Tudo o que está em jogo escrita por annaoneannatwo


Capítulo 9
Na sala de economia doméstica




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/793076/chapter/9

—  ...aí eu falei pro treinador que não tinha como, mas… ei, O-chan! Tá me ouvindo? —  o garoto de cabelos ruivos pergunta ao dar um toquinho na cabeça dela, a leve dor provocada lhe traz de volta para o momento presente, e Ochako encontra um par de olhos vermelhos observando-a.

—  Ah… desculpa, Ei-kun! —  engraçado como chamar-lhe assim não causa mais tanto estranhamento como no começo, agora sai da boca dela quase que naturalmente —  Perdão… você dizia?

—  Por que você tá com essa cara, hein? Não comeu direito no café? Tem que comer, pô!

—  Hahaha, você me conhece… —  ela coça a cabeça como se estivesse sem graça.

Ochako realmente não está com fome. Bem longe disso, na verdade. Mas qual outra escolha ela tem a não ser se fazer de boba? Não dá pra virar pra esse garoto e despejar: “Eu consegui 100% de intimidade com o personagem do joguinho. Outro personagem, não você, no caso, mas não fiz nada demais pra ter conseguido isso, e agora acho que ele tá apaixonado por mim, mas eu não tô apaixonada por ele, e tenho medo do que o Deku pode fazer se eu disser isso a ele.”

Realmente não dá.

Ela passou o resto do fim de semana pensando nisso, o Deku lhe mandou algumas mensagens perguntando se estava tudo bem, Ochako respondeu de maneira mais neutra possível, não tendo coragem de ser grossa com ele, mas tentando não dar muita trela também. Não que tenha feito alguma diferença, a intimidade não diminuiu nem com as respostas secas que mandou, incluindo o emoji sorridente diante da mensagem: “Fiquei muito feliz de estar com você hoje, gostaria que todo dia fosse assim.”

Talvez só não tenha sido pior que o emoji de joinha quando leu “Preciso muito conversar com você na segunda-feira. Me encontra na sala de economia doméstica depois que as aulas acabarem?” 

Ochako não tem ideia do que ele quer, só sabe que… está com medo. O jeito que o Deku olhou para ela quando a viu chorando foi tão… o garoto estava preocupado, claro, mas dava pra ver algo a mais…

Adoração.

E de todos os sentimentos que seu choro poderia despertar em alguém, esse é um que não lhe parece muito certo. As lágrimas dela são preciosas pra ele? O que isso quer dizer? Que ele gosta de vê-la chorar? De vê-la sofrer? Não parece algo que o Deku faria, seu amigo é um herói, quer que as pessoas estejam a salvo e sorrindo, mas… não é o Deku de verdade, Ochako! Esse garoto é outra pessoa, tem outra história, uma que ela nem conseguiu descobrir, no fim das contas, porque quis questioná-lo sobre aquela vez na enfermaria e deu no que deu. Burra, o Bakugou lhe xingaria e ela não teria como refutar.

Mas não, o Bakugou não lhe insultaria, até porque Ochako conseguiu seu objetivo dentro desse jogo, não? 100% de intimidade! É isso, o Deku se apaixonou! Ela venceu! 

Então… por que está tão triste? E com tanto medo?

—  Você tá com cara de quem tá com fome, mas não sei se é isso mesmo… —  o Kirishima mais uma vez a traz de volta de seus devaneios, Ochako o olha, mas ele vira o rosto —  ...ouvi por aí que você… você saiu num encontro no sábado.

—  Ah… é. E-eu… saí com o Deku-kun.

—  Quem?

—   Hã? Ah, o Midoriya-kun! Sabe? Cabelos verdes, primeiro ano, tesoureiro do Conselho Estudantil.

—  Ah, o coelhinho!

—  Por que vocês chamam ele assim? —  ela questiona, lembrando que a Kyoka também se refere ao Deku por esse apelido pitorescamente fofo.

—  Ué, você não lembra? Na época das eleições pro grêmio, chegou a vez dele de fazer o discurso e o moleque travou, ficou encarando o ginásio sem falar nada, quase chorou, tem quem fale que ele até se mijou todo. Ah, desculpe o linguajar. Aí começaram a falar que ele parecia um coelhinho apavorado.

—  Que… que horror…

—  Pois é, foi bem bizarro mesmo como ele travou e-

—  Não, que horror chamarem ele assim, ele… ele deve ter sofrido tanto, vocês não deviam ficar fazendo piada com isso. —  ela o olha muito séria

—  A-ah, não é assim, O-chan! É só que… bom, ele meio que parece um coelho, com as bochechas e tal… —  ele vai se enrolando —  M-mas ok! Eu… eu vou parar de chamá-lo assim, se você não gosta. Vou… vou ter que tratá-lo bem se ele vai ser seu namorado, né?

—  O-o quê?

—  Vocês… saíram num encontro, não foi? Agora tão juntos… ou não?

—  Eu… —  ela acha que não, mas na lógica do jogo, é como se eles estivessem —  … eu não sei…

—  Não sabe? —  Ochako abaixa a cabeça, morrendo de vergonha —  Ô Ochako, esse moleque tá te enrolando? Ah pronto! Com aquela carinha de inocente, ele se aproveitou da sua ingenuidade! Por isso eu falo que todo homem é um coiote, até o que parece um coe- um cachorrinho! Ah, mas eu vou ter uma conversa com esse rapaz! Eu vou-

—  Ei-kun, não é assim! Ninguém se aproveitou de mim! O Deku-kun não faria algo assim, fica calmo! —  ela o segura pelo braço, de repente sentindo um pouco do peso de seus últimos pensamentos se esvaindo, o Kirishima é engraçado e a faz querer rir quando vem com essa conversa de “coiote” —  A gente só precisa conversar direito, porque… 

Porque ela não quer namorar o Deku.

—  Bom, eu não posso dizer como viver sua vida. —  engraçado como parece que é exatamente o que ele quer às vezes —  Então… toma cuidado, O-chan! E se precisar de ajuda, conta comigo!

São palavras de conforto e compreensão até certo ponto, mas muito mal escolhidas, pois ninguém gostaria de ter que tomar cuidado e precisar de ajuda para lidar com um garoto apaixonado.

Mas sim, ela sabe que precisa tomar cuidado. E falar com o Bakugou urgentemente.

 

***

—  Que porra é essa, Cara de Lua? Você não pode- —  ela não o permite terminar de falar, estendendo o celular, praticamente esfregando-o na cara do Bakugou. 

A luz do aparelho ilumina todo o minúsculo espaço do armário de vassouras para o qual Ochako o arrastou assim que notou cabelos loiros espetados destacando-se por entre as pessoas sem rosto. Ele se afasta um pouco, franzindo o cenho, e então pega o celular, correndo os olhos da tela para ela.

—  Pois é. —  ela confirma, caso ainda haja alguma dúvida.

—  Que… que rápido. —  é o que ele conclui —  Que diabos você fez nesse encontro que dobrou sua intimidade? —  é uma pergunta válida e não soa maliciosa, mas Ochako não consegue evitar o rubor subindo por suas bochechas só de pensar no que ele quer dizer —  Tsk, não tem como ter sido isso, tá no encarte do jogo que ele não é pra maiores de 18, idiota.

—  Oh… existem jogos assim com… com…? —  foco, Ochako! Ela balança a cabeça —  E agora?

—  Ué, você ganhou, pode ir pra próxima rota.

—  Não, eu não ganhei. Porque… porque esses jogos só terminam com uma confissão, não é? 

—  É, porra, por que você… o nerd não se confessou?

—  Não! Ele falou umas coisas estranhas e eu… eu não consegui terminar o encontro. —  ela cruza os braços, já esperando o chilique, mas nada acontece. A pouca iluminação do lugar não lhe permite identificar o nível de raiva do Bakugou, mas dá pra notar que ele permanece com o cenho franzido —  Mas… mas o Deku me mandou uma mensagem, ele quer falar comigo hoje, depois do fim da aula.

—  Tsk, então ele vai se confessar, por que não falou isso antes?

—  Ele o quê?! —  o tom de voz dela sobe, o que parece surpreendê-lo um pouco —  M-mas… mas assim de repente?

—  Se a intimidade tá no máximo, significa que ele tá apaixonado por você, só falta a confissão, você aceita e pode partir pra próxima.

—  M-mas… mas eu… —  claro que ela já imaginava que o Deku estaria gostando dela, não é só a barrinha que indica isso, o comportamento dele já é o suficiente, só que ouvir isso de outra pessoa coloca as coisas um pouco mais em perspectiva.

O Deku gosta dela e vai se confessar. E Ochako está apavorada com a ideia. 

—  Que cara de merda é essa? Você fez o que tinha que fazer, Cara de Lua, é um a menos pra se preocupar pra que a gente possa sair daqui.

— Eu… —  “eu tô com medo” é o que ela quer falar. A garota sente como se suas vísceras tivessem se enrolado como um novelo de lã dentro dela, apertando e fazendo pressão cada vez que pensa na ideia de ouvir um “eu te amo, por favor, saia comigo” de um garoto tão estranho e que infelizmente se parece demais com seu melhor amigo e primeiro amor. Ela tá com muito medo. —  ...eu só tô nervosa.

Mas nada disso importa pro Bakugou, ele é só um vilão nesse jogo, não liga pras preocupações da protagonista.

 

***

As aulas passaram mais rápido que ela esperava, e agora Ochako está parada na porta da aula de economia doméstica, desejando que ao abri-la, não o encontrará ali por alguma travessura do destino. Seria tão bom…

Mas é um pensamento covarde, ela poderia escapar da confissão agora, mas aconteceria em algum momento ou outro, e não adianta querer evitar algo que ela mesma criou. Sim, suas respostas e escolhas geraram essa situação, porque é assim que funciona num jogo desses. 

É só muito estranho que tenha sido tão rápido, os jogos da Mina e da Toru tinham mais coisas acontecendo, mas… enfim, aconteceu, suas escolhas a trouxeram aqui, Ochako não conseguiu descobrir muito sobre o garoto de cabelos verdes a não ser o fato de que ele é extremamente inseguro, não pôde dizer nada para acalentá-lo e ainda o fez acreditar que estava chorando por ele no aquário, quando na verdade era por ela mesma e sua situação patética. Ela fez tudo errado, mas, talvez sob a lógica do jogo, tenham sido as escolhas certas.

A jovem abre a porta e encontra o Deku com a mão apoiada sobre uma das bancadas, ele se vira pra olhá-la, e quase como se fosse combinado, o vento entra pela janela e faz as cortinas dançarem. Falta apenas a melodia dramática ao fundo para dar o tom romântico da confissão.

—  Uraraka-senpai, você veio! Eu… eu tava com medo que você não viesse! —  ele faz um sinal para que ela se aproxime, e Ochako o faz, seus pés a levam quase que por vontade deles próprios  —  Tô feliz que você esteja aqui. —  o Deku diz de um jeito suave e sorri, a luz solar invade a sala e faz um objeto sobre a bancada reluzir, chegando até a ofuscar sua visão por um segundo.

Uma faca.

—  V-você… você está bem, Deku-kun?

—  Tô ótimo, e você, senpai?

— Ah, vou bem. —  ela olha pra faca mais uma vez, ficando cada vez mais desconfortável com a presença do objeto ali —  Você… você queria falar comigo?

—  Sim, eu… desculpa por te chamar aqui, minha última aula era de economia doméstica hoje e fiquei como responsável pela limpeza. Achei que seria mais prático nos encontrarmos aqui. —  a explicação dele tem uma certa lógica, e dando uma olhada melhor ao redor, a sala está impecável, não fosse pelo detalhe da faca que ele não guardou.

—  Sem problemas… mas hã… prático pra quê?

—  Eu… —  ele cora —  Senpai, eu… pensei muito nisso depois do nosso encontro, foi… eu sinto muito que você acabou não se sentindo bem, mas estava bem… eu estava bem feliz de estar com você. Eu… sempre estou feliz quando estou com você, senpai. E isso é porque… porque eu… eu te amo. —  ah… —  Eu te amo, Uraraka-senpai. P-por favor, sej-

—  Por quê? —  ela o interrompe —  Por que você me ama?

—  O-o quê? —  o Deku parece muito surpreso.

—  N-não me entenda mal, eu… —  ela abaixa a cabeça —  ...teve uma época que ouvir isso de você… de alguém exatamente como você é… eu teria ficado tão feliz em ouvir isso, você nem faz ideia do quanto, mas… —  e então a ergue, olhando nos olhos dele —  ...mas eu tenho muito medo, Izuku, muito.

—  M-medo? Mas… —  ele ergue a mão para tocá-la e, por reflexo, Ochako se afasta, não querendo que ele a abrace para beijar suas lágrimas de novo —  Senpai, você… você tem medo de mim? M-mas por quê?

—  Não, não é medo de você, eu… eu tenho medo de não… conseguir te entender de verdade e você achar que… que eu posso acalmar aqueles barulhos na sua cabeça que você diz que ouve, eu… eu não tenho tanto poder assim, Izuku, e eu tenho muito medo de que… nós dois saiamos machucados.

—  Você jamais me machucaria. —  ele afirma, Ochako fica esperando o complemento “eu nunca te machucaria também” que nunca vem, porque ela sabe que não tem como ele garantir isso, e esse Deku deve saber também —  Você… você me traz paz, senpai, saber que você se importa comigo, que se preocupa comigo, que me quer bem, eu… você é a primeira pessoa que me vê assim, eu… 

—  C-como assim, Deku-kun? Você… você não tem amigos? E… e sua família?

—  Pfft. —  ele faz um barulho de desdém —  Todo mundo só ri de mim, senpai, você acha que eu não sei do que me chamam por aí? E família… faz anos que não vejo meu pai, e minha mãe… ela não me leva a sério, nada do que eu faço é bom o bastante pra ela, e se eu conquistei alguma coisa hoje, foi porque tiveram pena de mim.

Ochako fica chocada, metade dessas informações coincide com o Deku verdadeiro: ele fala bem pouco do pai, ela até achou que os pais eram divorciados, mas parece que não são, não que ela tenha entrado em detalhes ou que tenha precisado, porque a ausência do pai foi compensada pelo enorme amor e carinho que recebeu da senhora Midoriya. Algo que… aparentemente faltou a esse Deku.

—  Eu… eu sinto muito, Deku-kun, sei que não vale de nada, mas… sinto muito mesmo.

—  Aí é que você se engana, vale muito, senpai. Vale tudo pra mim! Você é sempre tão boa comigo, tão atenciosa, eu sinto que não preciso de mais nada desde que você esteja comigo. Você é a única coisa que eu tenho na vida que não conquistei por pena.

—  Mas eu não sou uma “coisa” pra você conquistar. E… se chegar um dia que eu não for o suficiente pra você? E se eu te magoar? Te trair? O que você vai fazer?

A faca na bancada atrás dele segue como um lembrete de que Ochako deveria ser mais cuidadosa na escolha de suas palavras, mas também... que ideia a de deixar alunos terem acesso a facas assim! Cadê o bom senso desses professores? Só porque são NPCs, quer dizer que ninguém pensa? 

Uma coisa que percebia constantemente nesses jogos que a Mina e a Toru amam é que grande parte deles não tem lógica, incluindo esse aqui.

—  Você… você é mais que o suficiente, senpai, você é tudo! Você nunca faria nada disso comigo! Eu… eu não sei o que aconteceria se você fizesse algo assim, eu… —  ele parece estar entrando em espiral, e Ochako sente a necessidade de fazer algo parecido com o que fez quando conheceu o verdadeiro Deku, ela não dá um tapa para fazê-lo flutuar, já que nem tem como, mas leva ambas as mãos às bochechas dele com certa força, o estalo ecoa pela sala, mas faz o garoto voltar sua atenção a ela.

—  Eu não posso te dar o que você quer de mim, Izuku, sinto muito. Eu… eu gosto de você, quero o melhor pra você e que seja feliz, e é por isso que não posso aceitar sua confissão, pois você não vai ser feliz dependendo assim de mim, e eu… não vou ser feliz ficando com você só pra que você não se machuque. —  ela quase finaliza com um pedido de desculpas, mas… mas desculpa pelo quê? Por não corresponder a essa visão distorcida de amor? Por ser honesta com ele e consigo mesma? Por ter coragem? —  O que eu… o que eu posso te oferecer é a minha amizade e admiração, eu… eu acho realmente incrível que você seja tesoureiro do Conselho Estudantil no primeiro ano, acho maravilhoso como você é dedicado, prestativo e gentil, e que… você consegue sorrir de um jeito tão doce apesar da sua cabeça ser… barulhenta. Eu te chamo de Deku porque realmente acredito que você é capaz de fazer coisas incríveis, sinto isso desde a primeira vez que te vi. Eu… eu fico muito feliz em ser sua amiga. —  percebendo o enorme monólogo que fez enquanto aperta as bochechas dele, e que talvez tenha se confundido um pouco ao falar coisas que diria ao verdadeiro Deku, Ochako o solta.

E o rapaz a encara, seus olhos brilham muito, ela diria que até parece o brilho que emana quando ele ativa sua individualidade, mas isso não é possível. A garota queria dizer mais alguma coisa, mas sente que já falou tudo que tinha a dizer. Não dava pra aceitar essa confissão de amor pois não é amor, e mesmo que esse não seja o “seu” Deku, ela não quer que alguém que se pareça tanto com ele sofra. Mesmo se ele nem se parecesse com o Deku, Ochako nunca aceitaria algo assim.

E então… o garoto avança de supetão, ela se sobressalta e leva a mão para a bancada, pronta para afastar a faca antes que ele tente algo, ah não! Será que não foi o suficiente? Não há nada que ela possa fazer para ajudá-lo? Ochako sente seu coração apertar, lembrando-se de repente que isso é parte de um jogo, e não namorá-lo gera bad ending, que… que droga! Por que ela não conseguiu salvá-lo? Por que… é assim que acaba?

A única coisa que o Deku faz, porém, é abraçá-la pela cintura, agarrando-a com desespero, a força dele é tanta que os derruba no chão, ela com as costas apoiadas na bancada, ele com a cabeça sobre o ombro dela.

Ela fica rígida, esperando sem saber o quê, mas o jeito como ele a envolve, apesar de meio afobado, não é ameaçador, Deku não está a abraçando para forçar sua presença ou impor seus sentimentos até que ela ceda, ele está buscando conforto, carinho. Ochako não se sente abraçada por um rapaz que a vê como uma garota, e sim… uma criança querendo afeto da mãe.

Então ela abraça de volta, uma mão nas costas dele, a outra acariciando-lhe os cabelos, e apoia sua cabeça na dele. Mesmo abafados pelo peito dela, os soluços do choro compulsivo do garoto ecoam pela sala vazia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A imagem que abre esse capítulo foi um presente da @Mileninha Fics, baseada na cena do capítulo passado, olha que lindo!
Imagino que você tenha mais perguntas do que antes, e garanto que elas serão respondidas aos pouquinhos, mas sim, basicamente essa é a rota do Deku hjdsjkjkdj. Quem você acha que a Ochako deveria tentar conquistar em seguida? Ou você acha que ela deve continuar com o Deku? (não é uma opção assim tão improvável, cof cof)
Obrigada por estar acompanhando a história!