Beautiful Strangers escrita por Megan Queen


Capítulo 6
Capítulo 5 - Finalmente


Notas iniciais do capítulo

E finalmente chegamos ao último capítulo dessa short que foi tão gostosinha e divertida de escrever!
Espero que tenham se divertido tanto quanto eu e se apaixonado mais um pouquinho por esse casal maravilhoso :)
Muito obrigada a cada um dos que deixaram seus comentários em cada capítulo e tornaram essa experiência ainda mais perfeita pra mim, depois de tanto tempo sem postar nada.
Obrigada também pelos que favoritaram e acompanharam essa fic até aqui.
E um obrigada muito especial a Aninha Cris, pela recomendação maravilhosa e cheia de carinho que deixou aqui *----* Esse capítulo é todo seu, anjo ♥

Boa leitura!



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Oliver Queen 

Oh, estamos dançando na minha sala 
E meus punhos sobem 
E eu digo que estou só jogando, mas 
A verdade é que 
Eu nunca vi uma boca que eu mataria para beijar 
E eu estou morrendo de medo, mas não consigo resistir 

— Finally/Beautiful Stranger 

 

Posso jurar que ouço um suspiro decepcionado sair de Felicity quando paramos na garagem do nosso prédio. Seguro meu sorriso ao estender a mão para ajudá-la a descer da moto e então descer eu mesmo, desatando a fivela do meu capacete. 

Viro para ela e ignoro a expressão confusa em seu rosto para estender as mãos até soltar seu capacete e retirá-lo, a mão livre dela subindo para soltar o cabelo de uma vez depois da bagunça que o capacete deixou. Sorrio de como ela parece agora, descalça, os cabelos soltos e o vestido preto que me fez ter todo tipo de pensamento nas últimas duas horas. 

— Vamos lá. — Estendo novamente minha mão e Felicity ergue uma sobrancelha, desconfiada, mas aceita mesmo assim. 

Eu tive que usar toda minha força de vontade para ficar longe esses três dias, mas agora simplesmente não consigo manter minhas mãos longe dela.  

Tommy estava certo, eu mais pareço um garoto inexperiente quando se trata de Felicity. Estou viciado nas expressões que ela deixa dançarem por seu rosto, tão fácil de ler quanto qualquer bom livro.  

Eu realmente quero fazer tudo certo dessa vez. Quero que ela lembre dessa noite e sorria. E, para minha própria surpresa, não estou com pressa. Nenhuma pressa. 

Caminhamos juntos até o elevador e tentamos não rir da expressão no rosto de Alfred quando passamos por ele. O pobre coitado não deve fazer a mínima ideia do que está acontecendo aqui. 

E, quando estamos lá dentro e as portas fecham, aperto o botão do andar que leva ao telhado. 

Felicity pega isso e seus olhos voltam a acender, curiosos. 

— O que você está aprontando, Queen? — Ela sobe a mão para o meu antebraço e dá um leve puxão, para me fazer descer o olhar para seu rosto, já que ela está tão menor que eu sem os saltos. Sorrio disso. 

— Nada. — Me impulsiono nos meus calcanhares, encolhendo meus ombros. 

— O que vamos fazer no telhado? 

Sorrio de canto. 

— Paciência, pequeno gafanhoto. — Cutuco a ruguinha que se formou entre suas sobrancelhas e ela fica levemente vesga ao acompanhar o gesto. Sorrio disso também. 

— Não sou boa com surpresas. — Ela resmunga, infantilmente. 

— Que bom que já chegamos, então. — Respondo, quando as portas abrem. 

Quando o queixo dela cai, eu prometo mentalmente que vou recompensar Thea por isso. 

Eu tinha mudado meus ensaios para o telhado desde a quinta-feira. Foi assim que descobri a vista incrível que eu não fazia ideia que as noites aqui em cima ofereciam. Então, além dos meus instrumentos, eu também trouxe um colchão inflável e uma barraca de camping, para as noites em que precisasse de um pouco de ar fresco, ou de um tempo sozinho com meus pensamentos. 

Mas não é para isso que Felicity está olhando.  

Ela está olhando para a mesa de dois lugares que Thea trouxe do quarto de Roy e cobriu com uma toalha branca com a barra bordada.  

Ela pôs velas. Estou sorrindo ao me dar conta do quanto minha irmã caprichou. 

Há uma caixa térmica ao lado da mesa e eu puxo Felicity comigo até lá, afastando uma cadeira para que ela sente antes de me inclinar e tirar uma taça grande de sorvete de dentro da caixa. 

— Abacaxi com vinho! — Ela dá pulinhos, animada, ao aceitar a taça.  

— Quantos anos você tem? — Provoco, e ela estira a língua para mim. Fofa. 

— Quem contou a você? — Ela pergunta, quando me sento ao seu lado e passo um braço por trás da cadeira dela, me esticando para enfiar minha própria colher no sorvete. 

Sorrio e coloco uma colherada na boca, apreciando a doçura gelada por alguns segundos, olhando para além da sacada para as luzes da cidade. 

— Helena, obviamente. — Admito e ela faz um barulhinho no fundo da garganta, mas apenas continua tomando do sorvete. 

— É o preferido da minha mãe. — Conta, me olhando um pouco de lado. — Sempre que ela vem me ver, nós compramos uma taça. 

— Parece um programa adorável. — Comento e ela sorri. — Eu e Thea também temos nossas noites de sorvete, mas ela gosta mais do bom e velho napolitano.  

— Todos sabemos que o sorvete de chocolate do napolitano é uma ofensa. — Felicity acusa e eu gargalho. 

— Eu sempre digo a ela que não entendo porque comprar um sorvete se só está interessada em dois terços do pote. — Digo, um sorriso ao lembrar. 

— O de morango e o de baunilha valem a pena. — Felicity pisca, enfiando mais uma colherada na boca. 

— Sorvete é só sorvete. — Digo e ela põe a mão no peito, dramaticamente. 

— Sorvete nunca é  sorvete.  

— Okay, Srt.ª Smoak. — Cedo e ela ri, se ajeitando melhor em meu abraço. 

Pego mais um pouco de sorvete coloco na boca, o sentindo derreter na minha língua. 

— Isso é meio maluco, não é? — Ela fala de repente.  

Olho para ela e seu gesto com a colher entre nós. 

— Nós dois? — Devolvo, me virando um pouco para limpar o canto da boca dela. 

— Nós dois. — Ela ecoa e me dá um sorriso incrédulo. 

— É completamente maluco. — Respondo.  

Felicity olha para a frente, mordendo o canto do lábio inferior. 

— E se isso der errado? — Ela sussurra e eu respiro fundo, levantando o olhar para o céu antes de virar para ela outra vez. 

— E se isso der certo? — Retruco, e Felicity olha para meu rosto por vários segundos, sem resposta. 

Voltamos ao sorvete em silêncio e, vez por outra, ela se inclina para limpar meu rosto com seu polegar. Tudo parece tão natural como se já tivéssemos feito a mesma coisa milhares de vezes. Mas nenhum de nós comenta isso. 

— Você fica muito bem no palco. — Ela murmura e eu sorrio devagar. 

— Obrigado, eu acho. — Respondo e ela lambe os lábios. 

— Eu gosto da sua voz. — Felicity continua. — Por incrível que pareça, dado o nosso histórico, eu gosto. 

Agora estou rindo abertamente. 

— Eu gosto que você goste da minha voz. — Respondo.  

— Eu tenho um péssimo humor matinal. — Ela continua falando, terminando de limpar o fundo da taça. 

— É mesmo? — Me ajeito para olhar melhor em seu rosto. 

— Eu tenho mania de limpeza e falo demais quando estou nervosa. — Ela acrescenta. — E eu choro por causa de personagens fictícios. — Fala, depressa. 

— Não sei bem se isso conta como defeito. — Brinco, e ela coloca a taça sobre a mesa para virar para mim e me encarar melhor. 

— Não sou boa com relacionamentos. — Felicity solta. 

— Nem eu. — Digo, com sinceridade. 

— Faz anos que não tenho um encontro decente.  

— Eu também não. — Dou de ombros. 

— Não sei o que tenho que fazer. — Ela dispara, mexendo nervosamente as mãos. 

Sorrio para ela. 

— Respire. — Peço, vendo quando ela solta o ar de uma única vez. — Podemos descobrir juntos. — Digo, tocando seu queixo e trazendo seu rosto mais para perto. — Eu realmente quero passar mais tempo com você. — Digo. — Você quer passar mais tempo comigo? 

— Sim. — Sua voz vem como numa confissão. 

— Eu quero conhecer você, Felicity Smoak. — Continuo. — Quero vê-la todos os dias. Quero aparecer no seu apartamento de surpresa e assistir suas séries favoritas com você. — Ela sorri, lentamente. — Quero que você conheça melhor minha irmã e quero que você goste dela tanto quanto ela já gosta de você. Quero conhecer sua mãe e quero que ela a envergonhe na minha frente. — Acho que os olhos dela estão úmidos agora. Me inclino mais e nossos narizes se tocam. — E Felicity...? — Chamo, seus olhos turquesa chocando-se com os meus quando eu movo minha mão para a lateral do seu rosto. 

— O quê? — Ela pergunta, num murmúrio. 

Sorrio. 

— Eu realmente quero beijar você agora. — Digo, sobre seus lábios, que se dobram num sorriso antes que ela feche seus olhos e se empurre contra mim, chocando sua boca na minha. 

Suspiro, e minha língua faz o caminho mais antigo de todos em busca do calor na boca dela, o gosto de abacaxi e a maciez de seus lábios torturando os meus ao dançarem juntos, com uma familiaridade que me faz estremecer de prazer. Deslizo minha mão para sua nuca e agarro os cabelos ali, puxando um pouco, apenas para arquear seu pescoço. Meus lábios deixam os dela e caminham mordiscando pela linha do seu maxilar, descendo para provar a pele da sua garganta, a pulsação dela batendo contra a pressão da minha língua e um arfar escapando de Felicity. 

— Oliver? — Ela chama, num tom que parece implorar, e eu afasto minha boca da sua pele, minha mão direita caindo sobre seu colo e se espalhando sobre sua coxa. 

— Diga. — Respondo, observando a oscilação na garganta dela, os lábios vermelhos inchados por conta do beijo acabamos de trocar. Sei que devo ter seu batom na minha boca, agora. Gosto disso. 

— Posso dormir aqui com você? — Ela pede, todo o meu corpo reagindo às suas palavras e enrijecendo. Suas bochechas ficam em chamas e ela fecha os olhos com força. — Dormir. Dormir. — Repete as palavras para ajudar meu cérebro entorpecido e eu olho para cima, tomando fôlego antes de rir pelo nariz. 

— Claro que pode. — Respondo.  

— É que a vista é tão bonita, o ar é tão fresco e o seu colchão é de casal, então eu pensei... — Ela já está tagarelando, então me inclino e tomo seus lábios, beijando-a com força até ela esquecer o que estava falando. 

— Quer que eu cante para você dormir? — Ofereço num murmúrio contra seus lábios, puxando o inferior entre meus dentes só para ouvi-la ofegar baixinho, mesmo que eu saiba que estou torturando a nós dois. A mão de Felicity arranha minhas costas e eu grunho contra sua boca, contendo minha vontade de puxá-la para cima de mim. 

— Sim. — Ela responde, roçando seu nariz no meu. 

Devagar. — Repito para mim mesmo, olhando para o rosto da mulher que me fisgou sem nem tentar. — Vamos ter tempo.  

Tempo para tudo.  

Estou apreciando o calor dessa constatação quando levanto e a puxo comigo até o colchão, me livrando dos meus próprios sapatos e ajudando-a a afastar as almofadas. 

Estou sorrindo para a ideia de ter todo o tempo do mundo para conhecer esta mulher. Para deixá-la me conhecer. 

Para quantos beijos eu quiser.  

Para pele quente e lençóis de seda. Para conhecer cada curva do seu corpo. Para deixar suas mãos conhecerem cada pedaço do meu. 

Para apenas aconchegar, como agora. Para deixá-la deitar a cabeça em meu peito e entrelaçar nossas pernas. 

Para compartilharmos o calor da minha coberta. 

Para cantar contra sua testa e assistir seus olhos pesando até que ela adormeça. 

Para adormecer junto com ela. 

 

Linda desconhecida, aqui está você em meus braços e eu sei 
Que lindas desconhecidas só aparecem para me machucar 
E eu espero 
Linda desconhecida, aqui está você em meus braços 
Mas eu acho que finalmente, finalmente, finalmente, finalmente, finalmente é seguro 
Para eu me apaixonar 

— Finally/Beautiful Stranger 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido não só esse desfecho como a história como um todo ♥
Quem sabe eu traga uns bônus depois, mas por enquanto, o que acharam desse final?
Vejo vocês ;)
Xero ♥



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