Skinny Love escrita por Baby Boomer


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeee!
Bem-vindos!
Não deixemos que Jogos Vorazes morra, não é?
Aqui vai o comecinho da história pra vocês!
Nos vemos nas Notas Finais!



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POV Katniss

Desço do trem e tomo um impacto.

Na última vez que estive ali, eram apenas ruínas, esqueletos, cadáveres… Agora estava tudo sendo reconstruído. Peeta, ao meu lado, parece pouco interessado no que vê. Ele não chegou a visualizar o Distrito 12 depois do bombardeio. Aquela era a sua primeira vez depois do Massacre Quaternário que ele tinha uma visão clara do nosso Distrito.

Haymitch sai do trem, bêbado, e vai direto em direção à Aldeia dos Vitoriosos. Peeta olha para mim como se perguntasse o que eu iria fazer. Não consigo olhar para ele diretamente. As coisas entre nós têm sido bastante frias desde que ele tirou as pílulas de amora-cadeado da minha mão.

— O que quer fazer agora? – pergunta ele a mim.

— Caçar – respondo sem pensar, e decido que irei mesmo fazer isso. Vou em direção à floresta, pego meu arco (ainda escondido na árvore oca) e as flechas.

Consigo pegar um esquilo, e vou ao mercado para trocá-lo por alguma coisa. Consigo 3 pãezinhos de queijo. Não são tão gostosos como os de Peeta, mas valem o esforço.

Quando volto para casa, minha casa de vitoriosa, vejo Peeta limpando a cozinha. Buttercup está na sala, deitado. Jogo um pedaço de pão para ele, que come sem hesitar. Ele me lembra Prim. E lembrar de Prim… lembrar de Prim é doloroso. Mal percebo que estou chorando quando me ajoelho no chão. Minhas pernas fraquejaram. Peeta corre para ver o que aconteceu comigo, e por um segundo não sabe bem o que fazer.

— Ela morreu – choro. – Ela morreu! Ela não vai mais voltar…

Delicadamente, Peeta vem me levantar e me guia até o sofá. A casa está com cheiro de mofo, depois de tanto tempo desabitada, mas não ligo. Sento no sofá e deixo Peeta pôr sua mão quente nas minhas costas. Por algum motivo, não tenho vergonha de chorar na frente dele.

— Vai ficar tudo bem – ele sussurra. – Shhh…

E me puxa para o ombro dele, onde choro sem piedade. Por Prim. Por Finnick. Por Boggs. Por Rue. Cato. Glimmer. Clove. Todos os que morreram desde os primeiros Jogos. Todos os que morreram para me manter viva. É tudo muito doloroso, e eu tenho reprimido essa dor já faz um tempo.

— Desculpa – murmuro para Peeta.

— Tudo bem, Katniss. Não dá pra ser forte o tempo todo.

Quando meu choro cessa, Peeta vai ao mercado comprar comida e ervas para me fazer um chá. Enquanto isso, eu aproveito para limpar a casa. Tiro a poeira dos móveis e varro o chão com a vassoura. Peeta chega antes de eu terminar, já que a casa é grande. Ele vai direto para a cozinha, fazer o chá, mas sinto também o cheiro de mais alguma coisa. Deve estar fazendo alguma sopa ou cozido. Vou até lá para conferir.

— Sei que é um pouco cedo pro jantar – ele diz –, mas achei que gostaria de algo um pouco quente pra acalmar.

Eu apenas assinto, e o deixo continuar a cozinhar. Ligo a TV da sala e vejo Paylor, Plutarch e Gale apertando mãos. Desligo a TV na mesma hora. Não quero ver meu ex-amigo. Não quero ver o cara cujo plano matou minha irmã. Não quero mesmo.

Peeta traz meu chá e senta ao meu lado, o silêncio pairando no ar. É um pouco estranho, ficar com Peeta sem mais interrupções nem gente olhando. 

— Fiz sopa pro Haymitch também - ele quebra o silêncio. - Quando for a hora do jantar, vou lá entregar.

— Ele deve ter caído de bêbado em algum cômodo – rebato, fria. – Desculpa, eu estou meio…

— Tudo bem. Você tem razão. Tem todo o direito de se sentir assim, Katniss. Ninguém espera o contrário de você.

— De você também – eu digo, olhando de repente para ele. – Nós estamos quebrados, Peeta. Muito quebrados.

— Sou bom em remendar cacos.

— Eu, não – sussurro, bebendo um gole do chá.

— Eu te ajudo. – Ele passa a mão no meu cabelo. – Eu estou aqui por você. Pra você. Estou aqui pra ficar, dessa vez. Não vou a lugar algum.

Sinto uma lágrima descer pela minha bochecha e olho para os lindos olhos de Peeta. Aproximo meu rosto do dele e selo nossos lábios com um singelo beijo. Ele fica um pouco surpreso, mas não diz nada. Nossos lábios têm gosto de chá.

Depois do chá, ajudo Peeta a plantar prímulas noturnas no jardim e, quando chega a hora de jantar, esquentamos a sopa e vamos para a casa de Haymitch, que a toma com a gente.

— Como vai ficar a questão do seu tratamento, garoto? – pergunta nosso mentor.

— Vou pra Capital todo mês, e o Dr. Aurelius ficou de mandar uns comprimidos pra mim. Mas não é isso que me incomoda… sei que não vou atacar Katniss. Já me sinto seguro quanto a isso.

Eu franzo o cenho.

— O que te incomoda? – pergunto.

— Os pesadelos – diz Haymitch, respondendo por Peeta. – Nenhum de nós vai se livrar deles. Nunca.

Peeta e eu recolhemos a louça e vamos para a cozinha de Haymitch, cheia de garrafas vazias de aguardente, lavá-la.

— Peeta…

Ele olha para mim.

— Você fica comigo essa noite?

Ele sabe que estou com medo dos pesadelos.

— Fico. – Ele lava uma tigela e volta a olhar para mim. – Sempre.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
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