A Variável Não Planejada Parte 2 escrita por Miss Oakenshield


Capítulo 6
Capítulo 5




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Pelo que pareceu 1 hora, nós corremos como loucos. No começo os agentes estavam atrás de nós, mas conforme seguíamos, as vozes e barulhos de suas naves começaram a se esvair.

Por sorte, achamos um local para nos esconder, era algum tipo de prédio que estava soterrado de areia, mas conseguimos entrar pelo buraco na janela.

Lá dentro estava tudo escuro, o que era esperado já que estava noite, mas graças a lanterna de Minho tínhamos visão do local.

— Onde é que nós estamos? – perguntou Minho

— Espero que em segurança. – eu disse

— Temos que ir. – disse Thomas

Mas antes que ele começasse a andar e nós o seguíssemos Teresa o parou.

— Não. Thomas, para! – ele se virou pra ela – Conta o que aconteceu.

— É o C.R.U.E.L. – disse se aproximando - É o C.R.U.E.L. mentiram pra gente, nós nunca fugimos. Eu, Aris e Kathy vimos corpos que não acabavam mais.

— Como assim? Gente morta? – disse Minho

— Não, mas não estavam vivos também, estavam ligados...

— Eles estavam em estado vegetativo, vivos, mas sem capacidade para fazerem algo, estavam à espera das loucuras que o C.R.U.E.L. guardou pra eles. – eu disse

— Tem alguma coisa dentro da gente que o C.R.U.E.L. quer. – disse Thomas – Alguma coisa no sangue. Então, temos que nos afastar o máximo deles.

— Tá... e qual é o plano? – perguntou Newt – Você tem um plano né?

— Eu não sei... – sussurrou Thomas

— A gente seguiu você até aqui Thomas e agora você me diz que não sabe pra onde vamos e nem o que faremos?!

— Ei, ei, ei, se acalma Newt. Esse estresse não vai ajudar em nada. – tentei confortá-lo – O Janson comentou sobre o Braço Direito, eu me lembrei que era pra eles que eu mandava as pessoas que iriam para o labirinto. Ele disse que estavam se escondendo nas montanhas, podemos ir até eles e talvez ajudar os que ficaram pra trás.

— Pessoas... nas montanhas... montanheses... esse é seu plano? – disse Newt olhando pra mim

— Eles são nossa última esperança Newtie...

— Oh galera, saca só isso. – chamou Winston que examinava o chão – Minho ilumina aqui.

Ao nos aproximarmos vimos pegadas.

— Alguém passou por aqui.

Seguimos em frente e achamos uma sala trancada, através do vidro Minho nos contou que viu mantimentos que poderiam ser úteis. Ao entrarmos, constatamos que era verdade, achamos lanternas, lamparinas, comida, roupas, e até alguns objetos que poderiam servir de armas.

— Vamos pegar tudo o que acharmos de útil, peguem o que conseguirem carregar, não vão exagerar, senão irão sofrer mais carregando coisas inúteis no sol escaldante. – eu avisei – Vamos nos separar e depois nos encontramos aqui... não vão tão longe, não quero que se percam...

— Desde quando você se tornou a líder aqui? – perguntou Teresa

— Eu nunca disse nada parecido, só estou aconselhando, mas se você não quiser seguir os meus conselhos fique à vontade. Quando estiver morrendo de fome ou sede não espere que eu ou qualquer um dos meninos seja caridoso e lhe dê os suprimentos deles, aqui fora você não tem mais o conforto do C.R.U.E.L. se quiser sobreviver vai ter que começar a se virar.

Depois dessa troca de farpas, Teresa foi explorar a sala sozinha, Thomas e Minho formaram uma dupla e Winstom e Aris outra, eles saíram e Newt, Caçarola, a dona chatonilda e eu ficamos ali mesmo.

Enquanto Caçarola e Newt estavam arrumando as mochilas que acharam eu tentei achar algumas roupas e outros objetos que pudessem nos ajudar, quando voltei para juntos deles, percebi que Caçarola estava olhando fixo para algo, me virei na mesma direção e vi Teresa trocando de roupa, não dava pra ver quase nada, só sua silhueta se movimentando, mas mesmo assim ele não devia estar olhando.

Dei um suspiro e andei até ficar na frente dele e bloquear sua visão com meu corpo. Ele ergueu os olhos e deu de cara comigo séria e de braços cruzados.

— Você não aprendeu nada com o que aconteceu no labirinto? – perguntei

— Aprendi a não deixar o Gally furioso.

— Caçarola... – o repreendi

— Já sei, é errado, foi mal...

— Posso saber sobre o que estão falando? – perguntou Newt

— Quando o Caçarola estava há quase um mês na clareira ele tentou me espiar tomando banho.

— O QUE?! – disse Newt mais alto indignado e furioso

— Não foi bem assim! – tentou se explicar antes que Newt pulasse no pescoço dele – Eu tava indo tomar banho, mas já tinha alguém então tentei espiar pra saber quem era, sabe como o Minho e os corredores demoravam no banho, e eu tava cansado. Quando olhei pela fresta vi que era ela, mas não vi nada de mais, só consegui ver a cabeça dela, só que o Gally apareceu do nada e quase arrancou o meu coro.

— Se eu soubesse disso tinha arrancado a sua cabeça Caçarola! – disse Newt ainda bravo

— Isso já passou Newt, ele aprendeu sua lição, não é? Mesmo que tenha que ser relembrado algumas vezes. – eu disse me sentando junto deles

— Naquele dia eu tive certeza que Gally era a fim de você, toda vez que ele me via me fazia uma cara de quem ia me matar. Ainda bem que terminamos amigos...

— É... – abracei os joelhos – Se eu soubesse o que aconteceria, teria aproveitado melhor o tempo ao lado dele...

De repente, luzes se acenderam.

— Parece que acharam alguma coisa. – disse Newt

— Vamos espera-los lá na frente e aproveitar pra ver melhor esse lugar.

Nos levantamos e seguimos até a saída, depois de um tempo Winston e Aris nos encontraram, só faltavam Thomas e Minho, mas não demoraram muito e trouxeram companhia.

— Ei! – era a voz de Tommy – Ei! Corre! Corre! Corre!

Eles vinham correndo como loucos, e não era pra menos, criaturas assustadoras vinham atrás deles, fazendo barulhos horríveis. Pelo que parece ainda não estaríamos livres de correr de criaturas estranhas.

Mais do que depressa começamos a correr, corri o mais rápido que pude, meu coração martelava no peito e conseguia ouvir minha circulação latejando no ouvido.

Subimos escadas, mas quanto mais subíamos mais víamos que aquelas coisas estavam em todo o prédio, a cada um que encontrávamos eles chegavam cada vez mais perto de pegar um de nós, tivemos que lutar com eles, ainda bem que tínhamos nossas “armas”.

Estávamos indo até que bem, quando de repente Newt foi jogado no chão por uma daquelas coisas. Thomas foi mais rápido e conseguiu chutar a coisa fazendo-a cair por metros. Como não tinha tempo para parar, peguei meu irmão pelo braço e começamos a correr de novo.

Eu sabia que Newt tinha uma dificuldade com uma das pernas e não conseguia ser tão rápido então eu estava quase o arrastando comigo.

Chegamos a um corredor com algumas portas, tentamos várias, mas nenhuma abria. Na última Thomas e Minho começaram a chutar com toda a força, estavam quase abrindo.

— Eu atraso eles! – gritou Winston corajoso

Ele pegou seu revólver e começou a atirar, no começo funcionou, mas depois começaram a surgir muitos. As balas não dariam conta.

Todos fomos ajudar a empurrar, mas ainda não estava abrindo.

— Abre essa porta! – gritou Winston desesperado

Então, Caçarola tomou impulso e se jogou na porta fazendo com que ela finalmente abrisse, começamos a passar por ela.

— Vem Winston! – gritei

Eu estava esperando todos passarem, assim que Winston chegou perto eu passei e só faltava ele, mas antes que conseguisse foi pego por uma das criaturas. Ele caiu e estava sendo arrastado.

Ao mesmo tempo que Newt, Caçarola e Aris o puxavam pelos braços e Minho, Thomas e Teresa empurravam a porta para fecha-la, eu tentava matar alguns deles com uma faca que tinha pegado mais cedo. Eles estavam arranhando a barriga dele, sangue começava a escorrer.

Não tínhamos tempo para parar.

Corremos. E corremos. E corremos mais ainda do que o possível. Estávamos apavorados e exaustos.

Nos escondemos em baixo de alguns escombros, durante muito tempo ficamos alertas e com medo de qualquer barulhinho, mas com o passar do tempo alguns foram apagando de exaustão. Infelizmente, eu não era um deles, talvez eu estivesse mais apavora do que os outros. Mas, isso não se devia à eu ser mais medrosa e sim porque na correria para salvar Winston eles acabaram me machucando também.

No meu braço esquerdo, o qual eu usei para atacar eles com a faca, estava ensanguentado, cheio de arranhões e até uma mordida.

O que aconteceria comigo?


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Notas finais do capítulo

Digam o q acharam!



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