Don't Wait Too Long? escrita por chaostheo


Capítulo 1
the stars will fall tonight


Notas iniciais do capítulo

notas do capítulo:

espero que vocês gostem da lerdeza do remus e da impaciência do sirius! foi muito divertido escrever essa fanfic

boa leitura!



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É uma manhã ensolarada, algumas corujas deixam cartas e outras encomendas, todos conversando animados e desfrutando o banquete que é o café da manhã em Hogwarts. Tudo isso vai em segundo plano para Remus quando Sirius cai ao lado de James na mesa da Gryffindor. Apenas um mês se passou desde o início das aulas e o maroto já foge sempre que pode, voltando amarrotado e de bom humor, como agora. Os cabelos pretos de Sirius estão amassados, como se mãos tivessem puxado e passado por ali, a gravata vermelha e dourada está apenas pendurada no pescoço enquanto a camiseta está toda amarrotada, e claro, com uma marca de batom vermelho na gola, como se a garota estivesse querendo marcar o maroto muito procurado. 

 

O pior é o sorriso que Black ostenta, ele é satisfeito e contente, trinta e dois dentes em plena exibição. Atraindo mais atenção ainda, fazendo garotas e garotos olharem querendo um pedaço. Todo o bom humor de Remus saiu voando pela janela, seu apetite correu pelas colinas e ele sente aquele sentimento feio e egoísta, ciúmes, corroendo seu estômago. Seu mingau preferido tem gosto de areia quando Remus se força a dar mais uma colherada, tentando ignorar todos os detalhes. 

 

Pena que James e Peter não fazem o mesmo. 

 

James tem a melhor reação, apenas dando uma olhada longa no amigo, como se estivesse medindo os danos e assobiando alto, balançando a cabeça em negação enquanto empurra uma tigela com ovos e salsichas na frente de Sirius. Peter arregala os olhos, tomando um gole de leite antes de fazer um comentário desnecessário. 

 

— Uau! Qual foi o diabete que te atacou? – E então tentou um sorriso malicioso. – Ou então uma diabreta? 

 

— Diabrete é para ambos os gêneros, idiota. – Remus diz, não conseguindo manter o tom rude fora da voz e ganhando um olhar de James e Sirius, Peter ignorando o comentário. Remus dá mais uma colherada no mingau, querendo afastar a atenção dos dois. 

 

James, que parece ter ganhando algum senso durante as férias, ignora a amargura enquanto sua atenção se volta para Sirius, parecendo muito satisfeito com as salsichas. 

 

— Você ainda está com o mapa? – Pergunta Prongs, e quando o corpo de Sirius se vira para o lado, alcançando a mochila para entregar o mapa para o amigo, Remus consegue ver a marca de um chupão no pescoço. 

 

Antes que possa se impedir, Remus está empurrando o prato pela metade para longe, o barulho atraindo novos olhares. Querendo engolir o nó que se formou na garganta, ele toma o resto do suco de abóbora e pega a mochila esfarrapada. 

 

— Sinto muito, acabei de lembrar que vou ter que passar na biblioteca. – Informa, e ignora o olhar confuso de James. Sirius faz um movimento para se levantar, um sorriso começando a se espalhar nos lábios avermelhados. – Não. Não precisa. Eu encontro vocês na aula? – Desesperado, é o que ele parece, mas antes que alguém possa contestar ele já está longe, passando pelas portas do Grande Salão.

 

Remus se permite respirar apenas quando está no pátio vazio, o ar puro e os pássaros cantando pela manhã. É demais, todos esses sentimentos, como ele sempre parece consciente de tudo quando Sirius está perto, de como o sorriso dele é acolhedor, das brincadeiras que ele faz para apenas fazê-lo relaxar quando está muito tenso. E Remus pode ser idiota o suficiente para se apaixonar pelo melhor amigo, mas sabe que nunca será correspondido, sabe que esse sentimento nunca poderá vir à luz, não quando vai arruinar a melhor coisa que ele tem, a única maneira de permanecer ao lado de Black. 

 

Então ele respira e se acalma, dizendo a si mesmo que não é nada, que vai ignorar o ciúmes. 

 

Idiota, ele tem certeza que isso é o que ele é. 

 

••

 

Sirius só viu o amigo fugir com tanta intensidade e fervor anos atrás, quando nenhum dos três sabiam do probleminha peludo de Remus. Ele não sabe o que fez, mas sabe que fez algo de errado, algo que está afastando Remus e isso o faz murchar como um balão velho. Não sabe como consertar.

 

Algo mudou, e Sirius não sabe se a culpa é sua. Remus está bravo pelo flerte das semanas anteriores? Constrangido por ter Sirius flertando com ele por ser um garoto? 

 

Ele se lembra de Marlene rindo uma vez e dizendo "vocês podem imaginar como vai ser quando Black finalmente se apaixonar? O quão irônico seria ele ter o coração quebrado, que nem esses pobres coitados?" Todos riram da ideia, e agora Sirius sente vontade de ir até ela e dizer "Uma merda." 

 

É uma merda pois ele sabe que nunca vai ter permissão para arrumar aquela mecha de cabelo que sempre cai nos olhos castanhos de Remus, nunca vai poder beijar seus dedos elegantes, e nunca, nunca vai poder beijar e sussurrar palavras doces por cima de todas as cicatrizes que Sirius sabe que Lupin odeia. Nunca vai beijar os lábios avermelhados, ou ter permissão para arrancar o garoto de seus livros para alguma diversão adequada. 

 

Provavelmente esses desejos não começaram de uma forma repentina, foram se espalhando lentamente, e agora Sirius não consegue mais expulsá-los. Não sabe se quer. Então ele ignora todos esses desejos, de sair dessa sala e ir atrás de Remus, e se concentra em qualquer besteira que saia da boca de James.

 

•• 

 

É tão malditamente doloroso que James prefere bater com a cabeça na parede. Talvez doa menos do que assistir o desastre que é seus dois melhores amigos apaixonados, um pelo outro, e malditamente inconscientes. 

 

Eles são opostos e complementares, qualquer um que tenha olhos consegue ver isso. Porra, qualquer um que tenha olhos e o mínimo de noção vai perceber que estão apaixonados. Todos os sorrisos e olhares são tão carregados de emoção que é demais. Potter tem certeza que se uma maldição fosse lançada, um provavelmente tentaria se jogar na frente do outro.

 

Todos os quatro estão sentados em um dos sofás do Salão Comunal, James está conversando com mais pessoas enquanto Peter fala uma coisa aqui e ali, comendo sapos de chocolate que ninguém sabe de onde vieram, mas Remus e Sirius parecem estar em uma bolha onde apenas os dois vivem. Remus está o mais próximo possível de Sirius sem ser esmagador ou invadir o seu espaço, e a conversa em tópico leve o suficiente para ambos sorrirem. 

 

Remus claramente está absorvendo cada palavra que deixa a boca de Sirius, que fala sobre música trouxa e todas essas bandas que ele descobriu que gosta nas férias, seus olhos brilham. E embora esteja pendurado em cada palavra de Sirius, suas bochechas chegando a corar, ele ainda perde o modo que Sirius inconscientemente roça seus braços em um toque casual, ou como o olhar do Black sempre cai em seus lábios, perdendo a linha de raciocínio até voltar os olhos acinzentados para os cor de mel. 

 

•• 

 

Já passou o toque de recolher e todos os corredores estão vazios, Remus tem apenas mais alguns minutos de ronda, e então vai poder finalmente ir dormir. A lua cheia está se aproximando, cada dia lentamente ele se sente mais cansado, precisando apenas de sua cama e uma boa noite de sono. E quando está prestes a dar meia volta, não vendo nenhum sinal de outro aluno, e voltar para a Torre, ele ouve um barulho de algo caindo dentro de um dos armários de vassouras. 

Fechando os olhos, ele deseja que seja apenas algum rato ou qualquer animal, não querendo lidar com nenhuma advertência ou papelada extra, mas no fundo ele já sabe o que esperar, tendo tantos hormônios quanto qualquer adolescente e feito tantas rondas que nem mesmo cora quando interrompe algum amasso empolgado demais. É por isso que apenas bufa e abre o armário sem bater, iluminando o espaço escuro e estreito com a varinha. 

 

Em vez de corar, seu rosto fica pálido. Sirius Black está encostado na parede do armário, suas bochechas coradas enquanto um aluno da Hufflepuff beija seu pescoço e passa as mãos por suas costas e cintura, por baixo da camiseta. Os lábios de ambos muito vermelhos, as mãos de Sirius puxando os cabelos do garoto que também tem a blusa um pouco amassada e rosto vermelho.

 

Remus quer fechar a porta e pedir por um Obliviate, querendo mais que tudo esquecer a cena, seus sentimentos sendo algo entre raiva, tristeza e… ele não sabe, mas sabe que um nó se formou em sua garganta e que não pode lidar com isso agora, e por isso ele se agarra a raiva, usando-a para moldar as próximas palavras: 

 

— Menos 10 pontos da Hufflepuff por estar fora dos dormitórios após o horário de recolher, o mesmo da Gryffindor. Ambos, saiam. – Sua voz é fria, e isso parece acordar Sirius de seu estupor, empurrando gentilmente o garoto enquanto arruma a camiseta. Seu pescoço já começando a ganhar uma coloração avermelhada. 

 

Remus se obriga a desviar o olhar, alimenta mais a raiva antes que sinta seus olhos arder. 

 

— Sério, Lupin? – O garoto tem a ousadia de falar, parecendo muito mal humorado enquanto arruma os cabelos. 

 

— O que? 

 

— Pensei que você pudesse ignorar a gente, já que é melhor amigo do Sirius. – O garoto revira os olhos, e Remus tem que fazer o seu melhor para não lançar um feitiço particularmente desagradável. 

 

— Pensei que a esse ponto você já estaria a caminho do seu próprio dormitório, mas talvez você queira uma detenção também? – Lupin retruca, sua voz soando com algo menos frio e mais parecido com raiva, apertando tanto a varinha que a ponta de seus dedos ficam brancos como osso. 

 

Isso parece fazer o garoto se mover. Antes de passar por Remus na porta, ainda lança um sorriso malicioso para Sirius e ignora o monitor em favor de ir para seu próprio dormitório. Pelo canto do olho Remus consegue ver Sirius que parece ter as bochechas em um tom de vermelho forte, e Lupin não pode olhar para ele. Agora não. 

 

— Remus…? – A voz de Sirius está rouca, e Remus se obriga a não olhá-lo. 

 

— Dormitórios. – Remus diz, algo na voz dele faz com que Sirius simplesmente saia sem dizer mais nada, seu olhar nunca ficando no amigo. 

 

Quando Sirius desaparece no corredor, sumindo da vista de Remus, toda a raiva se esvai, deixando-o apenas magoado e triste. Ele fica ali por um minuto inteiro, olhando para o armário agora vazio, tentando afogar todos os sentimentos que nunca deveriam existir. Sirius é solteiro e livre para fazer o que quiser, com quem quiser, Remus diz a si mesmo, o que não faz nada contra seu coração que parece doer a cada batida com a visão de Sirius tão entregue aos beijos de outro garoto.

 

Sirius ainda está acordado quando Remus entra no quarto, sentado na própria cama como se estivesse esperando para falar com Remus. A visão faz algo dentro de Lupin torcer, o pijama de Black é uma calça preta e vermelha de flanela, e a camiseta é uma que Remus deu para ele de aniversário dois anos atrás. É demais, e por isso Remus desvia o olhar e pega qualquer roupa para dormir e se troca do banheiro, quando deita na cama, se sentindo esgotado e exausto, Lupin ignora o olhar carregado de Sirius enquanto fecha as cortinas.

 

•• 

Durante dois dias a tensão entre Remus e Sirius cresce com potencial de explodir a escola, James não sabe o que aconteceu durante a noite de terça, mas de alguma forma sabe que tem haver com as marcas avermelhadas que apareceram no pescoço de Sirius na manhã seguinte. Pela primeira vez nenhuma das suas piadas ou comentários parece surtir o efeito, então ele apenas conversa com Lily sobre a monitoria e tenta focar nos deveres. Peter apenas se concentra em qualquer outra coisa, preferindo sumir na vez de ficar no mesmo ambiente que os dois idiotas. 

 

Os quatro decidiram sentar em uma mesa do Salão Comunal quando James comentou sobre o trabalho de Poções, então todos estão sentados, cadeiras puxadas, mochilas abertas e vários livros espalhados. Sirius parece irritado enquanto rabisca com força no pergaminho todas as informações que precisa, Remus segue ignorando a tensão na sala, mesmo que pareça viver pelos pedaços de chocolate que tira de dentro da mochila de tempos em tempos. 

 

E se Potter for sincero, ele está apreensivo, olhando para os dois amigos esperando pelo momento que ambos vão cansar do jogo de ignorar e explodir bem no seu rosto, como Snap. Exceto pela sensação que ele tem que o dano vai ser muito pior. Quando explode, não é como James pensou que seria. 

 

Uma garota caminha em direção à mesa, e se inclina ao lado de Sirius, apoiando um braço na mesa e totalmente virada na direção de Black, ficando de costas para Remus, o que o impede de olhar o rosto confuso do garoto. Sirius também não vê quando toda a calma e tranquilidade de Lupin desce pelo ralo, seu rosto se contorcendo em uma careta com desgosto, mas James vê, e acompanha também quando o amigo junta todos os livros e sai, aproveitando a distração de Sirius com a garota. 

 

Minutos depois a garota sai parecendo irritada, Sirius parece apenas cansado, e depois confuso quando percebe que Remus e todas as suas coisas se foram. 

 

— Onde…? – Sirius parece desnorteado, olhando ao redor e então para James, que apenas suspira enquanto volta para a lição. 

 

— Não sei, ele não disse nada. 

 

— Como assim não disse nada? 

 

— Pegou todas as coisas e saiu em silêncio. Simples. – E então Sirius está empurrando a cadeira para trás com força, e seus olhos brilham em irritação e um pouco mais. 

 

James apenas suspira, esperando algo muito pior, e apenas acompanha com os olhos Sirius fazendo o mesmo caminho que Lupin fez para fora do Salão Comunal, seus passos decididos. Cansado de todo o drama, Potter apenas tenta se concentrar mais uma vez em sua lição.

 

Do lado de fora, Sirius se sente irritado, a raiva dos últimos dias fervendo dentro de si. Ele não sabe o que diabos está errado com Remus, mas vai descobrir. 

 

Não sabendo exatamente o que vai fazer, mas sabendo que precisa encontrar o pequeno Moony, Sirius tira o mapa do bolso e procura pelo nome de Remus, encontrando-o na Torre de Astronomia, antes que possa pensar Sirius está se movendo. Durante todo o caminho Black toma cuidado para evitar qualquer aluno, e conhecendo o castelo melhor que os outros alunos, em poucos minutos ele está subindo as escadas silenciosamente, enquanto guarda o mapa. 

 

A Torre está vazia, iluminada apenas pelo brilho da lua crescente, as estrelas parecendo maiores e mais brilhantes. Todo o corpo de Sirius vibra quando vê Remus sentado apoiado em uma das paredes, olhando para as estrelas como se as mesmas pudessem revelar todos os segredos e mistérios terrenos, tanta paixão e melancolia. Sirius esquece de tudo, sua raiva não é nada, não quando ele deseja retirar a maldição do garoto. 

 

É irônico, ele sabe, Remus é apaixonado pelo céu, que carrega sua maior dor. Sua maldição. 

 

— Você não deveria estar com a Caroline? – A voz de Remus quase ecoa, mas é baixa demais, e parece pequena. Seus olhos castanhos fixos em Sirius, que perdido em pensamentos nem reparou. 

 

— O que? – Quem? Sirius pensa confuso. 

 

— Caroline. – Responde no mesmo tom. 

 

— Ainda não sei de quem você está falando. 

 

— A garota, da mesa. Ou… não espera isso é meio redundante, a de momentos atrás. – Algo na voz de Remus se torna mais duro, como se ele estivesse esperando um tapa, como se Sirius devesse estar com a garota. 

 

 Toda a sua raiva começar a arder novamente e Black atravessa o espaço entre os dois. Quando ele fala novamente, cara a cara com Remus, sai quase em forma de um rosnado, seu tom pura raiva. 

 

Do que isso se trata? 

 

A expressão no rosto de Remus é pura derrota, e faz com que Sirius sinta mais raiva ainda. A única alma derrotada ali é a dele. 

 

— Eu… Pads… Não posso mais continuar agindo assim. Desculpa, mas…

 

Sirius está genuinamente confuso, Remus parece estar tentando seu melhor controle para não chorar, e Sirius o viu assim poucas vezes. Sendo normalmente sensato e no controle de suas emoções. 

 

Do que você está falando? 

 

Remus fecha os olhos, e encolhe os ombros como se quisesse sumir, desaparecer, aconteceu o mesmo quando ele disse que era um lobisomem, com vergonha e medo de perder os amigos. De perder Sirius. Black não entende, não há nada que Remus poderá fazer no mundo que o faça perdê-lo. 

 

— Eu… Eu estou apaixonado por você, Sirius. E… – Ele suspira, puxa o ar para dentro dos pulmões tão forte que quase dói, e Sirius apenas olha como se fosse uma brincadeira. Exceto que não é. – E eu sei que você nunca vai retribuir, e você não é obrigado. Por isso eu não posso deixar minhas emoções e ciúmes falarem mais alto. Desculpa por isso. Eu também não... 

 

As palavras inúteis se perdem no meio da noite e sob as estrelas Sirius Black beija Remus Lupin com toda a frustração e felicidade que sente. É apenas seus lábios quentes e macios pressionados um no outro, com força e intensidade, e Remus nunca esperou menos de Sirius, sempre tão intenso. Ele está paralisado, sua mente não encontrando nenhuma razão lógica para os lábios de Sirius Black pressionados nos seus com tanta paixão. 

 

Segundos depois Sirius se afasta suavemente, a mão de Black continua pressionada na bochecha de Remus, e os olhos acinzentados de Sirius parecem brilhar mais que as estrelas, Remus não consegue pensar. Não quando Sirius respira como se tivesse acabado de sair de um jogo de Quadribol, quando o dedão acaricia a pele cheia de cicatrizes de Remus, quando o olha com tanta reverência e tantos sentimentos que tudo que Lupin pensa é 'isso é um sonho, por favor, não me faça acordar agora.'

 

— Eu… sinto muito… – E ali, ali é a prova da realidade. Nada tão bom poderia vir para Remus. Ele já está dando um passo apressado para trás, pensando em se esconder pelos próximos séculos na sala precisa… e então Sirius rosna, o mantendo preso no mesmo lugar. – Me deixa terminar, seu idiota! Sinto muito por não pedir para beijar você, mas… você não pode falar todas essas coisas e pedir desculpas por se apaixonar por mim, e você definitivamente não pode ser tão alheio para não ver que eu sou inegavelmente apaixonado por você. 

 

O cérebro de Remus está derretendo. Sirius solta uma risadinha e encosta a própria testa na do outro garoto, sorrindo leve e satisfeito. 

 

— Desde… porra, nem mesmo sei há quanto tempo. Talvez eu sempre estive apaixonado por você e só não sabia, mas você parece pregado nos meus pensamentos, e eu não consigo não pensar em você, e no quanto você fica bonito quando lê, e no quanto você parece tão relaxado enquanto dorme, e… que você é lindo quando ri e mais lindo ainda quando sorri só pra mim. Que você é a pessoa mais corajosa que eu conheço e tudo que eu quero é você. E então… eu passei um mês inteiro tentando te mostrar que eu estava interessado, flertando, comprando todos esses chocolates, te elogiando e nada. 

 

— Eu… eu pensei… você… – O cérebro de Remus definitivamente está derretendo. Ter Sirius tão perto não ajuda em nada. Então ele fecha os olhos e consegue organizar as palavras que vem em uma ordem concisa. – Eu pensei que você nunca iria querer alguém como eu. 

 

— Você é tão idiota. — Sirius diz como se fosse algo espetacular, com reverência, um sorriso claro em sua voz. – Posso te beijar agora? 

 

A única resposta que Remus pode dar é finalmente unir seus lábios mais uma vez. É mais suave, mas tão intenso quanto antes. Suas mãos seguram os pulsos de Sirius, seus lábios se movem em sincronia, e tem todos esses arrepios correndo pelo seu corpo, a mão de Sirius escorregando para o pescoço quando o beijo se torna mais aberto e profundo, as línguas começando a se acariciar e enviando uma toneladas de sensações pelo corpo dos dois, fazendo que Remus passe as mãos pelos braços de Sirius. Sentindo a pele quente e arrepiada, os músculos por toda a prática de Quadribol, e então puxando a camiseta quando chega no quadril fazendo com que seus corpos pressionem e Remus suspira. 

 

Eles se afastam, as mãos de Remus acariciando por cima da camisa, e as mãos de Sirius puxando os cabelos da nuca. Ambos parecem brilhar. 

 

— Por que demorou tanto tempo? – Remus pergunta, baixo quando sente o nariz de Sirius pelo pescoço, fazendo seu corpo tremer com todas as reações prazerosas que correm pelo seu corpo.

 

Sirius o beija, e essa é única resposta que ele tem pelo resto da noite.











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Notas finais do capítulo

james poderia ter trancado eles em um banheiro e eles ainda seriam lerdos demais para finalmente (finalmente!) ficarem juntos.

eu adorei escrever sobre eles, eles lerdos e james vendo o desastre de seus melhores amigos foi a melhor parte kkkk
eu adoro o casal e espero que vocês também tenham gostado.

[malfeito, feito!]