Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 15
Capítulo 15 - Batalha final


Notas iniciais do capítulo

Batalha final é sempre épica! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792671/chapter/15

Logo, os policiais começaram a lutar contra o exército de mutantes de Mateus, alguns com pistolas atiravam, mas eles eram muito rápidos e desviavam. Outros que vinham com armas os policiais defendiam com seus escudos de vidro, mas não resistiriam por muito tempo, o tiroteio tomou conta do local, os de maior força bruta lutavam corpo a corpo com alguns outros, tirando os cassetetes deles e tentando ganhar terreno, já os que tinham menos resistência eram mortos pelas balas dos policiais.

— Chega, não desperdicem balas, elas podem ser úteis no final disso tudo! - ordenou Augusto.

— Mas senhor, eles são muitos para nós. - afirmou outro policial.

— Obedeça!

E então, assim foi feito, munições foram poupadas e apenas na força bruta e na agilidade que se baseava tudo. Até porque não podiam correr o risco de atingir pessoas inocentes, como as que passavam ao redor tentavam fugir, assustadas. Algumas que não tinham para onde correr se escondiam nos estabelecimentos que fechavam na hora para evitar um caos maior.

— HAHAHAHAHAHA EU SOU MALIGNO!!! - riu Mateus, se afastando vendo a cena enquanto levava Rebekah junto.

— Falta muito? - perguntou Evan, olhando o piloto.

— Não, é logo ali na frente. - disse ele.

Levou cerca de dois minutos e eles estavam sobrevoando Curitiba, quase chegando na enorme "guerra" que se estendia por quase toda a cidade.

— Você tem algum plano? - perguntou Isabela para Evan.

— Sim, vamos descer lá e derrotar todos os mutantes. Quando derrotarmos todos, eu ajudo os policiais e você ajuda os feridos. O senhor nos dá cobertura. 

— Ok, vou aterrissar aqui perto. 

— Beleza então.

Assim, Isabela e Evan retiraram seus fones de ouvido e então se prepararam pra pular.

— O que está fazendo? - perguntou Evan.

— Colocando o pára-quedas em você! - disse ela.

— Não precisa, usa esse que eu mesmo pulo daqui.

Isabela não teve tempo de protestar, pois rapidamente Evan pegou seu escudo e se jogou do helicóptero sem pensar duas vezes. Ela bufou de raiva pela teimosia dele e saltou com o seu pára-quedas. 

Não demorou muito e Evan aterrissou no chão, ele não sofreu nenhum dano físico, mas o chão acabou formando uma cratera e levantou uma nuvem de poeira tão grande que quase cegou todo mundo, até quem estava lutando. Com o som ensurdecedor do impacto, todos pararam de lutar e olharam na direção dele. O escudo estava em mãos, ele começou a caminhar na direção da luta mesmo cercado de poeira, quando finalmente baixou o suficiente, todos o reconheceram e vibraram! 

— Ei, ele está vivo! - disse uma transeunte, olhando pela vitrine de uma loja.

— É ele mesmo, o Diversus voltou de novo! - disse um taxista.

Então, enquanto Evan caminhava pela rua desviando dos carros e obstáculos à sua frente, se aproximando mais do local da batalha, todos aplaudiam e gritavam o nome dele, o que causou irritação em Mateus, que olhou para trás e viu que realmente Evan estava lá, vivo e bem, aparentando estar mais forte. Rebekah precisou segurar as lágrimas de emoção ao reencontrar seu amado vivo, mas isso não foi o suficiente para Mateus, que ainda achava que como Evan não deu conta dele sozinho duas vezes, agora perderia para seus ajudantes também.

Quando Evan chegou perto o suficiente, um policial se aproximou.

— Ei garoto, onde esteve esse tempo todo? - perguntou, mas ele ignorou.

— Diversus, o que aconteceu? - perguntou Augusto, mas também foi ignorado.

— Ei, achei que estava morto! - falou com desprezo um garoto que lutava com um policial, moreno, de olhos saltados, sobrancelhas grossas, que soltava fogo pelas mãos ao falar.

Se deixando levar pelo calor do momento, Evan não hesitou e começou a lutar com os policiais, ajudando eles, começando pelo mesmo garoto que falou antes, que lançou uma rajada de fogo na direção dele, mas Evan se defendeu com o escudo e jogou o mesmo na direção dele, acertando-lhe no rosto e desamaiando-o.

Estava tão concentrado na luta que não viu o acertarem por trás com a porta arrancada de uma viatura, ao tentar se levantar, tomaram-lhe o escudo, estava prestes a levar um soco quando Isabela chegou e socou o rosto do mascarado que queria golpeá-lo.

— Até que enfim hein? - bufou Evan, se levantando.

— Quem mandou ir na frente? - retrucou ela.

Foi então que Evan notou que todos deixaram os policiais de lado e cercaram eles. 

— Vamos nessa juntos agora, você vai com esses e eu vou com esses. - disse Evan.

— Leva isso com você. - concordou Isabela, lhe dando um walkie-talkie, ele colocou preso no cinto e correram pra lá.

Os dois travaram juntos uma batalha emocionante com todos, Evan lutava mais usando as próprias habilidades de luta que aprendera enquanto esteve fora, seus golpes eram tão precisos que nenhum escapava, a polícia usavam bastões e coisas do tipo para se defender e atacar, Isabela também derrubou alguns, com uma rasteira em um garoto, um soco na têmpora de uma garota, mas acabou também precisando usar seus poderes nos ataques. Durante a confusão, Evan pôde perceber Danielle lutando com um garoto, ela estava empatando com ele, mas ele precisava ajudar. Logo, correu até eles e chutou o garoto na barriga, o jogando longe, na direção de um garoto que Isabela estava prestes a acertar.

— Dani, desculpa o sumiço, mas depois você briga comigo, vai se esconder! - disse ele olhando Danielle.

A garota não lhe deu ouvidos e colocou um campo de força em volta deles, completamente intangível. Evan, sem entender nada, olhou todos tentando penetrar o escudo, mas pôde sentir Danielle lhe dar um rápido abraço. 

— Senti sua falta. - disse ela.

— É, eu também, vamos matar a saudade lutando juntos. - ironizou ele.

— Bora lá.

O escudo então foi desativado e assim, Evan, Isabela e Danielle começaram a lutar juntos, ele tomou a dianteira, domando todos os seus comparsas, Isabela, com seus poderes, terminava de fazer as honras enquanto Danielle ajudava as pessoas escondidas que se protegiam observando, com orgulho e impressionadas, Evan lutando sozinho com todos.

Ao perceber que seus aliados não eram o suficiente para parar Diversus, ainda mais com a ajuda dos policiais e das garotas que estavam lá, Maligno resolveu mudar de estratégia, enquanto Evan era distraído pela luta, ele se levantou da beira do prédio onde estava escondido e desapareceu no horizonte levando Rebekah, que mesmo gritando, não tinha forças para se soltar dele. Quando Diversus derrotou os aliados, todos aplaudiram.

— Muito bem garoto, bela luta. - elogiou um policial.

— Valeu. - disse ele, se afastando.

Ele foi correndo até sua casa, ansioso para dar um abraço em sua mãe, já que não a via à três dias desde que chegou em Santos. Mas, ao chegar, ela não estava lá, nem no quarto, nem na cozinha, em canto nenhum. Teria ela saído para algum lugar? Mas onde?

A resposta veio quando a voz dela surgiu em sua cabeça.

— Me larga, me solta! - dizia ela.

Enfurecido, Evan foi seguindo as ondas sonoras que a voz emitia com o grito, mas logo a voz de Mikaela sumiu e deu lugar à voz de Rebekah.

— Você vai se arrepender de estar fazendo isso, me solta! - disse ela.

Então Evan parou, o som da voz de Rebekah dava pra um lado da cidade, enquanto a de Mikaela dava para outra direção. Derrotado, resolveu seguir a voz de Rebekah, que ainda ecoava em sua mente. Alguns minutos depois, chegou em um prédio e lá de baixo, viu Rebekah sendo segurada por Maligno, bem na beira.

Evan usou o seu "super salto" para chegar lá, Rebekah não conteve o sorriso ao vê-lo chegar.

— Solta ela Mateus! Agora! - ordenou ele.

— Oou, para princípio de conversa, me chame de Maligno. E depois, o Diversus fracassado voltou do além pra me dar ordens? Não percebe o perigo que tá se metendo? - ironizou ele.

— Solta ela agora senão...

— Senão o quê? Vai me matar? Pois saiba que se você vier pra cima eu solto ela. E se você salvar sua namoradinha, sua mãezinha morrerá, ela está em outro local beeem longe daqui, lá na ponte Beretida. E você só terá tempo pra salvar UMA delas. É sua escolha. Te dou dez minutos pra pensar. - disse Maligno.

Nesse momento, Diversus voltou a ouvir os gritos de socorro de sua mãe, então seguindo o som, realmente estava numa ponte, se ela caísse, morreria afogada no mar. Ele poderia correr até lá, mas estava 16 quilômetros de distância e não daria mesmo tempo de voltar pra salvar Rebekah.
Mantendo a calma, se escondeu atrás da caixa d'água e pegou o walkie-talkie e o ligou.

— Isabela? - chamou.

Eu. - respondeu ela.

— Preciso de sua ajuda!

O que aconteceu?

— O Maligno sequestrou minha mãe e minha namorada e colocou as duas presas em pontos diferentes da cidade, não dá pra salvar uma e voltar pra salvar a outra.

E no que você quer que eu ajude?

— Vá para o local onde ele deixou minha mãe e salve ela, enquanto eu salvarei a Rebekah.

Não é melhor você salvar sua mãe?

— Não, porque estou na frente da Rebekah, se eu sair daqui ele a mata antes de eu chegar na minha mãe.

Ok, me fala onde sua mãe tá.

Evan passou o endereço da ponte pra Isabela e virou-se pra Maligno. Sem dizer o que decidiu, partiu pra cima dele, que soltou Rebekah e agora, uma batalha épica se iniciou. 

Rebekah, ao ver aquilo, se desesperou, Evan poderia morrer novamente nas garras daquele monstro, então correu pelo terraço até onde ficavam as escadas e desceu elas bem depressa.

Enquanto caíam do terraço do prédio em que estavam, Diversus começou a esmurrar a cara de Maligno várias vezes, descontando toda sua raiva, mas logo Maligno segurou um golpe e o jogou na direção de um prédio, o fazendo atravessar a janela e quebrar praticamente tudo ali dentro. Enfurecido, Evan correu e pulou novamente na direção de Maligno, que já havia atingido o chão, quando se virou, foi acertado em cheio no rosto e arremessado pra longe, um ônibus foi partido no meio quando atingido pelo corpo de Maligno, que agora já começava a ter sangue escorrendo pela boca. Com ainda mais raiva, ele correu na direção de Diversus, que fez o mesmo com ele e ambos acertaram os punhos ao mesmo tempo, fazendo o choque causar um tremor que derrubou vários carros e quebrou várias janelas, mas isso ainda estava por piorar, Evan socou Mateus novamente, o jogando no chão, então Mateus lhe deu um rasteira e se levantou, antes que Evan pudesse se levantar, Mateus o chutou e isso o fez urrar de dor. Quando estava indo dar mais um chute, Danielle apareceu, socando ele com um bastão de baseball de metal, o mesmo que Cléber usou em Guilherme. Na outra mão, trazia o escudo dele.

Sorrindo, Evan se levantou, pegou o escudo e sem dizer nada, correu na direção de Mateus, que ainda estava se levantando quando levou um belo golpe na fuça, do seu nariz agora saía sangue. Ele então, foi pra cima de Danielle, a derrubando na hora. Em seguida, foi pra cima de Evan, tentando socá-lo, mas dessa vez, Evan conseguia desviar dos golpes e se defendia com o escudo perfeitamente, o que fez Mateus ver que ele não estava mais em vantagem, Diversus estava mais forte. Mateus viu seu bastão jogado no chão por Danielle e então abriu a mão e o bastão voou sozinho até ele. Mateus resolveu preparar uma emboscada para Evan, tentou dois golpes e ele se defendeu com os três, então quebrou o vidro da janela de um carro e jogou o mesmo na direção dele, que desviou mas serviu pra ganhar tempo e se esconder. Então Evan viu Mateus correndo até um viaduto e saltou até lá, onde os dois começaram a lutar novamente.

— Muito bem seu trouxa, vamos sem nossas armas, quero ver se tu é bom mesmo. - desafiou Mateus, jogando o bastão no chão.

Evan riu e pôs o escudo no chão e começaram uma nova luta corpo a corpo.

Enquanto isso, Isabela finalmente chegava na tal ponte que Evan falou e viu Mikaela presa por uma corda, que estava amarrada em um dos pilares de sustentação.

— Socorro!! - gritava ela, desesperada.

— Mikaela, eu vou te ajudar! - respondeu Rebekah, se aproximando com seu Bugatti sem notar Isabela ali.

Usando seu raciocínio rápido, Isabela viu Rebekah tentando desatar o nó que Mateus fez na corda, mas não conseguiu, a corda arrebentou.

— Não! - gritou Rebekah.

Mas, antes que ela caísse, Isabela apareceu e segurou-a, impedindo Mikaela de estatelar no chão.

— Obrigada. - disse Mikaela, ainda meio atônita com o que havia ocorrido.

— Disponha. - respondeu Isabela, logo correndo de volta para tentar achar Evan.

— Quem é ela? - perguntou Rebekah.

— Não sei, vamos atrás do meu filho! - disse Mikaela, correndo para o carro, Rebekah fez o mesmo e então disparou com o carro pelas ruas à procura de Evan, que naquele momento, trocava socos, chutes, com Mateus, ambos desviavam dos golpes com agilidade, até que Mateus acertou Evan no peito, apesar de ser arremessado um pouco pra trás, não caiu, mas quando o golpe foi no rosto ele acabou caindo do viaduto, indo parar no chão.

Tentando o golpe mortal, Mateus se jogou de lá e com o choque dos corpos com o chão, outra nuvem de poeira se alastrou, o que chamou a atenção de Isabela e Rebekah, que foram direto pra lá. 

Ao chegarem, a nuvem de poeira havia baixado um pouco, quando ficou bom o suficiente para enxergar, Rebekah e Mikaela saíram do carro e se aproximaram devagar. Logo puderam ver uma cratera enorme no chão, um estava por cima do outro, mas ambos pareciam inconscientes. Rebekah levou a mão à boca quando viu aquela cena, uma mão ensanguentada atravessava um dos corpos, Isabela se aproximou e ajudou a retirar o corpo de Mateus de cima do corpo de Evan, logo revelando um buraco enorme no peitoral dele, a mão de Evan encharcada do sangue do vilão, o que gerou certo alívio para as três.

Rapidamente Evan recobrou a consciência e começou a tossir, Mikaela e Rebekah então, desceram e foram até ele.

— Amor, você está bem? - perguntou Rebekah, se ajoelhando ao lado dele, vendo seu rosto com sangue e o uniforme sujo e rasgado.

— Aonde... ele está? - perguntou Evan, desnorteado.

— Você o venceu querido. - sorriu Mikaela, com lágrimas nos olhos.

Evan olhou para o lado e Isabela mostrou-lhe o buraco no corpo do vilão. 

— Está morto. - garantiu ela.

Evan respirou aliviado, ficou ali um tempo, recuperando as forças, enquanto o helicóptero chegava com as pessoas no local da queda, ansiosos para saberem o que aconteceu. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Finalmente o nosso querido herói derrotou o vilão, ufa!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diversus - Sede de Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.