Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 5
Capítulo 5 - Revelações




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Quando chegaram na delegacia, levaram Cléber para a sala onde seria interrogado e deixaram as garotas do lado de fora. Ele estava mais consciente, havia se recuperado do soco na têmpora que levou de Evan, mas ainda assim, estava calado, se recusava a falar qualquer coisa que fosse a respeito do que estava acontecendo.

— Agora você não terá mais como escapar Cléber. - disse Augusto.

— Quer dizer que resolveu sair da toca para poder matar mocinhas inocentes? - disse outro policial.

— Pois é né? Não adianta ficar calado ou fazer essa cara de tacho, você vai ser preso de qualquer maneira, já sabemos que foi você. 

— Só queremos saber o porquê disso. Você sabe que não tem mais necessidade de fazer isso, pois Robert agora se foi, então qual sua rixa com o garoto? 

Cléber ficou calado, estava disposto a não responder nada, apenas ficava calado, emburrado, sem olhar para ninguém.

— Não me ignore quando estou falando, sabe que odeio isso! 

Augusto balançou a cabeça negativamente ao ver que não havia jeito, pegou um canivete do bolso e entregou para o policial que tentava interrogar Cléber, o mesmo pegou e começou a olhá-lo de forma perigosa.

Enquanto isso, Rebekah chegou na delegacia, ela se encaminhou para a sala do delegado Augusto, mas Cássia, ao perceber a presença dela ali, se levantou e foi até ela, furiosa.

— Sua vadia! Tinha que estragar tudo né? - gritou ela, empurrando Rebekah.

— Como assim? Sei nem quem você é? - disse Rebekah, sem entender nada.

— Não se faça de cínica, sabe que é culpada pela desgraça que quase nos aconteceu! 

— Não estou me fazendo de cínica, olha como fala comigo, porque você não me conhece! - ameaçou Rebekah.

— E nem quero conhecer. Nem nós aqui! - disse Cássia.

— Chega Cássia, acabou. - falou Tita, aparecendo atrás de Rebekah. Sim, elas tinham ido juntas, mas como Tita sabia que sua maior inimiga estaria lá, precisou de mais coragem para aparecer, só que ao ver a amiga sendo intimidada, não se aguentou.

— Olha só quem está aqui! Quanto tempo minha querida! - sorriu Cássia, fingida.

— Quanto tempo a gente não se vê. - disse Rita, se levantando e Thayanne sorrindo.

Dessa vez, foi Rebekah quem interviu.

— Podem parar aí, eu sei que vocês não gostam e nunca gostaram da Tita, Não venham com esse cinismo nojento de vocês! 

— Pelo jeito essa sapata te contou tudo não é? E você deve ter contado para esse tal Cléber, ele conhecia seu namoradinho. - disse Thayanne.

— Não, eu não contei nada. Não que eu me lembre. - insistiu Rebekah.

— Ah é? E como é que ele sabia do que aconteceu a ponto de ir fazer isso com a gente? - bufou Cássia.

— Vocês nem sabem o motivo de ele estar lá! - rebateu Tita.

— E por qual outro motivo ele estaria lá querendo matar a gente?

— Talvez só quisesse assaltar! - falou Rebekah.

— Pára de defendê-lo, é óbvio que ele queria nos assaltar. Se ele matou o Henrique e o Guilherme por causa dessa sapata aí, é óbvio que ele também quer nos matar pelo mesmo motivo! 

— Mas ele já tá preso, relaxem! 

— Só vamos relaxar quando esse imbecil apodrecer na cadeia. - vociferou Rita.

— Eu também. - disse Cássia.

— Tanto faz, o problema é de vocês, não nosso. Temos mais o que fazer aqui nesse delegacia. Vem amiga. - disse Rebekah, puxando Tita para longe delas enquanto todas elas deram de ombros.

Depois da discussão, Rebekah e Tita foram até a sala do delegado, que torturava Cléber.

— Vamos todos morrer! - disse Cléber.

— Você é quem vai morrer se não falar a verdade, seu maluco! - respondeu o policial.

— Estão nos vigiando... se eu falar... te matam! 

— Quem vai nos matar? Tem mais alguém envolvido secretamente nesse crime?

— Cléber, essa delegacia é completamente segura, temos equipamentos de segurança e câmeras por todos os lugares, não tem como se preocupar! FALA LOGO! - Augusto gritou, já tava perdendo a paciência.

— Tem um garoto que quer vingança contra o Diversus! Ele é o verdadeiro mandante de tudo isso! Estão perdendo tempo comigo! - falou Cléber, finalmente.

Rebekah, que ouvia tudo, ficou chocada e ao mesmo tempo confusa.

— Espera, isso não faz sentido... se tem alguém querendo se vingar do garoto, porquê ele mandou você matar aquelas meninas ao invés de ele mesmo fazer isso? - quis saber Augusto.

— Porque enquanto vocês estiverem correndo atrás de mim, ele vai estar se preparando para a batalha com o Diversus, eu sou apenas uma distração. E ele não quer nada disso, só quer atraí-lo para ele. - falou Cléber.

Rebekah e Tita se entreolharam, se Cléber estava certo, Evan corria grande perigo, então teriam que avisá-lo o mais rápido possível. Então saíram correndo de lá juntas, tentando encontrar Evan logo para avisá-lo.

— Bom, de qualquer maneira, você está sendo cúmplice dele então... vocês prendam ele. Eu, Jorge e Carlos vamos procurar esse garoto, diga-nos aonde ele se esconde. - pediu Augusto.

Mas, antes que ele pudesse falar, vários drones colocados em volta da delegacia começaram a atirar contra o local, quebrando os vidros das janelas, furando paredes, quebrando quadros, quebrando tudo o que via pela frente. Tita e Rebekah ficaram agachadas no corredor que dava na direção da porta enquanto Cássia, Rita e Thayanne se encolhiam em um canto. Já Augusto, Jorge e Carlos conseguiram se esconder debaixo da mesa e por isso, conseguiram escapar das balas dos drones, que atiraram por alguns segundos, mas depois pararam e foram embora. 

Quando Augusto conseguiu se levantar e olhar pela janela, percebeu que todos foram embora e, ao se virar para Cléber, ele estava todo ensanguentado, com furos no corpo, havia sido acertado por várias das balas que foram atiradas.

— Eu disse... que era perigoso... eu falar. - agonizou Cléber, antes de fechar os olhos e morrer ali mesmo. 

Mesmo horrorizado com a morte de Cléber, ao menos agora, ele tinha algumas informações reveladas que eram importantes, só precisavam saber aonde estava o tal mandante de Cléber para tentar impedi-lo de fazer qualquer coisa com Evan.

Quando Rebekah e Tita conseguiram finalmente sair da delegacia, mesmo com tudo destruído, foram correndo até o carro dela, que não havia sido destruído assim como vários outros, apenas a delegacia havia sido metralhada.

— Ai. - disse Rebekah.

— O que foi amiga? - perguntou Tita.

— Droga, machuquei a mão, acho que um caco de vidro caiu no chão antes de mim e entrou aqui dentro. 

— Poxa, mas tá tudo bem?

— Sim, dá para dirigir, só que vamos ter que passar na farmácia antes.

— Tudo bem, saúde em primeiro lugar. 

Rebekah sorriu e, mesmo com a mão levemente machucada, dirigiu até a farmácia mais próxima, depois querendo ir para a casa de Evan, para alertá-lo do perigo que ele estava correndo.

 


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Notas finais do capítulo

Acho que essa morte do Cléber já devia ter ocorrido na história anterior, né? Ou não?



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