Hayley Potter e a Pedra Filosofal escrita por Starfall


Capítulo 4
O Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Oie! Estou de volta, com mais um capítulo. O próximo capítulo será bem diferente do que nós conhecemos, estou ansiosa para escrever!
Boa leitura!



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Hayley estava tão cansada que não prestou tanta atenção assim no lugar que Hagrid chamou de Caldeirão Furado, seguindo o gigante em silencio até o quarto que ele disse que era o seu. Hagrid se despediu dizendo que estaria no quarto logo em frente e que qualquer coisa ela poderia procurar por ele.

         A menina estava confusa, mas deixou as duas mochilas ao lado da cama e foi até o banheiro. Escovou os dentes e lavou o rosto, observando seu reflexo no espelho. Sem se demorar muito, pois já eram quase 2h da madrugada, Hayley foi até o quarto e deitou na cama, adormecendo logo em seguida.

         Acordou no dia seguinte com alguém batendo em sua porta, e se levantou assustada, achando que tinha dormido demais e tia Petúnia estava esperando que ela fizesse o café da manhã. Assim que observou aonde estava, Hayley soube que definitivamente não era tia Petúnia do outro lado da porta.

— Já vou! – gritou a menina – Um minuto!

         Hayley saiu da cama em um pulo e foi até uma de suas mochilas, puxando o casaco creme de dentro e o vestindo. Tinha dormido com os sapatos nos pés, então estava pronta. Foi até a porta prendendo o cabelo em um rabo de cavalo e a abriu. Do outro lado estava Hagrid, com um sorriso enorme.

— Bom dia, Hayley! – ele a cumprimentou com a voz animada – Vamos, temos um longo dia a nossa frente!

         Hayley seguiu o gigante até as escadas, vendo que tinham vassouras varrendo o chão sem ninguém as segurando, e sentou-se ao lado dele quando chegaram em um salão com varias mesas e muitas pessoas comendo, conversando e lendo jornais. Percebeu que assim que todos viram Hagrid, pararam de falar e sussurravam baixinho entre si. Franziu a testa, incomodada, é claro que ele era diferente, maior do que qualquer um ali, mas as pessoas não precisavam encarar!

— Hagrid. – a menina puxou a manga do homem ao seu lado – Todo mundo está olhando para você.

— Não, Hayley. – Hagrid retrucou, soltando uma risada incomodada – Estão olhando para você.

— Para mim?

— Sim. – ele colocou uma das mãos no ombro da menina – Eu disse que você é famosa em nosso mundo, todos conhecem seu nome. Devem saber que eu estaria com você a essa hora.

         Hayley não falou nada, estava espantada com toda a atenção. Hagrid pediu dois pedaços de torta e dois sucos de abobora e eles comeram em silêncio, aos poucos as pessoas em volta da dupla voltaram a conversar normalmente.

         Hagrid a acompanhou até Gringotes, um prédio feito de pedras brancas com grandes portas douradas. Dentro o lugar era maior ainda, alto demais com paredes cobertas em mármore branco, o chão de mármore escuro. Hagrid andou até parar em frente a maior mesa do lugar, onde um duende com óculos os observava.

— Bom dia, estamos aqui para fazer uma retirada do cofre de Hayley Potter. – Hagrid informou ao duende os observando com uma expressão severa – E também... tenho esta carta, de Alvo Dumbledore. É sobre o que está no cofre 713.

         O duende pegou a carta das mãos de Hagrid, junto com uma pequena chave enferrujada. Ele abriu a carta e a leu, balançando a cabeça no final da carta. Chamou um duende, Grampo, e disse que acompanhasse ambos até os cofres. Primeiro pararam no cofre da família Potter, onde Hayley ficou paralisada bons minutos ao ver a montanha de moedas douradas.

— Ande logo, pegue o que precisa e vamos indo! – o duende reclamou – Não tenho o dia todo, garota.

         Hayley aceitou uma bolsinha roxa que Hagrid ofereceu e colocou algumas dezenas das moedas douradas dentro. Depois disso, desceram mais um pouco até um outro cofre, que era diferente do primeiro. Hayley observou curiosa enquanto Grampo abria o cofre e Hagrid pegava um pequeno pacote e o colocou em um dos muitos bolsos de seu casaco. Ao voltarem para o saguão de mármore, Hayley perguntou se poderia ter um pouco de dinheiro trouxa. Hagrid assegurou que sim, e voltou a falar com um duende atrás de uma mesa para conseguir o dinheiro trouxa.

         Depois da visita ao banco dos bruxos, Hagrid levou Hayley a varias lojas para comprar os pergaminhos, livros, e todo o material necessário para as aulas em Hogwarts. Hagrid tinha escrito em um pedaço de pergaminho instruções sobre o dinheiro bruxo:

Os dourados são Galeões. 17 Sicles, as moedas prateadas, formam um galeão. 29 Nuques, a menor moeda de cor bronze, formam um Sicle.

         Hagrid deixou a menina na porta de uma loja de roupas, dizendo que queria fazer algo enquanto ela era atendida. Hayley entrou na loja procurando por alguém que pudesse ajudar.

— Venha para cá! – uma voz feminina pode ser ouvida do fundo da loja – Estou terminando com um cliente e já estarei disponível.

         Hayley esperou a meio caminho de onde a voz pode ser ouvida, e em menos de 5 minutos um garoto muito pálido com cabelos loiros claros saiu por de trás de uma cortina. O menino encarou Hayley, levantando uma sobrancelha para a garota.

— Olá. – ele observou a menina –Também está indo para Hogwarts?

— Sim. – Hayley não se sentia muito confortável na presença do garoto, mas não conseguia entender o motivo.

— Meus pais estão comprando meu material. – ele continuou, não percebendo o desconforto da menina – E eu quero comprar uma vassoura depois. Alunos de primeiro ano não podem levar uma para Hogwarts, mas quero ver impedirem que eu leve! – o sorriso arrogante do garoto a deixou desconfortável – Onde estão seus pais?

— Mortos. – a resposta foi curta, não sentindo-se confortável para dar explicações.

— Oh! – o menino pareceu um pouco envergonhado, mas logo o olhar arrogante estava de volta – Mas eles eram como nós, certo?

— Eles eram bruxos, sim. – a menina estava observando por trás do garoto, tentando achar uma forma de sair da conversa desconfortável.

— Nesse caso, meu nome é Draco. – ele estendeu a mão – Draco Malfoy. Seria um prazer acompanha-la quando chegarmos em Hogwarts. Se você não se tornar uma lufana, é claro.

         A garota não tinha resposta para aquela pergunta, mas aceitou a mão estendida por educação. Tia Petúnia tinha lhe ensinado boas maneiras a vida toda, não era fácil ignora-las.

— É claro... – concordou com o garoto.

— E posso te mostrar alguns movimentos que meu pai me ensinou, sobre quadribol. – o sorriso que o garoto exibiu ao falar sobre o tal de ‘quadribol’ era genuíno, sem arrogância.

— Huh... – Hayley não precisou responder, pois nesse momento uma senhora apareceu atrás do menino, Draco.

— Estou pronta para atender você agora, querida! – ela abriu um sorriso – Venha, venha!

         Hayley sorriu para o menino, agradecendo pela interrupção, e seguiu a senhora até um provador.

— Meu nome é Madame Malkin, querida. – ela já pegava algumas peças de roupas em prateleiras dispostas a volta da menina – E o seu nome?

— Hayley Potter. – a menina respondeu com um sorriso, a senhora tinha a impressão de ser alguém muito legal.

         Ao ouvir o nome da garota, todas as roupas nas mãos de Madame Malkin caíram no chão. Mas ela logo se recuperou, balançando a varinha e empilhando tudo em uma mesinha ao lado de um banquinho no meio do provador. A prova do uniforme foi rápida e eficiente.

— Você faz roupas que não sejam uniforme? – a garota perguntou ao final da prova, quando já estava em suas roupas normais novamente.

— Claro que sim! – a bruxa mais velha parecia animada – Do que gostaria?

— Eu gostaria de encomendar algumas calças, camisetas e blusas. – o sorriso da garota era grande – Nada rosa, por favor.

— Claro, claro. – a senhora a levou novamente para a frente da loja – Soube que está hospedada no Caldeirão Furado. Mandarei entregar tudo em seu quarto!

— Muito obrigada. – Hayley estava animada com ter roupas novas, feitas para ela – Quanto eu lhe devo?

— Oh, querida! – Madame Malkin sorriu – Nada, é claro! Considere um presente de aniversário, sim?

— Deixe-me pagar ao menos pelo uniforme.

         Depois de mais alguns minutos insistindo, Hayley pagou pelas vestes da escola e saiu da loja meio sem saber o que pensar. Aquela senhora sabia qual era seu aniversário. Viu Hagrid esperando em frene a loja, com dois sorvetes enormes.

— Hagrid! – ela correu até o gigante, aceitando o cone que ele estendeu – Muito obrigada.

         Eles comeram o sorvete em silêncio. Hayley quis saber o que era quadribol e o que significava ser uma ‘lufana’, e Hagrid explicou um pouco sobre o esporte bruxo e sobre as quatro casas de Hogwarts, falando que a grande maioria dos bruxos das trevas tinham pertencido a Sonserina, inclusive o bruxo que tinha matado seus pais.

         A última parada da garota era na loja de varinhas. Ela sentia-se curiosa sobre o que encontraria ali. Hagrid novamente a deixou na porta e sumiu, informando que queria fazer algo. Hayley estava ansiosa e entrou na loja devagar, observando o ambiente meio escuro e com caixas e mais caixas de varinhas empilhadas encostadas nas paredes, além das mais muitas caixas guardadas dentro de prateleiras nas paredes. Um velho bruxo estava atrás de um balcão, que incrivelmente não tinha caixas em cima, e observou a pequena bruxa com um sorriso carismático.

— Hayley Potter. – o senhor disse, não era uma pergunta – Esperava que viesse até minha loja mais cedo ou mais tarde, huh? Tem os olhos da sua mãe, Lilian. – ele sumiu por trás de uma prateleira transbordando de caixas – Eu lembro dela, sabia que seria uma bruxa brilhante. – voltou para a frente de Hayley abrindo uma caixinha cinza empoeirada – Sou Olivaras. É um prazer finalmente te conhecer, senhorita Potter.

— Obrigada. – ela olhava curiosa para a caixa que era estendida para ela.

— Ande, pegue. – ele soltou um risinho – A varinha não vai se experimentar sozinha, sabe?

         Hayley não sabia muito bem o que fazer, mas pegou com muito cuidado a varinha de dentro da caixinha. Segurou a varinha, examinando-a, e apontou para uma das pilhas de caixa ao seu lado. Várias caixinhas voaram para longe, o que fez a garota soltar o objeto na bancada. Olivaras soltou um muxoxo e guardou a varinha novamente na caixa cinza empoeirada, voltando a sumir por de trás da prateleira. Voltou com uma caixa de veludo azul, muito linda. Novamente, o velho bruxo abriu a caixinha e a estendeu para que Hayley pegasse a varinha dentro. Dessa vez, a menina chacoalhou a varinha e um pote de vidro com uma vela dentro explodiu, fazendo com que a garota se assustasse e largasse a varinha. Olivaras suspirou, fazendo um gesto com a própria varinha e reconstruindo o pote de vidro.

— Eu imagino... Bom, é possível... – o bruxo falava consigo mesmo, e então se virou para Hayley – Veja, a varinha escolhe o bruxo, senhorita Potter. – disse misteriosamente antes de sumir por entre as prateleiras.

         Olivaras demorou uns dois minutos para voltar ao balcão, abrindo uma caixa verde esmeralda. Era mais larga do que as outras, e dentro tinha uma varinha muito linda. Hayley pegou a varinha na mão e a levantou. Da ponta da varinha saíram faíscas coloridas, como pequenos fogos de artificio.

— Curioso, muito curioso! – o senhor Olivaras murmurou, e então voltou a falar com Hayley – Veja, senhorita Potter, dentro dessa varinha existe uma pena de fênix... de uma fênix muito especial, perceba, que só teve mais uma pena. – ele pegou a varinha da mão da garota, a guardando e embrulhando em papel amarelado – A única outra pena foi utilizada na fabricação da varinha que lhe causou a cicatriz em sua testa.

         Hayley se assustou, levando a mão a cicatriz estranha em forma de raio em sua testa. Ela não entendia como era possível que sua varinha dividisse algo com a varinha de quem lhe tirou os pais, ainda bebê.

— Mas, como eu lhe disse, a varinha escolhe o bruxo, senhorita Potter. – Olivaras disse de forma reconfortante – Não é algo que podemos entender.

         Hayley pagou o velho bruxo pela varinha e saiu da loja, vendo Hagrid seguindo em sua direção com uma gaiola com uma coruja branca de olhos amarelos dentro. Era linda!

— Feliz aniversário, Hayley! – Hagrid disse com um sorriso enorme no rosto – Eu lhe comprei um animal de estimação, veja, você pode levar um à Hogwarts.

— Eu amei. – Hayley chegou perto, admirando a coruja. – Obrigada, Hagrid. Ela é linda.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Me digam nos comentários!
Eu vi que vários pessoas já estão lendo a história, mas não comentam... Seria legal saber o que vocês estão achando da história, o que estão gostando e o que não estão gostando.
Gosto muito de interagir com meus leitores, acho que isso torna a escrita mais leve e gostosa. Até logo! ♥



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