Hayley Potter e a Pedra Filosofal escrita por Starfall
Notas iniciais do capítulo
Oie! Espero que gostem desse capítulo.
Desculpe a demora, faculdade me sugou... mas estou aqui! Aproveitem!
Ah, procurando inspiração para escrever eu me deparei com um desenho lindo, e imaginei a Hayley fazendo algo parecido! vou deixar o link aqui, e vocês vão entender ao ler o capítulo!
Link do desenho: https://weheartit.com/entry/330863171?context_page=4&context_query=hogwarts+express&context_type=search
Quando nós chegamos no sétimo andar, Percy parou bruscamente e nós vimos várias vassouras flutuando no meio do corredor.
— Pirraça! – Percy gritou, o rosto ficando vermelho – Apareça! – e então olhou para nós, explicando – Pirraça é um poltergeist, gosta de atazanar a todos na escola.
— Percy! – com um ‘pop’ um homem meio translucido vestido como bobo da corte apareceu flutuando no ar – As férias foram chatas sem incomodar você! – então olhou em nossa direção – Alunos novos!
— Pirraça... – a voz de Percy tinha um tom de aviso, mas não funcionou.
As vassouras voaram em nossa direção, caindo sobre nossas cabeças. Me protegi com os braços e observei Percy ficar completamente vermelho, gritando com o poltergeist. Pirraça riu e deu a língua para Percy, desaparecendo com outro ‘pop’.
— Poltergeist irritante... – Percy fez um movimento com a varinha e as vassouras flutuaram até um armário que estava com a porta aberta no corredor – Vamos, antes que ele decida voltar!
Percy nos levou pelo corredor, até parar em frente a um quadro quase do mesmo tamanho da parede. Uma mulher gordinha com um vestido rosa de seda estava na pintura, com um sorriso divertido nos lábios.
— Vejo que Pirraça já irritou você este ano, querido! – ela disse olhando para Percy – Oh! Primeiranistas! Sejam muito bem vindos à Grifinória, queridos! – a mulher gorda no quadro acenou para nós com um lenço bordado na mão, e então olhou para Percy novamente – Senha?
— Cabeça de dragão.
Depois que Percy disse a senha, o quadro se abriu para trás e todos nós entramos. Percy disse que deveríamos sempre dizer a senha para entrar no salão comunal, que era um cômodo redondo e decorado com tapeçarias em vermelho e dourado, tinha uma grande lareira em um lado, janelas compridas na parede ao lado de duas escadas. Ele disse para as meninas que nosso dormitório era o primeiro depois de subir as escadas, já que somos do primeiro ano, e acompanhou os garotos pela escada a esquerda.
Olhei ansiosa para Hermione e nós subimos as escadas de mãos dadas, seguindo uma garota loira e uma das gêmeas de cabelos escuros compridos. Quando entramos, encontramos uma garota com cabelos loiros claros em uma das camas mais perto da porta. Eu e Hermione ficamos com as duas camas ao lado das janelas, e iriamos dividir uma bancada entre nossas camas.
— Meu nome é Lilá Brown. – a garota loira que subiu as escadas conversando com a gêmea me cumprimentou – É um prazer te conhecer.
— Oi. – sorri, envergonhada – Eu sou Hayley.
— Eu sou Parvati Patil. – a garota de longos cabelos escuros se juntou a nós – É uma honra dividir o dormitório com você, Hayley.
— Hmm... – olhei para Hermione, que estava com uma expressão confusa – Essa é Hermione, nós nos conhecemos no trem.
— Muito prazer! – Parvati disse para Hermione e se virou para a garota no canto do quarto – E você?
— Ah, oi... – a menina derrubou uma bolsinha quando percebeu que a gente olhava para ela – Meu nome é Sophie. Eu sou nascida trouxa. Tudo aqui é meio demais, sabe? – ela disse, olhando o tempo todo para as próprias mãos.
— Eu te entendo. – sorri – Cresci no mundo trouxa e nem sabia que magia existia...
— Sério? – Lilá meio que gritou, e estava puxando seu malão até a cama que tinha escolhido – Mas como isso é possível? Você é Hayley Potter!
— Ah. – senti meu rosto ficar vermelho – Fui criada pelos meus tios, e parece que eles odeiam magia...
— Idiotas, isso sim. – Parvati balançou a cabeça – Qualquer um com um mínimo de respeito teria orgulho de ser seu parente, Hayley.
— O que isso significa? – Hermione perguntou, organizando as roupas que tirava de dentro do malão na cômoda ao lado da sua cama.
— Ela é uma heroína! – Lilá disse – Por causa dela, aquele-que-não-deve-ser-nomeado morreu!
— Verdade! – Parvati concordou, puxando o malão para a própria cama – Ela é a única que sobreviveu ao feitiço da morte, na história da magia inteirinha!
— Aquele-que-não-deve-ser-nomeado? – Hermione perguntou, e eu vi Sophie colocar fones nos ouvidos no fundo do quarto, as mãos tremendo.
— Você-sabe-quem. – Lilá estremeceu – Ninguém fala o nome dele, mesmo depois dele ter morrido... da má sorte.
— Eu não sabia de nada disso. – informei as garotas a minha volta – Foi Hagrid quem disse que Voldemort tinha matado meus pais, eu achava que eles tinham morrido em um incêndio...
— Não fala o nome dele! – Lilá parecia ter perdido toda a cor.
— Desculpe, Lilá... – murmurei, puxando o meu próprio malão até a minha cama – Eu não estou acostumada com isso tudo ainda.
— Só não fala o nome dele.
Depois disso, e recebendo olhares curiosos de Hermione, nós terminamos de arrumar nossas malas em silêncio. Quando terminei de colocar todas as minhas coisas na cômoda e organizar meu material na minha parte da bancada, todas as meninas já estavam dormindo. Peguei meu pijama e fui para o banheiro, que era no fim do corredor, e tomei um banho rápido. Deixei meu cabelo solto e voltei para o dormitório, deixando o uniforme arrumado na minha cadeira, junto com a mochila que tinha organizado.
Sabendo que não conseguiria dormir, peguei meu caderno e meu estojo e desci até o salão comunal. Desenhar iria me ajudar a lidar com tudo que aconteceu, a assimilar as informações novas... Encontrei o salão comunal vazio, com a lareira com um fogo aconchegante. Sentei em uma das poltronas e terminei meu desenho do trem, o Expresso de Hogwarts. Quando terminei de colorir o desenho, comecei um esboço do castelo visto do barquinho... tinha a impressão que esse tomaria um bom tempo para ser terminado.
— Uau! – eu me assustei com o barulho logo atrás de mim, derrubando meu caderno – Que desenho lindo, Hayley.
Com a mão em cima do meu peito, virei para descobrir quem tinha visto meu desenho. Era um dos gêmeos Weasley. Respirando fundo algumas vezes, peguei meu caderno do chão e observei ele se sentar na mesinha em frente a minha cadeira.
— Sou o Fred. – ele riu da minha expressão curiosa, e percebi uma pequena falha na sua sobrancelha esquerda quando a luz da lareira brilhou em seu rosto – O que você está fazendo aqui em baixo?
— Não durmo muito bem. – respondi, sentindo meu rosto ficar vermelho – Se estivesse na casa dos meus tios, eu provavelmente estaria indo para a cozinha comer algo a essa hora.
— O que te impede de fazer isso aqui? – Fred abriu um sorriso travesso, levantando da mesa.
— Eu não sei onde é a cozinha? – disse, meio incerta do que ele estava planejando.
— Bom, eu sei. – Fred abriu mais ainda seu sorriso travesso, me puxando da cadeira.
— Nós podemos ir até a cozinha nesse horário?
— Tecnicamente não. – ele pegou meu caderno e meu estojo e colocou na mesinha – Mas não vamos ser pegos.
— Não sei, Fred...
— Vamos, eu não vou deixar você se meter em encrenca! – ele puxou a varinha das vestes.
— Certeza? – perguntei, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo.
— Absoluta. – Fred me segurou pela mão e me guiou até a saída do salão comunal, murmurando lumus assim que saímos no corredor, o que fez a ponta de sua varinha se acender com uma luz fraca.
Fred nos guiou pelos corredores silenciosos até a frente do grande salão, e então nos levou um andar para baixo. Quando chegamos na frente de um quadro, Fred passou a mão em uma pera da pintura e, igual no salão comunal da Grifinória, o quadro abriu para dentro.
— Bem vinda à cozinha de Hogwarts! – Fred disse, o tom de voz normal, quando o quadro se fechou atrás da gente – Os lufanos tem sorte, o salão comunal deles é aqui do lado.
Eu observei com admiração o grande ambiente, que era do mesmo tamanho do grande salão, com 4 mesas enormes uma ao lado da outra e a grande mesa dos professores na ponta oposta de onde estamos. Fred foi até uma das prateleiras e pegou dois pratos, colocando na mesa equivalente a da Grifinória no andar de cima. Me sentei em frente ao prato e observei Fred pegar uma caixa de papel e então trazer até onde estava, voltando para as mesmas prateleiras e pegando dois copos e uma caixa de leite.
— Como você sabe onde as coisas ficam? – perguntei, abrindo a caixa e percebendo que dentro tinha as tortinhas de chocolate que eu amei – As tortinhas! – olhei para Fred, os olhos brilhando.
— Percebi que você comeu varias dessas tortinhas no jantar. – ele disse rindo – E eu fiz amizade com alguns dos elfos que trabalham aqui...
— Espera um minuto! – eu disse com a boca já cheia do doce, engolindo antes de continuar – Elfos?
— Sim, elfos domésticos. – ele riu, colocando leite nos copos e sentando do meu lado – Eles trabalham aqui na cozinha, e algumas famílias também tem os próprios elfos domésticos para trabalhar nas casas.
— Uau! – eu observei Fred comer uma tortinha também.
Nós acabamos com as tortinhas que estavam na caixa, e bebemos quase todo o leite que tinha na caixinha. Quando Fred levantou, levando os pratos, eu o acompanhei com os copos até a pia. Observei Fred lavar os pratos e copos e eu os sequei com um pano que achei ao lado da pia, e então ele colocou tudo no lugar.
— Fred? – perguntei, quando ele se virou para mim.
— Sim? – ele levantou uma sobrancelha em minha direção.
— O que você estava fazendo acordado?
— Eu não consegui dormir e decidi ficar um pouco no salão comunal. – ele respondeu, vindo até mim e sentando na mesa a minha frente, apoiando os pés no banco – E você?
— Eu não durmo bem, no geral. – respondi de forma sincera – E estou ansiosa com as aulas.
— Porque você não dorme bem?
— Promete não me zoar? – perguntei, insegura.
— Claro, Hayley.
— Meus tios costumavam me deixar trancada no quarto, sem comida as vezes. – eu observei minhas mãos, puxando a beira da minha camiseta – E então eu tinha que descer no meio da noite para comer alguma coisa, sabe? Eu nunca entendi como conseguia abrir a porta, que eu ouvia tio Valter trancar. Ou como a porta se trancava de novo depois que eu voltava para o quarto... Agora isso faz sentido.
Fred estava em silêncio, só conseguia ouvir sua respiração. Depois de alguns minutos assim, tomei coragem e olhei para ele. Seu rosto estava vermelho, os olhos fechados com força.
— Fred?
— Seus tios te deixavam trancada!? – ele perguntou com a voz baixa, de olhos ainda fechados.
— Sim... Mas não tem importância, eu estou bem sabe?
— Claro que tem importância, Hayley! – ele abriu os olhos, me encarando – Família não faz isso!
— Eu estou bem, minha tia não era tão ruim. – murmurei, voltando a olhar para as minhas mãos – Vamos voltar pro salão comunal?
— Tudo bem. – Fred respirou fundo, e quando olhei para ele o sorriso travesso estava no seu rosto – Admita, você gostou de vir para a cozinha escondida!
— Gostei sim. – ri de sua animação, andando até a porta com Fred me seguindo.
Nós voltamos para o salão comunal em silêncio, com o brilho da varinha de Fred iluminando o caminho. Eu tentaria fazer o feitiço depois, poderia ser útil. Quando entramos no salão, depois da Mulher Gorda reclamar que a acordamos, Fred me desejou boa noite e subiu para o dormitório masculino. Eu ainda fiquei alguns minutos no salão comunal, continuando meu desenho do castelo. Quando olhei para meu relógio de pulso e percebi que já era quase 4h da manhã, subi para meu dormitório. Guardei o caderno e o estojo na minha mochila e me deitei, abraçando um dos travesseiros.
No outro dia, acordei com Hermione me balançando. Ela disse que iriamos nos atrasar e então saiu do quarto, provavelmente para ir até o banheiro se arrumar. Levantei e percebi que todas as meninas ainda dormiam, mas decidi me arrumar. Me troquei no quarto mesmo, já que só eu estava acordada, e fiz uma trança no meu cabelo. Decidi colocar meu tênis quando vi que estava chovendo, e já estava verificando meu material quando Hermione voltou pronta.
— Nossa aula só começa às 9 horas, por quê me chamou tão cedo? – perguntei, pois tinha percebido que não era nem 8h30 ainda.
— Nós temos que tomar café da manhã, Hayley. – ela parecia surpresa com o fato de eu não ter pensado nisso.
Com um suspiro, peguei minha mochila e segui Hermione até as escadas e então até o salão comunal. Já estávamos quase saindo, quando ouvimos alguém gritando nossos nomes.
— Hayley! Hermione! – Ron estava correndo até nós, os sapatos sem amarrar, a gravata torta e uma bolsa de couro marrom surrada pendurada no ombro – Estão indo para o café?
— Sim, Ron. – disse, esperando que ele estivesse ao nosso lado antes de sair do salão.
— Eu estou ansioso, a primeira aula é de poções... com a Sonserina! – ele falou, resmungando o nome da outra casa – Fred e George disseram que o professor de poções é mal-humorado, que ele quer o cargo de professor contra as artes das trevas faz anos mas não consegue.
— Bom dia! – como se tivessem sido convocados, os gêmeos apareceram do nada ao nosso lado, falando ao mesmo tempo.
— Bom dia, meninos. – cumprimentei, e soube quem era Fred de imediato, por causa da cicatriz na sobrancelha esquerda.
— Dormiu bem, Hayley? – George perguntou, levantando as sobrancelhas para mim.
— Dormi bem sim, George. – respondi, um sorriso sarcástico no rosto – Por quê?
— Ela sabia que não era você. – resmungou George, dando um soco no irmão gêmeo, mas logo abriu um sorriso.
— Você sabe quem é quem? – Ron perguntou, a voz chocada.
— Sei sim. – eu estava rindo, e Hermione me lançou um olhar curioso.
— Bom, vamos logo, ou todas as comidas boas vão acabar! – George disse, empurrando eu e Hermione em direção as escadas.
Nós descemos até o grande salão rindo e conversando sobre as aulas, Fred e George contando histórias das pegadinhas que tinham feito nos anos anteriores e do que estavam planejando para esse ano. Hermione parecia preocupada com os planos dos gêmeos, mas eu estava animada com a ideia de pegadinhas. Quando chegamos no salão, de alguma forma, eu acabei sentada no meio dos gêmeos com Ron e Hermione sentados na nossa frente. Eu peguei algumas tortinhas de chocolate mas também um pouco de cereal com leite, e um copo de suco de laranja. Os gêmeos comeram bolo de abóbora e suco de laranja, Hermione preferiu cereal com leite enquanto lia um livro e Ron... Bom, Ron parece ter pego de tudo.
Eu estava me divertindo, ouvindo os gêmeos contarem o que aprontaram durante as férias, quando olhei para a mesa dos professores e percebi o professor de poções, professor Snape, me observando com a testa franzida. Depois de alguns segundos, eu voltei a participar da conversa e decidi me preocupar com o professor de comportamento estranho quando estivesse na aula dele. Agora eu iria aproveitar meus amigos, e a comida deliciosa de Hogwarts.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então, o que estão achando? Por favor, comentem! Me digam o que estão achando!
Ah, e eu estou seguindo um horário de aulas que achei na internet para as aulas dos anos... (http://www.muridae.co.uk/after_survivor/mastertimetable.pdf)
Até logo, meus queridos! ♥