Capítulo IV

Quarto Dia

Um dia no escritório do papai

— Tio da máscara, acabou os meus papéis de desenhar – Naruto puxou o tecido da calça azul do ANBU com máscara de cachorro com detalhe vermelho e preto ao redor dos olhos, lados e na boca.  

 Levantou as mãos com folhas rabiscadas com vários desenhos, balançando-as: queria ganhar a atenção do homem mascarado de cabelos prateados.

— Uzumaki-sama. – O outro ANBU de máscara que estava se pronunciou ao perceber o silêncio de seu colega.  — O que poderíamos fazer por você? – questionou em um tom calmo e formal.

— Bem. – As bochechas coraram ao receber a atenção do mascarado de cabelos castanhos. – Eu queria mais papel de desenhar – confessou tímido e com a voz baixa, abaixando a cabeça olhando para o chão do escritório, mas foi escutado com perfeição pelos sentidos apurados dos caçadores ANBUS. 

— Uzumaki-sama, isso é algo muito fácil de se resolver, há muitos papéis em cima da mesa do seu otou-san, o Hokage-sama – continuou sorrindo por debaixo da máscara de cachorro –, basta pegar algumas folhas e desenhar à vontade – concluiu, aumentando o sorriso.

— Senpai. – seu colega ANBU o chamou com um tom de advertência na sua voz.

— Nem se preocupe, o Hokage-sama, deixou a missão de proteger e zelar o Uzumaki-sama, não de cuidar dos objetos dentro do escritório – explicou como se estivesse falando sobre o tempo, não sobre uma criança rabiscando papéis importantes sobre o funcionamento da Vila Oculta de Konoha.

 — Já deixo registrado aqui, senpai. Que fui totalmente contra sua atitude, quando o Hokage-sama retorna de sua reunião com os conselheiros, contarei o ocorrido.

 O ANBU prateado apenas balançou as mãos, ignorando o aviso de seu colega.

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  Quando o Relâmpago Amarelo deu o primeiro passo para dentro de seu escritório, encontrou sua sempre organizada mesa bagunçada, seus relatórios espalhados pelo chão e por último, um loirinho desenhando concentrado, de costas para si, deitado no chão e com lápis de cor laranja em suas mãos.

 A primeira reação foi olhar mortalmente os dois ANBUS posicionados de maneira estratégica nos dois lados da porta. Kakashi e Yamato sabiam muito bem do significado daquele olhar: “conversarei mais tarde com vocês dois”. O jovem Hokage ignorando desagrado em ver a bagunça em seu escritório, caminhou em direção de seu filho, que sorriu ao encontrar a face calma de seu otou-san.

Minato pegou-o no colo, e seu pescoço foi rodeado pelos bracinhos do pequeno loiro.

 — Naruto, não faça mais isso. – As palavras de seu pai fizeram os olhos azuis lacrimejaram um pouco. – São papéis importantes, você não pode desenhar neles — disse, pegando um dos papéis rabiscados no chão, o Hokage analisou minuciosamente o estrago feito pelo seu único filho. – Da próxima vez, eu trarei mais papéis de desenhar, certo? – perguntou, limpando os olhinhos do pequeno, que concordou com a cabeça.

 — Hai, otou-san.