Hayley Potter e a Pedra Filosofal escrita por Starfall


Capítulo 10
Apanhadora?


Notas iniciais do capítulo

Oie! Aqui estou eu com mais um capítulo!
Por favor, comentem me dizendo o que estão achando.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/793605/chapter/10

Em menos de um minuto a professora McGonagall saiu da sala com um garoto alto, de cabelos e olhos castanhos. Eles estavam conversando baixo, e quando me viu o garoto abriu um sorriso enorme.

— Ela? – ele olhou para a professora, os olhos curiosos – Mas ela é do primeiro ano, professora.

— Ah, sei disso senhor Wood. – McGonagall respondeu, colocando a mão no ombro dele – Mas tenho certeza que Alvo abrirá uma exceção.

— Bom, sendo assim... – ele olhou para mim, da cabeça aos pés – Muito prazer, senhorita Potter.

— Prazer? – eu falei, meio perguntando, confusa com a situação.

— Senhorita Potter, este é Olivio Wood. – a professora disse, fazendo com que eu a olhasse – Ele é o capitão do time de quadribol da Grifinória.

— Muito prazer, Olivio. – estendi a mão para ele – Me chama de Hayley.

— Bom, senhorita Potter. – McGonagall me chamou – Eu acho que a senhorita seria uma ótima adição para o time da Grifinória, como apanhadora. – ela sorriu – Mas deixarei que o senhor Wood lhe explique tudo, tenho de ir agora.

         E sem falar mais nada, a professora voltou pelo mesmo caminho que viemos. Completamente confusa, olhei para Olivio que parecia pensativo.

— Você tem aula no primeiro horário amanhã, Hayley?

— Não.

— Ótimo. – ele sorriu – Me encontre no salão comunal às 7h30 em ponto, tudo bem?

— Claro, mas... – eu tentei perguntar o que seria um apanhador, mas ele me interrompeu.

— Agora me desculpe, mas ainda tenho aula de poções. – ele apertou meu ombro antes de voltar a entrar na sala.

         Mais confusa ainda, segui até o grande salão. Assim que passei pelas grandes portas, meus amigos estavam a minha volta, todos falando ao mesmo tempo.

— Hayley, o que aconteceu?

— O que a professora McGonagall fez?

— Você perdeu pontos?

— Foi expulsa?

— Gente, deixa a Hayley respirar! – Ron praticamente gritou, entrando na minha frente e ficando entre eu as pessoas – Ela não vai conseguir responder ninguém desse jeito!

— Então, o que aconteceu Hayley? – Lilá perguntou depois de alguns segundos.

— Eu não sei direito. – falei, enquanto Ron saia da minha frente e ficava ao meu lado – Acho que amanhã de manhã descubro.

         Agora que eu não era mais interessante e não tinha as respostas que eles queriam, todos foram para fora do grande salão. Eu acompanhei Ron até a mesa da Grifinória, sentando em frente a um tabuleiro de xadrez.

— Você joga? – ele perguntou assim que nos sentamos, arrumando as peças no tabuleiro.

— Um pouco, as vezes na aula de educação física na minha antiga escola nós jogávamos xadrez ou damas.

— Educação física? – Ron perguntou, as peças já organizadas.

— É uma aula em que nós tínhamos que praticar algum esporte. – o rosto de Ron continuava confuso, então tentei explicar – As vezes a gente jogava vôlei, as vezes basquete, algumas vezes só fazia exercício ou corria.

— O que é vôlei e basquete?

— Você não sabe o que é isso? – senti minha boca se abrir com a surpresa.

— Não, nós só jogamos quadribol. – Ron deu de ombros – Você começa.

— Eu não sei o que é quadribol. – falei – Mas acho que deveria saber, a professora McGonagall me levou para conhecer Olivio Wood.

— Sério? – Ron parecia surpreso, mas assim que me viu indo pegar a peça no tabuleiro ficou confuso – Por que você está querendo pegar a peça?

— Para jogar, Ron.

— Não, é só falar pra peça onde você quer que ela vá e ela vai sozinha Hayley.

         Com a explicação de Ron, começamos a jogar enquanto eu contava sobre a conversa estranha que tive com a professora McGonagall e Olivio Wood. Ron me explicou que alunos de primeiro ano não podiam ter uma vassoura e nem jogar no time de quadribol, e que quase todos os seus irmãos jogaram no time da Grifinória.

         O jogo já estava acabando, e para a minha surpresa as peças se destruíam com movimentos violentos, quando Mione sentou ao meu lado.

— O que estão fazendo? – ela perguntou, observando com curiosidade o tabuleiro.

— Jogando xadrez. – respondi, percebendo que Ron me daria xeque mate em dois movimentos – E Ron vai ganhar.

— Ah! – Mione gritou quando a rainha de Ron destruiu minha torre – Merlin!

— Eu tive a mesma reação. – ri da expressão horrorizada de Mione – Onde você estava?

— Ah, eu levei a bolinha de vidro pro Neville na enfermaria. – Mione estava espalhando alguns livros na mesa, e tirando pergaminhos e penas da mochila – É um lembrol, foi um presente da vó dele. Ele ficou muito feliz de receber de volta. Depois passei no dormitório e peguei meu material, já tinha pego alguns livros na biblioteca para começar o trabalho de poções.

— Você vai estudar? – Ron parecia horrorizado – Nós fomos dispensados antes da aula e você decide estudar!

— Vocês deveriam fazer o mesmo, sabe? – Mione olhou pra gente de forma séria – Assim terão tempo livre no fim de semana.

— Ela tá certa, Ron. – suspirei – E eu estou atrasada com a leitura da matéria de transfiguração.

— Vocês duas são inacreditáveis!

— Vamos, Ron. – levantei da mesa – Vamos pegar nosso material e fazer o trabalho também, quem sabe Mione não ajuda a gente.

— Mas nosso jogo, Hayley...

— Você já ganhou, Ron. – puxei ele pela blusa e me virei, andando para a saída do grande salão – Vamos!

         Resmungando reclamações, Ron me seguiu para fora do grande salão e subimos as escadas. Quando a gente estava subindo a escada para o terceiro andar, ela decidiu mudar de lugar. Me segurei no corrimão enquanto esperava que ela parasse. Assim que ela parou, eu e Ron corremos até o corredor e paramos para respirar.

— Aluninhos no andar proibido! – uma voz estridente falou, e eu olhei em volta procurando o dono.

— Quem está falando? – perguntei alto, ainda procurando o dono da voz.

— Droga! – Ron resmungou, e então olhou para mim com os olhos arregalados – A gente está no terceiro andar, Hayley!

— O que tem?

— É o andar que o professor Dumbledore disse que era proibido!

— Droga! – arregalei os olhos olhando para a escada, que de novo estava mudando de lugar e impedindo que a gente voltasse por onde viemos – O que vamos fazer?

— Uuhhh... – a voz estridente falou de novo, e com um ‘pop’ Pirraça apareceu bem na nossa frente – O que nós temos aqui?

— Ron... – falei baixinho, segurando na manga dele e dando alguns passos para trás.

— Droga, é o Pirraça!

— Corre, Ron!

         Puxando-o comigo, eu sai correndo pelo corredor. Pirraça parece ter gostado porque seguia atrás da gente rindo e jogando bolinhas de água na nossa direção. Pensando em como isso era falta de sorte eu vi uma porta no fim do corredor e apertei o passo até parar em frente a porta.

— Está trancada! – reclamei, olhando para Ron – Pirraça vai deixar a gente encharcado!

— Deixa eu tentar uma coisa. – Ron tirou a varinha do bolso e apontou para a fechadura – Alohomora!

         Com um ‘clique’ a fechadura se abriu e Ron empurrou a porta, entrando e eu o segui. Estava com o ouvido na porta, tentando ouvir se Pirraça ainda estava no corredor quando ouvi Ron choramingar.

— Hayley! – ele sussurrou, a voz aguda.

— Shiu! – sussurrei de volta – Estou tentando ouvir se Pirraça ainda está aqui.

— Hayley... – Ron me puxou e eu vi o motivo da voz dele estar aguda.

         Com o coração batendo rápido demais, abri a porta e puxei Ron para fora comigo. Não foi rápido o suficiente, e o cachorro com três cabeças, enorme, dentro da sala começou a latir e rosnar ao mesmo tempo em nossa direção, tentando sair pela porta pequena demais para seu tamanho.

         Juntos nós conseguimos fechar a porta e baixar a tranca de novo. Escorreguei pela parede, a respiração rápida e descontrolada, o coração batendo rápido demais no peito. Ron estava imóvel, super pálido e com os olhos arregalados, encarando a porta.

— Nós temos que ir. – levantei, me apoiando na parede – Ron! – balancei meu amigo, que parecia estar ficando verde, mas olhou para mim – Vamos, antes que Pirraça volte.

— M-mas... o.... t-tem um... – Ron não conseguia falar, as mãos tremendo e o rosto cada vez mais verde.

— Eu sei, mas nós temos que ir! – puxei ele, que não se mexeu – Agora!

☆☆☆☆☆

         Depois do desespero ao encontrar o enorme cão com três cabeças fugindo do Pirraça, eu e Ron fomos direto até Hermione contar o que aconteceu e ela ficou furiosa. Juntou todas as coisas dela e voltou com a gente para o salão comunal sem falar nenhuma palavra.

         Eu nunca mais quero levar bronca da Mione, foi assustador. Ela disse que nós tínhamos que ter prestado atenção no caminho, que não deveríamos ter entrado na porta e que nós tivemos sorte de encontrar o Pirraça e não algum professor.

         Depois disso, Hermione fez com que eu e Ron nos sentássemos ao seu lado no salão comunal e fizéssemos nosso trabalho de poções e terminássemos a leitura de transfiguração e, depois de terminar tudo, ainda fez a gente ler a matéria para a aula de Herbologia do dia seguinte.

         O jantar foi tranquilo, conversando com Fred e George sobre uma das passagens que eles tinham descoberto logo antes da janta enquanto Ron e Mione discutiam sobre as aulas. Eu tinha ficado surpresa quando Ron disse para nós que conhecia o feitiço que usou para abrir a porta porque os gêmeos o usavam para pregar pegadinhas em Percy na casa deles.

         Quando todos já estavam dormindo, eu desci para o salão comunal com meu caderno e estojo. Com todos dormindo e o silêncio tomando conta da torre da Grifinória eu estava cada vez mais ansiosa para o dia seguinte e descobrir o que a professora McGonagall e o Olivio estavam falando sobre eu ser uma apanhadora para o time de quadribol. Apesar de Ron ter me explicado sobre o jogo e como a competição funcionava em Hogwarts, eu ainda tinha dúvidas.

— Sabia que te encontraria aqui. – Fred disse, se jogando na poltrona ao meu lado.

— Oi. – sorri para ele, voltando ao desenho de Hogwarts que já estava quase completo.

— Eu soube que você entrou para o time da Grifinória. – ele falou, pegando uma das minhas canetas e examinando.

— É, pelo jeito entrei. – dei de ombros – Mas ainda não sei direito o que isso significa.

— Bom, eu e George somos do time. Somos batedores.

— Qual é essa posição mesmo?

— Nós rebatemos os balaços e impedimos que os outros membros do time sejam atingidos.

— Ah, isso. – satisfeita com meu desenho, finalmente finalizado depois de quase uma semana, fechei o caderno e me encolhi na poltrona, me virando para Fred – Eu vou encontrar com Olivio aqui de manhã.

— Você deveria dormir, Hayley. – Fred parecia preocupado – Não é saudável fazer isso todo dia.

— Eu dormi ontem. – me defendi, sabendo que ele tinha razão – E eu estou ansiosa demais para dormir agora.

— Vai ser divertido, você vai ver. – Fred levantou, guardando todos meus lápis dentro do estojo – E você precisa descansar, Wood é conhecido por treinos exaustivos.

— Eu não estou com sono. – fiz biquinho, e Fred revirou os olhos.

— Vamos, Hayley. – ele me puxou para fora da poltrona e me deu um abraço – Você vai ficar bem, sabe? Está segura em Hogwarts.

— Eu sei.

— Então vai dormir, menina! – ele bagunçou meu cabelo e colocou minhas coisas nos meus braços.

— Você está parecendo a Mione. – resmunguei.

— Isso é um insulto! – Fred gargalhou, colocando a mão em cima do coração e se jogando na poltrona – Estou ferido!

— Você é um idiota, Fred. – eu ri da expressão dele, que fez careta e fechou os olhos deixando a língua para fora da boca.

— Vai, Hayley. – depois de alguns segundos ele levantou da poltrona, me empurrando até a escada que leva aos dormitórios femininos – Boa noite.

— Obrigada, Fred. – sorri para ele e subi as escadas devagar, pensando no quão sortuda eu sou de ter feito amigos tão incríveis em tão pouco tempo.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse capítulo? Espero que tenham gostado.
Bom, eu estou animada demais com essa fic e com várias ideias! E agora as coisas vão começar a acontecer mais rápido, e logo logo o primeiro ano vai chegar ao fim.
O primeiro livro não é tão grande e eu acho que vou ter mais capítulos na fic do que tem no livro.
Até logo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hayley Potter e a Pedra Filosofal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.