O desenho do vestido era simples, um tomara que caia longo, sem volumes nem babados, com um trançado nas costas, assim como a noiva tinha pedido.

— Esta incrível! – disse Catherine admirando cada detalhe do desenho.

Catherine sempre acreditou no talento de sara, ela sempre lhe dizia o quanto ela era boa, e que se ela quisesse ganharia muito dinheiro com isso, tanto que foi ela a primeira pessoa a investir no talento de sara lhe ajudando financeiramente a montar seu primeiro ateliê no centro da grande cidade onde moravam, e pouco tempo depois, seu pequeno ateliê se tornou tão lucrativo que sara precisou abrir mais dois grandes ateliês e abriu também cinco lojas espalhadas pelos melhores shoppings da cidade de Winston.

— Tem certeza? Eu nunca fui boa em desenhar vestidos de noiva.

— Você esta louca? Está perfeito, me da ate vontade de casar.

— Eu ainda preciso arrumar alguns detalhes.

— Quando eu for casar você desenha o meu vestido?

— É claro! Mas primeiro você precisa arrumar um noivo.

— Isso ainda vai demorar. – ela sorriu. – Não quero me casar antes dos 30.

Sara e Catherine, ficaram conversando por mais um tempo, ate que começou a anoitecer e cath foi embora, sara aproveitou para terminar os últimos detalhes do desenho do vestido de noiva, depois jantou, tomou um banho e dormiu, já que no dia seguinte teria que acordar cedo.

— Bom dia. – disse Rosa abrindo as cortinas do quarto de sara

— Bom dia. – disse sara se sentando na cama e passando a mão em seus olhos. – Que horas são?

— Já são sete horas.

— Merda. – ela pulou da cama. – Estou atrasada.

Sara correu ate o banheiro e tomou um banho rápido, apenas para despertar, ela estava atrasada, teria que estar em seu ateliê as 8h00 em ponto, já que a noiva estaria lá as 8h30. Sara terminou seu banho, e quase nem secou seus longos cabelos , saiu do banheiro e Rosa já havia arrumado sua cama, sara entrou em seu closet e escolheu um vestido florido que combinava perfeitamente com o clima de Winston, ele se vestiu, calçou uma rasteirinha básica, pegou sua bolsa e a chave do seu carro, foi ate seu pequeno ateliê dentro de sua casa, pegou os desenhos do vestido de noiva e dos vestidos das madrinhas e em seguida começou a procurar seu celular.

— Rosa. – gritou sara indo ate a cozinha. – Você viu meu celular?

— Não.

— Merda. – ela disse saindo da cozinha, então se lembrou que ontem havia ligado para o Enzo e para o Alfonso enquanto estava deitada na beira da piscina.

Sara foi ate seu quintal e logo encontrou seu celular na mesinha de vidro, e do lado do mesmo encontrou seu bloquinho de anotações, onde havia feito sua lista, ela pegou seu celular que estava sem bateria e o bloquinho e colocou os dois em sua bolsa, carregaria seu celular quando chegasse ao seu ateliê, agora ela não tinha tempo.

— Rosa, eu já vou. – gritou sara.

— Coma alguma coisa antes. – disse Rosa colocando a jarra de suco na mesa.

— Agora não vai dar, estou muito atrasada.

— Vai dar sim. – disse Rosa. – Você precisa se alimentar direito.

Sara pegou um croissant que estava em uma cestinha no centro da mesa, e enrolou o mesmo em um guardanapo.

— Vou levar um pro Ateliê, e assim que eu chegar lá eu como. Obrigada Rosa. – disse sara.

Meia hora depois sara já estava em sua sala, no ateliê, esperando a noiva chegar enquanto revisava seus desenhos.

 - sara ? – ela disse entrando na sala. – A Samanta esta aqui pra te ver. – disse Diana, a secretaria de sara, uma mulher baixa, de cabelos longos e escuros, e enormes olhos verdes.

— Quem é Samanta? – perguntou sara distraída.

— A noiva. – ela respondeu.

— Claro, havia me esquecido, me desculpa, diga que ela pode entrar.

Segundos depois Samanta já estava entrando na sala de sada, que perdeu o ar assim que viu quem estava junto com ela.

— sara? – ele perguntou sorrindo. – Quanto tempo! – ele foi ate ela para abraçá-la, mas ela não conseguia nem se levantar, aquilo só podia ser um sinal, um dia depois de ela fazer a lista dos seus ex, ele aparecia assim, em sua sala, todo sorridente, com aquele sotaque que às vezes ela odiava e às vezes amava, sara estava tão nervosa que por um minuto ate se esqueceu que a noiva estava ali.