Ordem dos Cavaleiros - Parte 2 escrita por Autor100999


Capítulo 34
Arco Arcádias - Desespero


Notas iniciais do capítulo

Após a explosão, o medo pairou para os filhos dos nobres, enquanto um aliado finalmente adentra a batalha entre Nagato e Kairos
Restam 2 horas para a mudança de estação



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Um pequeno garoto havia acabado de comprar um presente, ele pretendia repassá-lo à seus pais, no entanto, quando finalmente os encontrou, eles  atacavam um jovem pobre. Aqueles dois não sentiram medo, inveja ou foram ameaçados pelo jovem, mas como possuíam o direito de fazê-lo, simplesmente o fizeram. Para várias crianças que ainda não possuíam nenhum senso de maldade, talvez fosse uma situação normal, mas, naquele momento, o garoto quebrou o presente e jogou no lixo. O garoto pensou repentinamente, um pensamento inapropriado para toda criança "Eu queria que eles morrerem". Era um pensamento inocente de alguém que não sabia como o mundo funcionava, mas em meio às suas lembranças, apareceu um homem cego, com um sorriso maléfico, respondendo "pedido realizado".
— Hans! Acorda! Anda logo! - gritava uma voz em meio a uma grande cortina de fumaça, acordando o garoto de uma antiga lembrança.
— Ma...yu? O que aconteceu? - O garoto encontrava-se deitado com alguns machucados nos braços e pernas.
— Bom... É que-- interrompeu, lembrando-se do ocorrido, enquanto começava a tremer - Ele... Aquele cara matou todo mundo!
— Sim...Foram todos mortos. - Mayu tentou disfarçar seu medo da situação, focando-se em ajudar seu amigo, mas mesmo com essa intenção, suas pernas também estavam tremendo.
— Isso... Não é possível! Ele matou os meus pais! - A tremedeira nas pernas começou a aumentar.
— Hans, acalme-se! – A irmã de Brion acalmou totalmente seu tom, tentando falar mais devagar.
— Não era pra acontecer dessa forma, eles ainda poderiam ser pessoas boas! O tio Gregory tinha dito que ainda era possível! - A tremedeira estava passando a afetar seus braços e também seu corpo.
O pequeno nobre estava começando a sofrer uma crise de ansiedade, devido as recentes informações que chegaram a seu cérebro, somados ao estresse do sequestro feito pelo cavaleiro de ouro e o sumiço de seu tio, ele começava a tremer cada vez com mais velocidade.
— Por favor... Mantenha a calma! - Mayu tocou no rosto de seu amigo com calma e gentilmente o abraçou, respirando de forma tranquila, para evitar que seu amigo entrasse em colapso.
— ELES MORRERAM!
— Eu sei... Os meus também morreram, eles eram pessoas horríveis, capazes de abandonar seu filho mais velho. - A garota pensava em retribuir o grito, ela também tinha o mesmo sentimento, mas entendendo a situação, seguiu mantendo a calma - Mas eles nos criaram, vai ser difícil passar por isso, eu entendo! Só que se você morrer também... Nós precisamos de você
— Por favor, acalme-se - as lagrimas finalmente sairam do rosto da irmã de Brion.
O garoto estava respirando com muita ansiedade, porém, ouvindo o que sua amiga falava, reparando nas outras crianças que estavam chorando, algumas mal conseguindo caminhar devido aos machucados e em meio a tudo isso, Mayu, que também estava assustada, preferindo consolá-lo, ao invés de sucumbir ao desespero, ela acreditava nele e essa sensação, somada ao calmo abraço, fez com que Hans se acalmasse, mas não sem lágrimas.
— Eu... Agradeço muito.
— Não pensa nisso... Por favor, não pensa nisso até sairmos daqui
— Onde está o Christopher?
— Ele... Não se mexe.
— O quê? - disse Hans, levantando-se junto de sua amiga para não piorar seus machucados.
— Vem comigo!
Mayu carregou seu amigo até ao local onde todas as crianças estavam antes da explosão, eles encontraram o pequeno Christopher em choque, não conseguindo falar qualquer coisa, ele apenas não conseguia aceitar o que aconteceu com seus pais. Hans chegou mais perto, tentando abraça-lo, o garoto estava traumatizado, olhando para o campo de batalha totalmente queimado, com uma paisagem devastada, observando também a movimentação de vários bandos de animais que começaram a correr desesperadamente.
— Vem... Vamos andando, deve ter um lugar para ficarmos... A nossa antiga casa na arvore ficava aqui perto.
— Meus pais...
— Não vamos pensar nisso agora – disse Mayu, ajudando Hans a levantar seu amigo e juntos voltarem para as outras crianças.
O pequeno grupo decidiu seguir rumo a casa da árvore de Hans e Christopher, o local parecia forte o bastante para abrigar todos. Nenhuma lesão grave ocorreu com nenhuma das crianças, mas referente ao psicológico, muitas não conseguiam digerir o ocorrido, mesmo com Hans e Mayu tentando consolá-los, aquela dor no peito era forte demais. "As crianças são o futuro", porém, o futuro delas estava coberto de medo da República e de seu ceifador, Nagato Kisuke.
— Então... Era isso que pretendia? Desde o começo queria apenas aterrorizar criancinhas? – Uma voz surgiu em meio aos escombros, com um grande desgaste físico, hematomas e com certa dificuldade para enxergar do lado esquerdo, mas conseguia sentir, graças ao CEE, a presença do inimigo entre as chamas.
— Sendo bem sincero... Pensei que talvez conseguisse te matar ao mesmo tempo, mas parece que hoje é meu dia de azar. – O cavaleiro usava sua arrogância para disfarçar, mas sua armadura também ficou danificada com a explosão e seu braço direito estava debilitado.
— Elas são o futuro... E o futuro delas é ter medo de você pra sempre. – O Lorde deu uma pequena risada. – Mas acredito que você se esqueceu de que o medo e o ódio estão muito próximos. Se eu entregar sua cabeça para eles, provavelmente terão que concentrar todo ódio deles na sua República.
— De fato, parece que achou o furo no meu plano, talvez pensemos parecido no fim das contas.
— Provavelmente, mas sendo sincero... Tem uma pequena diferença entre nós dois, que vai acabar definindo nosso impasse
— Imagino que esteja falando da joia, você teria alguma chance sem ela comigo.
— Na verdade... Estava falando dela. - disse o cavaleiro, apontando para a direita.
— Dela? – O lorde virava seu rosto para a direção apontada, mas no mesmo segudo, recebeu um soco que surgia da cortina de chamas acertando-o na região do pulmão e devido a imensa força, ele foi arremessando contra a floresta, quebrando diversas árvores pelo caminho.
— Belo soco 
A tenente Jin Castle adentrou a batalha pelo destino de Arcádias, faltando cerca de duas horas para a mudança de estação.
— Você... precisava mesmo fazer isso? 
A pergunta feita ao cavaleiro foi respondida com um breve silêncio, enquanto o ex aprendiz do rei rasgava parte de suas roupas para cobrir seus ferimentos, em especial seu braço esquerdo, que estava com vários machucados da explosão e do embate anterior contra Kairos.
— Entendi... Depois conversamos sobre isso, principalmente porque na sua situação eu vou ter que trabalhar em dobro. – A tenente começava a andar em direção ao Lorde de Arcádias, junto de Nagato, que amarrou sua gleive no braço direito, tentando lidar com estouro do tendão, que o impedia de segurar sua arma na sua mão dominante.
— Isso não pode ser verdade. – O Lorde começou a soluçar várias gotas de sangue, incapaz ate mesmo de se levantar devido ao soco, mas conseguindo ouvir os passos de seus inimigos, começava a bolar um plano – Vocês... vão ter o que merecerem!
Enquanto o embate ocorria, o cavaleiro das trevas e seu grupo chegavam há uma colina próxima do acampamento da República
— Estamos quase chegando...Aguente mais um pouco! Não vou te deixar desmaiar de novo – disse o caçador de recompensas, ajudando o cavaleiro, que estava apoiado em seu corpo, carregando-o pelo braço.
— Eu... Não estou conseguindo sentir energia alguma... Será que gastei tudo? – sussurrou o cavaleiro.
— Tente não pensar muito nisso.
O cavaleiro seguia muito pensativo sobre seu embate com o líder dos Jaegers, mas, em determinado momento, ele acabou olhando para a esquerda, num movimento repentino, para tentar pensar em algo diferente, porém, percebe uma manada de animais correndo desesperados devido a explosão rumo ao campo de batalha.


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Notas finais do capítulo

Ola meus caros
Novo capítulo
Até mais cedo do q o esperado
Dito isso, esse eu acho q ficou bem legal
me senti mó mal pelas crianças, mas queira ou n
N tem como glorificar a guerra
Dito isso
Obrigado novamente pra qm me acompanha a tds esses anos



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