Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 6
Capítulo 6 - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Mais um personagem retornando à história.



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Com Cléber morto, a polícia agora precisava usar as poucas informações que tinham para tentar encontrar esse assassino que o manipulou para que ele tentasse matar as garotas, o único problema é que elas não levavam a nada.

— Será que não tem algo no corpo do Cléber? - perguntou Augusto.

— Nada, nem sequer uma migalha. - lamentou Jorge.

— Mas que droga! Eu não sei quem é esse assassino mas sabe se esconder muito bem.

— Só temos que ter paciência e continuar investigando.

— Ótimo, vamos nos dividir: fazer um grupo de investigações e outro grupo para as demais atividades, se focarmos apenas nesse assassino vamos deixar de focar nas outras coisas que estão acontecendo lá fora. - sugeriu Augusto e todos concordaram.

Enquanto isso, Rebekah, ao conseguir entrar na casa de Evan, vai logo ao quarto dele.

— Eu descobri uma coisa que parece impossível, mas é real. - disse ela.

— Sim? - ele a olhou.

— Aquele assassino que você pegou, não é o verdadeiro.

Evan ficou confuso.

— Como?

— Sim, na verdade, ele foi mandado por alguém para matar aquelas meninas. Alguma coisa ele está planejando, mas ele não deixou sequer uma pista até agora! - suspirou ela.

Evan balançou a cabeça negativamente, isso não explicava nada, só o deixou mais confuso ainda. Considerando que em toda a sua curta carreira como super herói ele sempre levava vantagem sobre os oponentes, dessa vez ele estava enfrentando algo mais sério, alguém mais sombrio, forte e misterioso que nunca havia sequer enfrentado antes. Nem sequer One-Above All estava lá para ajudá-lo. Ele pediu ajuda à ele uma vez, mas não obteve resposta.

Arrasada, Rebekah se aproximou dele.

— Você vai conseguir pegar esse bandido. Eu confio em você. - ela disse, beijando a bochecha dele, mas nem isso resolveu.

Foi então que Evan teve um estalo: na primeira vez que ele enfrentou o assassino, no dia da morte de Guilherme, o mesmo usava uma faca. Já na outra vez em que ele fora preso, usou outra arma, um taco de baseball. E por mais que isso não resolva muita coisa, afinal, o mesmo assassino pode usar uma arma diferente em dois crimes, ele sentia, no fundo, que aquilo poderia significar algo a mais. 

Naquela madrugada, Augusto, Jorge e toda a sua equipe já tinham desistido de investigar em vão, por isso, estavam tranquilos em suas casas, dormindo para começar novamente no dia seguinte, quando o telefone do delegado tocou.

— Alô? - ele disse.

E pode acreditar, o que ele ouviu não foi brincadeira.

Rapidamente, se levantou e se arrumou, partindo a toda velocidade com seu carro, pegou o celular e falou enquanto corria pelas ruas.

— Dê me o endereço de onde veio a denúncia! - pediu ele.

Estava tão focado em ouvir o endereço que não percebeu Evan passar correndo por ele, a caminho do mesmo local que ele estava indo. Quando ele chegou ao local, ainda podia ouvir os gritos das pessoas ali dentro, além de uns barulhos de disparos. Na certa, alguém estava fazendo uma chacina na casa com uma arma. Ele também pôde perceber que a porta havia sido arrombada e estava fechada, mas não trancada. Com isso, entrou e correu até onde vinham os gritos, que pararam quando ele abriu a porta, mas lhe deu uma surpresa: um rapaz com uma calça cinza, moletom preto com capuz e máscara, empunhando uma AK47 mirava a mesma na direção de quatro meninas que estavam deitadas no chão. Ele percebeu a presença de Evan e se virou na sua direção, ele estava mascarado também.

— Mas o quê...? - disse ele, como que o cara estava lá? Ele não havia sido preso? Mas, não teve muito tempo para pensar, pois logo o assassino mirou na direção dele e atirou, mas Evan conseguiu desviar e partiu pra cima dele, que se defendeu colocando a arma na frente dele, mas com um soco Evan a partiu no meio, o deixando sem defesa.

Só que não, pois ele usava os pedaços da arma para segurar os golpes de Evan, que foi ficando cada vez mais irritado e o chutou nas pernas, o derrubando. Quando ele ia partir pra cima do assassino, levou um golpe da espingarda no rosto, acertando-o no supercílio, mas isso não foi o suficiente para fazê-lo sangrar. O homem lhe deu um chute na barriga, o jogando longe e se levantou, mas o garoto logo se recuperou.

— Agora você vai ver! - disse ele, se jogando pra cima dele. Ao fazer isso, ambos acabaram atravessando a janela que tinha no quarto, caindo no jardim da casa. No entanto, nenhum dos dois se machucou, afinal, a altura era pouca, mas com o impacto da queda, o assassino desmaiou.

Evan então, percebeu que era a hora, tirou o capuz e a máscara dele, o que provou ser a coisa errada. Ele reconhecia aquele rosto, lhe era familiar.

Nesse instante, a polícia chegou.

— Diversus, saia de cima do criminoso. - disse Jorge ao megafone.

Evan então, se levantou e, segurando o homem pelo colarinho, o levantou também, para que todos vissem quem ele era.

— O quê? - disse Jorge.

— Joilson? Mas como? - indagou outro policial.

— Como assim "mas como"? Tá na cara, ele tinha motivos para fazer isso. - falou Augusto.

Então Evan o soltou e deixou que eles o pegassem. Nesse instante, as quatro meninas que estavam no quarto apareceram, eram as mesmas garotas que sofreram aquele atentado na noite anterior, quando Cléber tentou matá-las. Fazia sentido, se Joilson tentou matá-las uma vez e não conseguiu, estava tentando de novo. Logo eles o algemaram e levaram para a viatura, mas Augusto pediu à Evan que  fosse com eles para a delegacia, pois talvez assim, ele poderia convencê-lo a falar, já que Cléber ficou em silêncio até a morte. Evan concordou.

Ao chegarem lá, cerca de meia hora depois, enquanto era algemado, Cléber recuperou a consciência e olhou Evan desesperado.

— Acordou Bela Adormecida? Pois vai voltar a dormir pra sempre se não contar agora o que aconteceu. - ameaçou Augusto. 

Mesmo assustado, Joilson ficou calado.

— Não adianta ficar calado Joilson, nós já capturamos o seu amiguinho Cléber, que agora tá morto mas não interessa! Nós já sabemos que você o mandou matar aquelas meninas, então agora você tá capturado e não adiantar negar que foi você. - vociferou Jorge.

Joilson ainda continuou calado, tentando resistir, mas, ao ver Evan parado logo atrás do delegado, começou a falar desesperadamente.

— Rápido, rua Sentinela Virgem 711, é lá que está o que procura! - ele falou tão rápido que quase embaralhou as palavras.

— Cala a boca, você vai preso Joilson. Achou que depois de todos esses anos foragido iam te deixar impune ao ser encontrado? - disse Augusto.

Mas, logo ele levou um empurrão de Evan, que segurou Joilson pelo colarinho de novo.

— Fala. - pediu ele.

— Rua Sentinela Virgem. Eu sei o que aconteceu, o verdadeiro mandante de tudo isso meio que contratou Cléber e eu para fazermos o serviço por ele, mas ele quer atrair você, quer chamar sua atenção para ir até ele. - explicou Joilson.

— Por quê não veio até a mim? - indagou Evan.

— Vá até o endereço e pergunte à ele, é só isso que posso te falar. 

Sem pensar duas vezes, querendo logo descobrir a origem dessa confusão toda, Evan saiu rapidamente dali.

Ele já estava morando em Curitiba há um ano, então decorou todos os caminhos da cidade pois ele nunca ficava muito tempo nos lugares, era combater o crime em um bairro e volta pra casa. Bate e volta. Como ele havia decorado o local que Joilson havia lhe dito, correu até lá, era um pouco longe de casa, mas com a sua supervelocidade, rapidamente ele chegou e ficou intrigado com o que viu. Naquela rua, havia um prédio completamente abandonado e velho, com tijolos aparecendo por todos os cantos, a impressão é que desabaria à todo momento. O que alguém como o mandante desses assassinatos iria querer com ele? Por quê o levaria até lá? Era um mistério, mas ele precisava descobrir sozinho daquela vez. Ao chegar na porta, respirou fundo e entrou o local estranho, querendo encontrar logo esse assassino. 

 


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