O bar abafado com cheiro de vodka barata e fumaça para todo lado era o ambiente perfeito para sua performance. Fazia alguns anos que o Três Vassouras tinha implantado um palco e diversas pessoas sempre estavam lá cantando ou recitando suas poesias.

Dominique estava nervosa, seria a primeira vez que cantaria para um público desconhecido e suas mãos formigavam. Ela arriscou olhar para o seu pequeno publico e viu alguns rostos conhecidos que fez seu coração congelar por um micro segundo. Victorie, Teddy, Molly, James e Fred eram os seus maiores apoiadores e fãs. Seus pais iriam ter um infarto em saber que ela estaria se apresentando e não estariam aqui para ver.

Respira

Inspira

Balança as mãos

Verifica o cabelo

Estava na hora.

Subi-o os pequenos degraus da escada e ficou de frente com seu público, não disse seu nome e nem cumprimentou. A melodia triste foi o suficiente para chamar atenção de todos, cantou em um francês triste e melodioso.

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure

Colocou todo seus sentimentos na sua canção triste, como se seu coração estive partido em mil pedaços e nunca seria recuperado. Cantou com toda a sua alma e terminou com um último suspiro depositando ali sua maior tristeza. Foi o suficiente para todos aplaudirem e ela ir em direção a sua família que vibrava em satisfação.

 -  Foi perfeito, gótico e suave. Incrível.

Se permitiu sorrir e pediu uma rodava de conhaque para terminar essa noite única acompanhada de sua família, feliz era a palavra certa para essa momento.  

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