O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 19
Capítulo 14 - Até onde você iria pelo amor? P1


Notas iniciais do capítulo

Não me matem! Aqui está a primeira parte do capt! Domingo tem mais, até lá embaixo!!!



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Capítulo 14 – ATÉ ONDE VOCÊ IRIA PELO AMOR?

Pov Edward

(...) No capítulo anterior:

Quando diziam que se amamos alguém o deixamos livre para que possa encontrar a própria felicidade, mesmo que esta não seja ao nosso lado, não pensei que doeria tanto. Deixar Edward partir, foi como me destroçar em minúsculos pedaços. Pedaços esses que não podem ser colados jamais. Sei que nunca amei antes, mas também sei que nunca me senti assim com e por ninguém. E isso me faz ter certeza de que é sim amor. Mas infelizmente não posso vivê-lo. Perder-me nessa magia é tudo o que mais quero e é exatamente por isso que luto com todas as minhas forças. A pior batalha é aquela que lutamos contra nós mesmos. Aprendi isso a duras penas.

E mais lágrimas escorreram naquela tarde, enquanto me enroscava como uma bola e me fechava para o mundo, caindo assim não tão recente e bem vinda inconsciência.

(Pov Bella)

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O valor do amor está vinculado à soma dos sacrifícios que estás disposto a fazer por ele”.

(Ellen G. White.)

Como, eu me pergunto como tudo muda tão rapidamente? Quando penso que estou finalmente dando um passo à frente, parece que meus pés caminham ao contrário. Ou melhor, quando acho que me livrei daquela anã irritante, que por desgraça vêm a ser minha irmã gêmea, ela aparece estragando meus planos mais uma vez. E ainda pior, fazendo um escândalo enorme sem motivos. Em um momento estava comemorando internamente minha vitória enquanto levava a Laura, ou será Lauren? Em direção a cantina da escola. Sentamos e tudo saía exatamente como planejei, até que ouvi um burburinho seguido de silêncio total. O que não durou grande coisa, pois a Alice logo fez questão de anunciar-se da melhor maneira possível, traduzindo, da sua forma particular: ESCÂNDALO.

- Edward Anthony Cullen, posso saber o que você faz aqui com essa vadia?

Não sei o que era pior, sua voz irritante ou a sua audácia em achar que pode mandar em mim. Sendo que EU, sou o mais velho. Dois minutos e treze segundos precisamente, mas ainda sim nasci primeiro. Se não fosse trágico, com certeza seria cômico. Com tantas coisas sérias pra me preocupar, estou aqui perdido em meio a devaneios por causa da Alice.

Para piorar a situação, o lugar que antes estava quase vazio, rapidamente ficou mais lotado que fila de cinema em fim de semana. E eu? Continuava estático, olhando da minha irmã para a recente platéia e de vez em quando para a garota de olhos arregalados sentada à minha frente.

- Já que você não responde, faço eu... A minha maneira é claro.

E antes que eu pudesse evitar, ou melhor, tivesse tempo de pelo menos piscar os olhos, minha “adorada” irmãzinha já estava com os cabelos da Laura enganchados nos dedos. Um verdadeiro escarcéu. A garota chorava, as pessoas a nossa volta gritavam, a Alice berrava e xingava e juro por Deus teve um momento que pensei que ela fosse deixar a garota careca. O mais interessante, é que tudo isso aconteceu em questão de minutos e eu ainda estava estático, sem reação alguma. Primeiro porque nunca vi minha irmã agir assim, e segundo porque nunca estive no meio de um barraco desses. E terceiro e mais importante, EU nunca tinha sido o motivo particular de um barraco, muito menos um patrocinado pela minha irmã. A incredulidade tomou conta de cada um dos meus poros.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaai, socorro!

Saí de meus devaneios fora de hora, diga-se de passagem, após ouvir mais um berro, que pela voz esganiçada não se tratava da minha querida irmã. Dei a volta na mesa e as encontrei rolando no chão, ou melhor, a Laura, Lauren no chão com a Alice montada em cima da garota com um sorriso enorme e maquiavélico de triunfo.

- Isso vadia é pela ousadia de vir aqui com o meu irmão e sequer achar que tem alguma chance de pôr as suas garras nele. Ela falava e dava tabefes estalados na cara da menina. Fiquei estático de novo. Aliás eu só não, quase todos em volta de nós, inclusive o Emm que apareceu de não sei onde, mas esse pelo visto depois do breve momento de choque, estava adorando aquilo tudo, tanto que quase morria de tanto rir.

- E esse é pela Bellinha... Ela não está presente pra defender o que é dela, mas eu sim estou e vou fazê-lo muito bem. Ao ouvir essa última parte seguido de um grito estridente da garota, “acordei” completamente. Primeiro porque foi dito o nome da minha Bella e depois pelo estado de como a Alice tinha deixado a pobre garota.

– E cala essa sua maldita boca loira azeda, que eu ainda nem comecei direito com o seu castigo. Safada, piranha, garota corrimão de escada. Pensa que eu não sei da sua fama? Se bem que não é difícil ter noção de quem é de verdade. Lembra aquele ditado? “Mostre com quem andas e te direis quem és?” Pois bem, não há palavras que te descrevam melhor. E se pensa que vai fazer mal pra Bella está muito enganada. Eu a protejo, porque o idiota do meu irmão é muito incompetente pra isso, mas ela tem a mim, e se tem uma coisa que eu definitivamente não sou é lesada, ao contrário de você e da Tânia. Aliás, essa é a próxima que vou partir a cara. Ela está me devendo e não é de hoje. Diz pra ela não cruzar o meu caminho, se não quiser ter o mesmo tratamento que você.

- Já chega Alice! Berrei e imediatamente todos olharam pra mim. Raramente fico exaltado, mas quando isso acontece não respondo por mim.

- Não chega não! E não se atreva a me gritar novamente seu idiota!

Suspirei buscando a calma em algum lugar desconhecido. Ou melhor, implorando a Deus que me desse paciência para não cometer um assassinato em família.

- Eu já disse e essa é a última vez que repito: “Chega Mary Alice Cullen”.

- Xi, chamou pelo nome inteiro anã, é fudeu! Gritou Emmett.

- Argh! Tente me chamar assim novamente e vai ver só. E já disse que ainda não acabei com a vadia, portanto não se meta. Já que você não sabe resolver as coisas, resolvo eu seu lesado. Aliás, já era pra ter feito isso há muito tempo e você bem sabe o quanto ela merece. Ou já esqueceu do quanto ela e a Tânia falaram mal da Bella nesses dias todos ein? De quantas mentiras disseram por ai?Ah! Já sei, o momento romance de vocês estava tão bom que você de repente, assim do nada, começou a sofrer de amnésia...

Se eu já estava “p” da vida ela conseguiu me deixar pior. Comecei a ver tudo vermelho a minha volta, pior, não enxergava quase nada nem ninguém. Era sempre assim quando perdia o controle. Ainda senti alguém tentar me deter enquanto dava os passos que me levavam até as duas, mas me desvencilhei sem nenhuma dificuldade de quem quer que fosse. Puxei Alice bruscamente pelo braço de cima da garota e saí dali com ela esperneando e praguejando em altos brados todos os palavrões imagináveis, e talvez os inimagináveis também. Sentia suas unhas bem afiadas, diga-se de passagem, rasgando a carne do meu braço, mas nem toda dor do mundo me faria parar agora e não o fiz. Não olhei para trás, mas sabia que o Emm nos acompanhava, apesar de não ouvi-lo rir como de costume. Provavelmente ele percebeu que não era hora de piadinhas sem graça. Continuamos andando em direção ao estacionamento. Assim que alcancei ao meu carro, a soltei e pelo visto usei força demais porque ela cambaleou levemente. E nesse momento sim o Emmett interferiu.

- Calma mano, pega leve. Não vai querer fazer algo de que se arrependa depois, e você sabe muito bem que é isso que vai acontecer. Falou enquanto se colocava entre nós.

- Saí. Da. Minha. Frente. Emmett. Falei pausadamente. – Você não sabe o que eu tive que passar hoje e no quanto a sua querida irmã contribuiu para o meu humor, portanto não se mete. Está na hora da Alice aprender, mesmo que seja da pior maneira possível, que não ela não pode fazer o que dá na telha, quanto mais interferir na vida de outra pessoa, mesmo que a pessoa em questão seja seu irmão, que não pode decidir o que ele deve ou não fazer.

Porém ele não se moveu um milímetro sequer da sua posição.

- Não sei exatamente o que houve mano, mas posso imaginar. Raramente você fica dessa maneira, perde o controle assim e por isso mesmo que estou aqui para interferir.. Sei também o quanto a Alice é irritante e bisbilhoteira, mas isso não justifica essa atitude de vocês.

- Irritante e bisbilhoteira eu Emmett? Que culpa eu tenho se seu irmão além de lesado também é um ogro ein? Um grosso, sem coração que não entende que tudo que eu faço é pra ajudar? Ele é um insensível, mal agradecido... Alice continuava gritando e definitivamente minha paciência já se esgotara há tempos.

- Que dizer que depois de tudo, eu ainda sou o errado? Lembre-se de que foi você que se negou a me dizer onde a Bella ficaria. Você se negou a no mínimo me dar o telefone da casa da Ângela, e ainda quer ter razão? Sendo que VOCÊ mais do que ninguém sabe o que eu passei todos esses malditos dias Alice! Gritei de volta enquanto empurrava o Emmett.

- Não importa! Se eu não te levei até a Bella foi porque era o melhor, pelo menos por ora. Ela precisa de tempo e você tinha que respeitar. Mas não só pensa no seu umbigo. Você não passa de um completo egoísta Edward! É isso o que você é EGOÍSTAAA. E que tipo de amor é esse, que bem não virou as costas e já estava correndo atrás de outra? Pior, daquela vadia loira. A que nível você desceu irmãozinho.  Falou com desdém.

- Você não sabe de nada irmãzinha, ABSOLUTAMENTE NADA! Não tenho que te dar satisfações da minha vida, mas para o seu governo, só estava falando com a Laura, ou Lauren, sei lá o nome da tal garota, era pra conseguir o que a senhorita se negou a dar. Já que não posso contar com aquela que se diz minha irmã, tive que apelar para os estranhos. E felizmente estava conseguindo até você chegar e estragar tudo!

- Claro! Como sempre tudo tem que ser a sua maneira e na hora que bem entende não Sr. Cullen? Autoritário como o seu PA... Parou abruptamente.

- Vamos Alice completa! Mas não se esqueça de que você também carrega esse sangue maldito! E é só isso que me conforta, que eu não sou o único a levar comigo essa desgraça. Explodi.

- JÁ CHEGA OS DOIS! Ou vocês param agora ou não respondo por mim. Se for preciso cair na porrada, saibam que não vou hesitar. E isso serve para ambos Ainda sou o mais velho, apesar de odiar lembrar esse pequeno detalhe, sei exatamente quando é conveniente fazer... Portanto sugiro que se acalmem e conversem civilizadamente, enquanto eu de bom grado presencio é claro! Melhor, vamos fazer isso em casa, porque a mamãe vai adorar saber desse pequeno espetáculo. Se queriam ser o comentário da escola no dia seguinte, ótimo, conseguiram. Mas assuntos relacionados a nossa família, deve ficar entre nós, não ser discutido e dividido na presença de estranhos. Qual é? Viraram animais agora?

- Alice entra no jipe e me espera lá. Quando ela ia protestar... – Agora! Gritou o Emm.

- Quanto a você Edward, pegue o seu maldito carro e me siga até em casa. E nem pense em fazer o contrário. Dona Esme nos espera.

Bufei, mas não discuti. Sei admitir quando perco uma boa briga e um desses momentos geralmente é quando o Emmett assume a sua posição de “pai”. Mas se ele pensa que vou seguir aquele maldito jipe dele como uma criancinha amedrontada está muito enganado.

Entrei no meu carro e saí cantando pneus. A velocidade definitivamente me acalma. E calma era tudo o que eu mais precisava para enfrentar tudo que estava por vir.

A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta, tal frio não te poderá afectar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afectar a tua mente.

(LEONARDO DA VINCE)


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Notas finais do capítulo

Hey flores, desculpem mesmo a demora, sem palavras pra me redimir.
Só lembrando que as duas leitoras que recomendaram no último capítulo, como eu tinha falado que iam ter um personagem na fic, eles já estão encaminhado e talvez entrem no cap 15 ou 16 ok?

E então o que acharam? Comentem, comentem, comentem...
Beijãoo!