The Wiltshire' Mission escrita por Mille


Capítulo 12
Capítulo 12 - Hermione Granger




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792946/chapter/12

 

Ouvia alguns barulhos de pessoas no fundo, mas eu não conseguia perceber e algo duro foi contra o meu corpo ou eu fui contra algo e por momentos não consegui pensar em nada a não ser que aquilo era demasiado suave e cheiroso, virei a cara para o outro lado e fechei os olhos que pesavam muito, sentia-me exausta, era tudo o que conseguia pensar.  

Não sei quando tempo passou, mas aquela sensação estranha voltou e o meu corpo começou a acordar aos poucos, os meus sentidos começaram a despertar daquele torpor que me encontrava como se tivesse sido atropelada por um camião ou que tivesse exagerado nos exercícios no dia anterior e o meu corpo estava todo moído. Havia um gosto estranho na minha boca e seca parecia cortiça, mesmo os lábios, tentei passar a língua para umedecer, mas estava completamente seca. Porque estava assim? Tentei abrir a cabeça e foi uma dor alucinante que me deu na cabeça fazendo ganir de dor. Respirei fundo para me acalmar e ver se a dor passava. Quando achei que erra suportável comecei a abrir os olhos lentamente, que pareciam que tinham cola e quando consegui abrir um pouco, e focar-me a volta, perdi-me. Esfreguei o olho e voltei a focar na janela que estava ali, aquela não era a janela do meu quarto. Olhei pelo chão e o que fazia uma bacia ali ao lado da cama? Ok, definitivamente aquele não era o meu quarto onde estava a cama da Parvati ao lado da minha? O meu corpo pesava toneladas, mas em movimentos lentos consegui rodar e sentar-me, olhando em volta. Definitivamente aquele não era o meu quarto, nem nenhum em Hogwarts coisa que valha. Mas algo no meu consciente fez-me recordar que eu não estava mais em Hogwarts, mas na Mansão Malfoy. Comecei-me a preocupar, um pouco mais desperta que era possível, olhando em volta, vendo que também não estava no meu quarto da Mansão. Levei a mão ao peito e foi aí que reparei na roupa que tinha. Aquela camisola negra não era minha eu não vestia camisolas XXL e do nada, senti alguém a mexer-se ao meu lado, foi aí que comecei a panicar.  

Deus, eu perdi a minha virgindade e não me lembro? Respira Hermione, por amor de deus, não percas os sentidos precisas de focar-te e pensar no que aconteceu, respira, sabes como se faz, inspira, expira, inspira, expira, inspira... Gemi de dor passando as mãos na cabeça, encolhendo-me. Como é que eu podia ter perdido a virgindade, devia ser um momento importante para mim, eu não podia ter feito não, não, não. 

— Bolas Granger, mesmo de ressaca és insuportável - resmungou uma voz rouca do meu lado. Levantei a cabeça, fazendo quase estalar o meu pescoço com o susto: perdi a minha virgindade com a Pansy? Aquilo era pior do que eu imaginava. Ou melhor que eu não imaginava porque eu não me lembrava de nada. Vi ela a afastar a manta que lhe cobria o rosto, ainda com os olhos meio fechados - Estás com um aspeto horrível... - disse e voltou-se a enroscar numa bola, colocando os braços para fora da manta – Devias dormir mais um pouco ou deixar as outras pessoas fazerem o mesmo... 

— Pansy - murmurei baixinho, tentando não mostrar o meu pânico o que estava a ser muito difícil.  

— Que é? - perguntou sem abrir os olhos e agradeci por isso, era mais fácil se não a tivesse que a encarar.  

— Nós dormimos... dormimos juntas?  

— Claro - cerrei os olhos com aquela revelação, confirmando os meus medos - Querias que dormisse onde? No chão?  

— Não... Não é isso - como é que lhe ia perguntar sem ser indelicada - Estou a perguntar se eu e tu, tu e eu nos envolvemos durante a noite e, tu sabes, fizemos coisas juntas... 

Vi ela a abrir os olhos e encarar-me como se estivesse a ver-me pela primeira vez - Estás a perguntar se fizemos sexo? - eu respirei fundo e acenei, e durante uns segundos que ela me encarava esperava que a resposta fosse não, até ver o sorriso torto que ela me deu - Sim, e foi maravilhoso! Tens um sabor delicioso... - disse demasiado maliciosa e saltei da cama, acho que estava a ter um ataque. Como deixei que isso acontecesse, onde é que tinha a porra da minha cabeça? Como é que se respira, porque até isso eu esqueci como se fazia!  

Uma gargalhada estourou e eu olhei para Pansy que ria como uma louca na cama – Granger, fizeste o meu dia! - como é que ela podia estar tão divertida, parecia que não percebia a gravidade da minha situação - A tua cara ao achares que nós fizemos sexo! - e voltou a rir deixando-me perdida com as palavras dela – Ai, ai... Muito bom – voltando a rir e esperei bastante irritada quando me percebi que ela tinha gozado comigo e não houve sexo nenhum, um alivio percorreu o meu corpo cansado – Podes ficar descansada Granger, continuas tão virgem como ontem... 

Sentei-me na cama e respirei fundo – O que aconteceu ontem? Porque não me consigo lembrar de nada?  

— É, o absinto tem esse efeito nas pessoas, principalmente para aquelas que não sabem controlar-se ou tem pouca tolerância ao álcool. 

— Eu não me lembro de beber - confessei - Quer dizer, o Blaise trouxe os copinhos com aquele líquido verde... Vi... - mordi o lábio quando recordava da cena de Draco com a outra rapariga quase lapas - Sei que bebi dois ou três, depois ele não quis que bebesse mais, sim, isso, ele disse que devia parar antes que me arrependesse - recordando-me olhando para Pansy furiosa - e foste tu que me deste mais! 

— Começaste a dizer que aquilo era doce, querias mais, só fiz aquilo que me pediste – murmurou.  

— Devias ter impedido! A culpa de estar assim é tua! 

— Minha? - riu - Deves estar é maluquinha, agarraste na cerveja do Blaise, começaste a beber a dizer que estavas cheia de calor e que querias mais daquele delicioso licor - bufou - Deves é agradecer-me que coloquei a mãozinha na tua testa quando vomitavas tripas e coração! Eu fui uma boa amiga! 

— Eu vomitei? Oh meu deus, como é que eu não me consigo lembrar de nada? Quer dizer, lembro-me de dançar com Blaise... 

— Sim, nem me lembres desse pormenor, tu ficas toda amiguinha e só queres abraçar toda gente! És uma bêbada muito carente! E ciumenta, diga-se de passagem.  

— Ciumenta? Eu não sou ciumenta! - bufei por ela estar a rir-se, eu não estava a achar piada nenhuma aquilo tudo – Porque dizes isso? O que aconteceu com o Blaise? O que foi que eu fiz?  

— Com o Blaise? Nada, a não ser deprimires a mim e a ele com as tuas lamechices, mas com o loirinho...  

Senti um calor a percorrer o meu pescoço até ao rosto – O que aconteceu com o Draco? Espera! - pedi aflita, o meu coração ainda não tinha acalmado do primeiro choque e agora não sei se aguentava com outra bomba - Eu vou querer saber? - questionei a medo.   

— Ah...  

— Ok, não me contes, não quero saber! - fechei os olhos e passei a mão pela cabeça - Oh meu deus, o que foi que eu fiz? 

— Mas queres saber ou não? Decide-te mulher!  

— Eu não quero, prefiro não saber! - passei as minhas mãos pela cabeça, parecia que tinha uma bola de bowling passar de um lado para o outro - Fiz alguma coisa que me envergonhe? 

— Bem, tu...  

— Esquece, esquece! Não quero saber! Que vergonha! - olhei para Pansy que bocejou como se não tivesse preocupada como eu não tivesse feito nada de grave. Se calhar não tinha feito e estava preocupada à toa. Eu não me lembrava então era melhor assim, só tinha que me tranquilizar, ia esquecer “e se eu fiz…” se não havia razão para tal, mas para ela dizer aquilo do loirinho. Será? Inspirei fundo e tentei procurar o meu telemóvel pelo quarto - Onde está o meu telemóvel?  

— Está bem guardado porque como disse, tristemente tu és uma bêbada carente e afetuosa - vi ela a fazer uma careta, fiquei mais preocupada mas se eu não soubesse o que tinha feito, não iria ficar com vergonha do que se tinha passado, era lógico - Então eu tirei-te o telemóvel e... - olhou em volta enquanto se sentava - Arrumei numa dessas gavetas - apontando para a cómoda que estava à nossa frente.  

Com algum custo, sai da cama afastado a bacia, que ali continuava, para o lado. O quarto estava a mexer-se e eu tive que me apoiar na cama até o quarto parar de tremer. Assim que senti estabilidade no quarto avancei para a cómoda.   

Encontrei-o a última gaveta e quando liguei reparei que estava nas chamadas, assustando quando vi o nome para quem tinha feito chamadas.  

— Pansy! - avancei para a cama e ouvi-a a resmungar, estava novamente embrulhada a dormir - Não, acorda, Pansy! - puxei a manta para revelar a cara dela, mas acabei por destapa-la mais do que pretendia, deparando com ela nua – Tu dormiste nua ao meu lado? - estava chocada.  

— Estava com calor, qual é o problema? Não abusei de ti, podes ficar descansada!  

Fechei os olhos e abanei a cabeça, estava a sair do foco – Esquece! - voltei a tapa-la voltando ao problema mais sério que eu tinha - Porque é que tenho várias chamadas perdidas do Krum?  

Pansy suspirou e sentou-se, falando séria para mim, o assuntou parecia sério – Realmente temos que falar sobre isso Granger, porque... - fez uma pausa e eu olhei para ela esperando que continuasse a dar-me a explicação do motivo das chamadas - … porque como é que tiveste tão mau gosto para namorar com ele? Digo-te: primeiro, ele é feio - bufei irritada levando as mãos ao céu - segundo: fala com um péssimo sotaque; terceiro, anda em Durmstrang; quarto, ele...  

— Já percebi Pansy! - quase gritei – Mas não é isso que realmente quero saber! Quero saber o porque das chamadas! 

— Oh isso, porque lhe ligaste.  

— Eu o que? Porque é que lhe liguei? 

— Sei lá! Só sei que dizias “quero pagar na mesma moeda”, eu sei lá o que se passa na tua cabeça. Mas quando ele atendeu ficaste toda irritada e disseste umas coisas sem sentido, até choraste – estava parva da minha vida – tive que te tirar o telemóvel, porque eu sei lá o que mais ias fazer ou para quem mais ias ligar! - não estava em mim e só conseguia encara-la - Não tens de quê - disse-me irónica.  

Não sei quando tempo passou eu a olhar pelo quarto tentando organizar a minha cabeça com aquela informação até que outra questão surgiu – De quem é este quarto? Onde é que estamos?  

— No chalé, estavas tão mal que o Draco trouxe-te aqui para cima e o Theo emprestou uma camisola dele depois de sujares o vestido todo com vomito – olhei para o que tinha vestido – Estavam tão preocupados contigo mas mal te vestimos atiraste para a cama e não te mexeste mais, claro que estávamos com medo que começasses a vomitar novamente - daí a bacia ao lado da cama, agora entendi - e te engasgasse com o teu próprio vomito, tivemos que tirar a sorte quem ficaria contigo durante a noite. Calhou-me a mim – gemi de vergonha, mas agradecida por não ter ficado sozinha – mas pronto lá ficaste quietinha no teu lugar, sem stresses.

— Obrigada – disse sincera e ela abanou a mão como se não fosse nada de mais. Deitei-me ao lado dela novamente – O que mais fiz eu que me possa envergonhar e tenha que enfrentar? - ela olhou para mim e sorriu.  

**FLASHBACK IN** 

De fundo a música Talking Bodies tocava enquanto Hermione Granger bebia o seu primeiro shot e achou aquilo horrível, fazendo uma expressão de dor quando o liquido queimava pela garganta abaixo, mas precisava de outro para esquecer o que estava a passar-se do outro lado da sala num dos cantos, onde eles não estavam a ser nada discretos – Outro – pediu a rapariga e Blaise não demorou a passar o novo copo de shot para a mão estendida. Pansy Parkinson tinha um sorriso torto e entornou também o seu pela garganta abaixo quando Hermione bebia o seu segundo e a sensação de ardor voltou e tossiu, pegando na cerveja que estava na mão de Pansy esquecida, bebeu para ver se passava o ardor.  

Passaram quase duas horas e pouca coisa tinha mudado, a não se que cada vez mais gente chegava juntando-se na festa:  vários grupinhos dançavam no meio da sala sob a meia luz; outro grupo jogava cartas e quem perdia tinha que se livrar de uma peça de roupa, vendo já rapazes e raparigas de roupa interior; alguns no exterior junto da piscina atiravam-se para dentro dela; Draco tinha dado uma volta pelo espaço cumprimentando o pessoal e trocando meia dúzia de palavras, até Romilda requer novamente a atenção desesperada dele, tinha vindo ali com um objetivo e não ia embora sem isso; Blaise estava entretido numa partida de snooker com Crabbe e Goyle, tendo alguma assistência; Theo falava com duas raparigas no sofá com os braços nos ombros delas, sem deixar de olhar na direção de uma certa morena que estava no meio da sala a dançar com Hermione e Daphne, dançaram até cansarem e seguiram para junto do balcão onde Theo guardava as melhores garrafas. Daphne viu algo mais interessante para fazer e deixou as duas sozinhas.  

Foi quando Hermione desabafou para Pansy: 

— Como será que foi para Narcisa lidar com esta coisa de estar apaixonada? Como é que ela lidou apaixonar-se por um Malfoy? 

— Porque estás a perguntar isso? 

— Porque estou apaixonada – confessou com um longo suspiro.  

— Estás apaixonada pelo Lucius Malfoy? - perguntou com um guincho, chocada e Hermione olhou sem entender - Granger, ele pode ser até charmoso, mas ele é velho! Tem idade para ser teu pai! 

— O quê? - abanou as mãos e a cabeça - Credo! Não é esse Malfoy! 

— Ah, estas a falar do loirinho... - concluiu com um certo alívio, pensando que teria que internar a rapariga por ter pensamentos impuros com o mais velho dos Malfoy - acho que estás a cometer um grande erro, se queres a minha opinião. 

— Não quero - mas ela não ligou para o que Hermione disse e continuou a falar.  

— Ele tem aquele ar de um anjo inocente puro, mas eu papo a léguas o tipo dele, ele é o diabo! Ele é um mulherengo de primeira tigela, ele basta estalar os dedos e tem todas aos pés... Já reparaste no sorriso dele?  

— Um sorriso maravilhoso...?  

— Problemas, é o que aquele sorriso traz! - continuando a divagar e Hermione questionou-se se estavam a falar da mesma pessoa – Tu não sejas burra, ele não presta, ele só vai querer uma coisa tua!  A tua virgindade - empurrou outro copo para Granger e pegou um para si – Se tiveres que te apaixonar que não seja por ele, só te vais magoar! - aquelas palavras eram as mais sinceras que Pansy tinha proferido a Hermione, um pouco tocada pelo álcool, diziam que servia como soro da verdade – Depois do fim desta – olhou para o lado para ver se alguém ouvia e murmurou baixinho - Missão, vamos sair da vida deles e nunca mais os veremos – bateu com o copo no dela e ambas viraram a bebida para baixo. 

Aquilo já não ardia na garganta de Hermione, já estava tão anestesiada que mal sentia.  

— Acho que é tarde para isso – suspirou Hermione que encarava o copo vazio - Já estou perdida no sorriso dele! - cambaleando um bocado aproximou-se de Pansy e deu-lhe um abraço - Obrigada pelas palavras amigas!  

Pansy afastou-a com uma careta - Está bem, está bem, não precisas ser tão melosa que...  

— BLAISE! - gritou Hermione interrompendo Pansy e o moreno sorriu quando se aproximou, sendo logo abraçado por Hermione.  

— O que vocês estão a fazer? A acabar com o stock de bebidas secretas do Theo?  

— Se era secreto, não é mais! - Pansy riu quando voltava a encher os copos e passava um para Blaise que aceitou e bebeu, dando um gole depois na cerveja que tinha na mão - Onde anda o teu amiguinho Theodore? - questionou Pansy quando largava o copo vazio em cima do balcão.  

— Para quem não o suporta estás muito curiosa em saber por onde ele anda...  

— Só quero saber para saber se ele não descobre que estávamos a assaltar o stock dele, só isso - disse tentando disfarçar o real motivo do porquê andar a procura dele. POrr muito que tentasse negar, ele mexia com ela.  

— Não te preocupes, vi o entretido com uma rapariga na cozinha.  

— Cozinha com uma rapariga, é? - Pansy resmungou quando olhava nessa direção e estreitou os olhos - Vês o que te digo Granger, eles são todos iguais, um sorrisinho e é só problemas atrás de problemas!  

— Do que está ela a falar? - perguntou Blaise para Hermione que encolheu os ombros.  

— Sei lá!  

— Homens são todos uns parvalhões! - resmungou Pansy e Hermione ergueu o copo de shot cheio.   

— Brindo a isso!  

— Eu não brindo a isso, como podem perceber - disse num tom brincalhão fingindo-se ofendido.  

— Oh, mas tu não és um parvalhão! - disse Granger dando-lhe um abraço, claro que ele era enorme em relação a ela mas mesmo assim não deixou de fazer - Tu estás fora da liga dos parvalhões! - virando-se para onde um certo loiro ria quando a morena dizia algo ao ouvido - Vamos dançar! - e puxou-o para junto dos outros corpos que ali estavam e Pansy veio juntar-se a eles, balançando o corpo ao ritmo da musica que tocava.  

Hermione tentava disfarçar e tentar não olhar, mas estava difícil ignorar o par a poucos metros de onde estava. Ela estava a roçar-se nele como uma lambisgoia colocando os braços à volta do pescoço dele e ele apenas sorriu. Se ainda não havia beijo, pouco faltava e não era por falta de incentivo dela.  

— Foi a gota de água! - disse Hermione, começando a afastar-se dos amigos em direção do par.  

— Onde é que vais? Onde é que ela vai? - perguntou Pansy virando-se para Blaise que encolheu os ombros e puxou-a para si, para continuar a dança.  

Hermione chegou perto e quando Romilda estava prestes a beija-lo, Hermione tocou-lhe no ombro interrompendo aquele momento - Com licença! - Romilda olhou entediada e deu um sorriso cínico quando viu quem era, mas Hermione não lhe deu tempo, empurrando-a para o lado e ocupou o lugar dela em frente de um Draco que olhava para ela com curiosidade debochada - Olá! - e beijou-o, apanhando-o desprevenido que primeiramente ficou sem reação e Hermione afastou-se olhando para ele, mas aquela pausa não durou mais que um segundo porque no segundo seguinte Draco estava a puxa-la para si e a voltar a colar os lábios nos dela, com urgência, como se precisasse daquele beijo como quem precisa de ar para respirar.   

**FLASHBACK OUT** 

— Não! - eu não podia acreditar no que Pansy tinha acabado de me contar - Não pode, eu não o beijei, não, não, não! - ele só podia estar a brincar comigo, tal como fez com a brincadeira de termos dormido juntas.  

— Sim, sim e sim! Não sei o que te deu, mas que safadinha... 

— Não, não podemos, eu não posso - estava tão atrapalhada que nem conseguia racionar - É contra as regras, eu não podia. 

— Nunca ouviste dizer: regras são feitas para serem quebradas.  

— Meu deus, e agora Pansy?  

— Não sei mas vocês estavam no maior marmelanço de todos os tempos que deu inveja, quase a roupa voava dos vossos corpos – disse com um sorriso diabólico e eu escondi o meu rosto, cheia de vergonha – se Romilda não tivesse interferido, afastando-te dele, que começou aos gritos super histérica e estava pronta para te arrancar os cabelos por lhe teres estragado a foda, mas tu começaste a ficar verde e tonta, vomitaste nos pés dela, foi o momento alto da noite – ouvi ela a rir como se aquilo tivesse alguma piada, com que cara ia encarar as pessoas na segunda-feira? Eu ia pedir para voltar para Hogwarts, era a solução - Os gritos dela devem ter chegado à China e tu começaste a chorar porque tinhas acabado de sujar os sapatos dela, Draco pegou em ti quando Theo tratava de acalmar a histérica da Romilda e levamos-te para a casa de banho... - fechei os olhos, ainda com o rosto escondido – o resto nem vale a pena mencionar porque foi nojento.  

Eu não podia acreditar e deitei-me na cama colocando o braço sobre os olhos – Eu não devia ter beijado Daco...   

— Por causa das regras? Já te disse que as regras são...  

— Não é por isso! Eu não devia tê-lo beijado porque estou apaixonada por ele e só vai complicar mais as coisas! - e ficamos caladas durante um tempo, quando encarei o tecto - Nunca mais bebo absinto na minha vida – falei como uma promessa.  

— Eu acho que devias agradecer por ele ter ajudado a fazer algo que não tiveste coragem de fazer sóbria... - ouvi Pansy a dizer ao meu lado, julguei que ela estivesse a dormir e bufei porque ela tinha razão.  

Não sei quanto tempo passou depois daquilo nem de ter adormecido, até ouvir fortes pancadas na porta daquele quarto. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Música: Talking Bodies (Young Professionals Remix) - Tove Lo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Wiltshire' Mission" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.