Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 14
Capítulo 14 - A luta mais épica


Notas iniciais do capítulo

Finalmente saiu, após muito trabalho, ufa!



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 No dia seguinte, Evan estava na arena quando viu que havia algo diferente, para ele, no mínimo, inimaginável.

— Como você colocou esse caminhão de gasolina aqui dentro? - ele perguntou para Isabela.

— Eu não coloquei nada. - ela deu de ombros.

Logo, ele começou a desconfiar que All estava fazendo tudo aquilo, ele quem deu os primeiros obstáculos e ela servia apenas como uma jurada, talvez. De qualquer forma, ele logo entendeu que ele teria que aumentar sua força com eles. Usando o caminhão como halteres, ficou por vinte minutos levantando e descendo o mesmo, depois descansou e mais uma vez repetiu o gesto. Àquela altura, ele já havia aprendido quase tudo, desde os tipos mais famosos de luta como karatê e kung fu até os limites de sua velocidade e força. quando Evan chegou para treinar, percebeu algo diferente, havia dois portais azuis e um vermelho brilhante, o que o deixou um pouco em dúvida, o que seria aquilo? 

Ele então, olhou para os lados e viu Isabela, o olhando como um sorriso enigmático, talvez duvidando que ele realmente passaria.

— Isso são três portais mesmo. Um de água, um pouco extenso, outro de água ainda maior e mais extenso, com uma água mais forte e o último ali é de lava. O seu objetivo é passar correndo pelos três e continuar vivo, para que assim, você possa testar sua força e resistência. - explicou ela.

— Quantos testes mais eu tenho? - perguntou ele, irritado.

— Só mais esse. 

— Olha lá hein?

Evan então suspirou e decidiu arriscar. Começou a correr na direção do primeiro portal, no qual ele demorou uns míseros dois segundos para passar, deu uma pequena pausa e partiu para o segundo.

— O primeiro foi fácil. - disse ele.

Ao entrar no segundo, pôde perceber a diferença da força violenta da água, parecia que era mais forte que a anterior, mas ele não desistiu, continuou correndo, correndo e forçando contra a água para poder passar. Demorou um pouco mais do que antes, cinquenta segundos, mas ele conseguiu.

— Caramba, essa foi dose. - disse ele, já começando a ver o portal de lava tremer, a visão turva.

— Tá difícil aí Evan? - perguntou All, com tom de decepção. - Não aguenta um calorzinho?

— Aguento sim! - disse ele, decidido, então respirou fundo e foi. 

Correu para a lava e entrou, mesmo sentindo o corpo queimando, não desistiu e continuou correndo. Depois de muito tempo, mais de um minuto, Isabela começou a ficar preocupada achando que ele não conseguiria, mas ele saiu, suado e com a roupa toda queimada, mas conseguiu.

— Ufa, consegui. - suspirou ele.

— Muito bem garoto, conseguiu. - disse All.

— É, foi o que eu disse. 

— Impressionante. - disse Isabela, sorrindo de canto - Ande, vai tomar um banho e comer algo, precisa de mais energia.

— Preciso mesmo. 

Então saíram do pátio e foram até de volta em casa, onde ela o serviu com um lanche reforçado.

 

Enquanto isso, em Curitiba, Mikaela estava em casa tomando um chá preparado por Rebekah, quando recebeu um telefonema.

— Alô? - ela disse.

— Mikaela, vem pro hospital, por favor, rápido! - disse Natalie.

— O que foi? Aconteceu algo com a Danielle?

— Sim, mas ninguém sabe o que é! Venha logo!

Rapidamente, ela se levantou e desligou o celular.

— O que foi? - perguntou Rebekah.

— A Danielle, aconteceu algo com ela lá no hospital, preciso vê-la! - disse Mikaela, se levantando da mesa.

— Eu vou com você! 

Ambas partiram para o carro e logo correram para o hospital, mas foram surpreendidas quando a polícia apareceu cortando o carro e começaram a correr na frente delas, com as sirenes ligadas, algo muito errado estava acontecendo.

Mesmo assim, elas não desistiram e continuaram dirigindo para o hospital. Quando elas chegaram na rua do mesmo, a polícia seguiu outro caminho, mas havia um comboio lá, e foi quando a adrenalina abaixou que elas puderam ouvir um barulho bem alto, mas não o bastante para deixá-las surdas, que parecia vir do centro da cidade, mas elas teriam que deixar isso com a polícia mesmo. Mal elas estacionaram e saíram do carro, apareceu Danielle, arrombando a porta do hospital e correndo.

— Danielle, não! - Mikaela gritou, correndo até a garota para a segurar, mas com um movimento de braço a garota jogou a mesma pra trás, sorte que no chão.

— Mikaela, você está bem? - perguntou Natalie, correndo até ela e Rebekah veio junto.

— O que aconteceu com ela? - perguntou Rebekah, assustada.

— Eu não sei, os médicos disseram que ela tava tendo convulsões e depois começou a gritar, o que fez os objetos do quarto serem destruídos e agora ela tá assim, derrubando tudo só com a força do pensamento! - explicou Natalie.

— Isso me soa familiar... - disse Mikaela, ainda no chão.

— Acho que não, o Evan ganhou poderes por salvá-la, acho que alguma coisa que ela tomou que a deixou assim. - Natalia afirmou, ajudando a amiga a se levantar.

Rebekah olhou para trás e percebeu Danielle derrubando um entregador de jornais e pegou a bicicleta dele, começando a pedalar rapidamente para algum lugar.

— Precisamos ir atrás dela! - falou Rebekah.

As três correram para dentro do carro novamente e arrancaram com tudo indo atrás de Danielle, que por incrível que pareça, pedalava bem rápido, como elas não estavam no Bugatti da namorada de Evan, não conseguiram acelerar tanto assim. 

De volta à Diversus, após comer o lanche que lhe foi preparado, sorriu.

— Muito obrigado. Escuta, você realmente estava lá só pra dar nota nos meus testes? Ou só tava curiosa mesmo? - quis saber ele.

— Eu tenho cara de treinadora de herói? Acabei de aprender a usar meus poderes depois de uma década presa em casa. - bufou ela.

— Tudo bem, eu só perguntei... Por curiosidade.

— Sei...

— Bom,  já me sinto forte o suficiente, posso já ir para a arena?

— Pode, mas antes... deixa eu te entregar algo.

Ela então foi lá para dentro de um quarto e voltou poucos minutos depois com um escudo na mão. Era todo preto, com um desenho branco no meio. Era o desenho do mesmo símbolo que ele usava no peito do uniforme.

— Isso vai servir para você se defender quando estiver lutando. - explicou ela.

Os olhos de Evan brilharam ao pegar no escudo, mesmo que ele fosse bastante pesado, mas era fichinha para ele levantá-lo.

— Olha, me sinto como o Capitão América, só que do Brasil e de preto ao invés do azul. - ele deu um leve soco no escudo - E além de pesado é bem duro. Do que é feito?

— Do mesmo material de uma caixa preta de um avião.

— Então é indestrutível, valeu mesmo! 

— Ainda não acabou.

E então, ela tirou uma caixa média e colocou na mesa, revelando um uniforme novo para ele, igual o anterior, tirando o fato de que agora o símbolo era composto por linhas brancas mas o interior era todo preto. Seus olhos brilharam mais uma vez.

— Uau... sei nem o que falar. - ele sorriu - Posso vestir?

— Precisa mandar?

Ele então correu para o quarto e se trocou. Voltou poucos minutos depois sorrindo de orelha a orelha.

— Sensacional, valeu de novo. Já quero estrear ele logo.

— Então vamos. Me disseram que o maluco terminou o plano dele e logo irá atacar de novo. - ela disse e então Evan fechou a cara.

— Espera aí, como assim "vamos"? Sou eu quem vai lutar com ele não você. - rebateu.

— Sim, você vai, mas não sozinho. - ela revirou os olhos.

— Depois de todo esse treinamento, acha que ainda não sou poderoso o suficiente? Saiba que se você for comigo, ele também poderá te derrubar. 

— Ele não vai, seu besta! - bufou ela.

— Por quê não vai? Tá se achando a mais poderosa de nós dois? É tão poderoso que nunca ganhou de seu maior inimigo. - ele retrucou e ela arregalou os olhos - Que foi? Acha que eu não sei? Acha que o meu mentor não me contou que todas as vezes que você lutou com o Pedro, ele venceu? Só ele sabe porquê não te matou na última vez que vocês lutaram?

— Ora seu... - ela então se enfureceu de vez e usou sem querer, sua visão de raio laser na direção dele. Evan desviou mais que depressa, em um movimento tão rápido que um ser humano comum não conseguiria captar. O raio atingiu o abajur no canto da sala.

— Uia, é disso que eu tô falando! - riu ele, impressionado.

— Seu idiota, não sabe com quem está se metendo! - ela falou entre os dentes, com os olhos brilhando como os dele, os cabelos soltando faíscas e os punhos cerrados.

— Claro que sei, All me contou sua história, você quem tá se achando a melhor de todos aqui! - bufou ele.

— Se é assim que pensa... 

Num piscar de olhos, ambos estavam na arena novamente, lutando. Evan corria enquanto Isabela tentava acertá-lo com seus raios laser, mas em vão. Ela então usou seu super raciocínio para alterar a direção dos raios, quase o acertando, mas ele se desviou com um salto e giro no ar. Quando ele correu em sua direção, ela lançou raios ainda mais fortes, mas ele não se intimidou, resolveu testar o escudo e o colocou na sua frente. Os raios não foram capazes de causar um simples arranhão no escudo.

— Cara, funciona mesmo. - ele disse, impressionado pelo escudo estar intacto.

— Satisfeito?

— Que nada. 

Ele então, jogou o escudo no chão e começaram a lutar, Evan tentava dar socos em Isabela, que se esquivava bem rápido, depois ela tentou o mesmo e ele desviava também. 

— Então toma essa! - ela disse, o chutando no rosto.

Apesar de sentir o golpe, Evan ainda conseguiu rapidamente segurá-la pelo pé. Então a puxou para cima e depois voltou a puxando pra baixo, quebrando o chão. Antes que ela pudesse dar conta, ele já tinha lhe jogado do outro lado da arena, só parando na parede. Rapidamente, ela se recuperou e começou a lutar novamente, dessa vez usando socos, Evan segurou seu soco e tentou lhe dar outro, na qual ela também segurou, ele então, usou seus pés para desequilibrar a garota, que tropeçou, ele a jogou no ar e deu um salto, a alcançando no ar, ali mesmo. Então logo começaram a trocar golpes mais uma vez, alguns defendiam e outros não, mas sempre mantendo o equilíbrio. Porém, isso foi o suficiente para que Evan finalmente começasse a perceber que Isabela não era como ele pensava, realmente tinha um poder destrutivo muito melhor que ele. Mas, orgulhoso como sempre, não iria se entregar. Isabela usava os raios, mas Evan sempre desviava, até acertá-la na nuca, fazendo ela cair novamente, mas antes de tocar no chão, ela conseguiu usar seus raios para amortecer a queda e então tentou acertar o rival com socos, ele não estava esperando, então acabou tombando. Sentindo o golpe, ele se levantou novamente e ela lançou seus raios, dessa vez conseguindo acertar, o jogando longe. 

Era Oclusiva contra Diversus, a luta da década, mas durou pouco.

Quando ele correu novamente na direção dela, ela fez o mesmo, mas algo derrubou os dois.

— Já chega! O treinamento acabou! Anda garoto, você precisa voltar pra Curitiba agora! - era o homem do carro que levou Evan pra arena, se aproximava com o escudo.

— Por quê? - ele o olhou.

— Mateus pirou da cabeça de vez, só você pode impedi-lo. 

— Então vamos. - disse Isabela, se recompondo e se levantando.

Logo, os três foram pro carro e correram para um heliporto, onde embarcaram no mesmo e foram voando até lá.

Depois de uns cinco minutos, quando finalmente chegaram em um local onde toda a esquadra da polícia fazia um bloqueio na rua, justamente no lugar de onde o som ensurdecedor vinha, Danielle parou, Rebekah parou também poucos metros atrás. Ela tentou passar, mas foi abordada por um policial.

— Garota, não pode passar daqui! - afirmou ele.

Danielle cruzou os dedos e fez os carros todos explodirem, de modo que alguns estilhaços dos vidros fossem arremessados e cortando vários policiais e pessoas que passavam por lá, menos Natalie, Rebekah e Mikaela, que foram protegidas pelo carro.

Logo Danielle usou os poderes para tirar uma viatura da frente e continuou caminhando, então finalmente tanto a multidão quanto as três puderam ver do que se tratava: o som parou e do telhado de uma caminhonete totalmente preta, abriu uma porta e de lá, saiu Mateus, com a sua mesma roupa de sempre, com a diferença da camisa toda preta com um "M" branco gigante no peito, que não era de moletom.

Pegando um megafone, ele começou a falar.

— Atenção moradores, eu estou aqui para dizer que a partir de agora. As coisas serão diferentes nessa cidade! Todo mundo aqui sabe da história que essa cidade tem. Quantas pessoas já morreram desde o ano passado lembram? Por isso, a partir de agora eu, MALIGNO, irei governar essa cidade, tudo será do meu jeito, ouviram bem? - ele falou.

— Com esse megafone aí qualquer um ouve. - reclamou Augusto, com a mão no ouvido.

— Você matou o Diversus! - reclamou o agente Paulo.

— Ele matou meu irmão primeiro, eu tinha que dar um jeito nele! 

— Você é só um moleque, não tem como governar nada. - respondeu Augusto.

Então, de dentro da van, na porta de trás, saiu o prefeito amordaçado e amarrado sendo arrastado por um dos detentos que estavam no hospício. Depois, Danielle apareceu segurando Alfredo.

— Alfredo? O que faz aí? - perguntou Augusto.

— Eu o sequestrei, pedi que ele me desse o super soro que ele criou a pedido de vocês, mas ele não quis, tive que obrigá-lo. Agora, eu tenho um exército de aliados comigo! - riu Mateus.

— Não o obrigamos, apenas queríamos ver o que tinha no sangue do Diversus que o fez virar herói, para fazer outros como ele, o mundo precisa de heróis. - falou Augusto.

— Principalmente para combater pessoas como você! - reclamou outro.

— Bela jogada, mas foi fraca demais, eu fui mais esperto. - ele se gabou.

— Garoto, você já se vingou do Diversus. Por quê tá fazendo isso?

— Eu só matei aquelas pessoas que fizeram mal pra amiguinha dele só para atraí-lo e matá-lo. Mas quando lutei com ele pela segunda vez tomei gosto por matar e por poder, pois vi que se podia vencê-lo é porque tenho poder. E então, por quê não ter mais?

— Ele vai voltar e te impedir! - gritou Rebekah, saindo do carro.

Mateus estalou os dedos e então Danielle a pegou com a força do pensamento a levando até ele, que segurou a garota pelo pescoço.

— Vou falar pela última vez... Diversus está MORTO! - ele gritou, olhando nos olhos dela.

— Ele não o impedirá, mas nós iremos. Podemos com você. - respondeu um policial.

— Isso é tudo que sabe fazer de melhor é? - falou Augusto, apontando a arma pra ele.

Logo, de trás da van, saíram vários capangas. Centenas de jovens e adultos com habilidades poderosas, todos eram do hospício onde Danielle estava internada e certamente foram vítimas do soro.

— Pra quê foi perguntar chefe? - bufou Paulo.

— Isso é o que posso fazer de melhor. Todos os seus aliados contra todos os meus. O que vão fazer agora? - zombou Mateus.

— Vamos lutar! - falou Augusto.

Então Mateus se teletransportou para outro lugar levando Rebekah com ele, Mikaela ainda tentou fugir de carro com Natalie, mas um outro mutante segurou o carro delas, que se desesperaram, como sair dessa agora?


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Notas finais do capítulo

Até mais!



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