Heavy escrita por Phanieste


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu comecei outra fic mesmo já tendo uma em progresso porque não tenho vergonha na cara... A fic não será betada, caso vejam algum erro que deixei passar podem me mandar uma mensagem no privado e verei se correções serão necessárias



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— Então o Shafiq virou para o diretor e falou que, ao contrário de mim, ele fez o relatório inteirinho no final de semana. Obviamente mentira, e eu sabia que ele tinha viajado com a noiva e só tinha chegado domingo a noite, pois a noiva dele  é amiga da nossa secretária e elas passaram a manhã inteira conversando sobre isso — Ron contava com as mãos nos joelhos, quase pulando no lugar de excitação para falar sobre a maior bronca  que o escritório de aurores já viu desde que ambos entraram no departamento. Harry não era o parceiro dele, mas mesmo do outro lado do andar viu o que estava acontecendo no final da tarde. O Diretor do Departamento de Aurores estava gritando a plenos pulmões sobre incompetência e desonestidade. 

Harry está rindo consigo mesmo ao lembrar do desfecho quando vê, pelo reflexo no espelho do bar, o modo como Gina, ao seu lado, está olhando em sua direção: completa adoração, reverência. Não é muito distante do olhar que ela tinha quando o viu pela primeira vez na Plataforma em King's Cross. Ele vê a Gina de dez anos nesse olhar e isso o incomoda profundamente. A voz da consciência veio como um tapa, ele não tem o direito de se sentir ressentido pelo fato dela o amar demais e ela o ama, ele sabe disso. Harry tenta então focar no amigo à sua frente, à espera de esquecer do ocorrido.

— Então eu disse virei para o Diretor e falei "Não se preocupe, Senhor. Shafiq aqui vai agora mesmo buscar o relatório que ele fez, enquanto eu irei para São Mungos pegar os documentos do legista. Pode deixar que até o fim do dia minha parte da papelada vai estar toda pronta e nós dois vamos te entregar tudo pronto com três dias de antecedência." Enquanto eu saía, o Diretor cumprimentou o babaca por estar sempre a frente do que é esperado e etc...

— Mas você não tinha feito tudo no final de semana? — Hermione perguntou tentando manter a irritação longe do rosto, e falhando. O clima da mesa já não estava leve como antes, Harry se perguntou em que momento todo mundo começou a ficar tenso.

— Vou chegar nessa parte…  A questão é: meu trabalho já estava quase pronto porque a Hermione tinha ficado enchendo meu saco desde sexta feira para colocar em dia a papelada da semana. Daí no sábado, ao invés de ter ido na sua partida, Gina, a gente ficou com a bunda na cadeira o dia inteiro na cadeira. 

— Continue o resto da história, Ron — Harry resolveu intervir antes que o amigo ficasse ainda mais estressado do que parecia.

— Certo, voltando ao assunto… O babaca do Shafiq estava tentando se passar por bom na frente do Diretor porque oficialmente, nós só teríamos que entregar tudo na quinta. Ele não esperava que eu estivesse com quase tudo feito, então eu usei a tentativa dele me foder para foder com ele.

— Linguagem, Ronald. — Hermione interrompeu. 

— Ela tem um ponto, eu não gostei muito de visualizar você e seu parceiro… 

— Está com ciúmes, Harry? — Gina interrompeu dando risada. Ele não chegou a rir junto pois os pelos do seu braço se eriçaram. 

De repente ele sentiu uma onda de adrenalina em seu corpo, não chegou nem a virar para a janela do estabelecimento que se estilhaçara para ver o que aconteceu pois já estava jogando a Hermione no chão ao seu lado e virando a mesa numa tentativa de usá-la como escudo. Ele então percebeu os feitiços ricocheteando acima deles e a ficha caiu de que estavam sendo atacados. 

— Você está bem? — perguntou para Hermione ao seu lado,  quando ela acenou ele se virou para ver Ron e Gina que estavam também protegidos por outra mesa. 

— Ron, você me dá cobertura? 

Ele acena e começa a jogar feitiços por cima da mesa, seus movimentos com a varinha rápidos e precisos devido aos anos de treinamento. Harry vai abaixado pelas laterais, esgueirando por entre cadeiras e clientes até conseguir uma posição boa atrás de uma coluna. 

Petrificus Totalus!

O atirador mascarado congela no lugar. Sem perder tempo, Harry examina o local para procurar novas ameaças e vai até ele. Ele retira a máscara mas não chega a reconhecer o homem.

— Nós temos que mostrar para o diretor a memória dessa cena! Ele vai ter que colocar a gente juntos quando ver que formamos uma dupla fantástica. — Ronald chegou ao lado do Harry, tomando a varinha do criminoso e quebrando ela por segurança. 

— Você foi incrível hoje, Ron! — Harry abraça o amigo de lado e dá uma batidinha na costas dele. 

— Vocês já analisaram a mente dele para ver se ele está sozinho? Ele pode ter algum parceiro fazendo um ataque simultâneo? — Hermione chegou por trás dos dois e deu um aperto de mão no Harry e um beijo na bochecha do Ron. 

— Você deveria ser uma Auror sabia? Olha só como seria boa… — Harry se interrompeu com o olhar acusador dela. — Nós não somos bons nisso, Mione. Eu confio mais no seu trabalho. 

— Não sei se tenho jurisdição para isso.  — Ela pareceu corar. 

—. Ninguém vai colocar no relatório. Vamos! Isso pode ser importante.

Legimens! — Após algum tempo, pareceu satisfeita. — Carter Yaxley, primo de Corban Yaxley. Ele não era exatamente um Comensal por pura incompetência, está ressentido com a morte do primo e não tinha mais dinheiro para se manter plenamente escondido. Resolveu dar fim à própria vida de um modo dramático. Está sozinho. 

— Olha o projeto de Comensal tentando dar um showzinho — Ron casta um Estupore no criminoso e vira para os amigos: — Podem deixar que eu o levo para questionamento, vai ser outra coisa para esfregar na cara do Shafiq. 

Hermione pareceu querer responder mas Harry a parou com um leve aperto no braço. Apesar de murmurar algo sobre "Levar a questão mais a sério" ela deixou o outro partir sem problemas. Dando adeus ao amigo, ambos viraram para o estabelecimento para lidar com os civis. Gina parecia ocupada com uma mulher de meia idade que machucou o tornozelo, mas ninguém parecia mais ferido do que isso. 

— Alguém vai precisar ir ao São Mungos? — Harry perguntou. 

— Não, apenas escoriações e torções. Quer dizer, se alguém quiser ir… Mas não vi nada além do que encontraria numa partida de Quadribol — Gina respondeu séria, sem levantar o rosto para olhar para o Harry. 

— Nossa! Você fez um ótimo trabalho… Não acredito que Madame Pomfrey faria melhor. — Hermione analisava o tornozelo curado.

— Obrigada. — Gina ofereceu um sorriso que não chegou aos olhos. Harry, ao observar isso, concluiu que ela estava cansada e estressada devido ao ataque.

— Oi, Hermione! — Harry começou a chamar quando a amiga chegou à porta do estabelecimento. 

— Olá, precisa de mais alguma coisa? — Ela perguntou ao colocar as mãos nos bolsos, seus ombros estavam caídos e seu cabelo bagunçado. — Sei que é chato eu falar de novo, Harry, mas não tenho jurisdição para ajudar com mais coisas aqui. O Departamento de Mistérios não tem a melhor relação com os aurores… 

— Nada disso, Mione! Eu acho que você está parecendo um pouco mal...— Ela tentou o interromper mas ele continuou: — Antes mesmo do ataque, você parecia um pouco estressada. Você quer almoçar comigo amanhã para falar sobre isso? 

— Amanhã eu realmente não posso sair na hora do almoço, vai ter um procedimento longo que não pode ser abandonado, porém eu irei sair mais cedo, que tal um café da tarde? Depois do seu turno terminar, é claro. 

— Vamos fazer assim, volte para sua casa, tome um banho para tirar os cacos de vidro do cabelo e venha para Largo Grimmauld para tomar um chá daqui a pouco. Pode ser?

Ela acenou e foi embora, ainda parecia abatida, mas talvez um pouco mais alegre. 

— Seu irmão vai cuidar da papelada e tudo mais, você está precisando de alguma coisa?  — Harry se aproximou da Gina, ela estava sentada na mesa em que eles estavam antes do incidente. Tudo que tinha sido quebrado no ataque já tinha sido reparado mas as pessoas ainda estavam agitadas, o lugar se esvaziava lentamente. 

— Eu acho que a gente precisa conversar. — Gina falou sem qualquer tipo de expressão facial aparente. 

— Claro! Vamos para minha casa! 

Harry não entendeu bem o que ela queria conversar. Mas aparatou sem reclamar na cozinha e começou a preparar um chá . 

— Tem Earl Grey? A Hermione vai passar aqui daqui a pouco e ela prefere… 

— Ela vai passar aqui? — Gina não estava olhando para ele. 

— Sim, hoje eu percebi que ela estava estressada com alguma coisa e chamei ela para conversar.  — Harry foi colocando as xícaras e o açúcar na mesa. Voltou-se para o armário.  — Achei o chá! 

Ela estava estressada? 

— Sim! Eu tinha planejado almoçar com ela amanhã para conversar sobre. Mas pelo visto apareceu algo no trabalho dela e ela não vai ter o horário de almoço, ela ofereceu apenas comer algo depois do trabalho, mas eu achei melhor a gente conversar... 

Ele foi interrompido pelo barulho da xícara caindo e se estilhaçando aos pés da namorada. 

 — Gina?! Você está bem? 

Só então ele percebeu que ela não estava assustada, mas sorrindo cruelmente para ele. 

 — Lembrou que tem namorada? 

 — Gina, o que foi? Você disse que queria conversar, desculpe estar distraído… Sabe como é, né? Os eventos da noite foram estressantes para todo mundo. 

O tom apaziguador dele provavelmente convenceu ela a se acalmar, pois Gina inspirou e exalou o ar pela boca de maneira deliberada por algumas vezes. 

— Eu vou tentar ser muito calma e moderada, apenas desta vez, e tentar conversar sobre isso de forma madura.  — Ela estava calma no exterior, mas agora que Harry sabia o que procurar, ele percebeu que os olhos dela borbulhavam com fúria. 

— Certo… 

— Por que, quando você sentiu perigo iminente, a sua prioridade foi salvar Hermione Granger, a pessoa que NÃO é a sua namorada? 

— Gina, por favor, eu nem percebi o que estava acontecendo… Numa hora estávamos todos conversando e na outra todos estávamos no chão. Não é como se deliberadamente eu te deixei desprotegida ou coisa parecida.

— A primeira parte da sua resposta foi muito interessante… Eu também não tinha percebido o que estava acontecendo. Eu estava tranquila com o garoto que eu amo quando eu vejo ele derrubando outra menina no chão para proteger ELA. Não a mim. Outra. Só então eu percebi que havia perigo e fui SOZINHA até a outra mesa para me proteger com meu irmão. Você tem a mínima noção do que é isso? 

— Gina — ele disse ao se aproximar dela e colocar as mãos em seus ombros. — Desde o quarto ano as pessoas ficam com esses boatos entre eu e a Hermione. Eles não eram verdade naquela época e também não são agora. Eu tenho Vassiterum no meu kit do trabalho lá em cima, no meu escritório. Você quer que eu tome um pouco e repita que não há e nunca houve nada entre eu e ela? 

— O problema nem é esse, Potter. Eu não penso que você tenha em algum momento ficado com a Hermione, ela nem faz o seu tipo. E se tivessem? Eu não me importaria. Mesmo que algo acontecesse algo antes de mim? Eu não me importaria. O problema é que eu nunca sou a prioridade. — Ela parecia acabada, não que estivesse menos bonita, mas seus punhos estavam cerrados e seus ombros tremendo. — Eu não sou uma pessoa que costuma fugir dos meus problemas sem brigar. Eu tenho seis irmãos, lembra? Mas para eu brigar por algo eu tenho que ao menos querer isso e quer saber? Eu não vou ser a única pessoa a brigar e me esforçar num relacionamento com uma pessoa sabendo que ele não se importa... 

— Você acha que pode dizer que eu não me importo?  — Harry já não estava mais compreensivo, o dia já fora difícil o suficiente. Ele sentiu o organismo responder com fúria às provocações. — Eu acho engraçado você pensar que só você se esforçou para a gente ficar junto… Fui EU que tomei a iniciativa, como você pode pensar que não me importo? 

— Você acha que se compara? Você perdeu esse argumento quando você me abandonou, lembra? Você deixou apenas eu para trás… A Hermione você deixa participar na sua jornada crucial. 

— Nem vem com esse tipo de argumento. Eu não queria que ninguém se arriscasse, eu não queria nenhuma morte em minhas costas. Eles me acompanharam e olha o que aconteceu. Eu não me arrependo de ter deixado você para trás. 

A conversa agora extrapolava o assunto "relacionamentos", o ânimo de Harry caiu drasticamente e seu organismo foi tensionando esperando um perigo abstrato. Ele já tinha falado para Gina que não gostava de conversar sobre a Guerra e mesmo que mais de um ano já havia passado, o assunto sempre o mandava para um lugar sombrio.

— Eu sempre fico para trás, eu sempre sou deixada de lado! Não venha mudar de assunto. Por que você não ME protegeu primeiro?! 

— Eu não sei o porquê! — Por um segundo, ele pareceu respirar e a resposta veio a sua mente. — Ou melhor, eu sei… Por meses eu só tive ela, nem o Ron esteve comigo o tempo todo. Nós passamos fome, frio e mais ameaças de morte iminente do que posso contar nos dedos. Eu não preciso pensar para procurar protegê-la, meus instintos de sobrevivência estão completamente entrelaçados com a noção de manter ela viva e bem porque eu sei que sem ela eu não estaria aqui. Ninguém salvou a minha vida mais vezes, isso não tem nada de romântico ou cor de rosa, na realidade é brutal. Não estou falando que eu não te amo, ou que eu desejo a Hermione ou qualquer outra coisa. Eu sinto muito por isso. Eu não quero entrar em outra briga parecida com a que eu tive com a Cho no quinto ano, nós somos mais maduros que isso e você tem que entender que, num relacionamento, eu sempre irei oferecer tudo que eu puder dar.

— Você não chega nem perto de entender, não tem é? — Gina tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu sinceramente te amei minha vida inteira. Eu não aguento mais receber migalhas,  eu não mereço isso. A questão aqui nem é a Hermione em si, é que você não me dá valor, você não me trata…  

— EU NÃO FUI AMADO A MINHA VIDA INTEIRA! — Harry perdeu completamente a paciência quando ela mencionou o crush que ela tinha nele antes de o conhecer. Algumas horas antes o assunto já tinha o incomodado e agora ele parecia explodir. Gina chorava compulsivamente. — Meus pais me amaram e morreram quando eu era um bebê. Eu vivi numa casa onde tudo o que eu conheci foi todos os tipos de abuso: físico, mental, emocional…  Tudo isso porque eu era "O Garoto que Sobreviveu", eu nunca tive ninguém. Eu absolutamente faço o melhor que posso com você, mas se você for me falar que você está em um plano superior porque teve uma paixonite no Escolhido eu vou te lembrar que a profecia poderia ser para mim ou para o Neville. Quer um herói? Vai com ele, ele foi subestimado a vida inteira… Seria muito saudável ele estar com alguém que o enxergue assim. Se você ainda me vê da mesma maneira que você me encontrou no Trem, no meu primeiro ano… — Ele sorriu com malícia, ele fora machucado, queria machucar. Mas parou no meio do caminho, ele não iria baixar o nível da conversa. Gina pareceu perceber e ambos pareceram acalmar os ânimos. — Não quero isso. Eu sou Harry, apenas Harry. Eu quero que você me ame porque admira que eu seja bom em Quadribol, ou porque eu fui corajoso em te beijar no Salão Comunal da Grifinória mesmo ele estando cheio de gente, ou porque não teve um único dia desde aquele momento em que eu não pensei em você. Eu faço o melhor que eu posso, mas não quero que o título de "Herói" seja a base do relacionamento. 

— Eu acho que a gente deve dar um tempo no nosso relacionamento. Para cada um se resolver… — Gina disse enxugando as lágrimas. 

— Eu não quero dar um tempo. Eu quero acabar com essa briga; ou a gente se acerta ou acabou tudo definitivamente, porque minhas cartas estão todas na mesa. — A chaleira apitou. Harry colocou água fervendo nas xícaras que continuaram na mesa. — Eu não vou mudar de opinião em nenhum ponto. Se não é para ser entre nós, você volta para sua temporada para jogar e eu continuo aqui, ambos solteiros. Não vou te culpar, não vou te difamar, não vou para imprensa, não irei fazer nenhum de nossos amigos escolherem um lado. Vai ser quieto e simples. Eu não quero terminar, mas eu me recuso a "dar um tempo". Você decide.

Gina ofereceu o olhar determinado dela e pela primeira vez Harry não sentiu nenhum orgulho ou alegria ao vê-lo

— Então eu fico feliz que minha mãe não deixou eu me mudar para cá quando minhas aulas em Hogwarts acabaram, porque acabou tudo entre nós. Pelo menos, não vou ter que me preocupar com qualquer mudança. 

— Ainda tem coisas suas aqui, pode demorar o tempo que quiser para pegá-las. — Harry estava cansado, não levantou o olhar. Queria fingir que não tinha que lidar com isso. — Se esquecer algo eu passo a você pelo Ron. Eu… Eu realmente espero que um dia poderemos voltar a ser amigos, eu não queria perder você da minha vida. Eu te amo. 

— Você não vai me perder da sua vida. — A expressão dela pareceu suavizar. — Eu vou precisar de um tempo, é bom que logo estarei viajando com o time… Nos feriados você continuará indo para a casa dos meus pais e logo, quando eu superar esse término, a gente vai voltar a conversar e rir de novo. Eu ainda sou super amiga do Dean Thomas, não? — Ela tentou sorrir mas não conseguiu. Seu rosto estava triste, mas não estava inflamado com ódio. — Porém, no momento, eu estou machucada e com raiva… Eu investi demais nesse relacionamento, não poderia ser diferente. Eu esperava mais… 

— Adeus. — Ele continuou sentado, fitando a mesa. Mas ela puxou seu rosto com delicadeza, ela pairava sobre ele angelicalmente. Seus cabelos vermelhos eram cortinas cobrindo o mundo ao seu redor.

— Você deu o nosso primeiro beijo, eu irei dar o último. 

O último beijo foi como tomar um shot de nostalgia líquida: familiar, calmo, triste e coberto de lágrimas por ambas as partes. Os dois prolongaram o momento até que os soluços de choro os impediram de continuar. 

Ele permaneceu de olhos fechados por muito tempo. Tempo suficiente para escutar ela abrir as gavetas e pegar suas coisas, tempo suficiente para ouvir ela ir embora. Quando Harry Potter abriu os olhos, ele estava sozinho.


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Notas finais do capítulo

Quando eu tive a ideia para esta fic, tanto Harry quanto Hermione já estavam solteiros... Mas acho que não dá para simplesmente ignorar os motivos que levariam a um término dos relacionamentos canônicos. Esse primeiro capítulo começa já no término Hinny porque não vejo muito motivo para escrever capítulos e capítulos estabelecendo os relacionamentos que os leitores já conhecem. Mais sobre os sentimentos dos personagens sobre essa cena serão abordados nos próximos capítulos, mas eu sinceramente espero que seja uma cena que dê um desfecho digno para o casal Hinny. Se fosse para eu resumir essa cena em uma sentença seria: Harry é uma planta na questão relacionamentos e Gina espera mais de um amor que ela sempre sonhou. Uma questão importante também é ressaltar é que o ciúmes que a Gina apresenta da Hermione não vem de um contexto romântico (fato que ela aborda várias vezes na discussão)... Quando eu li os livros eu fiquei indignada quando Harry não fez questão de levar Gina para a Caça às Horcruxes, pois eu não via como ele poderia deixar ela de fora, ela era uma parte integral da Armada Dumbledore e super competente. Esse é um dos motivos principais que não me permitem ser plenamente satisfeita com o desenvolvimento do relacionamento deles nos livros.



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