Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 12
Capítulo 12 - O Treinamento parte 1




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Em Curitiba, algumas pessoas ficaram sabendo do ocorrido, Augusto havia feito uma live no Instagram e depois o colocou na Internet e no canal de televisão, permitindo que todos que ainda não sabiam, ficassem sabendo da "morte" de Diversus. 

Por mais que ele sentisse que Evan ainda estivesse vivo, pois não havia como encontrar a roupa sem ter encontrado o corpo, ninguém acreditava na teoria dele, preferindo acreditar que o jovem herói estava mesmo morto. 

— Se o senhor fosse igual o Robert, estaria comemorando a morte dele. - afirmou um agente.

— Ou teria executado todos que duvidassem da sua teoria que ele está vivo. - informou outro.

— Então agradeçam por eu não ser ele. - retrucou Augusto.

Toda a cidade ficou emocionalmente abalada com a notícia, ele havia desaparecido por uma semana e mal acabou de voltar, é morto por um psicopata que nem sabia a diferença entre o certo e o errado. Mikaela e Rebekah, as mais afetadas, concordaram em fazer um funeral digno para ele, com homenagens e tudo mais.

E elas não faziam a menor ideia de que tudo aquilo estava sendo em vão. Já a polícia, estava mais preocupada em descobrir o paradeiro de Mateus e qual seria o próximo passo dele. 

No dia seguinte ao funeral, Evan acordou de manhã se sentindo mais disposto, olhou para seu peitoral e o curativo não estava mais lá. Sorriu, o ferimento havia cicatrizado e com isso, ele poderia sair dali. Então, levantou-se, caminhou até a porta e abriu a mesma. Nada de novo, apenas uma mesa com um café da manhã bem caprichado, por mais que tivessem coisas que ele não gostava, como ovos mexidos com bacon, ele decidiu encarar.

Enquanto comia, lembrou-se das vezes em que ia até o McDonald's com seu grupo de amigos Luke, Bruce, Sally, Tyler e Mary e sua ex-namorada, Thalia, ainda em Londres, no primeiro ano de faculdade.

Flashback On:

Os pais de Evan já haviam se separado, mas quando ele se juntava à eles, esqueci de tudo isso, o grupinho que nas aulas era muito comportado e sossegado, mas que quando davam na telha, aprontavam bastante. Claro, suas travessuras eram seguras o bastante pra não machucar nem prejudicar ninguém, mas Evan tinha boa índole e sempre impunha limites para isso sempre ficar assim. 

Porém, as coisas mudaram após a tragédia que mudou a vida de Evan, o assunto repercutiu por toda a cidade e todo o país, o que fez com que todo mundo se afastasse dele, começando a considerá-lo perigoso e maluco. Evan ainda tentou seguir sua vida normalmente por algumas semanas na faculdade, já que seus amigos não acharam isso, pelo contrário, foram os únicos que ficaram do seu lado, mas os pais deles não aprovaram isso e transferiram ele para uma outra faculdade, a fim de afastá-los do garoto. Deprimido e solitário, Evan estava cada vez mais distante e fechado, apenas engolindo as provocações dos outros estudantes.

— Ainda bem que meu pai não é o diretor da escola, porque senão ele ia infernizar tanto a sua vida pelo que aconteceu que você não ia aguentar e matar ele. - provocou um dos valentões. 

Evan fechou os punhos enquanto caminhava para a sala, estava com seu inseparável casado preto e óculos escuros para que ninguém visse as suas olheiras devido às noites mal-dormidas que tinha desde o ocorrido.

— Aí Evan, meu pai é um cara legal, mas quando bebe fica muito agressivo, até na minha mãe ameaça bater. Hoje à noite vai lá na minha casa e mata ele por favor? - provocou outro.

Esse foi o estopim para que Evan não aguentasse mais, era a quadragésima provocação em menos de um minuto, e somado com o estado mental que ele estava, não deu pra aguentar. Evan se virou na sua direção e deu um murro tão forte na cara do rapaz que ele simplesmente quebrou o nariz dele, com direito até a fazer um barulho muito forte de osso quebrando. O garoto o olhava atordoado, caído no chão, com o nariz saindo tanto sangue que escorria pelo seu pescoço. 

Atordoado, Evan saiu correndo dali até sua casa, onde se trancou para não mais sair. Naquela mesma noite, Mikaela foi informada do ocorrido e avisaram que seu filho foi expulso de lá. E avisar ao filho da notícia só piorou ainda mais o estado mental dele, o que fez com que ela acabasse optando por deixar a Inglaterra e morar com o filho no Brasil, na esperança de que isso resolvesse as coisas, mas a gente sabe que não foi bem assim.

Flashback off:

Terminando de tomar seu café da manhã, acabaram também as lembranças das aventuras e desventuras de fast-food que eles tinham, o fazendo ficar impressionado sobre como sua vida mudou a partir dali. Assim, percebeu que tinha um bilhete na mesa, ao lado do prato. Ele pegou e leu.

"Há um carro te esperando do lado de fora, entre e não faça perguntas. 

Isabela"

Evan então, guardou o bilhete no bolso e se levantou. Talvez Isabela tenha colocado o nome dela somente para não deixá-lo apavorado, pensando que era uma armadilha e fugir. E então saiu da casa e viu um carro todo preto, com vidros fumê fechados. Mesmo assim, entrou e viu que um homem desconhecido estava ao volante. Só esperava encontrar All na sua jornada. 

O tempo dentro do carro levou cerca de dez minutos, quando o homem se virou para ele:

— Pode sair. - ele falou, com uma voz calma.

Evan então, desceu do carro sem questionar e então, viu Isabela parada na frente de uma porta, com seu uniforme pronto, os cabelos esvoaçados saindo faíscas. Ao se aproximar, a olhou.

— Que lugar é esse? - perguntou.

— Não leu o bilhete? É pra não fazer perguntas! - bufou ela.

— Ok Mulher-Thor, vamos. - disse ele, tentando não rir.

Isabela bufou e abriu a porta. Logo, o que se revelou foi uma grande arena, parecia o Coliseu por dentro. Ele olhou em volta, totalmente encantado, parecia mesmo que estavam na Itália. 

— Agora se vira que eu já volto. - falou Isabela, fechando a porta.

— O quê? - Evan disse, olhando ela fechando a porta.

Logo ele percebeu que ali sem dúvida, era o lugar do treinamento que a garota prometera.

Logo, apareceram cem homens vestidos com um roupão branco e cinto preto, cabeça raspada e fisionomia asiática. Eles se aproximaram de Evan e gritaram algo que ele não entendeu, pois gritaram em chinês e ele não sabia nada, mas Evan sabia que os chineses eram bons em lutas. Por isso, se concentrou o máximo que pôde e logo seus poderes despertaram, mas nenhum deles se preocupou com seus olhos brancos. Evan tentou lutar, mas eles eram muito mais rápidos e pareciam mais fortes, suas habilidades e técnicas de luta não eram páreas para o Kung Fu que os seus adversários mostravam. Por mais que ele conseguisse se defender dos golpes, levava uma surra na maior parte do tempo, estava muito rápido e forte, não tinha como se defender tanto. Primeiro, um golpe na nuca o deixou meio tonto, mas se recuperou e ele pôde se defender de um que vinha na sua direção, mas foi por pouco tempo, logo com outro golpe de Kung Fu, ele foi derrubado. Em uma fração de segundo, se levantou e tentou golpear um lutador que vinha na direção dele, mas o cara desviou numa velocidade ainda mais rápida que a dele. Evan correu pra longe do grupo, sabendo que eles nunca o alcançariam.

— Não é para fugir, é pra lutar com eles. Isso não é teste de velocidade, é de reflexos e agilidade. - disse One Above All.

— Até que enfim veio ajudar hein? - bufou Evan, tentando recuperar o fôlego.

— É, mas o objetivo aqui é te fazer melhorar, então não posso ficar aqui mais tempo. Bom treino.

Evan bufou, a partir dali, One-Above All não poderia mais ajudar ele, seu pupilo teria que se virar sozinho com um bando de lutadores desconhecidos. 

— Se é pra eu vencer o canalha do Mateus, eu tenho que encarar. - disse Evan, partindo para a briga novamente, apenas para continuar levando uma surra, o que fez ele começar a achar que realmente não era tão forte e poderoso como pensava.

— Pelo visto esse garoto não assiste Kung Fu Panda. - falou o motorista do carro que o levou até lá, acompanhando tudo em live pelas câmeras da arena.

Depois de uns longos segundos, Evan saltou bem alto para ganhar tempo e começou a raciocinar direito, seu rosto sangrava mas ele não desistiria, e ele começou a prestar mais atenção nas técnicas de luta dos seus "adversários" e tentou imitar. Usando a técnica deles, conseguiu imobilizar um, depois mais um. 

— Agora parece que ele acordou. - riu Isabela.

Com os poderes liberados no auge e já com um pouco de conhecimento da luta que estava praticando, Evan logo começou a conseguir ir derrubando um por um, alguns com facilidade e outros com mais dificuldade, pois ainda precisava ser mais rápido. 

Quando estavam faltando no máximo uns dez para ele poder acabar com todos, se sentiu exausto e sentou no chão, ofegante.

— Chega... não consigo, cansei. - ele disse, tentando recuperar o fôlego.

Então, um dos lutadores jogou um galão de água na direção dele, que ele abriu e tomou com vontade, a sede era muito, ele havia se esgotado quase completamente com a luta, mas não podia desistir. 

Mais disposto, acabou com o restante da luta em pouco tempo.

— Ufa, até que enfim. - disse ele.

— Fase dois. - sussurrou uma voz.

Evan bufou, tinha certeza que essa seria mais difícil ainda. 

 

 


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Notas finais do capítulo

Estão preparando bem o Evan não? Kkk



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