Aprendendo com a eternidade escrita por Beatrice Raimandes


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoas lindas e maravilhosas quero agradecer a vocês pelos comentários, estou adorando que estejam gostando e caso não gostem de algo, por favor não exitem de me falar para que eu possa encontrar um meio de voltar a dar aquele gostinho de historia boa rsrs
O capitulo eh curtinho, mas fiz para não demorar muito em postar e já vou tentar postar o mais breve o próximo para compensar

Boa leitura



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A movimentação na floresta fez os pássaros voarem para longe, assustados com o barulho da luta que acontecia no solo terroso. Jasper estava sorrindo excitado, o sangue de animal tinha um sabor horrível, mas em compensação lutar com um urso era surreal, nunca achou que seria algo tão divertido assim.

O urso tinha feito um rasgo enorme em sua camisa, deixando marcas das unhas pesadas tomarem formas do meio da barriga para baixo. Isabella assistia um pouco afastada sentada em um tronco de arvore caído no chão, ela tivera sorte e encontrou um urso logo no começo da caçada e se alimentou de mais um cervo como Edward tinha dito e já se sentia satisfeita.

Edward e Carlisle não estavam muito longe deles, os dois estavam dando privacidade para Jasper não se sentir pressionado na sua primeira caçada, mas estavam perto o suficiente para agirem caso fosse preciso.

Antes de iniciar a busca por alimento Isabella deu uma volta inteira que abrangia o perímetro da caçada deles para ter certeza que não havia nenhum humano no lugar, Edward garantiu que ele ficaria esperto caso ouvisse algo, mas ela não podia correr o mesmo risco e falhar novamente. Estava ali para melhorar e não se arriscar de novo, sem saber que podia ter feito algo, jamais iria se perdoar, já não se perdoava pelas pobres almas que deu fim à vida. Isabella sentia que podia melhorar o seu controle com Carlisle a ensinando.

Jasper finalmente finalizou a luta dando um golpe certeiro no coração do urso. Assim que o animal caiu com o coração dando suas últimas batidas Jasper se abaixou tomando o sangue. Ele tinha se alimentado de 5 cervos e não se sentia saciado, agora com o urso tinha surgido efeito.

Ele se levantou fazendo uma careta e tremendo levemente. Era um sabor muito melhor que dos cervos, mas ainda conseguia ser repugnante.

Isabella riu alto e colocou a mão sobre a boca quando Jasper a encarou pouco amigável.

— Desculpe. – Ainda falou rindo. – Mas você está péssimo.

Jasper a acompanhou na risada e tentou ajeitar a camisa no ombro que quase tinha se desfiado toda.

— Como consegue ficar impecável? – Ele questionou se aproximando dela e se sentou afundando as mãos entre a pequena camada superficial úmida e vegetal do tronco caído. – Você não tem nem um fio de cabelo fora do lugar.

O vestido que ela usava era simples e bem solto, para que ela pudesse se movimentar sem barreiras durante a corrida. Estava descalça, por algum motivo que não sabia o qual Isabella sempre gostou de pisar com o próprio pé na terra e sentir a umidade ou as folhas secas entre os dedos.

Isabella sorriu presunçosa.

— Muitos anos de prática. – Ela disse apoiando a mão no seu ombro. – Um dia você chega a perfeição. – Piscou com um olho sorrindo divertida para ele.

Jasper balançou a cabeça em negação fazendo seus cabelos irem de um lado para o outro e encarou o urso morto a frente deles.

— O gosto é horrível, mas acho que com bastante prática dá para levar uma vida assim.

Isabella estava feliz pelo seu amigo, sempre respeitou as escolhas que cada um fazia, mas ela nunca encontrou essa paz sabendo que tirava vidas, isso se dava porque ela não conseguia manter uma alimentação comum igual a qualquer vampiro. Seus sentidos sempre gritavam mais altos e seu lado animal transformava tudo uma carnificina, não conseguia parar até matar a última pessoa dentro do seu território.

Um lamento e uma maldição podia ser forte, mas sua maior fraqueza era o seu descontrole.

Isabella olhou para frente e fixou o olhar na imagem que apareceu na sua frente de uma garotinha pálida de olhos azuis sem vida ao lado do urso retribuindo o olhar a ela de volta. Ela sempre aparecia, o fantasma da garotinha que a vampira matou muitos anos atrás estava ali. Mais uma vez a assombrando como diversas vezes ela aparecia para Isabella quando a mesma sempre se pegava no sofrimento das coisas ruins que já causou.

Ela fechou os olhos pedindo silenciosamente que a menina fosse embora.

— Você está bem? – Jasper perguntou apertando os lábios um contra o outro.

Isabella abriu os olhos e a imagem da criança tinha sumido. Ela pode olhar para Jasper e o fitou mais calma.

— Vou ficar. – Murmurou.

Jasper acreditava que Isabella devia estar preocupada com o seu controle, mas antes fosse isso. Se caso fosse algo assim, mesmo que sendo difícil ela tentaria superar como estava fazendo com a nova vida, mas o fantasma que a atormenta é algo que Isabella nunca descobriu uma resposta para solucionar e assim finalmente seguir com sua vida. Talvez tudo fosse mais fácil, porque querendo ou não um dos fatores fundamentais que mais afeta a sua vida é esse problema que jamais conseguiu resolver.

A vampira nunca contou para ninguém a imagem da garotinha loira que sempre a atormentava. Provavelmente a achariam louca, mesmo sendo vampira não acreditava na existência de fantasmas nenhum vampiro nunca viu porque só ela veria? Provavelmente era um modo que sua mente encontrou para atormenta-la. Era um fardo que deveria carregar para sempre, depois de todo mal que já fez. Não era algo que ela pudesse apenas manda-la embora e tudo estaria resolvido, a garotinha sempre parecia como um meio de lembra-la de todas as coisas ruins que já cometeu ao longo da sua existência como imortal.

— Olha eu sei que vou ter muita dificuldade no começo, mas vou dar o meu melhor. – Jasper comentou sincero.

— Você sabe que não é preciso fazer isso, mas confesso que estou contente que decidiu por si só e fez a própria escolha. – Aro podia ter aconselhado Jasper, mas Isabella nunca faria um pedido daquele, não achava justo outros seguirem a regra que ela tinha aplicado para si.

— É o certo a se fazer. – Disse simplesmente e depois de um longo tempo em silêncio Jasper se levantou. – Vamos, já está ficando tarde.

Era tão fácil de conversar com Jasper, que a ajudava a esquecer por poucos segundos todos os seus problemas. Acreditava que sem seu amigo, ela certamente não estaria ali hoje e provavelmente ainda estaria presa naquela própria masmorra que se impusera como a única solução encontrada utilizando esse método de proteger a todos. Longe de tudo e de todos os aromas predominando apenas o cheiro do ar úmido das pedras e dos musgos que se formavam no meio da escuridão que se permitia inalar. Ali, nunca chegaria a doce fragrância de um sangue humano. Sem Jasper, provavelmente ela também não teria conseguido o controle quando Carlisle apareceu para ajudá-la. Tinha uma dívida eterna com seu amigo que a olhava naquele momento com uma grande compaixão, e simplesmente achava que não existiria nada que ela pudesse fazer algum dia para recompensa-lo por tudo.

Jasper estendeu a mão para que a ajudasse a se levantar. Isabella assentiu, pegando sua mão se levantando do tronco que estava sentada. O vampiro olhou para suas bochechas acentuadas, Isabella era linda, pena que jamais conseguiria seu amor.

Os dois correram entre risos e brincadeiras até onde estava Carlisle e Edward. Assim que tiveram a certeza que todos se alimentaram, foram entre passos leves e conversas interessantes. Edward aproveitou aquele momento para conhecer mais sobre os novos moradores e dali em diante o mês se passou. Cada um conhecendo melhor o outro.

Jasper se sentia mais à vontade e por mais que ainda fosse apaixonado por Isabella, não conseguia mais odiar Edward por sentir o mesmo pela jovem, Isabella era uma pessoa fácil de conviver e fácil de se encantar. Deixou apenas que as coisas acontecessem, também não podia ter raiva de Isabella, ela não era obrigada a gostar dele. O clima passou a melhorar quando compreendeu que estava em um lado que jamais venceria.


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