Moeda sem valor escrita por John Guimarães


Capítulo 5
Capitulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792814/chapter/5

Acordou mais cedo do que normal, nem uma das suas empregadas ainda não haviam chegado para abrir as janelas, arrumar o quarto e por fim acorda-la, provavelmente estavam terminando o café da manhã. O que achou estranha foi que acordou cedo, não costumava fazer isso além de se sentir um pouco ansiosa, mas colocou isso de lado e se levantou da cama. Levantou rapidamente não estava nem um pouco sonolenta, de pés descalço foi até seu guarda roupa abrindo observando seus inúmeros vestidos, escolhendo algo mais simples e menos ornamentado.

Colocou o vestido encima da cama, deixando arrumado ajeitou o sapato que estava próximo da cama, então Silicia entrou no quarto abrindo a porta lentamente, ela apertava os olhos por ainda está escuro, Natasha então notou que não havia aberto a janela percebendo a escuridão no quarto como seus olhos tinham se acostumado não sentiu necessidade. Silicia andou com passos lentos até percebe que a sua senhora já estava acordada, dando um pequeno pulo.


—Minha senhora! - Fez uma reverencia depois de se recompor, arrumou seus cabelos e seu avental que usava- Bom dia senhora, pensei que ainda estava dormindo.
—Silicia, não seja tão formal- observou-a andar pelo quarto indo até a janela abrindo deixando os raios de sol invadir seu quarto. Fechou um pouco os olhos colocando a mão no rosto, devia ser por volta das oito horas. – Que sol forte.
—Hoje está um dia muito bonito lá- Viu ela juntar as mãos e adotar uma postura de uma empregada formal, sua evolução com passar dos dias estava sendo muito rápida antes ela já estaria falando sem parar como foi o seu dia na cozinha, contudo ela se mantinha quieta falando apenas o necessário- Está pronta para escutar seus deveres de hoje minha senhora?
—Tudo bem- Pegou seu vestido enquanto Silicia se virava de costas, começou a se trocar enquanto escutava Silicia dizer todo o seu cronograma.
—Minha Senhora, hoje vai ser um pouco diferente e puxado, vamos servi o café da manhã em meia hora, depois de desjejuar, terá encontro com novo professor de assuntos social.
—Espere?- Já havia retirado a sua roupa e chutado para o lado, enquanto colocava o seu vestido olhando estranho para Silicia- Não irei ter aulas de etiqueta? E participar de alguma reunião sem sentido que meu pai invento?
—Eu também achei que iria, mas foi passada esse cronograma, vais ficar o dia todo nessa aula- Silicia se virou se aproximando e começou a sussurrar- eu escutei dos outros empregados que um homem muito bem arrumado, veio a noite e pediu uma audiência com o senhor seu pai, ninguém sabe direito quem ele é, mas pelo visto é seu professor.
—Não acredito nisso- Colocou a mão na testa, mais uma tarefa que seu pai arrumava para manter ocupada, odiava porque sempre era algum professor arrogante achando que era dono do mundo, então sabia que no final dia estaria estressada por receber milhões de reclamações por erros mínimos- Tudo bem, onde vou encontrar ele?
—Minha senhora, ele vai estar esperando no salão de entrada pelo oque eu sei a aula vai ser em seu escritório, ele não conseguiu trazer todos seus documentos- Observou Silicia fazer uma reverencia – Se é tudo isso que a senhora deseja, devo me retirar.
—Tudo bem, já estou indo para a sala de jantar.
—Ate mais tarde minha senhora- Des vez a reverencia e seguiu para fora do quarto

Logo após soltou um suspiro enquanto penteava seus cabelos, não gostava nem um pouco da sua rotina, não conseguiu sentir prazer em nem uma das atividades que seu pai obrigava a fazer. Encontrava refúgio em atividades como pentear o cabelo uma das poucas coisas que podia fazer por que queria, contudo não era totalmente algo que revigorava.

Demorou longos minutos comendo, e se distraindo olhando para o nada ou perdia o olhar para janela observando as nuvens, tudo para adiar o máximo possível o seu encontro com nova aula que nem se lembrava o nome ou a utilidade. Caminhou lentamente olhando os mesmos quadros de sempre, estavam no primeiro andar, onde ficava a sala de jantar, no lado esquerdo ficava a cozinha e logo depois vinha a cozinha, no lado direito possuía um longo corredor que ligava a outros quartos de empregados, e no meio do corredor ficava a sala de recepção. Olhava para os quadros de seus parentes distantes, se perguntando se algum deles já foi feliz, se algum deles teve prazer em possuir a liderança da casa, sentia um vazio ao ter esses pensamentos e não conseguiu ter qualquer tipo de sentimento em relação aos seus parentes, o que deixava mal.

Chegando ao salão de recepção, olhava ao redor vendo as mesmas escadas nas paredes laterais, o tapete vermelho e as paredes de madeira polida que chegava a refletir. Aquele lugar era tão enfeitado e cheio de moveis e com quadros de inúmeros pintores, possuía uma mesa no centro tão ornamentada que parecia uma obra de arte esculpida a mão e projetada cada centímetros com um dos maiores cuidados as cadeiras era a mesma coisa, era tão formal que chegava a ser incomodo. Logo ao longe notou o seu professor, vestido um terno verde escuro com uma cartola preta sentado na mesa tomando uma xícara de chá, possuía uma calça preta e estava de pernas cruzada enquanto olhava os quadros acenava com a cabeça depois de alguns segundos, uma empregada estava o seu lado para atender todos os seus pedidos. Seu pai se importava muito com a imagem que queria passar para os convidados, aquele local chega a ser mais caro que o próprio castelo.

O homem notou sua presença, se ajeitou na cadeira colocou a xicara encima da mesa em seguida levantou, não havia notado, mas ele trazia junto dele uma bengala, enquanto se levantava ele não a usou para se apoiar então era apenas algo de embelezamento. Seu jeito de caminhar era formal e esnobe, seu cabeça estava inclinada para cima olhando todos de cima para baixo, com um gesto com a mão pediu para a empregada se aproximar, sussurrou algo e enquanto a empregada se afastava se aproximou de Natasha.


—Você é lady Natasha? - Possuía uma barba cheia com um rosto familiar, suas sobrancelha eram grossas com uma voz bem grossa- Eu irei te tutelar sobre assuntos sociais, comportamento que deve ter com nobres, como negociar com a família real, o que deve se falar ou não em uma festa, detalhes mais profundos serão ditos na carruagem enquanto nos dirigimos para meu escritório- Se virou e seguiu em direção a porta, a emprega já havia retorna e aguardava na porta aberta apontando para a rua com a mão em direção a uma carruagem- Venha o tempo é curto, sua demora custou bons minutos que podíamos estar trabalhando.

Seguiu o homem com desanimo, nem um momento perguntou a sua opinião ou como estava, era como qualquer outro, estava apenas se importando com o status e como sempre se achava superior a qualquer. Andaram até a carruagem, não era nem um modelo usado por sua família, tinha cores verdes iguais a seu terno, ele abriu a porta e ajudou ela a entrar, observou o interior era muito simples, nem parecia algo de luxo, vendo o jeito que se vestia e falava criava um contraste. Logo após entrou e falou pela janela para o cocheiro seguir caminho, a carruagem começou a andar o som dos casco dos cavalos sobre a rua de pedra a madeira das rodas batendo no chão tomaram conta do local, o nobre estava quieto olhando pela janela atentamente até que cerrou os olhos e soltou um longo suspiro.


—Finalmente- Retirou a cartola jogou a bengala para o lado sentou de forma mais relaxada- Mas você tinha que demorar, manter esse tipo de aparência é cansativo sabia.
—Oque? Como assim? - Olhava confusa para o nobre, estava completamente diferente, o jeito de falar, de sentar e até mesmo de olhar parecia algo mais malandro e descontraído até que percebeu algo- Sebas?
—Quantos olhares confusos eu recebo diariamente, chega a ser mais comum que um “bom dia”- olhou novamente para a rua e voltou a atenção para Natasha- Demorou muito para conseguir resolver esse plano, podia colaborar um pouco
—Mas como eu poderia saber? Você apareceu ontem no meu quarto e não me explicou nada sobre isso- Sua revolta estava crescendo, ele queria ajuda, mas nunca pediu, como ela poderia adivinhar o que estava acontecendo sua vida estava maluca suficiente para não conseguiu adivinhar nada.
—Não avisei?- Natasha com os cenhos franzidos e com a boca aberta como quisesse falar algo, apenas negou com a cabeça- Então eu me esqueci, acho que isso acontece com frequência, mas isso não vem ao caso temos poucas aulas e pouco tempo amanha esteja mais cedo.
—Oque?
—Irei explicar, eu passei alguns dias preparando isso, entao entre no personagem de aluno e professor
—Eu acho que tudo bem- cruzou os dedos e olhava para a rua, tentando achar oque sebas tanto procurava

Depois de longos minutos de viagens, passaram pela rua principal entao conseguiu se distrair olhando o movimento. Até que a carruagem parou, Sebas olhou para os dois lados pegou sua cartola em segundos sua postura mudou assumindo o semblante de antes esnobe e arrogante, segurou a bengala com nobreza e olhou para Natasha.

—Tente ser natural, seja a pessoa triste que você é normalmente

De repente ele abriu a porta, ficou com raiva, não era triste normalmente franziu o cenho encarando suas costas saindo da carruagem. Seguiu ele tentando conter a raiva em seu coração, a luz do sol forte ofuscou sua visão, aproximou a não acima dos olhos, enquanto sua visão se adaptava a intensidade aos poucos conseguia ver o prédio a sua frente. Possuía dois andares sem qualquer tipo de placa sinalizando ser um escritório, aparentava ser uma residência normal, olhou para Sebas que se mantinha de cabeça erguida indo em direção a porta, onde ele bateu duas vezes esperou um pouco e bateu novamente, estranhou por que da demora deveria ter batido tudo de uma vez.

Um senhor de smoking abriu a porta abrindo um sorriso

—Meu lorde Silas, retornou - fez uma reverencia semelhante a de silicia porem era mais sofisticado e suave, Sebas concordou com a cabeça para que o mordomo se erguesse-Vejo que trouxe a nova aluna, seja muito bem-vinda
—É um prazer- se inclinou para frente, o mordomo fez o mesmo.
—Rolf, irei entrar e começar a aula imediatamente prepare um café de folhas de palmeira
—Uma boa pedida- Mordomo inclinou a cabeça para frente confirmando o pedido seguindo casa a dentro

Sebas entrou dentro do edifício, Natasha veio logo em seguida andando até meio do salão, possuía uma escada em espiral no canto direito, tapete era verde escuro, as paredes eram de um azul esverdeado e inúmeras pinturas de cidades e vegetações. Sebas fechou a porta e andou até o lado de Natasha percebeu que estava mais folgado sua cartola e bengala ficou para trás encima de um balcão

—Agora acredito que estamos totalmente seguros- retirou o casaco do terno dobrando no braço- me acompanhe, temos que trabalha alguns pontos
—Espere, antes me explique que lugar é esse? - abriu os braços olhando para todos os lados com olhos abertos.
—Esse é uma das minhas casas, eu tive que pedir alguns amigos para limpar, e foi um saco- abriu os braços balançando para todo os lados- isso tudo estava cheio de pó teia de aranha, e os insetos ah os insetos... esses carinhas sim são ladrões- colocou os braços na cintura estufando o peito- Mas nós conseguimos, bom enquanto eu estava limpando eu fui até o seu pai fiquei alguns dias trocando carta e consegui convencer de dar mais uma aula inútil
—Ah, eu acho que entendi- cruzou os braços olhando para o local, agora percebia que não estava tão arrumado quanto parecia
—Bom, ainda tem coisa a fazer, mas isso fica para os bastidores, o que não temos então eu vou ter que resolver- fez um arco com a mão chamando ela para acompanhar- tem alguns quartos com porcaria guardado, um salão que está quase pronto e meu "escritório" -Antes de subir a escada fez dois sinais de aspas enquanto fala "escritório"- vamos lá encima, vou apresentar o local, vai ser nossa base, mais minha porque você vai estar presa no castelo maior parte do tempo.
—Base? Existem outros que vão estar aqui? - subia a escada com cuidado, era um pouco curta e não estava totalmente limpa, tocando apenas com a ponta dos dedos no corrimão
—Por agora só temos o Rolf, ele é leal então é confiável quem sabe com o passar do tempo podemos trazer ajudante- chegaram no segundo andar um corredor um pouco curto, logo a frente havia uma única porta, olhou para o lado e viu que apenas no outro lado e nas pontas do corredor havia outras portas-Aqui fica o salão, não é importante agora, vamos por aqui, virando a direita indo em direção a ponta do corredor, sem demora ele abriu a porta revelando o escritório dele- esse cheiro, traz memorias, não tão boas sabia que o capitão da guarda já veio aqui e queria saber mais sobre meu trabalho, quase me caguei aquele dia- o escritório era desarrumado, papeis no chão, uma grande mesa no centro com vários livros abertos com anotações, milhares de canetas espalhadas pela mesa e pelos livros e caderno. Duas estantes atrás lotadas de livros, arrumação nada simétrica chegando a dar um nervoso, logo ao lado da porta havia duas cômodas pequenas com várias gavetas- hoje eu quero citar algumas coisas que você faz e seria bom não fazer, depois irei explicar o plano e vamos caminhar na rua.
—Está tudo tão rápido- não tinha parado para processar ou respirar, sentindo sufocada- você é muito maluco!
—Oh, eu me empolguei, desculpa- ele contornou a mesa e sentou na cadeira- no meu tempo tínhamos que fazer tudo correndo, temos tempo para respira agora
—Me explique tudo direito pelo menos- havia uma cadeira na frente da mesa, onde se sentou respirando fundo.
—Nesse mundo, temos que assumir diversas personalidades, jantar com nobres até tomar uma cerveja com algum moribundo, se você realmente quiser tentar, tem que se esforça para perde algumas manias.
—Entendo, eu quero tentar, mas me explique as coisas antes- estava se acalmando, apoio as mão no colo cruzou os dedos.
—Você tem alguns detalhes, quando fica nervosa, você sempre esta nervosa- Assumiu um semblante mais sério, cruzou os braços e as pernas se recostou nas costa da cadeira, ficou surpresa percebendo que realmente estava nervosa- Eu sei disso por que você sempre cruza os dedos quando está se sentindo desconfortável, pode ser perigoso se alguém ver que você esta nervosa pode te manipular facilmente- Na mesma hora descruzou os dedos cruzando os braços.
—Isso não é verdade- Fez um beicinho com a boca começando a encarar a mesa
—Há- Soltou uma risada, se inclinando para frente apoiando os cotovelos na mesa- Tente trabalhar nisso, sempre que ficar nervosa não junte os dedos mantenha firme, bom agora vamos passar para algo mais importante- revirando os papeis encima da mesa, dando uma rápida olhada jogava para o lado, até que parou em um dando um largo sorriso- Vamos começar o nosso treinamento, você esta de acordo não é?
—Acho que sim, prossiga por favor- Começou a fazer o gesto de cruzar os dedos, mas se conteve.
—Bom, vamos prosseguir então- Entregou um documento para Natasha, que segurou e começou a ler, contando sobre uma mulher chamada Talita- Bom essa é a Talita, sua nova identidade ela é filha de uma nobre de mercadores de vinhos, eu tentei montar a personalidade não tão diferente da sua, você tem que ser um pouco mais sociável, puxar conversa com as pessoas sorrir bastante- Coçou a barba, enquanto olhava para outro documento na mesa- Eu serei seu pai, sou o lorde de nossa casa os “Venizes” vendemos vinho obviamente, recentemente subimos a nobreza nas terras do Duque de Frinsk mas por causa dos grupo de mercenários que esta ascendendo por lá, resolvemos vir para terras do Duque de Marden estamos busca de aliados para guarda os vinhos enquanto não nos afilhamos a um lorde.
—Pelo oque eu sei os Bardini são os vendedores de vinho das terras do Duque- Falou encarando o documento de Talita, lendo com cuidado ficando impressionada com a quantidade de detalhes que havia, suas manias, roupas favoritas e comidas que como e as que não come, o que mais estava preocupando como conseguiria lembrar de tudo.
—Você esta certo, mas o Duque permite outros nobres a venderem o mesmo produto que os lordes, provável que os Bardini vão tentar nos parar ou tentar aliança no futuro mas por agora não temos que nos preocupar com isso.
—Entendi, e qual nobre vamos fazer negociação?- Colocou o documento encima da mesa.
—Negociação é uma palavra- Deu um sorriso de canto de boca colocando as mãos na nuca recostando na cadeira novamente- Ainda não sabemos que nobre vamos roubar, aquela festa que eu comentei vai ser onde você introduzida no jogo da nobreza, conhecendo máximo de nobres que vão estar atrás de recompensa, temos que ver os detalhes depois da festa- De repente uma batida na porta logo aposta ela se abrindo com Rolf entrando no lugar- Sim, Rolf?
—Corta essa!- Arregalou os olhos quando o mordomo gentil estava com uma cara carrancuda falando de modo agressivo- Não vem pagar de nobre só porque esta com visita.
—Ei! Eu não te pago para você ficar sendo agressivo- Levantou violentamente apontando para Rolf
—Se você me pagasse pelo menos! - Depois do berro cuspiu no chão- se me pagasse eu poderia até pensar em te respeita
—É verdade, eu me esqueci- Soltou uma risada, Rolf riu logo em seguida- Diga o que quer seu velho
—Já preparei oque pediu, trouxe a roupa da senhora.
—A tudo bem, vamos nos arrumar e sair- Apontou para Natasha que se mantinha surpresa encarando Sebas- Temos um pequeno passeio para fazer.

Sebas então andou para fora do quarto, passando por Rolf que encarou suas costas parecendo estar com raiva, Sebas apenas ignorou. Se levantou da cadeira que estava, Rolf saiu do escritório e entrou no mesmo segundo apenas inclinou o corpo para fora, pegando um vestido roxo escuro que chegava até os joelhos, com manga curta com um colete de pele, entregou na sua mão em seguida se retirou do escritório. Sozinha ali deduziu que deveria se trocar ali mesmo, com poucas escolhas começou a se despir para se trocar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Moeda sem valor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.