Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 11
Capítulo 11 - Aliada


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, voltei! O capítulo está mais suave, mas finalmente temos a volta do One- Above All. E, com uma participação especial, mais um crossover que essa história tem.

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Alguns minutos depois que o prédio desabou, a polícia finalmente chegou e não se preocupou tanto, afinal, aquele prédio era abandonado e todo mundo sabia disso, portanto, não havia algo com que se preocupar. Porém, eles ainda tinham que ir até lá para poder fiscalizar e interditar a área, para que nenhum curioso ousasse passar por lá, era extremamente proibido e perigoso.
Mas, o que eles viram foi algo bem diferente, como os escombros haviam acabado de chegar, ainda havia bastante poeira no local, então tiveram que parar.
— Vasculhem toda a área. - ordenou Augusto.

Eles caminharam por algum tempo pelos destroços do prédio, não encontrando nada de especial, só escombros. Quando pensaram que não iriam encontrar nada, Augusto começou a dar meia-volta quando ouviu um de seus ajudantes.

— Ei doutor, vem ver isso aqui. - falou ele.

Augusto se aproximou e, ao olhar o que era, ficou em choque, uma camisa preta rasgada e coberta de sangue. A princípio, considerou ser do tal assassino, mas quando viu o símbolo branco no peito, um pouco rasgado e ensanguentado, percebeu que era de Evan.

— Essa não. - suspirou ele.

Mas, ele não teve muito tempo para ficar de luto, pois ainda havia os corpos queimados das garotas.

— Não sabemos quem são, mas precisamos levar esses corpos pra examinar. - disse outro rapaz.

Com a camisa ensanguentada e rasgada de Evan na mão, Augusto ajudou a colocar os corpos no carro, mas ele estava confuso, pois se Evan realmente morreu, por quê só a camisa dele estava lá e o corpo não? Teria o assassino levado o corpo dele para outro lugar? Talvez tenha o jogado no mar, exatamente.

— Depois de verificarmos os corpos, procurem o corpo do garoto em outro lugar. - disse ele.

— Que outro lugar senhor?

— Sei lá, talvez dentro do mar, em alguma vala, não pode o corpo dele sumir assim.

— O senhor acha que... - um outro começou a dizer.

— Sim, esse fulano aí terrorista deve ter escondido o corpo para não o acharmos, ou para torturá-lo e depois matá-lo. Talvez despistar a gente. - completou ele.

— É, faz sentido. Mas precisamos avisar a mãe dele.

— De jeito nenhum, se avisarmos aí mesmo que ela vai acabar surtando ou até infartando. E acho que já perdemos gente demais nessa cidade.

— E ela vai ficar em casa sozinha, esperando ele voltar? Ela tem que saber senhor. - bufou ele.

Augusto suspirou, ele tinha razão, Mikaela precisava saber do ocorrido. Por isso, ao chegarem na delegacia, um grupo de seguranças levou os corpos para um necrotério e ele logo ligou para Mikaela, que em poucos minutos chegou, desesperada.

— Doutor, o que aconteceu? Me fala! - suplicou ela, visivelmente assustada.

— Bem, estávamos fazendo uma blitz pela cidade quando ouvimos o barulho de um estrondo forte em uma das ruas e fomos até lá. Então, encontramos um prédio totalmente caído, tinha demolido sozinho. - começou ele.

— E daí? - ela questionou, irritada.

— Daí que fomos fazer a interdição do local e encontramos isso.

Então, ele estendeu a mão, mostrando a camisa de Evan com o sangue já seco.

— Isso... isso é... - ela falou, com a respiração ofegante, pegando a camisa.

— Sim, é do seu filho. Mas calma, o corpo não estava lá, então deve estar vivo por aí em algum lugar. - ele disse.

Mas de nada adiantou, Mikaela desabou no chão, chorando, abraçada à camisa do filho, totalmente desamparada e desesperada. Seu filho agora provavelmente estava morto e ela não podia sequer se despedir dele, pois o corpo tinha sumido.

Para acalmá-la, foi preciso uma forte injeção, pois estava impossível de acalmá-la com palavras. 

— Vamos deixá-la descansar um pouco aqui na sala, daqui a pouco ela acorda um pouco melhor. - disse Augusto.

Então levaram ela para uma sala de interrogatório, onde haviam várias cadeiras e assim, colocaram o corpo dela deitado direitinho entre eles, como uma cama, a deixando por lá mesmo.

                                             *** 

Depois de um tempo desacordado, Evan acordou e ficou confuso ao ver que não estava mais no galpão, e sim, em um quarto simples, pequeno, apenas com uma escrivaninha acompanhada de uma cadeira e um armário. A cama onde ele estava era de solteiro, mas ele não se importava com aquilo, só queria saber como foi parar ali.

Ao tentar se levantar, soltou um pequeno urro de dor, só então viu que estava nu da cintura pra cima, apenas uma calça de moletom preta o cobria, seu tórax estava enfaixado e havia ainda um pouco de sangue, com certeza era consequência daquela lâmina que Mateus usou para apunhalá-lo pelas costas. Com o urro, a porta se abriu e por ela, passou uma garota.

—Calma, calma, não se mexe, ainda tá cicatrizando. - disse ela, se aproximando da cama.

Evan, com medo da desconhecida, se encolheu, ignorando as dores que aquilo causava.

— Onde estou? - perguntou ele.

— Em um quarto, descansando. - respondeu ela.

— Como me achou? Que lugar é esse? Cadê o Mateus? 

— Ei, uma pergunta de cada vez. - bufou ela. – Esse lugar é um esconderijo secreto, te trouxe aqui porque seu mentor me avisou.

Evan ficou confuso, The One-Above All estava de volta e o ajudou a sair dali e ser salvo, mas assim, do nada?

— O All? Mas eu pensei que ele tinha sumido! Faz um ano que ele nem sequer aparecia pra falar comigo!  - disse ele, confuso.

A garota deu de ombros.

— Ele te disse algo sobre mim? - perguntou ele.

— Tudo. - ela respondeu.

Evan respirou um pouco mais aliviado e voltou a se deitar na cama, ao menos a garota sabia quem ele era, então com certeza sabia como ajudá-lo.

— Bom, então sabe que sou Diversus. E quem é você? - perguntou.

— Isabela. - respondeu ela.

— Obrigado... Isabela. - ele sorriu gentil, mas ela continuava séria.

— De nada, agora descansa um pouco até esse machucado cicatrizar direito, te chamo pro treinamento. 

— Treinamento? Por quê? - ele indagou, confuso.

— Quer derrotar o cara né? Então, precisa de umas melhorias. - bufou ela.

— Quer dizer que não me acha bom o suficiente? - rebateu ele, irritado.

— Dorme logo cacete! 

E saiu do quarto batendo na porta. Nessa hora, Evan desejou que quando All lhe deu poderes, que tivesse dado o poder de ler mentes, para que ele pudesse entender quais eram as intenções da garota ao salvá-lo, mas logo a resposta veio quando Above All apareceu em um canto do quarto, envolto por uma luz amarela.

— Filho, sinto muito pelo que aconteceu. - disse All.

— O que está acontecendo? Onde estou? - perguntou Evan, o olhando.

— Calma, irei explicar tudo pra você. Acontece que depois que o Mateus te apunhalou pelas costas, você praticamente morreu, mas eu impedi que isso acontecesse e te teletransportei para cá, então avisei a ela sobre o que aconteceu com você, contei-lhe sua história. - explicou ele.

— Eu não sou mesmo tão forte e poderoso assim? Como o Mateus, um mero mortal, conseguiu me vencer duas vezes? - perguntou Evan, com lágrimas nos olhos.

— É porque depois que você foi parar no hospital após o acidente com o Robert, a polícia entrou lá e pagou uma grande quantia de dinheiro para coletarem seu sangue para um cientista maluco da cidade estudá-lo. Eles pensam que você tomou alguma coisa, tem algo no seu sangue que lhe deu poderes entende? Só que o Alfredo, para não ter o dinheiro em vão, criou um soro com o seu DNA e fez várias cópias. O Mateus roubou esses frascos, injetou nele e estava usando aquelas pessoas que você viu para serem seu "exército", porque está tramando algo.

Apesar de ser muita informação vinda de uma vez só, Evan compreendeu finalmente o objetivo de Mateus.

— Então, ele não quer se vingar de mim pela morte do irmão dele? - quis saber ele.

— Não, ele quer sim, mas ao mesmo tempo, ele quer outra coisa que eu ainda não sou capaz de descobrir. Eu sou uma entidade superior, sou um criador de heróis, mas não o Deus criador do universo todo. - falou All.

— E por quê você só tá me contando isso agora? Por quê não veio me contar logo na primeira vez quando lutei com o Cléber?

— Achei que você iria derrotar o Mateus e descobrir tudo com mais facilidade, mas ele é bem mais forte e inteligente do que eu pensei. Erro meu, desculpa.

— É, erro tão grave que cá estou eu, numa cama, machucado, sem nem poder lutar, com uma desconhecida! - irritou-se Evan.

— Cuidado, aquela garots é bem durona, foi difícil convencê-la a te ajudar, mas ela conseguiu com seus poderes te ressuscitar. - explicou ele.

Evan ficou surpreso com o final,

— Co-como assim? Ela tem poderes? 

— Sim, ela é uma heroína também, mas só é conhecida aqui na cidade. 

— Quero que me conte tudo sobre ela.

— Ok, mas depois você dorme, ela irá te treinar para você ficar mais forte e poderoso e ser capaz de derrotar Mateus.

— Tá, então finja que é uma história para dormir e me conta. 

Ambos riram. E então All começou a contar a história de Isabela para Evan, sobre como ela ganhou seus poderes até chegar no patamar que ela está hoje. Quando All acabou de contar, Evan adormeceu e ele se levantou, dando um beijo na testa do seu recruta.

— Boa sorte garoto. - disse ele, sumindo de lá. 


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Notas finais do capítulo

É isso gente, depois de lerem a história, dêem uma olhada nessa fic da Oclusiva, aposto que vocês irão adorar! Beijo!



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