Moeda sem valor escrita por John Guimarães


Capítulo 9
Capitulo 9




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Chegou em seu quarto um pouco cansada, não sabia que atuar podia ser tão cansativo exigia muito de sua mente ter que manter outra personalidade, ainda bem que tinha se acostumado com intenso estudos por um momento sentiu que os estudos estavam servindo para algo, deixaram sua mente mais forte. Entrou no quarto pensativa, podia usar seu conhecimento para ajudar a melhorar sua atuação, deveria usar tudo que estava a seu alcance, caminhando devagar olhando para o chão sem se importa por estar escuro o local, puxo a cadeira sentando em frente a sua escrivaninha.

Em sua mente repassava todos os ensinamentos e vários detalhes importante, se levantou começou a andar novamente pelo quarto estava animada, queria fazer que sua atuação fosse perfeita mesmo nunca feito algo parecido, estava sendo até divertido como podia imaginar que atuar faria ela se empolgar facilmente ou será que o fato de estar quebrando as regras indo contra o pai?

Parou de repente notando que algo estava fora do comum, olhou para a cama e tinha alguém deitado na sua cama. Aproximando lentamente a escuridão dificultava sua visão, chegando bem próximo notou que estava coberto por seu coberto e para fora cabelos escuro, bem devagar foi baixando a coberta revelando Silicia dormindo profundamente. Lembrou que mais cedo tinha tido que ela poderia dormi no seu quarto, não imaginaria que dormiria o dia inteiro, teria que pensar em algo para justificar sua ausência a tarde toda, contudo cobriu ela novamente. Começou a ascender uma lamparina que havia nas paredes, foi até sua escrivaninha acendeu uma vela pegou todas suas anotações de aulas passadas que guardava dentro de uma gaveta colocando elas em três pilhas, separou um papel em branco e um pena com tinteiro sempre estavam disposto encima da mesa tinha que fazer tantas anotações no passado que chegava a possuir uma gaveta exclusiva com penas e tinta além de folhas em branco.

Deixou tudo preparado encima da mesa, indo em direção a seu guarda roupa quase tinha esquecido que estava com roupas de sair, ficar com elas mais que o necessário poderia sujar ou causar danos, usar algo mais leve também deixaria seus pensamentos mais a vontade. Depois de se arrumar foi até sua escrivaninha novamente empolgada com um sorriso no rosto as ideias estavam vindo a sua mente e com consulta a suas antigas anotações poderia trazer muitas coisas para melhorar sua atuação.

De repente uma batida na sua porta quebrou sua concentração, mal tinha tocada na folha, na verdade não tinha conseguido escrever nada, sua motivação veio a baixo seus ombros caíram, seus olhos estavam encarando a folha e lentamente abaixou a cabeça. Novamente uma batida na porta, escutou Silicia acorda logo atrás, sem querer que alguém visse que Silicia estava dormindo foi até a porta sem animo, abriu ela apenas uma fresta para ver o rosto de que estava batendo na porta. Era uma das empregadas pessoais de seu pai, com olhar arrogante.

—Seu pai requer sua atenção em seu escritório, seu irmão Rier também pede para que compareça- Sua voz irritava, sempre que via aquela empregada tinha algo relacionado com seu pai, e nunca era boa notícia.
—Tudo bem, já estou indo- Pronta para fechar a porta, a empregada colocou a mão na porta.
—Ele requer sua atenção, agora- Sua voz ficou um pouco sombria, não sabia se ela gostava de fazer drama ou estava abusando do poder, tinha que obedecer por serem ordens de seu pai.

Abriu a porta sem revelar Silicia, saindo do quarto a empregada carregava um sorriso forçado e arrogante seus olhos passaram pelo seu corpo analisando o modo que estava vestindo, percebendo que ela desaprovava. Como ela poderia saber que seu pai iria chamar uma hora dessas, não poderia estar preparada sempre para ver seu pai e além de que não queria, gostava de usar roupas simples.

A emprega não disse nada apenas lançou olhares de julgamento, se não fosse filha do lorde do castelo teria soltado algumas risadas, mas ela sabia irritar sem ser culpada. Sem muito aviso a empregada seguiu caminho indo para a direção do escritório de seu pai, Silicia com o coração queimando de raiva cerrando os punhos, seguiu ela cada passo sua raiva ia diminuindo e se transformando em desanimo, não conseguia puxar forças para continuar o caminho, não sentia força nos braços sua mente procurava meio de fugir mas seu corpo não obedecia apenas seguia a empregada. Respirava fundo tentando puxar forças para conseguir caminhar e não chorar, algo que ela estava acostumada a fazer era segurar o seu choro, isso só trazia mais problemas.

Entrou no escritório de seu pai logo atrás da empregada, deixando-a para trás ao lado da porta andou até o centro do escritório, seu pai a olhava entrar, seu irmão sentado em uma cadeira logo à frente à mesa, só quando chegou no meio do escritório foi quando seu irmão se virou para olhar. Seu pai olhou de encima a baixo, com olhos semicerrados, seu olhar julgador fez recuar um pouco, segurou seu dedo direito com a mão esquerda.

—Me chamou pai? - Estava quase sussurrando de vergonha
—Sim mandei chamei você- Recostou na sua cadeira respirando fundo-  Próximo final de semana vai acontecer uma festa que eu estou organizando em comemoração ao retorno do seu irmão.
—O que...- por um momento ficou desesperada, pois a festa que estava treinando para comparecer como Talita seria nesse mesmo dia, as ordens de seu pai era absoluta se ele quisesse que ela participasse não poderia contestar.
—Seu irmão pediu sua presença na festa, e eu acho que você deveria estar lá também muitos nobres importante até chamei o lorde Jahm para vim, pretendo apresentar você ao herdeiro dele.
—Mas eles vão vim mesmo?- Rier olhou para seu pai enquanto perguntava.
—Ando falando com eles a um tempo, pretenso usar Natasha para unir nossas casas e ter uma aliança, vamos conseguir uma vantagem contra os Bardini.

Não conseguia falar nada, as palavras estavam presas em sua garganta, sua mente estava turbulenta, queria pode gritar e dizer não, já podia ver que seu pai planejava usar ela como moeda de troca. Não queria e não podia ir nessa festa, tinha compromisso com Sebas onde estava colocando todo seu empenho nisso e ir nessa festa estaria jogando na mão de seu pai, faltar ela poderia atrasar mais ainda seu destino.

—Isso não vem ao caso agora- Seu pai olhou no fundo de seus olhos- Você vai ir nessa festa e vai conhecer o herdeiro.
—Sim...

As palavras vieram rasgando sua garganta e quando saíram, foi sem vida alguma, baixou a cabeça e confirmou com a cabeça, seu pai fez um gesto com a mão para que se retirasse, assim ela fez saiu do escritório de seu pai quase arrastando os pés, queria chorar, gritar queria fazer algo mas não conseguia, todas as força do seu corpo tinham sumido de uma hora para outra, não podia fazer nada. Enquanto andava pelo corredor parou e pensou, não podia? O vazio em seu peito se preencheu com raiva, lembrando que Rolf falou, doía admitir mais foi submissa a vida toda, cerrou os punhos não mais, não seria aquilo que seu pai estava criando, viver assim não era vida, adiar o destino cruel não era viver. Mudar ela era viver de verdade, seus passos lentos e arrastado mudaram para pessoa firmes e determinado, a raiva consumiu seu peito, estava com raiva de ser sido fraca a vida toda, raiva de nunca ter percebido sozinha, raiva de todos que olhavam apenas como objeto. Entrou em seu quarto, Silicia estava de pé arrumando sua cama mal olhou para ela, foi em direção a sua janela abrindo ela deixando o vento forte bater em seu rosto fazendo seus longos cabelos voar, olhava atentamente para o pátio da fortaleza, as muralhas e os soldados patrulhando, todos carregavam uma tocha, o que facilitava saber sua localização, haviam muitos desde a invasão dos orc o número tinha praticamente dobrado. Sentiu o toque de Silicia em seu ombro, virou o rosto para olhar para ela notando que ela ficou surpresa, não entendeu de primeira, só depois que Silicia abraçou que notou que lagrimas corriam pelo seu rosto, abraçou Silicia de volta desabando em lagrimas.

Queria fazer algo, mas não sabia como, a diferença de antes e agora que estava determinada a descobrir o que fazer, sabia quem poderia ensinar ela a oque fazer

—--

Havia entrado no esconderijo de Sebas sem ninguém para receber ela, achou estranho pois Rolf tinha recebido ela as duas vezes, estavam tentando manter a imagem de nobres então o mordomo sempre abria a porta. Subindo para segundo andar, ser surpreendo ao notar várias caixas pelo corredor, a porta do salão estava aberta com várias caixas dentro dela, algumas abertas, mas longe demais para perceber o que tinha dentro, Sebas saiu de um quarto carregando algumas madeiras no braço. Passou por sorrindo cumprimentando com um aceno com a cabeça, estava achando tudo muito estranho, depois de alguns segundos Rolf carregava alguns tecidos no braço colocando encima de uma caixa próxima a parede.

—Bom dia senhora- Rolf olhou para demonstrando um pequeno sorriso, algo raro de se ver em seu rosto que sempre estava bravo, depois começou a dobrar os tecidos encima da caixa- Como a senhora está?
—Bom dia Rolf- Olhou em volta até achar uma cadeira, ajeitou o vestido para sentar, colocou as mãos sobre o colo e franziu o cenho- Estou bem!
—Bem irritada aparentemente- Sebas surgiu do salão, arrumando a manga da camisa que estava arregaçada, sentando encima de uma caixa- Se ficar com a cara assim vai acabar enrugada como o Rolf
—Não estou no clima para brincadeira- Virou o rosto para que Sebas sumisse de sua visão, olhando para Rolf- E o senhor como esta?
—Também não estou bem- Olhou para Sebas- Esse imprestável só fala bobagens e pede para ajudar a carregar essas caixas mesmo eu já estando velho.
—Não é como você falasse algo útil também,  pelo o que eu me lembro eu que carreguei todas as caixas- recostou as costa na parede colocando o pé encima da caixa, apoiando a mão no joelho- Mas conte o que aconteceu com nossa princesa
—Apareceu um grande problema- Olhou para Sebas seriamente, notou que ele não estava com tom humorístico- Meu pai está organizando uma festa de comemoração para meu irmão no mesmo dia da festa do Ferrisiz
—Isso é mal- coçou a barba com olhar pensativo- Uma grande merda, vamos ter que adiar nosso compromisso então...
—Não! -Elevou a voz cerrando o punho, batendo na própria coxa-Não quero ir nessa festa, meu pai vai me obrigar a me relacionar com herdeiro do lorde
—Mas você não foi criada a vida toda pra esse momento?-Sentiu raiva do que tinha falado, mas não deixava de estar certo, foi criada para isso.
—Mas não é o que eu quero! Cansei de viver de acordo com o que o meu pai quer- Se levantou com raiva batendo o pé
—Meu parabéns- Sebas abriu um sorriso e Rolf confirmava com a cabeça-Primeiro passo para ser livre é querer ser livre
—Não venha com sua filosofia, não estou no humor-Virou o rosto e puxou um pedaço de papel do bolso do vestido- Eu preciso de ajuda, sua ajuda pode ser útil
—Pode ser útil?- Ficou surpresa- Se fica me menosprezando assim posso acaba me apaixonando
—E o que isso tem haver?- Ficou confusa olhando estranho para Sebas que caia na gargalhada, ignorou ele e abriu o papel revelando um grande mapa desenhado a mão, com inúmeros rabisco e anotações, colocou encima da mesa- São apenas alguns rascunhos, acredito que podem ser util.
—Olha só- Se inclinou para frente analisando melhor a planta do castelo que ela havia desenhado, achei impressionante os detalhes que ela havia feito, teria admirado mais se ela não morasse no lugar e conhecesse cada canto, ainda sim era impressionante, havia até medida dos quartos e de quanto os guardas andavam nas patrulhas- Não sabia que podia fazer isso.
—Inúmeras aulas sobre etiqueta e como me comporta na presença de um nobre, como auxiliar o meu futuro marido, seja em conselhos de administração a assuntos pessoais- Colocou a mão na cintura encarando o mapa, então olhou para Sebas com um olhar determinada- Aprendi que conhecimento não é tão inútil quando usado da forma certa.
—Mas olha só! Eu que costumo dizer frases de efeito- Levantou os braços olhando para Rolf- Assim eu não vou ter nada para fazer!
—Não mudaria muita coisa-Sebas automaticamente abaixou os braços e olhando para baixo com olhar triste, Rolf caminhou até o lado de Natasha analisando a planta do local- Devo elogiar seu belo trabalho, mas oque faremos com isso?
—Hoje é o dia de ofender o Sebas- Falou em terceira pessoas, colocando a mão no rosto.
—Eu achei que podia ser útil para algum plano- Olhou para Rolf procurando alguma ideia, mas ele apenas concordava com a cabeça- Eu não entendo muito bem, das coisas que vocês fazem.
—Você esta sendo treinada para isso- Pegou o mapa, Sebas olhava sério para as anotações- Eu já posso imaginar que você queira fugir para frequentar a festa, a sua iniciativa de fazer um mapa do local para fugir foi muito bom, mas não é o suficiente, qual seu plano para distrair os empregados? Que tipo de desculpa você vai dar para se ausentar por uma noite inteira?
—Eu não pensei em tudo, por isso estou pedindo ajuda- Pegou o mapa da mão de Sebas e colocou novamente encima da caixa.
—Não se preocupe, sorte que eu sou incrível e essa é uma situação fácil de se resolver- Natasha revirou os olhos ao escutar ele se vangloriando- Rolf você precisa conseguir aquela erva que usamos na capital.
—Posso imaginar qual seu plano, conseguirei facilmente- Andou até o quarto que estavam retirando as caixas, sumindo ao passar pela porta.
—Natasha tem alguém dentro do castelo que você confie?
—Acredito que sim- Pensou em Silicia, as duas eram próximas, mas não sabia se ela aceitaria entrar nessa operação.
—Maioria dos planos, costuma ser simples quando está na teoria, o problema sempre está na pratica- Pulou da caixa que estava sentado, ficando de pé puxou um lápis do bolso e começou a desenhar encima do mapa- Você pode planejar o que você quiser, trazer a ideia mais maluca que possuir os problemas só vão aparecer quando você colocar em pratica, por isso você tem de prever tudo de ruim que pode acontecer e ter um plano reserva, se for boa suficiente vai ter vários planos reserva.
—E como faço para fazer uma planejamento eficiente?- A postura, até o modo de Sebas falar havia mudado, olhava para ele concentrado desenhando sobre o seu mapa, estava começando a ter uma certa admiração por ele.
—Primeiro, tenha determinação escolha um objetivo e comece a pensar em como chegar nele, você está no caminho certo, pensou em só uma parte, tente ver tudo, pense em tudo mesmo!
—Entendi, não cheguei a pensar como lidar com as pessoas- Baixou os ombros, respirando fundo estava tão empolgada em planejar a coisa toda, fincando um pouco decepcionada, por fazer um plano tão raso.
—Não fique triste, terá rugas como Rolf assim, além do mais que lidar com pessoas é nosso trabalho, tenha isso em mente- Afastou do mapa, revelando o mapa-Você tem mais potencial que qualquer um, apenas por quere ser livre.

Olhou para o mapa, lendo as anotações extra que tinha colocado, como horário de alguns funcionários e setas que indicavam melhores caminho para seguir, além dos melhores horários para sair, tinha até intervalo de quantos segundo tinha que esperar até pode prosseguir andando.

—Eu não entendi essa parte- Apontou para uma linha reta que tinha uma numeração de medida e horas.
—Isso aí é a distância do seu quarto até o chão e a quantidade provável que você levara até descer, contando com sua experiencia em descer cordas.- Coçou a barba voltando o olhar para ela- Temos que pensar agora nas pessoas, alguma ideia?
—Não exatamente, não sei como posso distrair tantos funcionários, e não consigo imaginar algo que eles aceitem que eu me ausente.
—Bom, pessoas doentes costumam ficar de cama não é mesmo Rolf?- Perguntou exatamente quando Rolf saiu do quarto.
—Não temos mais a erva, temos que comprar- Seu tom carrancudo fez Sebas ficar surpreso, levantando as mãos.
—Mas oque? Você estrago o momento épico- Cruzou os braços com raiva- A questão é você vai ficar doente para que não precisa ir na festa, e alguém de confiança que vai “cuidar” de você, onde vai ser a única entrar e sair do quarto podendo dizer que você realmente está lá dentro.
—Entendi, realmente pode funcionar- Falou com preocupação, não tinha confiança, por não saber se seu pai obrigaria ela a ir na festa de comemoração de seu irmão mesmo doente, ele faria tudo para conseguir poder e essa festa era um grande movimento.- Espera, mas como eu vou ficar doente e quem vai me diagnosticar?
—Boas perguntas, a erva que eu pedi para Rolf, que obviamente ele já vai sair pra comprar- Olhou para o velho, que resmungou indo em direção a escada- Você vai tomar ela um dia antes, ficara mal apenas por algumas horas, eu vou dar um jeito de infiltrar Rolf como médico.
—Poderia ser antes da nossa aula, assim você pode sugerir o Rolf como médico- Algo assim poderia dá certo, se o meu pai confiava em Sebas para dar aulas, ele usasse as palavras certas como tinha visto ele usar, poderia funcionar. A empolgação que havia sumido voltou a surgir, a ideia de poder enganar seu pai estava se tornando tentadora, conseguir enfrentar ele e se liberta das amarras.
—Ótima ideia, siga com essas ideias você vai se torna uma ótima estrategista.
—Tem algo para comer? Estou morrendo de fome- Mal tinha comido o dejejum, estava empolgada que saiu às pressas.
—Acho que tem algo encima da minha mesa- Apontou para o escritório, se virou pegando a caixa que estava sentado antes levando para dentro do salão.

Sorriu ao escutar que havia comida, indo em direção a o escritório com passos rápidos, olhando para o local que estava mais desarrumado da última vez que entrou, deparando com papeis jogados pelo local inteiro, livros no chão e umas duas caixas abertas com vasos dentro, notando que não combinava com a decoração do local. As cortinas tinham sido trocadas, antes era um verde claro agora eram roxas escuras, percebendo que não tinha gostado de como a cor não encaixava com o ambiente, parou e pensou que Sebas não tinha mínimo de noção de decoração, nada ali fazia sentido.

O som da barriga roncando fez ignorar seus pensamentos sobre a decoração, movendo até a frente da mesa olhando para dois pedaços de pão partido ao meio com quatro maças ao lado. Tocou no pão notando que estava duro, verificou a mão percebendo que estavam aceitáveis.

—Mas que nojo, isso aqui é uma pedra ou um pão? - Gritou enquanto segurava o pão com a ponta dos dedos.
—Se ele não quebra os dentes eu estou comendo- Ouviu seus gritos vindo do salão- Manda haver, tem muita proteína.
—Nem morta- Jogou o pão encima da mesa, pegando uma das maças mordendo um pedaço, sentido um gosto ruim enquanto mastigava- Mas que coisa horrível essa maça, onde você arrumou isso?
—Faço a menor ideia.

Retirou um lenço do bolso e cuspiu o pedaço da maçã que havia comido, se fosse para morrer, nunca seria com uma maçã envenenada. Sua barriga roncou mais ainda, passou a mão nos bolsos sentido algumas moedas que tinha guardado, sua única opção de ter alguma refeição descente seria comprando algo, ou ficaria doente de verdade.


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