A Variável Não Planejada Parte 2 escrita por Miss Oakenshield


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!! Espero q n me joguem para os verdugos.
Me digam se gostaram desse cap e o q acham q irá acontecer pfv!



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Capítulo 4

Eu e Thomas seguimos Aris pelos tubos. Assim que chegamos já pulamos do teto e Thomas foi direto na porta que tinha visto, na noite passada, os “médicos” entrarem com as macas.

O ambiente lá dentro era sinistro, só com uma luz azul que não iluminava nada, ao entrarmos olhamos para nosso lado direito e pelo vidro vimos o que me fez perder o ar.

Centenas de tubos com um líquido desconhecido e dentro bichos estranhos que pareciam camarões gigantes, mas sabíamos que não eram camarões, eram verdugos.

Ao passarmos por mais uma porta vimos algo mais bizarro do que os verdugos em tubo, pessoas penduradas e entubadas.

— Mas que porr...

Nem consegui terminar de falar, agora já tínhamos certeza de que estávamos encrencados. Todos aqueles jovens chamados todos os dias... o que diabos estavam fazendo com eles?!

Thomas se aproximou de um dos corpos, era uma garota, talvez Teresa?

Não, felizmente não era, mas parece que Aris a conhecia.

— É a Rachel. – disse ele – Levaram ela na primeira noite... eu disse que ia dar tudo certo...

— Sinto muito Aris... – disse e segurei a mão dele

De repente, ouvimos as portas começarem a se abrir e corremos para nos esconder.

— Não pode mesmo esperar? – era Janson

— Ela foi bem clara que queria falar com o senhor pessoalmente. – disse outro homem

— Como se eu não tivesse mais o que fazer. – reclamou Janson

Quando chegaram ao fim do corredor, um holograma apareceu e nele estava a mulher que vimos morrer nos computadores do labirinto, a mulher que tinha acabado com a minha vida.

— Boa noite Dra. Paige. – disse Janson

— Nem fud... – antes que eu pudesse completar meu xingamento Thomas tampou minha boca

— É um enorme prazer revê-la, mas devo admitir que eu... não esperava notícias suas tão cedo.

— Mudanças de planos Janson, vou chegar um pouco antes do previsto, amanhã de manhã cedo.

— Pois não, será... um prazer recebe-la, achei que ia ficar satisfeita com o progresso que fizemos. – com um toque mais imagens apareceram no holograma – Como pode ver os resultados iniciais têm sido bastante promissores, seja lá o que tem feito com eles lá dentro... funciona.

— Desgraçados. – sussurrei

— E nossa variável não planejada? – perguntou ela

— Infelizmente, não conseguimos fazer com que ela aceitasse fazer os exames, achei melhor que para não causar dúvidas deixa-la à vontade, mas não está adiantando... ela sempre foi uma pedra no meu sapato... – ele sussurrou a última parte

— Ela nunca pôde ser contida, por isso acabou onde está...

— Ela mereceu, o que fez foi imperdoável.

Nesse momento, senti como se algo estalasse na minha cabeça, lembranças me vieram a mente.

“Muito bem Katherine, fez uma ótima escolha, mas receio que não possamos mais mantê-la aqui, o que você fez é imperdoável.”

Aquele sorriso. Aquela voz. Não era à toa que sempre tive aquela sensação ruim quando olhava pra ele.

Como pude ser tão cega? Tão lerda?

Estava tão concentrada em me afogar em minha mágoa, em cavar mais fundo o poço em que me encontrava, quem nem percebi a armadilha em que nos encontrava.

Saímos da frigideira e fomos direto para o fogo.

Saímos das garras dos verdugos e caímos nas garras do C.R.U.E.L.

— Esses resultados não são o bastante, recebi aprovação da diretoria. Quero todos os indivíduos sedados e preparados para a coleta quando chegar aí amanhã. – disse a vaca da Paige

— Doutora Paige, agimos o mais rápido possível, ainda estamos fazendo exames... se for por causa de Katherine eu mesmo posso ir busca-la para fazer os exames...

— Tente algo mais rápido. – o interrompeu – Até eu poder garantir a segurança deles, esse é o melhor plano.

— Segurança, doutora, é meu dever. Estamos trancados 24h aqui, eu lhe garanto, que os recursos estão seguros aqui.

— Você achou o Braço Direito?

Mais lembranças.

Essa é a última vez que vou perguntar, para onde você os enviou?

Mesmo dolorida dei um sorriso irônico e ri.

— Eu não vou te contar.

— Então não tenho outra escolha a não ser te matar.

Ele me soltou com brutalidade no chão, pegou o revólver no coldre e apontou pra mim.

— Não tenho nada a perder

 

Era ele.

O homem que me espancou, me ameaçou e me enviou para o labirinto estava ali o tempo todo.

Eles mataram meus amigos.

Mataram Clint e Jeff, mataram Jimmy, Chuck, Alby, mataram George...

Mataram Gally...

Minha família foi destruída para um bem maior.

Não vão me tirar mais ninguém, vou me assegurar de que fique claro para eles.

— Ainda não... – disse Janson – Rastreamos eles até as montanhas...

— Então ainda estão por aí. – disse Paige – E já atacaram duas instalações nossas, eles querem as crianças tanto quanto nós e eu não posso... me dar ao luxo de outra perda, não agora, não quando estou tão perto da cura. Se você não está apto para a tarefa acho alguém que esteja.

— Não será necessário. Posso sugerir começar pelos recém-chegados?

— Como achar melhor.

Janson se virou para ir embora, mas Paige o chamou antes que saísse.

— Janson! Eu não quero que sintam nenhuma dor...

— Eles não vão sentir nada.

— Desgraçado. – sussurrei

 

 

 

Depois que eles saíram nos arrastamos o mais rápido possível até nosso quarto, Thomas empurrou a grade com tudo fazendo o maior barulho. Depois de se levantar me ajudou a ficar em pé.

— Thomas! Kathy! – disse Minho

— Vamos embora. Vamos embora! Temos que sair daqui agora! – disse Thomas desesperado

— Que que se tá falando? – perguntou Minho

— Estávamos certos! Eles são o C.R.U.E.L. amanhã Paige vai chegar para nos levar para outro lugar, temos que fugir A-GO-RA! – disse olhando séria para eles e tentando manter a calma

— Estão vindo! Estão vindo nos pegar!

Thomas estava fazendo de tudo para deter que abrissem a porta, amarrou um lençol no puxador e colocou um colchão.

— Sempre foi o C.R.U.E.L.! – gritou ele

— O que vocês viram lá? – perguntou Caçarola

— Tinha verdugos “bebês” em tubos e aquelas pessoas que eles chamavam os nomes todos os dias estavam lá... penduradas e cheias de tubos, todos desacordados, temos que fugir, Janson vai começar a fazer o mesmo com todos os outros e seremos os primeiros!

— Temos que sair daqui! Estão vindo nos pegar! – Thomas estava surtando

— Thomas! – o virei pra mim e dei um tapa bem forte em seu rosto – Controle-se! Temos que manter a calma e ser racionais, caso contrário não sairemos daqui!

— Foi mal... – disse ele voltando a si

— Você já interditou a porta, agora temos que seguir esses tubos e encontrarmos a saída. – todos me olhavam esperando instruções, era assim que Alby e Newt se sentiam? – Você vai na frente Aris, nos mostre o melhor caminho.

 

 

 

Aris foi o primeiro a sair da ventilação, eu logo em seguida e me certifiquei que todos saíssem.

— Vamos, vamos, rápido. – olhei para os dois lados dos corredores – Vamos. Por aqui.

— Vão na frente, tenho que fazer uma coisa. – disse Aris

— Como assim? – perguntei

— Acredite, é importante, vocês querem sair daqui, não querem? Vão logo.

— Ok, tome cuidado.

Comecei a andar na frente para que os outros me seguissem. Torcia para que Aris soubesse o que estava fazendo.

— Tem certeza de que podemos confiar nele? – perguntou Minho

— Se não fosse ele, nunca teríamos descoberto. Sabe-se lá o que esses loucos fariam conosco dessa vez.

Como estava distraída andando rápido, não vi o que estava na minha frente e acabei trombando com alguém. Uma doutora.

— O que fazem aqui fora? – ela perguntou

— Ah... sabe como é doutora... somos jovens cheios de energia, só saímos para tomar um arzinho...

Assim que terminei de falar as lanternas amarelas nas paredes começaram a piscar e sirenes começaram a tocar. Janson já sabia que tínhamos fugido.

Antes que ela pudesse fazer algo eu disse.

— Peguem ela.

Depois de capturarmos a doutora, fomos seguindo o corredor com Thomas segurando-a pelo braço. Em um ponto de nossa fuga acabamos encontrando os guardas.

— Parados! Fiquem onde estão! – gritou um deles

Ele começou a atirar, mas pelo que pareceu não eram balas, mas sim alguma “armadilha” que nos daria choque, voltamos correndo por onde tínhamos vindo. Minho parou no meio do caminho.

— Ei, o que vai fazer?! – gritei pra ele – Nem pense nisso Minho!

Como o louco que ele era, começou a correr em direção a que o guarda estava vindo, quando o guarda virou a esquina do corredor, Minho já estava em cima dele, fazendo-o cair desacordado. Corremos até lá e Thomas pegou a arma dele.

— Você tem que parar de ser impulsivo! – ralhei com ele

Continuamos correndo com a doutora, até chegarmos em uma sala que parecia pronta para cirurgias.

Thomas já foi logo ameaçando eles com a arma para que dissessem onde Teresa estava, o homem só deu uma olhada para o lado. Ela estava deitada em uma maca atrás de cortinas.

Enquanto Thomas acordava Teresa, dei instruções para que os meninos prendessem os doutores, assim os outros não nos achariam mais cedo. Mas, não adiantou muito, já estavam muito perto. Antes que pudessem chegar na porta, Newt e Caçarola derrubaram uma mesa e colocaram na frente da porta para que não abrisse por inteiro.

Olhei para os lados procurando uma saída. Havia uma “janela” entre essa e outra sala, olhei em volta e vi um banco. Peguei o banco e bati com ele com toda a força no vidro, mas ele não quebrou.

— Newt!

Assim que ele olhou pra mim entendeu o que estava fazendo, rapidamente pegou outro banco e aí sim, conseguimos quebrar o vidro.

Esperei que todos saíssem, só sobrando eu e Minho, passei pela “janela”, ele me lançou a arma e corremos para a porta, lá tinha um homem nos esperando, saí empurrando os outros da porta e puxei o gatilho fazendo com que o homem caísse duro de choque no chão.

Corremos mais e mais, acho que nunca corri tanto na minha vida, nem quando estava na clareira ou no labirinto. Ao chegarmos no que parecia ser a última fase até a nossa liberdade, Thomas tentou diversas vezes passar o cartão, mas não estava funcionando.

Assim, que ele viu Janson e os outros do outro lado, pegou a arma da minha mão e mirou nele.

— Abre a porta, Janson!

— Vocês não vão gostar lá de fora!

— Abra a droga da porta!!!

— Quero salvar a vida de todos. – disse o cínico – O labirinto é uma coisa, mas vocês não durariam 1 dia no deserto! Se o clima não mata-los os Cranks matam. Seja lá o que viu, seja lá o que pensa ter visto, eu só quero o melhor pra vocês.

— Do mesmo jeito que você quis quando quase me espancou até a morte quando descobriram que eu estava ajudando o Braço Direito?! – eu disse me aproximando, aquele cara tava me tirando do sério – Você quer tanto o nosso bem que além de me espancar usou o meu irmão, ameaçou mata-lo para que eu contasse o que eu sabia! Não me importa o que tenha lá fora, nunca mais deixarei que meus amigos fiquem nas mãos de malucos como vocês!

— Você não vai passar por aquela porta, queridinha. – disse debochado

Por ironia do destino, no segundo em que ele terminou essa frase, o painel da porta ficou verde e abriu. Do outro lado estavam Aris e Winston.

Thomas quase não conseguiu passar, por muito pouco ele não foi amassado pela porta. Aris foi rápido e destruiu o painel, impedindo que a abrissem.

Tínhamos fugido do C.R.U.E.L. mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Me digam se gostaram desse cap e o q acham q irá acontecer pfv!



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