronto poderia me dar uma cópia pra mandar pra casa matriz?

— Claro seu Kennedy!  Nícolas sai da sala da presidência e vai para sua sala.

—Betty eu vou para a minha sala, tenho que fazer uns telefonemas e depois conversamos sobre reforma da loja!

— Ok! Obrigada Kennedy! Ele sai e vai pra sua sala.

— Bom, doutora se não precisa mais de mim, eu vou embora!

— Espere Juliana, gostaria de discutir mais algumas coisas com você!

De volta a vice-presidência:

— Eu percebi que Betty estava estranha, mas ela não queria me falar nada!

— Não era pra menos afinal, pelo que você me falou na carta... eu também ficaria assim, ou pior teria de batido isso não se faz!

—Eu sei Gabriela! Mas estava confuso, não sabia ao certo o que eu sentia pela Betty.

— Bom mais continua, estou curiosa!

— Betty continuava estranha, seus beijos eram frios e ela não queria ter nada comigo! Comprou um Mercedes e o Nícolas ficava passeando de lá pra cá com ela. Vinha buscá-la iam a restaurantes caros! 

—Um dia resolvi segui-los e até o Lenoar, lá pediram vinho ficaram se abraçando.  Isso me deixou louco de ciúmes, eu os segui até a casa dela e lá discutimos. Tentei beijá-la a força e o seu Hermes saiu e quase nós pegar em flagrante. Risadas.  

— Nossa Armando que história! Bom continue a me contar!

— Meu ciúmes só amentava, como meu amor por Betty! Outro dia Inezita adoeceu.

— A assistente do Hugo?

— Sim, todas do quartel estavam lá, na casa dela e eu fui bêbado pra lá, quando Betty me viu disfarçou e quis sair correndo. Fui a trás dela, queria que ela fosse comigo, mas ela preferia o dentuço do Nícolas. Começamos a bater boca, depois ele me ameaçou, disse que se não deixasse Betty em paz eu iria ver!

— E aí?

— Ele me deu um soco, e eu não aguentei. Parti pra cima dele e soquei. Bati muito nele! Queria matá-lo.

— Nossa e quem separou?

— O Freddy! pulou em cima de min depois me soltou, eu ameacei demiti-lo se não me solta-se, e Betty ficou na frente dele, do dentuço. Eu gritei pra ela sai de lá foi quando...

— Quando? Gabriela curiosa.

— A Betty me deu uma bofetada na cara! Aquilo me despertou, percebi que estava morrendo de ciúmes dela.

Gabriela não esconde a surpresa. Nossa!!

Continua....