Codex de um soldado anonimo escrita por PEREGRINO SILENCIOSO


Capítulo 6
Capítulo 6




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Dentro das Forças Especiais havia uma equipe com inúmeras habilidades como atiradores de elite (eu e o meu companheiro), pilotos de caças militares (T-Bone e Razor), Peritos em explosivos e assim por diante. Cada um foi escolhido a dedo, nós éramos os melhores e o último recurso quando o restante falhava. Eu adorava o que fazia, mas me tiraram isso. Não vou choramingar pelos cantos como um bebê chorão, tenho que manter o foco no objetivo.

Fiquei mais um tempo trabalhando como estivador no Porto, mas já estava me entediando, depois eu pedi as contas e comecei a trabalhar em várias outras profissões pra aumentar o meu currículo. Fiz de tudo um pouco, em cada profissão ficava apenas um (1) ano, ainda morando na Pensão da Dona Cida.

Nesse período fiquei de tocaia, planejando os meus próximos passos, só observando os alvos. Numa noite eu estava observando o ALVO 03, levei o meu rifle junto (que eu havia comprado após um tempão juntando dinheiro e também uma Pick-up preta, cabine dupla e tração nas quatro rodas), esperei o momento certo e tive vontade de estourar os miolos do desgraçado, mas controlei o dedo no gatilho. Observei que o Alvo estava de carro que deixou estacionado no acostamento, me esgueirei até o carro silenciosamente com um alicate em mãos, cortei o freio por um modo que se tivesse estourado e não uma sabotagem deliberada. Satisfeito com o serviço voltei para o meu posto de observação com o meu carro bem camuflado para não levantar suspeitas ao alvo. Fiquei observando pacientemente até que o alvo se deslocasse com o carro, eu o segui discretamente até ele onde iria, num declive, ele perdeu o controle do carro que já estava sem freio a muito tempo e entrou numa grota e bateu violentamente em uma árvore, somente o alvo estava no carro. Desci até o local, verifiquei se realmente estava morto, estava todo ensangüentado principalmente a cabeça que bateu no parabrisa, provavelmente lesionou a coluna cervical e também ficou preso entre as ferragens. Chamei a ambulância pra não dizerem que não prestei socorro a vítima. Fiquei no local pra não desconfiarem e dar depoimento se necessário. A ambulância e a polícia chegaram, dei o meu depoimento verdadeiro sobre o acidente, só omitindo que sabotei o carro, os bombeiros estavam tirando o corpo com perda total do automóvel, praticamente o motorista se fundiu com as ferragens. Fui embora sabendo 03 dos conspiradores foram pro inferno e risquei mais um nome da lista que está no meu álbum de fotos de todos os meus alvos (é a única coisa que me incriminaria além destes registros escritos). Agora as pessoas podem me acusar de homicídio, porque eu fiz, mas antes não. Nunca matei o meu parceiro, era como um Irmão Gêmeo que nunca tive, nem sei quem são os meus pais, eu gostaria de saber o porquê me abandonaram. Ele era o único que sabia de segredos que nunca contei ou sussurrei para os outros quatro.

Resolvi sair da Cidade ir pra outro País porque eu soube de um lugar que eu iria ter um treinamento maior, mais completo que é no Oriente Médio, já comprei as passagens pra morar temporariamente lá, empacotei as minhas coisas que eu havia adquirido quando eu tava na pensão. De certa forma vou sentir saudades das minhas conversas com o Monge Tibetano e da comida da Dona Cida. Eu precisava disso pros meus propósitos. Não posso dizer que fiquei completamente casto, tive algumas mulheres na minha cama, mas nenhuma séria.


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