Moeda sem valor escrita por John Guimarães


Capítulo 7
Capitulo 7




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Sebas estava sem o paletó do terno ficando só com a camisa branca, sentado encima da mesa sobre os inúmeros papeis que estavam espalhados pelo local. Depois que saíram da praça vieram para o escritório dele, então ele começou a explicar mais detalhadamente sobre como deveria atuar melhor como Talita e seguir algo mais natural. Sentada em cadeira no meio da sala havia puxado para ali assim podia ter melhor visão do local, ficar perto daquela bagunça deixa um pouco nervosa.

—Você entende, ser Talita não é ser tudo o que está naquele documento- Colocou um pé sobre a mesa sujando mais alguns papeis- Use mais como guia, improvise bastante isso deixa a coisa mais original.
—É complicado, como eu consigo puxar ou manter conversa? – Estava retirando a suas luvas soadas, o sol realmente piorou a situação do suor- Não costumo conversa muito com as visita do meu pai.
—Isso é muito fácil, basta você pergunta sobre eles- virou o seu corpo para trás se esticando para conseguir abrir uma gaveta e retirar um cantil- Nobres gostam muito de falar sobre seus feitos ou seus trabalhos, hoje você mandou muito bem, não esperava que você falasse exatamente sobre as parede mas o velho gostou bastante.
—Nem eu esperava, eu lembrei que no documento dizia para falar bastante mas eu não sabia o que falar- colocou as duas mão no rosto tentando esconder a vergonha- falei besteira
—Não chegou perto de falar besteira- virou um enorme gole de seu cantil- Nossa que porcaria é essa? Quanto tempo isso está aqui dentro- Fez um careta olhando torto para o objeto, virou ele olhando em volta depois deu outro gole- Você tem que pergunta o que eles fazem, ou o que estão fazendo, elogiar a roupa pergunta onde mandou fazer, se falar sobre trabalho sempre pergunte “onde conseguiu”, “você é bem dedicado, me conte mais”, “isso está muito interessante, continue explicando” eles piram nisso falam até pelos cotovelo de tanto que são egocêntricos.
—Acho que eu entendi- Sentiu um pouco de desconforto por que ela era uma nobre de certa forma, então aquilo era uma crítica para ela também- E pra que essas conversa vão ser uteis?
—Mas horas, que pergunta interessante- Tomou outro gole, sempre fazendo um cara de desgosto e revirando o rosto- Quanto mais eles falam sobre seus negócios, mas sabemos com o que trabalham quanto ganham, suas ambições quando você percebe tem um dossiê completo de tudo o que ele faz, então precisamos pegar alguns detalhes, alguns pedidos e conseguimos muito dinheiro- Abriu um sorriso ambicioso junto com diversão, sendo desfeito pela cara de desgosto por ter tomado outro gole do cantil.
—Acho que entendi, mas não sei como fazer isso- Colocou as duas luvas no braço da cadeira dobradas uma encima da outra.
—Isso eu vou te explicar melhor com o passar do tempo, na festa você tem que lembrar de tudo aprender sobre os nobre e vamos discutir melhor assim te ensinar onde é mais viável e onde é furada- Pulou da mesa virando o cantil goela a baixo tomando tudo que havia dentro- Venha comigo, tenho que lhe ensinar como se comunicar em público sem parecer suspeito.

Andou pelo escritório abrindo a porta e saindo, levantou da sua cadeira e foi em sua direção queria retirar aquele vestido era mais pesado do que veio então deixava ela desconfortável para ficar em lugares fechado ainda mais usando por muito tempo. Saiu para o corredor vendo que Sebas abria a porta do salão que ele falou que mostrava mais tarde, parece que a hora chegou, seguiu ele até a porta vendo como o local era grande. Estava completamente vazio, mas possuía pilastras nas bordas segurando os tetos, tinha seis janelas que deixavam a luz entrar no lugar, se perguntava como teria janelas ali provavelmente estavam no meio da quadra, talvez possuía um pátio no lado de fora que não havia notado, as paredes eram pintadas de verde escuro com o chão de madeira, a pergunta que martelava na sua cabeça era de por que tanto verde. Sebas andavam em passos largos dentro do local deu um giro abrindo os braços e um longo suspiro

—Que nostalgia, aqui foi um dos esconderijos que meu grupo possuia- Fez uma pose de luta erguendo as mãos aberta perto do rosto, inclinou o corpo para os lados enquanto dava uns pulinhos- Lembro de quando treinei com Marin aqui, Brutus era o juiz bons tempos.
—Seus antigos amigos?- Se aproximou dele estava com um sorriso bobo, totalmente fora da realidade.
—Sim-Rapidamente seu sorriso sumiu do rosto, voltando a sua normal possuindo uma cara de malandragem-Vamos andar daqui até a parede e vamos voltar, preste atenção na explicação na volta vamos tentar aplicar ela, não é nada complicado
—Tudo bem- concordou com cabeça e começou a andar ao seu lado.
—Quando quiser falar olhe para esquerda e para direita então comece a falar, contudo usa apensa poucas palavras- Olhava com atenção o jeito que falava e caminhava, não estava prestando atenção em Natasha mas no que estava na sua volta- Mantenha o foco na rua e no movimento das pessoas, normalmente estamos sempre olhando um para os outros ou para frente para baixo, se olharmos uma para o outro quem esta na volta vai percebe que estamos conversando atiçando a sua atenção, tente usar menor numero de palavras e falar baixo, mova os lábios o mínimo possível, evitando alguém ver que esta falando- Não demorou muito para que chegassem na parede, então ele lentamente na parede e olhou para Natasha- Vamos até final da sala, você vai me contar o seu dia enquanto eu faço perguntas.

Seguiu andando tranquilamente, tentou imaginar que aquele local era a rua e estava lotado de pessoas, assim conseguiu aplicar melhor a sua lição, olhou para esquerda e depois para direita suavemente como se olhasse despreocupadamente, então começou a explicar seu dia contendo para usar mínimo de palavras, Sebas fazia perguntas genéricas. Respondeu tudo muito facilmente, não tinha sido difícil tudo oque teve que fazer foi não olhar para a pessoa que está falando, sentiu que era um pouco falta de respeito, mas entendia que era uma boa tática.

—Foi bom para uma primeira vez, com o passar do tempo a pratica vai deixar isso perfeito- Os dois voltaram para o centro da sala, agora Sebas se posicionou na sua frente- Você ainda não se encaixo bem no papel de Talita não é mesmo?
—Como eu falei, é difícil como faço para ser “energética” como está no documento- cruzou os dedos e olhou para baixo ficando um pouco triste, em todas as aulas que seu pai mandava fazer, se esforçava para fazer tudo direito e seguir todos os passos, então ficava muito desapontada quando não conseguir atingir a expectativa dos outros.
—Faça o contrário do que você faz normalmente- Cruzou os braços e começou a encarar os seus dedos cruzados, entendeu rapidamente qual era para desfazer- Agora por exemplo olhe para cima e mantenha suas mãos relaxadas.
—Assim?- Ergueu a cabeça olhando nos olhos de Sebas, como ele era mais alto teve que olhar para cima, suas mãos deixou do lado do corpo.
—O segredo para atuação é lembrar de momentos que você quer reproduzir, se quiser ficar alegre, lembre-se de momentos alegres de algo que faça você rir assim o seu humor vai se igualar a da sua memória basta manter isso por um tempo, como todos na sua volta estarão alegre ou parecido não vai ser difícil você se sincronizar com todos.
—Entendo- Procurou na suas memorias, até que lembrou de um momento quando era criança- Eu tinha um amigo Serafim, quando minha família me levou até o castelo do duque para uma festa muito importante, lembro que eu estava comendo doce do lado do meu irmão mais velho então o Serafim apareceu um bardini me chamava para mostra o jardim, meu irmão piscou com o olho direito e deixou que eu fosse, então saímos correndo para o jardim e lá a gente ficou brincando de esconde e esconde até a festa acabar.
—Interessante, Bardini e um klasen chega a ser engraçado- Soltou uma risada, todos sabiam que as duas famílias se odiavam a gerações, então aquele encontro realmente era algo único- Nem uma outra?
—Tem uma vez quando Silicia foi contratada ela gostava de ficar na minha volta em uma noite ela me pergunto se eu gostaria de ouvir uma piada, eu nem lembro qual era mas eu disse que sim- Começou a rir, colocando a mão na frente da boca ,lembrando do momento, sabia que a piada era muito ruim ao mesmo tempo engraçada- depois disso passamos a noite conversando.
—Olha só nossa princesa sabe rir achei que ninguém tinha lhe ensinado a fazer isso- Sorriu em deboche depois passou a mão na sua cabeça- Mantenha essas memorias consigo, ficara mais fácil ser mais alegre com elas.

Sentada na carruagem olhando pela janela vendo o céu laranja sendo tomado pela escuridão, as estralas começavam a tomar o seu lugar de direito no céu. Passaram a tarde toda praticamente, fazendo diversos tipos de treinamento. Tudo estava acontecendo em uma velocidade que não conseguia acompanhar, o que não impedia de sentir algo estranho no peito, não era ruim, não como o que sentia quando estava em sua casa. Sentia que queria continuar nesse caminho, as possibilidades que Sebas estava lhe mostrando a qual podia seguir eram tantas que seu coração palpitava mais rápido, uma energia corria pelos braços e pernas, percebendo que estava empolgada. Não sentia assim fazia anos, a mesma rotina do dia a dia lhe cansava muito sentindo um desanimo crescente com o passar dos dias, mas não agora.

Observando as pessoas andando na rua em silencio, Sebas tinha ficado em seu escritório, dizendo que precisava fazer algo importante. Sentia curiosidade que tipos de trabalhos ele fazia durante a vida, essa pequena amostra de se passar por outra pessoa havia sido mais difícil que qualquer outra coisa que já fez, aparentemente ele era profissional nisso conseguia se passar por várias pessoas. Cruzou os dedos sentindo relaxada recostou a cabeça na almofada que havia no banco da carruagem inclinando um pouco para o lado vendo os prédios passarem se perdendo em pensamentos, lembrando que estava voltando para sua casa. A empolgação logo se foi embora, seu rosto alegre aos poucos foi se transformando ficando cada vez mais neutro até ficar sem expressão alguma, ela tinha que voltar mesmo sentindo que não queria.

Chegou até a sua fortaleza, sentindo a carruagem parar bem devagar, a porta se abriu e viu o mordomo da fortaleza. Estava ele de terno com uma mão no peito e outra erguida em sua direção, segurou usando-a de apoio para sair da carruagem, então começou a seguir ele enquanto a carruagem ia embora ao fundo. Entrando no local foi recepcionado por três das suas empregadas, nem uma delas falou nada apenas fizeram uma pequena reverencia, passou por elas seguindo para a escada a sua esquerda. Escutava os passos das empregadas vindo logo atrás de si, ignorou era sempre assim elas a seguiam para todo o canto em silencio apenas esperando ordens para fazer alguma coisa. Alguns minutos subindo escadas, passando pelo segundo e terceiro andar, sendo eles focado apenas para depósitos e dormitório de guardas. O quarto andar onde ficava o quarto seu e de seus dois irmãos e um para os empregados pessoais de cada um. Andando pelo corredor lentamente, pensando em suas tarefas chegando à conclusão que não tinha nada para fazer de importante, as aulas anteriores tinham sido suspendidas por causa do envolvimento de Sebas, ele havia retirado um grande peso das suas costas contudo agora não tinha mais deveres.

Antes de entrar em seu quarto fez um gesto com a mão dispensando as três empregadas, se viraram ao mesmo tempo como se fosse algo ensaiado seguindo corredor a dentro. Abriu a porta de seu quarto, caminhando em direção a cadeira da escrivaninha puxou ela até a frente da janela sentando nela, retirou o seu sapato respirando fundo, chutou eles para o lado. Virou o rosto para fora da janela enquanto observava a noite, iluminação na cidade estava ficando mais forte, aquela luz alaranjada que pairava entre as ruas junto com os ruídos da movimentação lhe divertia, ou achava que divertia.

—--

Sebas se espreguiçava, colocando os pés encima da mesa pisando em alguns papeis que estavam ali. Não se importava tanto com eles, podiam ser copiados novamente apesar de ter uma preguiça quando pensava nisso, mas só ignorou. Depois de se espreguiçar puxou o seu cantil e tomou um grande gole da cerveja que estava ali dentro, era ruim até demais. Colocou o cantil encima da mesa e fechou os olhos, respirando fundo juntando toda energia que podia, sua meditação costumava ser diferente da vista por aí fora, pessoas sentavam em posições estranhas e deixavam a mente limpa para sentir alguma coisa. Ele gostava de tomar a maior quantidade de bebida que pudesse ficar confortável e deixar que sua mente lhe desse as maiores ideias possível nisso é algo que ele confiava pois nunca tinha decepcionada com sua criatividade.

Duas batidas na porta do seu escritório quebraram sua concentração, franziu o cenho e observou a porta se abrir rapidamente, Rolf entrava resmungando algo que não conseguia escutar andou até perto da mesa puxo uma cadeira sentou sem pedir permissão, esticou o braço e pegou o cantil tomando um gole colocando de volta encima da mesa.


­-Que ousadia é essa velho?- Olhou ele de canto de olho, enquanto cruzava os braços.
—Cale a boca – bufou forte e cruzou os braços também, o seu rosto sempre estava carrancudo e de mal humor- Da onde você tirou essa ideia maluca de ensinar a filha de um nobre?
—Um pássaro na gaiola, acha que voar é uma doença, quero apenas liberta para que o pássaro possa ver o céu e os telhado com os próprios olhos- Retirou os pés encima da mesa, sabia que não teria mais a paz de antes, se endireitou na cadeira- E eu estava entediado.
—Você está se envolvendo com o inimigo, sabe o que Marin iria achar disso?- O velho lhe tratava sem respeito algum, mas não tinha o que fazer ele via como um pai, nunca foi oficialmente do grupo mas sempre estava por perto.
—Depois da surra que ela ia tentar me dar, muito provável que conseguiria arruma desculpa aceitável enquanto apanhava então ela aceitaria meu plano- Abriu um sorriso sarcástico, o velho riu da sua resposta.
—Às vezes me pergunto por que ainda lhe dou ouvidos, faça o que quiser- ele relaxou os ombros e recostou as costa na cadeira- Pretende ressuscitar o grupo novamente?
—Meus planos são de liberta aquela jovem, se ela ainda quiser ficar nesse ramo talvez sim, ou um novo grupo surge- Pegou uma moeda das inúmeras encima da mesa olhando para ela enquanto passava entre os dedos encarando o grande X marcado no meio dela.
—Dessa vez tome cuidado- Ele se levantou lentamente e foi se arrastando para a porta- Você me pediu para avisar quando a noite chegasse, e já é hora.
—Maravilha- Sorriu e bateu palma.

Saltou da cadeira, seguiu o velho para fora do escritório sendo que ele seguiu indo até o quarto na outra ponta do corredor, enquanto Sebas entrou no quarto logo ao lado. Abriu o quarto que estava escuro, acentue uma vela na parede fazendo o lugar ficar mais visível, revelando inúmeras caixas e baús espalhados, na parede havia no mínimo cinco guarda roupas muito grandes, do estilo que se via nos quarto dos nobres. Abriu o baú mais sujo que havia ali, inúmeras roupas pretas estavam guarda ali, retirou uma camisa preta e vestiu ela, em seguida vestiu um casaco de couro, começou amarrar cintos de couro em volta da barriga e no peito, prendeu braçadeiras nos pulsos, cada cinto possuía espaço para pequenas facas. Levantou-se e foi até outro baú oposto ao que estava, deixou que a gravidade fechasse o baú logo atrás fazendo um barulho ao bater, se agachou e abriu o baú que não tão grande assim, vendo uma grande quantidade de armas estocada, desde espada a machados passando para martelos, seu interesse estava nas arma menores, pegou cinco adagas de tamanho normal e colocou na cintura, depois preencheu os bolsos dos cintos que estavam no peito com pequenas laminas. Um pequeno baú dentro do baú que estava mexendo, logo que abriu um brilho dourado emanava das lâminas feitas de ouro, pegou apenas uma delas e colocou de baixo da braçadeira escondidas, esperava não precisar usar, desejava muito não usar aquela arma.

Abriu o alçapão que levava para o telhado, subiu as escadas até bater a cabeça no alçapão que dava para o telhado, frustrado por ter esquecido aonde ficava a pequena porta abriu com raiva. Saiu de dentro do buraco no telhado fechando o alçapão, agachado respirou fundo sentindo o ar fresco da noite as vozes das pessoas andando pelas ruas já estava dominante, não era tão barulhenta como nos outros distritos. A moradia nobre por incrível que pareça ficava movimentada por uma certa hora depois os nobres se juntavam em algum lugar e passavam o resto da noite, gostava do distrito comercial por sempre está movimentado a noite toda, podia ir de taverna em taverna aproveitando a noite. E lá estava seu objetivo, partiu em disparada correndo entre os telhados, de vez enquanto tinha que pular a configuração de prédio da moradia nobre dificultava um pouco pelas ruas lagar, em contra partida as quadras eram enormes então podia se esconder facilmente ali em cima. Oitava regra da vida “sempre esteja mais alto que seus inimigos, seja fisicamente ou intelectualmente”.

Saltou de um telhado para o outro, correndo não muito rápido, controlando sua respiração poupando máximo de energia sem perde eficiência. Chegando na fronteira da moradia nobre para o distrito comercial, viu a pequena muralha que separava os dois bairros, dessa vez deixou de lado a ideia de poupar energia e começou a aumentar a velocidade correndo em direção a muralha. O prédio que estava tinha mesma altura que a muralha problema era a distância até lá, então quando chegou a borda do prédio saltou com impulso, passou alguns segundos no ar, seus cabelos voavam com o vento que passava. Chegando na muralha efetuou um rolamento parando de joelhos, se levantou limpando as roupas tirando o pó das calças, se apoio na borda da muralha com os braços cruzados observando o distrito comercial, o lugar era bem iluminado e movimentado, conseguia ver as pessoas andando pelas ruas, respirou fundo encheu os pulmões, e subiu no para peito. Analisou suas opções procurando um prédio mais próximo, já que todos são menores que a muralha, andou um pouco para direita se aproximando de um algum centímetro mais próximo. Curvou os joelhos, se concentrou e saltou em sua direção, o impulso não tinha sido o suficiente, se chocando contra a parede, contudo havia segurado nas telhas impedindo que caísse alguns metros, colocando força nos braços conseguiu subir. Um pouco dolorido, sentindo o peito arder e os braços um pouco cansado, novamente limpou as roupas agora, e seu rosto depois seguindo caminhando sobre os prédio, olhando os becos, agachando em certos pontos, olhando em volta, distrito comercial era alvo de muitos ladrões, e todos eles pareciam odiar Sebas, não entendia o porquê, se ele era melhor,  mais poderoso e tinha mais dinheiro que eles, de quem era culpa? Sua que não era.

Depois de uma hora andando cautelosamente chegou até a rua principal. Observou que Seni estava olhando para a rua agachado atrás de uma chaminé, se aproximou dele lentamente, parando do seu lado, não ficou surpreso e não desviou o olhar, continuava olhando para as ruas. Sebas calculou onde seu olhar estava perecendo que cuidava um grupo de 4 guerreiros na frente de uma casa, pareciam estar guardando o lugar. Suas armaduras eram muito bonitas e brilhosas, pareciam espelhos de tão polidas, carregavam espada longas presa nas costas, capas brancas cumpriam elas, embaixo da armadura possuía uma vestimenta azul, nunca havia visto aventureiros tão bem arrumado assim.

—Quem são esses?- se apoio na chaminé cruzando os braços- Eles estão fazendo propagando de algum desfile?
—Quem dera fosse mais simples- seu olhos frio sobre os homens, sua voz grossa e lenta fazia ele parece mais velho que realmente era- São da igreja.
—Deus da guerra Tauron aqui, achei que Lyra era dominante nas terra do duque- coçou a sua barba pensando, não fazia sentido.
—Por isso não é tão simples- olhou nos olhos de Sebas, estava serio como sempre, mas agora carregava preocupação- São guerreiros de Lyra, auto dominado alguma coisa.
—Agora isso faz menos sentido algum- virou o corpo de lado e começou a olhar para a armadura dos guerreiros, notou que havia símbolo de Lyra no peito, e na ponta da espada- Já encontrei alguns clérigo de Lyra mas não são suficiente pra forma um exército, e além do mais porque a deusa da felicidade precisa de um?
—Como eu falei, não é tão simples assim- Voltou seu olhar sério para os homens- Soube que eles vem crescendo nas terras do duque 2, a guilda dos ladrões estando tendo um certo conflito com essa nova ordem de seguidores.
—Bom isso não é problema meu- bocejou, depois espreguiçou afastando da chaminé, isso era estranho mas realmente não era seu problema, pelo menos não agora- Eu estou indo receber um pessoa quer me acompanhar?
—Tudo bem, já coletei informação suficiente- Parou de encarar os soldados voltando seu olhar para Sebas. Se levantou calmamente batendo a mão nas calças tirando a sujeira.

Sebas concordou com a cabeça enquanto andava para o meio do telhado, Seni andava logo atrás, caminhavam tranquilamente quase como estivessem passeando pela calçada. A única diferença era que estavam atentos a qualquer tipo de ruído, seguindo mais longe da beira sem perde a visão da rua, mantinham o ritmo lento porem cuidadoso.

Objetivo de Sebas não era tão importante, a sua mania de não deixar nem um detalhe passar incomodava na hora de dormi então tinha que verificar o rumor que havia escutado. Parou um segundo para pensar que esse mistério dos seguidores de Lyra era um detalhe que estava deixando passar, virou o rosto para Seni amaldiçoando todos seus antepassados e futuros descendentes por ter tirado seu sono pela próxima semana, Seni não percebeu a encarada mantinha sua visão voltada para a rua.

Depois de uma longa caminhada pelos telhados os dois haviam chega até uma parte da rua que possuía uma movimentação um pouco a normal, Sebas começou a sentir um desconforto. Se agacharam e foram andando lentamente até a borda do telhado sem lugar para se esconderem os dois deitaram no chão observando o local. Uma carruagem estava sendo escoltada por um batalhão de soldados, símbolo da casa Klasen era carregado em um estandarte. Sebas rangeu os dentes então o rumor que o primogênito dos Klasen estava voltando era verdade, isso podia complicar seus planos de formas misteriosas não sabia como era relação dele com Natasha então tudo podia acontecer.

A multidão que vinha na volta da escolta estava tentando chegar até o filho do lorde, todos amavam a presença de Rier, diferente do seu pai ele se esforçava para manter uma boa imagem para o seu povo. Não acreditava que ele podia ser realmente assim, em toda sua vida nem um nobre mantinha uma boa conduta, aqueles não enlouqueciam com o poder era porque não haviam provado o suficiente. Olhou para Seni que analisava os soldados um por um em seguida olhou para a multidão, então ele franziu o cenho e apontou, Sebas curioso olhou para o que havia lhe mostrado Rier abriu o vidro de sua carruagem mostrando seu rosto carregado com um longo sorriso, seu rosto era exatamente como os heróis de histórias, um queixo quadrado sem barba, olhos azuis com cabelos loiros e curtos não precisava de carisma para conquistar a população sua aparência fazia todo o trabalho. Colocou o braço para fora e acenava para as pessoas que pulavam alegremente com sua presença.

Sebas cerrou os punhos encarando Rier ele com certeza seria um problema, como tirar pedaço de merda na sola do sapato, você não quer colocar a mão, mas tem que fazer o trabalho sujo ou só vai feder mais ainda.

—Seni, eu tenho uma lista com vários nomes nobres- Virou para seu amigo que não tirava o olhar da carruagem – Gostaria que você me desse informação de cada um deles
—Farei um preço justo para você- Virou o rosto e seus olhares se encontraram a situação era séria- Pra quando?
—Mais rápido possível, tenho que colocar meu plano em ação quanto antes possível.


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