Ordem dos Cavaleiros - Parte 2 escrita por Autor100999


Capítulo 26
Arco Arcádias - Iniciado o plano


Notas iniciais do capítulo

Nagato leva seus prisioneiros para uma pequena base operacional republica, após reconsiderações de alguns de seus soldados, ele decidiu levar seu plano adiante, mas primeiro, Gregory tenta fazê-lo mudar de decisão



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Em meio às batalhas frente ao primeiro muro, a pedido de Nagato Kisuke, cerca de cinco soldados republicanos haviam sido mandados para fora da batalha, eles foram enviados para um certo local, que o cavaleiro havia descoberto enquanto estava caindo do espaço rumo à capital. O local em si era uma antiga construção de uma religião ancestral dos Harappa, uma velha construção para receber especiarias.
— Senhor Shin, ainda falta muito para terminarmos? Não devíamos fazer só os acabamentos? – perguntou um dos soldados, enquanto batia seu martelo em um prego.
— E você acreditou nisso? Você é muito inocente, Yuri – questionou um colega, enquanto reparava uma parede.
— Bom, o general viu esse lugar quando tava caindo, não tinha como ele fazer uma leitura precisa, por isso demorou tanto – explicou o comandante Shin.
— Entendi... Senhor, você é quem está com ele há mais tempo, certo? – perguntou Yuri.
— Deixe-me ver... Pensando agora, sim, estou com ele desde quando tinha onze anos de idade – respondeu Shin.
— Desde os onze? E ele ainda te faz trabalhar mesmo com a sua idade? – questionou o soldado.
— Idade? Ele tem só sessenta anos – brincou outro soldado.
— Espera! Isso é sério? Senhor, não deveria estar em cada com sua família? Já deveria estar aposentado- disse Yuri.
— Normalmente sim, deveria ter me aposentado do exército há um bom tempo, mas eu pedi para continuar... Quero ver onde esse cara vai chegar – disse Shin, enquanto se sentava.
— Isso... Apenas por isso? – questionou Yuri.
— Pare de me encher! Não tem outro motivo! Agora aproveitem o descanso – disse o comandante.
— Já terminamos? – questionou outro soldado.
— Bom, já reconstruímos grande parte do local, retiramos folhas, galhos, limpamos o chão e realocamos as pedras de lugar, sim, está tudo em ordem! – disse o comandante, riscando as tarefas da sua web prancheta.
— Finalmente, agora podemos beber e aguardar o general! – disse outro soldado, enquanto abria uma lata de cerveja.
— Você não cansa mesmo de bebida? Estava bebendo até antes de começarmos – retrucou Yuri, tentando mudar de assunto para não invadir a privacidade da vida do comandante.
— Claro que não canso, ainda mais nessa situação ! Nós construímos fortes! Não ficamos consertando ruinas, esse trabalho foi só uma perda de tempo – reclamou o soldado, enquanto bebia.
— Talvez, mas o que podemos fazer? São as ordens do general, ele também tinha pedido para trazermos todo o equipamento de mineração e vários explosivos, me pergunto o que passa na mente dele  - reclamou o outro soldado, enquanto se sentava.
— Bom... Tenho medo de pensar, mas ao que parece descobriremos logo – disse o comandante, observando vários soldados liderados pelo cavaleiro de ouro se aproximando.
O grupo do ex aprendiz de Caspian chegava a quatrocentos soldados, levando cerca de cinquenta e três prisioneiros, eles estavam todos vendados e amarrados. O cavaleiro ordenou que as crianças fossem levadas à alguma sala ao fundo e vigiadas por dois guardas, também pediu cerca de quarenta folhas com treze linhas.
— Então... Por onde vamos começar, talvez arrancar as orelhas primeiro? – disse Nagato, buscando colocar medo em seus inimigos, fazendo gestos para seus soldados buscarem o equipamento de mineração.
— SEU DEMÔNIO! VOCE MATOU A SENHORITA MALEM! IRÁ PAGAR POR ISSO PLEBEU IMUNDO! – retrucou um dos membros de Sharaf Leh.
— Malem? Deixe-me ver... Seria a gorda que estava no primeiro andador? – retrucou Nagato.
— COMO OUSA? – reclamou o nobre.
— Ousando, mas não se preocupe, vou trazer ela pra você – disse Nagato, ordenando seus soldados a se moverem.
— MALDITO! DESGRAÇADO! COMO OUSOU FAZER ISSO? – questionou a mulher, que foi jogada sobre o nobre.
— Senhorita Malem... FEZ ALGUMA COISA COM ELA? – questionou o nobre.
— E QUEM É VOCE PRA SE PREOCUPAR COMIGO? – questionou Malem.
— Mas, senhorita, eu era seu marido – disse o nobre.
— NÃO IMPORTA! – gritou Malem.
— Coloquem uma mordaça nele – disse o cavaleiro, usando o nobre como exemplo para quem ousasse falar algo inútil.
Em meio a todo medo que essas pessoas estavam sentindo do cavaleiro conhecido por ser alguém sem piedade, um dos prisioneiros, pensando nas crianças presas, decidiu falar para tentar lidar com isso.
— Por favor... Não mate essas pessoas, a maioria deles são pais das crianças que o senhor levou para fora daqui – disse um escravo.
— Entendi... Qual o seu nome? – questionou o general.
— Eu sou... Gregory, escravo da família Scale – se apresentou o prisioneiro.
— Um escravo... Interessante, desamarrem e tirem a venda desse homem – ordenou Nagato.
— Muito obrigado- disse o escravo, enquanto os soldados retiravam suas amarras.
— Não se preocupe, agora venha comigo, quero falar a sós com o senhor. Enquanto isso, senhor Shin, peça para algum dos seus novatos entregar esses papéis e algo pra eles escreverem... Shin, peça para ele também explicar o plano – ordenou o cavaleiro, enquanto adentrava em uma sala com vinho, deixando os Nobres apreensivos por estarem dependendo da palavra de um escravo.
— Sim, general! Yuri, venha aqui! – disse Shin, o mais velho do grupo.
— Hã? O general tinha falado algo com o velho? – questionou um soldado que estava ajudando a restaurar o lugar.
— Bom, não sei... Normalmente ele improvisa e não avisa ninguém além da Senhorita Jin, mas ao que parece ele fará a função dela hoje – disse outro soldado, respondendo seu colega.
— Entendi, mas um novato? Isso... Agora entendi, ele vai fazer isso de novo, não é? – questionou o soldado, reparando calmamente no rosto assustado de Yuri ao se aproximar do seu comandante.
— Yuri, escute atentamente o que eu vou dizer e, por favor, não reclame, esperneie ou tente impedir o que eu vou dizer... Se não, teremos que te matar – disse Shin, com a voz baixa para que ninguém escute.
— Isso... Esse é o plano? Não é possível, por quê? – questionou Yuri, com seu rosto em completo espanto.
— Bons soldados seguem ordens... Entendo que é difícil, mas preciso que entenda por agora como é fazer parte desse batalhão.
Em meio a vários questionamentos, dentro da cabeça de um novato do batalhão, ele repensou completamente se deveria estar dentro de um grupo capaz de tal atrocidade, mas quando percebeu que seria morto caso se negasse, entregou os papéis e canetas.
— Bom... Senhor Gregor, correto? – questionou o general, servindo o vinho em dois copos.
— É Gregory, senhor – disse o escravo.
— Entendo... Mas vamos direto ao que interessa, feche a porta e beba comigo – disse Nagato.
— Senhor... Com todo o respeito, mas só vou beber qualquer coisa quando garantir segurança a essas pessoas – disse o escravo, enquanto trancava a porta.
— Está se referindo a todas elas? Mesmo eles tendo provavelmente torturado e matado vários de vocês? – questionou o cavaleiro, enquanto bebia e colocava seus pés na mesa.
— Sim... Acredite, eu realmente odeio essas pessoas, mas eu não acredito que mais sangue vai resolver essa questão – disse o escravo.
— Hã? – questionou o cavaleiro.
— Muitos deles... São pais, as crianças que você viu junto de mim são todos filhos deles, eles precisam crescer sob seus cuidados ou pelo menos não viverem traumatizados com a morte deles- disse Gregory.
— Entendo... Sabe, se eu ligasse realmente para esse tipo de coisa, não seria conhecido como “O Cruel”, provavelmente muitos soldados de Ember que estão lutando nessa guerra tem família, alguns eram até mais decentes do que eu, mas essas pessoas são do tipo que seria melhor ver debaixo da terra, sem dedos e olhos de preferência – disse o cavaleiro, com um tom de deboche.
— Eles podem melhorar! Pense nas crianças deles! Não pode ser tão cruel quanto os rumores, você tem que ter alguma alma dentro desse seu corpo – disse o escravo, quase se exaltando.
— Será? Bom, acho que está vendo coisas, mas podemos confirmar sua teoria... Assim que ler os papéis.
— Papéis? – questionou Gregory, enquanto Yuri entrava dentro da sala, segurando vários papéis e entregando ao tio de Hans.
— Não! Isso não pode ser a verdade? Como... Isso é possível.
— Excelente, agora que comprovei minha teoria, não vou perder mais tempo com o senhor – disse Nagato, saindo pela sala com seu comunicador.
— Você... Não pode fazer isso – reclamou o escravo, enquanto caia de joelhos.
— Senhor, o que faremos com esse escravo? – questionou um dos soldados.
— Prenda ele com as crianças, levem eles para o lugar combinado – disse Nagato.
— Senhor... Vamos fazer isso? – questionou Yuri.
— Sim, pelo que percebi a situação na capital não é favorável aos métodos comuns... Nesse caso, não temos outra escolha, levem os Nobres junto do equipamento, implantem neles os explosivos – disse Nagato, ligando o comunicador.
— Mesmo assim... Eles são humanos – retrucou Yuri em sua última tentativa de impedir seu líder.
— Sim... Assim como todos nessa galáxia – disse Nagato, montando em seu lagarto do deserto e indo em direção ao ponto de encontro.
— Yuri, vamos... temos que levar os prisioneiros   - disse Shin, confortando seu colega.
— Isso... É o jeito certo? – questionou o novato.
— Bom... Não existe essa merda – respondeu o veterano.
O batalhão de Nagato seguiu rumo à uma floresta longe da capital e afastada da batalha, os soldados implantaram explosivos nos seus prisioneiros e os cercaram no local. Enquanto isso, Nagato Kisuke havia entrado em contato com Riruzen para iniciar seu plano durante o ataque.
— Entendi... Farei como desejar, general, mas não esqueçam da minha recompensa- disse Riruzen pelo comunicador.
— Excelente, não se preocupe, vou aumentar a recompensa no final de tudo, mas apenas se concluir o serviço, fora isso, até breve, mercenário – disse Nagato, desligando a ligação.
— Bom, deixe-me ver... Como devo começar a apresentação? – questionou Nagato, enquanto recebia outra ligação.
— Olá, está me ouvindo? Nagato Kisuke, certo? – questionou uma voz misteriosa.
— Sim, mas que tal fazermos uma pergunta mais interessante, tipo, como conseguiu o meu número? – questionou Nagato.
— Falei com o mestre Yoda, ele me passou seu contato. Meu nome é Mary Rockbell, mas me chamam de White – explicou a voz, que na verdade pertencia a tenente de Fisk.
— Entendi... Esses novatos, estou sem tempo para autógrafos, então o que quer? – questionou Nagato.
— É simples... Uma pequena dica que consegui em um interrogatório, provavelmente vai precisar- disse Mary.
— Entendi... É uma ótima dica, talvez quando isso acabar eu peça aquele velho que te deixe entrar no meu batalhão- disse Nagato, admirado pela sua aliada ter conseguido uma informação assertiva em cima da hora.
— Deixe-me pensar... Não – disse White.
— Entendi... Bom, não é todo dia que sou recusado, mas provavelmente irá mudar de ideia – brincou Nagato.
— Não – disse White.
— Ora, sua... De qualquer forma, tenho um plano para arquitetar, vou deixar essa discussão para outra hora – disse Nagato
— De acordo... Até breve, ceguinho – disse White.
— Até breve, fumante – disse Nagato, percebendo o barulho do isqueiro ligado.
Em meio a situação extremamente complicada na capital, uma ajuda misteriosa apareceu no campo de batalha.
— Lorde Kairos, está me ouvindo? – disse Nagato, iniciando seu plano.


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Notas finais do capítulo

Esse cap foi mais d ligação, mas a verdade é que tive pouco tempo pra bolar ele msm
Porque to tentando algo mt massa, mas pra isso precisa de muito dialogo e uma construção foda
E to tentando fazer isso mesmo
Então alguns cap terão mais dialogo do que ação mesmo
Mas vale ressaltar que a dedicação segue a mesma, então creio q o cap tá top



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