After Dawn - Alvorecer escrita por Alina Black


Capítulo 45
Sasha Denali




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— Eu não sei do que você está falando! Murmurei ao ouvir a resposta dada pela garota.

— Você deve estar confundido Mia com alguém! Disse Zo aproximando-se dela, a hibrida sorriu mantendo seus olhos fixo em mim.

— Eu estava em fuga pelos alpes, quando passei pelas montanhas Harz, o cheiro dos quatro chamou minha atenção – Explicou a hibrida – eles estavam tão concentrados em suas diversões que nem sequer notaram que os segui, mas não a reconheci de imediato.

O rosto de Zo se virou para mim – Quem mais?

Desviei meus olhos dos dele e permaneci em silêncio.

—Quem mais Mia? Insistiu ele.

Eu suspirei – Morgan, Jimmy e Tommy – sussurrei.

A atenção de Zo se voltou novamente para a hibrida e os vampiros que as seguravam – Levem-na! Ordenou ele.

— Espera! Insistiu a garota- Você não lembra é isso? Você deveria se lembrar de mim eu me chamou Sasha, Sasha Denali.

— Levem-na logo! Ordenou novamente Zo e então os vampiros a levaram.

A mão de Zo segurou meu braço enquanto me puxava para dentro, aquela era a forma dele dizer o quanto estava decepcionado comigo, eu permaneci em silêncio enquanto caminhávamos lado a lado pelo escuro túnel, ao nos ver juntos Audrey aproximou-se e pela expressão de Zo percebeu seu aborrecimento.

— Quero Morgan, Jimmy e Tommy em meu quarto em um minuto! Disse ele ao passarmos por ela.

Era muito raro alguém entrar no quarto de Zo, se ele havia dado aquela ordem era porque não queria ser interrompido o que piorava nossa situação perante ele, eu o acompanhei sem dar uma só palavra e assim que entramos sua mão folgou em meu braço e eu apenas ne me sentei em uma poltrona que vi a minha frente.

Zo não chegou a fechar a porta, Morgan, Jimmy e Tommy passaram por ela seguidos de Audrey que fechou a porta após passar por ela.

— Delatadora! Murmurou Morgan ao passar por mim.

Zo a olhou – Eu sou a única pessoa quem vai falar aqui.

— O que aconteceu? Perguntou Audrey – Fui avisada que ouve um invasor.

— Sim! Confirmou Zo – Uma invasora, uma hibrida que seguiu os quatro aqui presentes após saírem para aproveitar a noite em um dos vilarejos de Harz.

A vampira olhou para nós quatro – Vocês saíram do vale?

— Vocês têm ideia do perigo que correram essa noite? Perguntou Zo com um tom exaltado de voz – vocês quatro não apenas se colocaram em risco como colocaram todos nós, se ao invés daquela hibrida fosse um membro da guarda? Tudo estaria perdido, vocês estariam perdidos.

— Só estávamos cansados de ficarmos presos nesse lugar- Respondeu Morgan – Somos jovens, queremos nos divertir.

— Vocês têm bastante diversão aqui! Respondeu Audrey – Festas, lutas, uma floresta para caçarem e o principal estão seguros aqui, Zo da todo conforto que vocês precisam.

— Nós sentimos muito! Murmurou Jimmy – Foi ideia minha!

Zo fechou os olhos e respirou profundamente e em seguida novamente os abriu olhando para nós quatro e depois para Audrey – Até decidir o que faço com vocês os quatro não poderão sair, se alimentarão em seus quartos e só sairão para o treinamento, nada de floresta, nada de grutas, você está responsável por eles Audrey e avise os outros.

— Podemos ir? Perguntou Tommy.

Zo confirmou com a cabeça e os três saíram de imediato, Audrey parou diante da porta deduzi que esperando por mim.

— Eu vou depois! Falei olhando para ele.

— Eu já terminei Mia! Disse Zo sem nem sequer olhar para mim.

— Mas eu não! Respondi para ele.

Os olhos azuis de Zo se fixaram sobre mim, ele sabia que eu não sairia daquele quarto sem antes falar com ele a sós – Poderia fechar a porta Audrey? Por favor.

A vampira afirmou com a cabeça e então saiu fechando a porta.

— Eu não vou mudar de ideia! Disse ele dando as costas para mim e caminhando até a janela do seu quarto.

— Não pedi para mudar – Respondi cruzando os braços – Sei que é um homem de palavra, eu não fiquei para falar sobre seu castigo.

Zo girou seu corpo olhando novamente para mim – Se não é isso é sobre...

— Aquela hibrida me conhece – O interrompi – Me deixe vê-la, falar com ela.

Suas sobrancelhas se uniram em sua testa – Não Mia, não me peça isso.

— É a única chance que tenho de saber quem sou e de onde eu vim nesses quase quatro anos.

Zo caminhou parando a minha frente e suas mãos pousaram em meus ombros – Mia, eu compreendo sua aflição, mas não é seguro, quem nos garante que ela não faz parte da guarda Volturi ou está a serviço de quem atacou você? Eu não posso deixá-la correr esse risco.

— Zo, você estará lá, além do mais eu sei me defender, o que ela pode fazer contra mim sozinha?

— Mia...murmurou ele.

— Por favor Zo! Eu implorei, instantaneamente minhas mãos deslizaram por seus braços percorrendo por seus ombros largos e musculosos parando uma em cada lateral do seu pescoço, enquanto meus olhos se prendiam no dele, pude ver o movimento em sua glote quando ele engoliu a própria saliva e olhou para os meus lábios.

— Eu não posso perder você...sussurrou com a voz rouca.

— Só desejo saber quem eu sou.

As mãos ásperas dele deslizaram até minha nuca e então ele me surpreendeu com um beijo, sua boca entreabriu a minha e no momento inicial eu não me movi, mas quando senti sua língua entre meus lábios eu o retribui, enquanto nossas bocas se encaixavam tornando aquele beijo muito mais intenso minhas mãos deslizaram mais uma vez até a nuca dele, Zo passou um dos braços em volta da minha cintura tirando meus pés do chão e senti seu caminhar até deitar meu corpo sobre sua cama.

— Eu posso parar se quiser – sua voz saiu rouca e ofegante enquanto ele apoiava-se com as duas mãos sobre a cama.

— Não precisa! Eu respondi o puxando novamente para mim o calando com um início de um novo beijo, o peso do seu corpo caiu sobre o meu e uma de suas mãos desceu por minha coxa, joelho, pernas até meu tornozelo fazendo o mesmo percurso de volta.

Talvez fosse loucura o que estávamos prestes a fazer, mas naquela noite que desejei ser dele, eu não sabia exatamente o que sentia por Zo Barthory mas naquela noite eu estava decidida a descobrir.

Na manhã seguinte quando acordei Zo não estava mais ao meu lado, me despreguicei e bocejei totalmente nua me enrolando nos lençóis, olhei para mesa e havia uma bandeja com frutas, uma jarra de suco e um grande pedaço de bolo, ao lado uma das minhas peças de roupas e uma folha de papel, me levantei puxando os lençóis que se arrastaram pelo chão pegando o pedaço de papel com uma das mãos.

“Providenciei seu café da manhã e suas roupas, eu espero você na última sala do corredor leste para uma reunião com nossa invasora.”

Sorri largamente e peguei minhas roupas me vestindo enquanto tomava meu café, ignorando o fato de não ter nem sequer feito minha higiene matinal, após calçar as botas sai rapidamente do quarto de Zo correndo rumo ao corredor leste, ao me aproximar percebi que a porta estava entre aberta, então respirei fundo a abrindo.

A hibrida estava lá sentada em uma cadeira, Zo estava a sua frente e Joseph ao lado dela, assim como os demais vampiros que habitavam aquele lugar Joseph tinha um don especial, ele podia paralisar qualquer ser que estivesse ao seu lado.

Zo acenou para que eu me aproximasse e assim eu fiz, a hibrida me olhou e sorriu – Então é verdade o que ele me disse? Perguntou ela – Que não sabe quem você é, não tem nenhuma lembrança de seu passado?

— Sim! Respondi a ela – Mas porque eu acreditaria em você?

Sasha sorriu – Não tem que acreditar em mim, eu não vou dizer nada a você...

— Então o que você quer?

— Sabe Renesmee, nossas memorias são como dados guardados em pequenas caixinhas em nosso inconsciente, eu tenho algo raro, eu posso abrir e fechar essas caixinhas a hora que eu quiser.

— O que quer dizer com isso? Perguntou Zo.

— Posso devolver suas memorias – Disse ela olhando para mim – Basta eu tocar em você.

— Eu não vou permitir isso...

—Zo! O interrompi – eu tenho direito de escolher.

Mia...

—Olha eu não quero atrapalhar o DR do casal, mas meu corpo está formigando poderiam decidir logo? Sasha falou sorrindo.

— E o que você pediria em troca, sua liberdade? Perguntou Zo.

— Sim – Respondeu Sasha – Mas não essa liberdade que você deve estar imaginando, eu devolvo as memorias de Renesmee e  em troca ela tira aquele demônio dos pelos cor de cobre do meu encalço.

Ergui minhas sobrancelhas – Quer eu que mate um demônio?

A hibrida gargalhou – Não, sabe ele não é bem um demônio é um lobisomem.

— Espera quer que eu mate um lobisomem?

— Não- disse ela em um tom grave de voz e sua expressão se tornou um pouco mais séria – Ele conhece você, você só vai precisar pedir enfim, você aceita ou não?

Zo me puxou carinhosamente pelo braço me afastando dela – Mia, é um risco muito grande você pode desistir disso.

Olhei para Zo e depois para a vampira, um lado meu pedia desesperadamente para que eu fizesse aquilo, mas o outro confiava nas intuições de Zo.

Eu estava dividida.


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