A Bomba - Contagem Regressiva escrita por Denise Reis


Capítulo 7
Capítulo 7 - Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

❤️Olá, família CASKETT!

❤️Chegou ao fim mais uma fanfiction.

❤️ Com as graças de Deus e com o incentivo e apoio dos lindos comentários, que me encheram de alegria, eu consegui concluir esta história.

❤️Sim mais uma história finalizada!

❤️Obrigada a Luana Lima SKKB, Fran Sousa, Jansenizia Brasil, Glaucia, Rita Vieira, Adriana Tatsch e gilvania que favoritaram esta história.

❤️Obrigada também a Bethlopes, Luana Lima SKKB e Adriana Tatsch pelas suas maravilhosas recomendações que me emocionaram.

❤️Nem preciso dizer, mas não custa nada salientar que esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança com fatos reais, será mera coincidência.

❤️Obrigada pelo incentivo e pelo carinho de vocês.

❤️Beijos e boa leitura.

Denise Reis ❤️



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Após darem uma última olhada no prédio onde ficaram confinados, eles seguiram em frente.

De mãos dadas, Kate e Castle começaram a caminhar.

Assim que deram os primeiros passos, perceberam que em frente ao prédio havia um rabecão e uma ambulância.

Olhando mais atentamente, perceberam também algo estranho. Havia um carrinho de aço inox, próprio de serviço de quarto dos hotéis finos. Nele havia um balde de gelo com uma garrafa de champanhe e ao lado, duas taças.

— Champanhe? Que coisa esquisita! Deve fazer parte da finalização do confinamento. Será? – Castle não estava brincando – Deve ser, pois o aviso anunciou que eles nos achariam.

— Mas já está muito tarde. É meia noite. – Kate ponderou.

— Verdade, Kate. É mesmo... Estou achando muito estranho.

— O que será que está acontecendo? – Kate franziu a testa ao indagar para o Castle.

Castle segurava forte a mão de Kate – Também não estou entendendo o que se passa, então, acho melhor sairmos daqui urgente, amor.

O casal começou a andar rápido.

Neste momento, para surpresa do casal, Esposito, Ryan e Lanie surgem na frente deles.

Apesar de serem pessoas conhecidas e seus melhores amigos, Kate e Castle se assustaram com o aparecimento repentino deles.

Castle e Kate pararam de andar e continuaram sem entender nada, mas Kate foi a primeira a se manifestar.

— Hey! Vocês quase nos matam de susto! O que vocês estão fazendo aqui? – Kate quis saber.

— Vocês estão investigando um caso de homicídio nesta região? – Castle indagou e olhou em volta.

Astuta e acostumada a lidar com investigações policiais, Kate deu uma conferida ao redor e antes que Lanie ou os meninos respondessem à pergunta do Castle, Kate afirmou – Nem precisa me responder. Pela cara de vocês, sei que não estão fazendo investigação policial. Além disso não estou vendo movimento de carros de polícia.

— Amiga, viemos o mais rápido que pudemos. – Lanie parecia aflita – Martha telefonou preocupada.

— Minha mãe telefonou preocupada? - Castle indagou - Como assim?

— Martha nos avisou que vocês foram escolhidos para participar de um estudo científico, ou algo assim... Um teste para uma análise mais apurada de resistência em ambientes fechados e para isso vocês dois ficariam três dias confinados e algemados. – Lanie informou.

— Isso aconteceu mesmo, brother? – Esposito indagou, dando um tapinha camarada no ombro do Castle – Vocês estão bem? Ficamos preocupados!

— Como foi isso, eihm? – Ryan estava com uma expressão travessa no rosto – Conta esta história direito aí... – Ryan os provocou.

— Bem, pelo visto este estudo teve um saldo positivo. – Lanie analisou o casal.

— Vocês não vão acreditar! Fomos confinados contra vontade. Não tivemos como recusar. – Kate já tinha certeza que algo estava errado e deu corda para ver até onde Lanie e os meninos iam.

— Para quem ficou confinada contra vontade por três dias, você não está com a fisionomia abatida, amiga. – Lanie piscou, sapeca, para Kate – Vejo que não se mataram. Estão vivos, sem olheiras, sem nenhum braço ou perna quebrada, sem cortes pelo corpo e estão de mãos dadas e se não estivessem tão assustados com a visão das viaturas da polícia e também com a nossa presença, com certeza estariam rindo à toa.

Tanto Kate quanto Castle estavam desconfiados, pois estavam estranhando o desencontro de informações no comentário da médica legista e dos meninos e também no que ouviram dentro do porão, durante o confinamento.

— Me falem uma coisa... – Kate estava com uma pulga atrás da orelha – Se vocês não estão investigando um caso de homicídio nesta região, o que vocês estão fazendo aqui com estas duas viaturas – Kate quis saber – Uma ambulância e um rabecão... Porque isso?

— Também quero saber o motivo daquela garrafa de champanhe? – Castle acrescentou – Sim, porque deve ter um motivo... Ela não está lá à toa.

Lanie não respondeu nada, tampouco os meninos.

Castle observou novamente as expressões faciais dos amigos.

— Está tudo muito estranho, Lanie, mas uma coisa, em particular, me chamou a atenção. – Castle estava desconfiado – Você me falou que minha mãe te telefonou para contar sobre o estudo, então vocês vieram nos encontrar, só que minha mãe não sabia...

Kate interrompeu o Castle – Perfeito, Castle! – Kate olhou para o namorado – No vídeo, Martha não sabia o local do confinamento. – Kate passou a olhar para os amigos – Então, como vocês nos encontraram?

Lanie e os meninos continuaram em silêncio.

— Outra coisa... – Castle continuou sua investigação - minha mãe comentou sobre o fato de eu estar sozinho. O pai da Beckett também fez o mesmo comentário, e ambos sabiam que não tivemos o direito de escolha do companheiro de confinamento. Nem o Jim sabia quem estava com a Beckett, tampouco minha mãe sabia quem estava comigo. Só que você acabou de relatar que minha mãe te avisou que eu e a Kate estávamos juntos no confinamento. Entendeu? Vocês estão se contradizendo. Ou, sendo mais direto, mas sem querer ofender, vocês estão mentindo.

Lanie, Esposito e Ryan se entreolharam e o Ryan, o mais sensível, fez uma expressão de culpa.

Diante de tudo que o casal já estava desconfiando, Castle viu a expressão de culpa do Ryan e também conferiu as viaturas, então se posicionou de frente a Kate para trocarem ideias sobre aquele assunto – Tenho uma teoria, amor.

— Hummm! Ele a está chamando de “amor”.— Lanie caçoou.

— Huummm!!! Agora se tratam de “Amor”, é, Castle? — Esposito não perdeu a oportunidade de fazer troça.

— Hey, eles estão na nossa frente há mais de dois minutos e ainda não brigaram. – Lanie completou a zoação.

— Inacreditável! – Ryan comemorou.

Tanto Esposito quanto Ryan zoaram com Castle e os três estavam com sorrisos suspeitos.

— BINGO! – Castle falou mais alto do que pretendia, chamando a atenção de todos – Agora vocês terminaram de se entregar.

Kate e Castle ficaram novamente de frente um para o outro e, como sempre acontecia, falaram a mesma coisa, simultaneamente.

— Eles nos confinaram!

— Eles nos confinaram!

Lanie se afastou um pouco e fez uma cara de pavor – Eu tenho medo quando vocês falam a mesma coisa ao mesmo tempo. Parece algo mágico.

— Sério, Lanie!? – Kate questionou a amiga – Vocês estão envolvidos no nosso confinamento! – ela afirmou e olhou furiosa para os rapazes – Vocês armaram toda aquela encenação de happy hour no Old Haunt só para nos capturar.

— Por isso vocês me chamaram para ir à delegacia na quinta-feira, mesmo sem nenhum caso de homicídio em andamento. – Castle acusou.

— Vocês nos fizeram de trouxas! – Kate não escondia sua irritação.

— Mas... – Castle olhou para Kate.

Como sempre acontecia, o casal se comunicava apenas por olhares, como se fossem telepatas e, mais uma vez, um de frente para o outro, falaram a mesma coisa ao mesmo tempo.

— Meu pai foi cúmplice deles.

— Minha mãe foi cúmplice deles.

— Nossa senhora! Eu fico apavorada com esse poder sobrenatural de vocês dois. Não entendo como vocês conseguem falar ao mesmo tempo. – Lanie comentou.

Kate e Castle não deram a mínima atenção para o comentário de Lanie.

Kate e Castle conversavam como se estivessem sozinhos.

— Meu pei e a Martha foram cúmplices? - Kate comentou.

Até que o Castle, com a testa enrugada, olhou sério para os três amigos e repetiu a pergunta de Kate – Minha mãe e o Jim foram cúmplices?

— Sim, Bonitão! E saibam que a Martha e o Jim adoraram a nossa ideia. – Lanie finalmente confessou e demonstrou que se divertia – O Jim é mais reservado e não se estendeu muito e se limitou a falar o necessário, no entanto, em segredo, ele deixou claro que já estava mais do que na hora de vocês dois ficarem juntos. Já a Martha adorou e ficou em êxtase com a nossa ideia, principalmente porque iria atuar. Foi como se estivesse ganho um papel para representar uma peça de teatro da Broadway. Ela adorou!

— Minha mãe se superou! Hoje eu vi que ela, realmente, é uma ótima atriz. A atuação dela foi impecável! Estou impressionado! – Castle comentou.

O Castle era mesmo de bem com a vida e, de forma muito natural, sem qualquer esforço, sempre conseguia fazer graça de tudo.

— E o meu pai! – Kate estava pasma – Nunca soube que ele tinha veio artístico. Logo ele, tão discreto. Inacreditável! Se eu não tivesse visto, eu não acreditaria.

— Jim e seus mistérios! – Castle comentou.

Os cinco amigos riram.

— Eu estou rindo, mas ainda estou admirada! Não acredito que meu pai concordou com essa maluquice... Um confinamento de mais de setenta e duas horas sem nenhum contato com o mundo exterior... – Kate estava abismada – É, meu pai me surpreendeu.

Beckett já não estava mais tão furiosa e até deixou escapar um sorriso.

— Ah! Relaxa, amiga, diga se não foi uma boa ideia deixar você confinada e algemada por mais de setenta e duas horas com seu escritor favorito... – Lanie deu um sorriso divertido – Nem adianta mentir ou fingir que não gostou, porque eu e os rapazes vimos vocês saírem do prédio de mãos dadas e dar um abraço apertado e um selinho, assim que puseram os pés fora do prédio e essa cena, ao que me consta, nunca aconteceu antes.

Ao ouvir o comentário da amiga, Kate prendeu um sorriso e depois lançou um olhar apaixonado para o Castle que foi correspondido.

Castle puxou Kate para um abraço.

Ele a prendeu pela cintura e, em seguida, ela o enlaçou pelo pescoço e trocaram um monte de selinhos na frente dos amigos, mas logo se afastaram, contudo, permaneceram de mãos dadas.

— Ouço sinos de casamento e o som da marcha nupcial... – Lanie brincou, cheia de felicidade.

— Yuhuuu!! – Esposito comemorou.

— Aleluia!! – Ryan cantarolou, mas, como sempre, estava todo atrapalhado, quase tímido.

Lanie e os meninos se cumprimentaram entre si – Pelo visto nosso plano deu certo!

Kate e Castle observavam a comemoração do trio até que Lanie se virou de frente para o novo casal – Amiga, eu não aguentava mais te ver sofrendo pelos cantos e morrendo de amor pelo escritor. O mesmo eu digo para você, Bonitão. Eu não suportava mais te ver desanimado e se esforçando ao máximo para continuar sorridente com todos, mesmo sofrendo por amar a Kate e não saber que era correspondido.

— E o que é pior, vocês dois namoravam pessoas que não amavam. – Ryan salientou – Isso era terrível!

— E brigavam por qualquer coisa, principalmente por causa de ciúmes. – Esposito completou.

— E o que vocês não captavam é que a tensão sexual que envolvia vocês dois, podia ser percebida por todos em volta, mas os dois brigões não enxergavam e gastavam energia brigando por besteira. – Lanie acrescentou.

— Isso não existe mais, Lanie, eu e a Kate estamos namorando. Nesses três dias no porão nós brigamos, nos divertimos, conversamos muito e por fim, eu me declarei para ela e ela se declarou para mim. Chega de brigas!

— Isso mesmo! Chega de falar do passado. Estamos juntos. – Kate estava visivelmente contente.

— Verdade! Estamos juntos e felizes! – Castle completou.

— Adorei ver vocês assim, felizes e de mãos dadas. – Lanie sorriu – Muito fofo! Até parece milagre! – Lanie zoou – Mas... Quando tiraram as algemas?

— Encontramos a chave das algemas poucas horas depois que despertamos. – Castle esclareceu.

— Só para matar minha curiosidade... – Lanie fez cara de menino pidão –Quando vocês acharam a chave, vocês já estavam juntos, tipo, casal?

— Não que seja da conta de vocês, mas, só para vocês não ficarem curiosos, a resposta é "sim"! Eu e o Castle já éramos um casal quanto encontramos a chave.

— Jura?

— Juro! – Kate era só sorrisos.

— Vocês se enroscaram mesmo com os braços algemados! – Lanie xeretou – Meu Deus! Vocês foram mais rápidos e mais entusiasmados do que eu imaginei! – Lanie ficou surpresa, mas muito contente.

— Eu juro que estava morrendo de medo. Achei que vocês iam se matar... Ou melhor dizendo. Eu achei que a Beckett iria matar o Castle como, aliás, ela sempre ameaçava. – Ryan exprimiu sua opinião, fazendo caras e bocas divertidas.

Todos riram do comentário do Ryan.

— Vou fingir que não escutei isso, Ryan. – Kate brincou.

— Ok, chefinha! – o detetive irlandês sorriu todo sem graça.

— Mas ainda não entendi o porquê destas viaturas e do champanhe. – Kate questionou.

Muito simples! – Lanie respondeu e passou a explicar – O rabecão era para o caso da Kate te matar, Castle, então recolheríamos seu corpo; A ambulância para o caso da Kate te esfaquear ou quebrar seu braço, sua perna ou sei lá mais o que, Castle, talvez uns cortes... – Lanie ria junto com os meninos.

— Hey, vocês acham que somente eu seria capaz de matar o Castle ou quebrar as pernas e os braços dele, é... E até o esfaquear? – Kate perguntou, curiosa.

— Ah, Beckett, é que você é a mais esquentada e feroz, além do que, desde o primeiro dia em que você conheceu o Castle, você o ameaça... Apesar de sabermos que você é apaixonada por ele, você sempre ameaçou quebrar as pernas dele, dar tiro nos joelhos e tantas outras ameaças, amiga, inclusive mata-lo. Já o Castle, apesar de ele te provocar o tempo todo, ele nunca te ameaçou. Verdade seja dita! – Esposito afirmou.

— Quer dizer, então, que eu sou o monstro e ele é mocinho! – Kate indagou.

— Pode ser, amor... Ou então, eu sou o Belo e você a Fera, entende? – Castle a provocou.

— Jura? – Kate enviou ao namorado um olhar ameaçador – A sua sorte é que estou sem a minha arma, Castle!

— Vocês mal saíram do confinamento romântico, alegres e felizes e você já está ameaçando o Castle, amiga. – Lanie ralhou com a Beckett.

— Relaxa, Lanie! Estou brincando.

Kate e Castle se divertiram também com as broncas e as explicações divertidas dos amigos.

— Sim, vamos voltar para as explicações. Continuem... Lanie, você já explicou a presença do Rabecão e da Ambulância. Mas e o champanhe?

— Ah, o champanhe, seria para o caso de vocês se acertassem... O que, de fato, aconteceu.

— Então, o que estamos esperando? – Castle perguntou – Vamos brindar!

Todos se aproximaram do carrinho de aço inox, mas o Castle fez um sinal, pedindo silêncio – Mais uma coisa!

— O que é, Bonitão? – Lanie estava muito feliz por ter participação na formação do novo casal.

— Preciso saber porque a ideia de nos trazer para este porão? Porque não pensaram em outro local?

— Sabe, Castle... – Lanie começou a explicar e o fazia com o toque divertido de sempre – Garotas fazem confidencias para a melhor amiga sobre suas paixões e namorados... Mas, como vocês dois já são um casal, então, vou revelar... – Lanie olhou para a Kate, como que pedindo permissão para revelar, e continuou a explicar – Há algum tempo, logo que você e a minha amiga foram salvos e se livraram do tigre, ela me confidenciou que adoraria ficar algemada com você num local excitante, mas sem o tigre.

Neste momento Castle olhou para Kate e arregalou os olhos – Eu bem que falei sobre isso com você, assim que chegamos ao porão e você, claro, disse que tudo não passava de uma brincadeira. Você afirmou que eu estava imaginando coisas... Que eu era lunático... – ele a acusava, divertindo-se com isso.

— Naquela hora em que você falou sobre isso, Castle, claro que eu não iria confessar. Imagina... Imagina se eu iria dizer que te amava e que, sim, eu tinha fantasias com você, envolvendo algemas e mais algumas outras coisas... – Kate confessou, um tanto quanto exaltada.

— Vocês estão vendo, né... – Castle prosseguiu provocando Kate – Vocês não colocaram o tigre, mas me deixaram confinados com uma tigresa.

— Isto é uma crítica ou um elogio, Castle? – Kate indagou.

— Você sabe que é um elogio. – Castle deu um selinho na namorada e, com uma expressão divertida, olhou para os amigos e acrescentou – Imagina se eu vou falar que não é elogio... Eu não sou louco! Sou muito novo para morrer.

Os cinco amigos riram.

— Continuando minha explicação... – Lanie voltou a falar – Como eu estava dizendo... E como todos no distrito sabiam que vocês eram loucos um pelo outro, mas que eram tolos por não perceberem isso, então eu e os meninos resolvemos dar uma mãozinha e realizar a fantasia da minha amiga que, com certeza, você não reclamou, não foi, Escritor?

— Reclamar? De modo algum! Eu adorei! Acho que esta ideia foi maravilhosa! Se eu tivesse tido esta ideia antes, eu já teria botado em prática há muito tempo! – Castle anunciou.

— Que pena que não botou em prática, Castle. Eu teria adorado. – Kate confessou.

—  Pois é... Quanto tempo perdido, eihm... – Castle deu outro selinho na namorada.

— Hey, nada de reclamar... Acho que tudo acontece na hora certa. Estamos juntos e isso é o que conta, amor. – Kate estava que não se aguentava de tanta felicidade.

— Então, vamos à comemoração!

Castle pegou a garrafa de champanhe e estourou a rolha.

— Que este seja o primeiro champanhe em comemoração à nossa união, amor! – Castle celebrou ao brindar com sua namorada.

— Que venham muitas comemorações! – Kate compartilhou do brinde.

Em seguida os cinco brindaram juntos.

Lanie devolveu a bolsa e o celular de Beckett. Devolveu também a carteira e o celular do Castle.

— Agora, matem a minha curiosidade, amigos. Como vocês programaram a bomba? Preciso de detalhes. – Castle estava curioso.

— Não existe bomba, amigo! – Ryan revelou.

— Sério? – Castle ficou abismado – Estou arrasado! Estou literalmente frustado!

— Castle! – Kate ralhou – Graças a Deus que esses loucos não colocaram bomba.

— Mas acho que seria mais real se houvesse a bomba! – Castle admitiu.

— Claro que não colocaríamos bomba, Castle. Imagina se teríamos coragem de colocar uma bomba sabendo que a Kate é mestre em desobedecer ordens. – Lanie esclareceu.

— Estamos até surpresos dela não ter arrombado a porta, como ela tem costume de fazer nas investigações policiais. – Esposito acrescentou.

— Eu e o Castle ficamos com medo da bomba e, por incrível que pareça, concordamos em não arrombar a  porta. – Kate confessou.

— Claro que isso depois de muita briga. – Castle emendou.

Kate olhou para o namorado – Isso é apenas um detalhe, Castle. 

— Ah, tá... Verdade! – Castle confirmou a informação de Kate.

— Agora, matem nossa curiosidade. Estamos curiosos para saber como vocês conseguiram nos colocar dentro do porão? – Kate queria saber a resposta e olhou para o prédio – Nós estávamos indo para o bar do Castle e quando despertamos estávamos no porão.

— A sedação foi a parte mais fácil, amiga. O difícil foi carregar vocês sem que ninguém visse. – Lanie comentou – Mas tivemos ajuda.

Castle observava novamente o prédio – O prédio está todo reformado! Está bem bonito e tão diferente do que era na época em que eu e a Kate ficamos presos com o tigre.

— Pois é... O prédio... A região está se modernizando e valorizou muito. Então... O prédio... Bem... – Ryan tentava explicar, mas estava gaguejando muito, como se estivesse com receio de confessar algo, então, o Esposito passou a falar

— Bem, o prédio foi comprado por uma rede hoteleira que transformou toda sua extensão em diversos lofts e reservou o porão para fazer a academia do prédio para os moradores utilizarem, já que não tem janelas, apenas ar condicionado central. – Esposito explicava – A reforma terminou na semana passada e todos os lofts estão ricamente mobiliados. Apenas a academia, ou seja, o porão onde vocês ficaram, é que será equipada a partir de amanhã. Já instalaram o sistema de som, as televisões, falta apenas algumas coisas e, claro, os equipamentos de ginástica.

— Mas, já que o prédio reformou todo e está em fase final de decoração, como vocês conseguiram que a empresa liberasse o porão para vocês? – Castle questionou.

Com poucas palavras, Esposito explicou – Dinheiro, brother! Eles deram o preço e nós pagamos!

— E foi uma grana alta! – Ryan concluiu com expressão tensa, com os olhos arregalados – Para nós, representa um valor muito alto!

— Vocês pagaram! – Castle ficou surpreso – Obrigada! Eu e a Kate seremos eternamente gratos. Claro que ficamos muito assustados no começo, mas depois, relaxamos, pois decidimos não arrombar a porta.

— Mas, obviamente, ficamos torcendo para não ter outro perigo além da bomba. – Kate finalizou.

— Você disse que o valor foi altíssimo. – Castle sondou.

— Para mim e para o Espo, qualquer valor é altíssimo. – Ryan confessou.

— Nossa Senhora! Então, como vocês conseguiram pagar? – Castle voltou a perguntar.

— Você se recorda que um dos últimos avisos que a voz metalizada, anunciou?

— Sim, eu me recordo. – Castle concordou.

— Pois é... – Esposito continuou – O anúncio foi que vocês dois seriam informados do resultado do estudo no mesmo momento em que ficariam sabendo do valor por terem participado do confinamento. – Esposito concluiu, mas tinha o olhar fixo no Castle.

— Sim, eu me recordo. – Castle confirmou.

— O Castle estava acreditando que iria receber um prêmio por termos participado do confinamento. – Kate disse – Mas eu não estava acreditando nisso.

— Lógico que eu achava que iríamos receber pelo menos uma indenização ou algo assim. – Castle insistia.

— Não foi bem isso... – Ryan continuava assustado.

— Pois é, brother... – Esposito continuou a explicar ao Castle – Para conseguir utilizar o porão, eu entreguei ao dono do prédio um cheque pré-datado, na certeza que você iria depositar o valor na minha conta, suficiente para cobrir o meu cheque, já que você é o cara do dinheiro, Castle.

— Acreditamos que você pagaria, brother, mesmo que a Kate não aceitasse ficar contigo, pois você iria agradecer por, pelo menos, termos tentado te ajudar... Ou melhor dizendo, ajudar vocês dois. Nós somos amigos! – Ryan confessou.

— Claro que eu te dou o valor, Esposito. Vocês me fizeram o homem mais feliz do mundo. – Castle fez um carinho no rosto de Kate.

Ryan respirou fundo, aliviado, mas demonstrou que ainda estava nervoso e o Castle notou.

— O que foi, Ryan? Que cara é essa?

— Nada! Nada não...

— Ok! Beleza! Então, Esposito, diga o valor para eu fazer o cheque.

Quando Esposito anunciou, Castle arregalou os olhos, impressionado com o valor altíssimo – Cara! Este seria o valor para três dias na suíte principal do melhor hotel de Paris, com direito a todas as comodidades e luxos. Você não tentou por menos?

— Este foi o valor final, Castle. – Esposito revelou – Negociei o quanto pude.

— Eu bem que estava preocupado – Ryan confessou – Eu achei esse preço uma fortuna. Com esse valor eu pagava parte dos estudos de Sara Grace.

— Uauu! Ainda estou impressionado com o valor. – Castle comentou.

— Você acha que não valeu a pena, Rick? – Kate perguntou ao namorado, com o olhar ameaçador, tão conhecido dele.

Imediatamente, Castle pegou sua carteira e preencheu o cheque com o valor anunciado pelos amigos. Destacou a folha e a entregou ao Esposito.

— Ótimo! – Kate deu um selinho no namorado.

— Esta mulher me deixa louco! – Castle confessou – Faço tudo por ela.

— Bom garoto! – Kate o provocou – Assim que eu gosto!

Castle olhou amoroso para a namorada e depois, todo contente, se dirigiu aos amigos – Com a Kate, vou seguir aquele antigo ditado... “Esposa feliz, casamento feliz!”.

— Isto foi um pedido de casamento, Escritor? – Lanie indagou, provocando o amigo.

— Em breve. Ainda não comprei o anel.

A risada foi geral.

— Kate, aonde você vai passar a quarentena, amiga? – Lanie indagou, curiosa, enquanto degustava sua taça de champanhe – Ainda pretende ir para a cabana do seu pai?

— Na verdade, Lanie, ainda não sei...

Kate respondia à amiga, mas foi interrompida pelo namorado.

Castle segurou a namorada pelos ombros e a olhava com amor e carinho – Kate, nós ficamos três dias aqui no porão... Que tal nós dois passarmos o restante da quarentena juntos? Poderemos ficar parte do tempo na cabana do seu pai, outra parte na minha casa dos Hamptons. Seria uma continuação da nossa lua de mel antecipada que começamos no nosso porão, com a ajuda dos nossos amigos.

— Eu topo! Adorei sua programação, Rick!

— Mas estou com uma ideia na cabeça, Kate. – Castle anunciou, todo contente – Quando acabar esta pandemia, e o mundo voltar ao normal, que tal nós dois passarmos uma semana na França? Poderemos visitar os castelos da região do Vale do Loire e curtiremos as noites iluminadas de Paris. Depois poderemos passar uma semana na Grécia, mais precisamente em Santorini, uma das ilhas Cíclades do Mar Egeu. Se depender de mim, poderemos viajar em todos os seus períodos de férias e folgas. Nossa vida será uma eterna lua de mel, Kate.

— Mandou bem, brother! – Esposito o parabenizou.

— Pois é... Como já disse, vou seguir à risca o mesmo ditado... “Esposa feliz, casamento feliz!”. – Fiquem espertos, Esposito e Ryan!

— Também gostei da sua programação, viu, Bonitão! Estou impressionada! Até senti uma pontinha de inveja da minha amiga. – Lanie fez esse comentário, sabendo que Esposito ficaria enciumado.

— Hey, mulher, estou aqui! – Esposito ralhou, em brincadeira.

— E eu também estou aqui, Lanie. Ai, ai, ai! – Kate pilheriou com a amiga.

— Bem, tudo deu certo, então eu já vou para casa aproveitar o resto do meu domingo com a Jenny e a minha pequena Sara Grace. - Ele fez uma careta, desanimado - Se bem que a essa hora, às duas já estão dormindo.

— É, já está muito tarde. Vou dispensar as viaturas e, em seguida, eu e a Lanie também já vamos embora. – Esposito anunciou e depois se dirigiu para Kate e Castle – Querem carona até o seu carro, Castle?

— Não precisa, obrigada. Eu já mandei uma mensagem para o meu serviço de taxi. Logo eles chegam.

Antes de se dispersarem, Kate chamou os amigos – Quero dizer que eu estou muito feliz por ter vocês como meus amigos. Obrigada por terem feito essa loucura de nos deixar confinados e algemados. Não estou ironizando. Estou falando sério. Confesso que fiquei muito preocupada e assustada no início, até porque havia a bomba e não fazíamos ideia do que iria acontecer, mas com o Castle ao meu lado, eu sempre me sinto protegida em qualquer lugar do mundo. – ela olhou para o namorado e concluiu – Sempre foi assim e agora, eu sei que vai continuar.

— Ela está assim agora, mas antes, ela queria me matar! – Castle provocava Kate – Ela jurou me matar! – Castle revelou, fazendo-se de vítima num comentário divertido e, obviamente, todos riram, mas logo depois ele deu um abraço carinhoso em Kate e depositou um selinho nos lábios dela – Essa mulher é o amor da minha vida! – ele disse todo feliz e Kate não cabia em si de tanta felicidade.

Os três amigos assistiam o amor do casal e também estavam muito felizes pelo plano ter dado certo.

— Pois é, essa não foi a primeira vez que eu e o Castle ficamos em perigo, mas em todas as vezes, apesar de eu estar sempre nervosa e esquentada, ele sempre me protege, sempre encontra um modo de me deixar mais calma e sempre encontra um jeito de nos salvar e de hoje em diante, eu sei que vai continuar assim. – Kate olhava o Castle com ternura.

— Sempre! – ele correspondeu ao olhar dela e depois se dirigiu aos amigos – Vocês são os melhores amigos do mundo. Acho que a melhor palavra que posso dizer é, ‘obrigado’!

— Mas eu estou na torcida para que esse casamento não demore e exijo ser convidada para ser sua Madrinha, entendeu, amiga!? – Lanie avisou, risonha.

— E eu exijo ser seu padrinho, Castle. – Esposito comunicou.

— Eu também quero ser padrinho do Castle. – Ryan reivindicou.

— Tem algo muito importante que vocês ainda não se deram conta – Lanie os alertou – Ainda não sabemos se seremos surpreendidos por um beby Castle, já que não disponibilizamos nenhum tipo de proteção, se é que vocês estão entendendo. – Lanie os provocou.

— Bem, hoje falamos sobre o confinamento... – Kate sorriu – Que tal deixarmos para falar sobre casamento e bebês outro dia, eihm... São assuntos mais delicados. Vamos embora! – Kate avisou, divertida.

— Hey, gostei destes dois assuntos, viu. – Castle fez questão de deixar claro sua intenção.

— Apesar de bastante prematuro, eu também gostei do assunto amor, só que já passa de uma hora da madrugada e parece que o nosso taxi acabou de chegar, Castle.

Castle olhou para o carro que acabara de parar logo adiante – Verdade! É o nosso taxi. – Castle anunciou ao perceber o taxi parando com o conhecido motorista acenando para ele.

Lanie entregou um par de máscaras de proteção para Castle e Kate e todos os cinco puseram suas máscaras.

— Sinto informar, amigos, que nestes três dias de confinamento nada mudou e, até o momento, não existem medicamentos específicos para tratar o novo coronavírus, muito menos vacina.

Após uma rápida despedida de todos os amigos, Ryan foi embora.

Esposito foi falar com os motoristas das viaturas e Lanie foi com ele.

Kate e Castle seguiam na direção do taxi.

— Eu te amo, Kate! – ele falou baixinho somente para ela ouvir.

— Eu também te amo, Rick! – ela murmurou, completamente apaixonada e, aceitou a mão que o Castle oferecia.

Seguiram juntos, felizes e de mãos dadas.

 

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Assim que entraram no apartamento de Kate, ambos retiraram suas máscaras e, rapidamente, ela o puxou para que ficassem frente a frente, passou seus braços em volta do pescoço dele e, com um olhar sensual, o questiona, curiosa – Você vai mesmo escrever um livro tomando por base o nosso confinamento, Rick?

De um jeito maroto, ele devolveu o olhar – Vou!

— Sério? – Kate indagou.

— Seríssimo! – Castle confirmou.

— Posso te ajudar a dar umas ideias? – ela pediu, sapeca.

— Todas que você quiser, Kate. Já estou aqui com a mente borbulhando, bolando cenas e diálogos. – ele fazia gestos e olhares misteriosos.

— Eu também! – ela confessou – Adoro suas cenas detalhadas, Rick, principalmente as de sedução e as mais quentes entre o Jameson Rook e a Nikky Heat! – ela sussurrou. Deixando-o arrepiado.

Ele a apertou nos braços e começou a dar beijinhos no pescoço e na orelha de Kate, acariciando seu corpo.

— Mas antes de escrevermos estas cenas quentes, ensaiaremos bastante e poderemos começar a praticar repetidamente, sem pressa. – Castle sussurrou.

— Perfeito! Concordo! – Kate piscou o olhou para o namorado – Tenho minha quarentena inteira para praticarmos.

O beijo que se seguiu foi, como sempre, cheio de amor, paixão e desejo.

— Este foi o nosso primeiro beijo na vida real, Rick.

— O primeiro de muitos. Teremos a vida inteira pela frente, Kate.

— Você me completa, Rick. Você me faz feliz. Eu me sinto mais viva do que nunca.

— E eu me sinto muito mais feliz e completo quando estamos juntos, Kate.

Olharam-se apaixonados e, com as feições de felicidade, olhos nos olhos, sussurraram ao mesmo tempo.

— Te amo, Kate!

— Te amo, Rick!

 

..................................

 

Kate Beckett e Richard Castle perceberam que a vida deles era melhor, mais alegre e perfeita somente quando estavam juntos.

Então, felizes e apaixonados, seguiam rumo ao tão esperado “viveram felizes para sempre.”

F I M


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