Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 36
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, voltei!
Dessa vez oficialmente com o final do livro, nem acredito!
Espero que gostem do capítulo.
BOA LEITURA ♥



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  Analu

 

  - Não era seu marido que devia estar aqui com você? – perguntei à Manu. Nós duas estávamos sentadas dentro do consultório esperando a médica chegar.

  - Se ele estivesse aqui como eu faria a surpresa? Você é minha melhor amiga, Analu. É sua obrigação vir comigo.

  - Até no ultrassom pra saber o sexo do bebê? Matt vai ficar uma fera – comento divertida olhando para a barriga inchada da ruiva.

  Manuella tinha completado quatro meses de gravidez há uma semana e ela assim como o restante da família só queria saber o sexo do bebê, nós todos estamos muito animados, afinal era a primeira gravidez na família desde Maddie. O bebê de Manu tinha sido um acidente, um muito amado, mas ainda assim foi uma surpresa. O anticoncepcional em comprimido que minha amiga tomava a estava fazendo mal então por ordem média ela ia trocar, mas por pura confusão da própria Manu ela passou mais tempo do que devia sem e, quando finalmente voltou ao médico para retomar a utilização já não precisava mais. Ela já estava grávida.

  Tia Lena riu quando soube da história e disse que Matt não foi muito mais planejado que isso não.

  - Então? Como está a mamãe e esse bebê hoje? – a Dra. Stuart entrou na sala sorrindo e então me viu ali. – Ah, oi Anna. Veio ver o resultado dos seus exames?

  - Sim e não – digo sorrindo. Era estranho pensar que a Marina tinha feito meu parto e agora eu estava aqui para falar com ela sobre a possibilidade de eu ter um bebê. – Vim primeiramente acompanhar Manu. Ela cancelou o Matt dessa vez.

  - Manuella? – a medica perguntou se sentando atrás da mesa e começando a conferir os papéis sobre ela. Minha amiga sorriu.

  - Eu quero fazer uma surpresa sobre o sexo. Só isso.

  - Certo então. Comecemos pelos exames ou o ultrassom?

  - O ultrassom – Manu já estava de pé quando pediu.

  Nós seguimos para a área do exame e depois de deitar na maca Manu só levantou a blusa mostrando a barriga. Ainda era um pouco estranho pensar que havia uma pessoinha ali, mas ao mesmo tempo a ideia era incrível. A médica colocou o gel na barriga dela e então começou o exame. Nós três olhamos para a tela com os borrões em preto e branco. Eu mal diferenciava alguma coisa, mas quando o som do coração do meu sobrinho soou Manuella já estava chorando.

  - Braços, pernas, mãos – a doutora ia listando. – Dois pezinhos lindos. E opa! Acabamos de encontrar alguma coisa aqui – diz e então olha para Manu que está sorrindo e chorando ao olhar para a tela. – Você quer mesmo saber?

  - Sim – diz minha amiga sem hesitar e a doutora sorri.

  - É um menino.

  - Menino?

  - Menino – a médica confirma. – Você é a mãe de um menininho.

  - Seu sobrinho é um menino, Analu – Manuella me sorri e beijo a testa da minha amiga. Eu também estou chorando e nem tinha percebido.

  - Ele vai ser amigo do Tommy – digo divertida e isso a faz rir.

  - Como se o Tommy fosse querer brincar com um bebê. Ele fez cinco anos. Cinco anos! Meu Deus quando foi que eu fiquei tão velha? – ela pergunta depois que a médica limpa o gel de sua barriga.

  - Já tem dois anos que nos casamos, Manuella. Uma hora o tempo passa.

  - Mas parece que foi ontem – ela reclama depois de arrumar a roupa.

  - Só parece mesmo – comento quando voltamos a nos sentar de frente para a médica.

  Depois da descoberta e da felicidade de Manu vem a parte chata da consulta, eu já estive em outra com minha amiga e sei como é, há um milhão de recomendações e exames e remédios e perguntas e a Dra. Stuart vai anotando tudo na ficha de Manu. Eu só fico lá ouvindo e em determinado momento peço licença para ir ao banheiro por que além de estar morrendo de vontade estava quase cochilando na cadeira com a conversa das duas.

  Dou uma volta na clínica depois de usar o banheiro e quando volto para o consultório da doutora estou comendo um pãozinho doce que comprei na lanchonete.

  - O que é isso? – Manu pergunta e sorrio.

  - Um pãozinho – seus olhos brilham em minha direção e no segundo seguinte sei o que ela vai dizer.

  - Me dá um pedaço.

  - Aqui – lhe entrego o saquinho de papel com outro. – Eu sabia que você ia pedir.

  - Por isso te amo – ela diz sem nem me olhar se grudando ao pãozinho.

  Volto a me sentar ao seu lado sorrindo.

  - Tudo bem, Anna? – a doutora pergunta e faço que sim sorrindo e terminando meu pãozinho.

  - Está, só fui ao banheiro. Bebi água demais antes de vir pra cá. Só acho engraçado, a senhora é a única que me chama de Anna.

  - Se você se importar eu paro. É que tenho uma sobrinha chamada Anna.

  - Não tudo bem – digo e em seguida respiro fundo. – E então doutora. E meus exames?

  - Você disse que queria saber se conseguiria engravidar nos próximos meses, é isso, certo?

  - Sim.

  Essa foi uma ideia minha e de Manu e os meninos não viram problema. Já que o bebê de Manu e Matt veio sem aviso eu e Alex íamos tentar ter o nosso nos próximos meses, assim eles cresceriam juntos como eu e meus primos. Então quando Manu descobriu a gravidez – com três semanas e meia de gestação – eu simplesmente desisti dos meus anticoncepcionais também, depois disso vim aqui e fiz alguns exames de sangue, mas ainda não tinha conseguido saber o resultado deles.

  - Acho que isso não vai ser possível – a Dra. Stuart diz calmamente e começo a ficar preocupada. Manu para com o pãozinho a meio caminho da boca.

  - Como? – minha amiga pergunta e eu já estou formulando milhares de péssimas linhas de pensamento.

  - Eu não posso ter filhos? – é o que sai da minha boca e já estou chorando outra vez, lágrimas grossas que escorrem pelo meu rosto e, quando percebo, estou soluçando também. Manu está chorando junto.

  - Não! Pelo amor de Deus, me deixem terminar! – a doutora pede nervosa nos estendendo uma caixinha de lenços de papel. – Isso não faz bem nem a vocês nem aos seus bebês.

  - Como? – dessa vez sou eu que digo a palavra. A médica sorri.

  - Era isso que eu estava tentando dizer. Você não pode ficar grávida agora Anna, por que você já está. Eu demorei com os resultados por que fiz questão de conferir tudo para ter certeza que não teve algum engano. Mas não há, você está grávida de pouco mais de oito semanas. Meus parabéns!

  - Ai meu Deus! Eu estou grávida! – digo sorrindo e chorando enquanto a ficha cai e Manuella me aperta em um abraço.

  - Nós estamos – ela brinca depois que me solta e estou tão feliz que acho que a única expressão que vou ter hoje será um sorriso enorme no rosto.

  - Mas você ter certeza, doutora? Certeza absoluta?

  - Tenho. E se não acredita em mim, que tal vermos seu pequeno e ouvirmos seu coraçãozinho?

  - Nós podemos?

  - Podemos sim. Venha.

  Eu preciso me trocar por que o ultrassom que vou fazer é aquele que vai lá dentro. A doutora explica que meu bebê ainda é muito pequeno e assim é mais fácil de vê-lo. Quando ela começa o exame é um pouco estranho, mas depois estou tão absorta no som do coraçãozinho batendo que não me importo com mais nada. Já estou chorando outra vez.

  - O coração é alto e forte isso é ótimo. Agora vamos vê-lo, aqui, achamos – ela aponta um borrão pequenininho na tela e olho com curiosidade.

  - O seu já foi pequeno assim, Manu?

  - Com certeza. Mas não se preocupe, logo ele vai ser mais que um pontinho na tela.

  - Exatamente – a doutora concorda. – Isso é tudo, e... – ela para de falar e encara com mais intensidade a tela. Quando ela me olha, a Dra. Stuart está sorrindo. – Então Anna, acho que você vai poder saber como sua mãe se sentiu com você e Andrew.

  - Doutora?

  - São dois. Está vendo aqui? – ela aponta um pontinho na tela e faço que sim. – É um bebê. E aqui do lado está vendo? – ela apontou outro pontinho quase colado ao primeiro. – É outro.

  - Dois? – estou rindo meio histérica e chorando também.

  - Sim, dois. Meus parabéns.

  - Manu, eu queria só saber se conseguiria ter um bebê nos próximos meses e agora têm dois – digo ainda rindo e ela sorri comigo.

  - Eles todos vão tocar o terror – ela diz divertida e faço que sim, por que tenho certeza disso.

  A doutora ainda os observa um pouco mais e faz anotações enquanto eu ouço o coração dos meus bebês e encaro os pontinhos na tela. Como é possível amar assim umas pessoinhas quem não tem nem forma direito?

  Quando o ultrassom termina eu volto a me trocar e dessa vez a conversa chata é comigo e quem sai para ir ao banheiro é Manu. Eu consigo falar com a doutora, ela me receita as vitaminas e deixo agendada a próxima consulta e depois de mais de uma hora nós finalmente saímos da clinica. Quando eu piso na calçada toco a barriga, a ficha ainda caindo.

  - Eu estou grávida – comento com Manu. Minha amiga sorri.

  - É está, tem dois bebês aí, meus parabéns.

  - Manuella, eu tenho três filhos! – digo finalmente me dando conta e dessa vez ela gargalha.

  - Só percebeu agora?

  - Você não está ajudando!

  - Você já é ótima, agora só vai aumentar a quantidade – ela ainda ri. – Sério, Analu. Tenho certeza que você vai se sair bem e vai ter Alex, os tios, os meninos e o resto da família para ajudar.

  Eu ainda estava assimilando a novidade e Manu estava falando sobre como isso era legal – nós termos conseguido mesmo ficar grávidas juntas – quando estacionei e frente a minha casa e o jardim que eu tanto adorava cuidar e Tommy furar com seu kit de jardinagem. Meus pais haviam levado meu filho com eles para dormir lá, eles iam ao shopping patinar em uma pista de patinação no gelo que Tommy queria e isso deu brecha para Noah e Drew virem para nossa casa, meu caçula não estava afim do programa e meu gêmeo só queria um jantar que não demandasse trabalho, por que agora que estava fazendo residência no hospital ele trabalhava demais e tinha uns horários malucos e, qualquer oportunidade de comer de graça e dormir mais que algumas poucas horas, ele estava aceitando.

  Eu e Manu descemos e depois das duas irem ao banheiro nós nos sentamos no sofá com uma vasilha de pipoca e demos início a nossa noite de filmes. Quando os meninos chegaram nós estávamos chorando de soluçar com o final de Diário de Uma Paixão.

  - Acho melhor nem perguntar nada – Drew comenta jogando a mochila no chão e se deitando no outro sofá.

  - Pode ir chegando pra lá, Drew! Eu já estou voltando e quero sentar também – Noah reclama enquanto ajuda Alex a levar as compras para a cozinha. Meu marido me beija antes de seguir meu irmão.

  - Como vocês passaram o dia? – Matt pergunta se sentando ao lado de Manu e tocando sua barriga.  

  - Nós todos estamos ótimos – ela responde sorrindo e olha pra mim. Eu nego com a cabeça de forma quase imperceptível.

  Eu tinha pedido à Manu para não falar nada para Matt – nem ninguém da família – sobre os bebês até eu conseguir falar com Alex e o plano era fazer isso amanhã se eu conseguisse me livrar das visitas, vulgo meus irmãos, até lá.

  - Isso é ótimo – meu primo sorri e se inclina sobre a barriga da esposa. – Como você está aí meu amor?

  Matt começa seu diálogo com o filho e Drew já dormiu no outro sofá então sigo para a cozinha para ajudar Noah e Alex mesmo que minha contribuição na cozinha ultimamente seja mais comer do que qualquer outra coisa.

  Nossos cozinheiros fazem panquecas deliciosas e eu mais atrapalho que ajudo os dois antes de voltarmos para a sala. Meu gêmeo ressuscita do sofá a menor menção em comida, e se tem uma coisa que faria Drew atravessar o país a nado essa coisa seria comida. Nós nos espalhamos pelos sofás e comemos as panquecas assistindo Homem-Formiga, geralmente quando nos encontramos assim para ver filme sempre dá alguma confusão na hora da escolha então desenvolvemos um sistema simples para determinarmos o filme, que consiste em tirarmos no par ou ímpar e quem ganhar escolhe. Simples assim, dessa vez foi Noah quem decidiu, meu irmão está maratonando os filmes de super-herói da Marvel.

  No meio do filme meu irmão mais novo buscou um colchão para deitar por que o sofá estava com superlotação e o tapete meio duro pra passar tanto tempo. No fim terminamos eu, Alex e Noah dividindo o colchão, Matt e Manu deitados em um sofá e Drew no outro.

  - Como alguém se apaixona por uma pessoa que não lembra nem o próprio nome? Isso nem faz sentido – Drew reclama do filme que estamos vendo agora.

  Depois que o filme de super-herói acabou eu ganhei a disputa e foi minha vez de escolher e, como eu não havia chorado o suficiente hoje – só que não – eu escolhi um filme de romance e drama daqueles que te fazem suspirar e chorar. Eu queria alguma coisa assim, e como Diário de Uma Paixão não tinha sido o suficiente então estávamos vendo Para Sempre

  - Isso é o amor, Drew – Manu contrapõe fungando, minha amiga está chorando.

  - Isso é loucura, a mulher nem se lembra do marido, por que ele não desiste de uma vez?

  - Por que quando a gente ama, fazemos coisas assim – digo. – Ele ama ela e ela sabe que ama ele, só não se lembra.

  - Sinceramente – meu gêmeo reclama e suspiro. Esse só ia entender quando alguém ganhasse seu coração.

  - Isso tudo é medo de se apaixonar? – Noah implica e Drew o olha feio fazendo todos rirem.

  - Não tenho medo, só não tenho vontade mesmo – Drew responde. – E deixando isso pra lá. Vocês vão ao show amanhã?

  - Não, do jeito que eu estou – Manu aponta para a própria barriga. – Quero distancia de multidão.

  - Meus amores não vão então não vou. Provavelmente vamos ver mais filmes em casa.

  - Uma série talvez – Manu sorri beijando Matt.

  - Romance e mais romance – Drew finge estremecer nos fazendo sorrir. – Noah?

  - Vou sim. Vou encontrar as meninas lá.

  - Maddie vai? – Matt pergunta e Noah faz que sim. – Vocês três juízo, pelo amor de Deus.

  - Não prometo nada. E vocês, Analu, Alex, vão?

  - Que tal, Princesa? Vamos aproveitar que Tommy está com os seus pais?

  Estou prestes a abrir a boca para dizer que não, mas Alex sorri pra mim e só consigo pensar em beijá-lo. Nós estávamos tendo pouco tempo juntos por causa de Tommy e dos nossos trabalhos, agora com os bebês teríamos menos ainda então não custava nada sairmos juntos.

  - Vamos sim. Vai ser legal – digo por fim depois de beijar meu marido.

  Manu me olha com a pergunta muda de “Você não ia contar sobre os bebês?” apenas dou de ombros como quem diz “Fica pra próxima”. Nós continuamos com o filme e as reclamações de Drew sobre o enredo. Como meu gêmeo é o próximo a escolher nós continuamos a noite vendo Círculo de Fogo, pessoas dentro de robôs gigantes lutando contra aliens para salvar o mundo sempre é uma boa pedida.

  Lá pelas 03h00m da manhã quando já está todo mundo dormindo enquanto tenta ver o final de Irmão Urso— outra escolha de Noah – nós desistimos e vamos para a cama, apesar de animações, principalmente as musicais, serem de longe o tipo de filme que mais gosto. Subimos todos e meus irmãos dividem uma das camas de casal dos quartos de hospedes e Matt e Manu dividem outra.

  Eu estava morrendo de sono, mas assim que entrei no quarto e vi Alex ali na cama esqueci do cansaço. Minha vontade era a penas pular sobre ele, será que a gravidez tem alguma coisa a ver com isso? Depois vou pesquisar a respeito.

  - Princesa? – ele perguntou quando dei meu melhor sorriso e puxava a blusa do pijama pela cabeça ficando nua da cintura para cima.

  - Se falarmos baixinho ninguém vai ouvir. A não ser é claro, se você não quiser.

  - Com você a resposta é sempre sim – ele devolve o sorriso e vem até mim me beijar.

  Quando meu marido me beija eu enlaço sua cintura com minhas pernas e Alex me aperta contra si, sorrio com o movimento e quando ele beija meu pescoço e eu estremeço sei que nossa noite vai ser inesquecível e a melhor parte é que está só começando.

  Quando acordo, estou sozinha na cama e sei que Alex e provavelmente Noah já estão no andar debaixo preparando o café e é exatamente isso que encontro quando desço, meu irmão mais novo e meu marido bebendo café, conversando e preparando nosso desjejum, tem um bolo no forno que está cheirando muito bem. Pouco antes de tudo ficar pronto Manu, Matt e Drew aparecem e quando terminamos de comer e meu primo e a esposa vão embora já passa das 11h00m da manhã. Meu gêmeo está de folga hoje então ele só avisa que vai voltar a dormir e que quando formos sair é para chamá-lo.

  - Que tal jogarmos alguma coisa? – Noah nos chama e sorrio concordando.

  - Vamos. Analu está me devendo duas propriedades no banco imobiliário até hoje – Alex diz e faço careta pra ele o fazendo rir.

  Os homens comigo estão animados jogando, mas eu estou morrendo de sono depois da noite de filmes, no fim desisto do jogo e deito no sofá, as vozes dos dois me embalam e quando percebo estou sendo acordada por Alex para sairmos. Nós ainda gastamos quase uma hora pra sair entre eu me arrumando, Drew comendo e Noah mandando mensagens para as primas marcando o local de encontro dos três.

  Quando finalmente saímos vai cada um para o seu veículo, como amanhã é segunda-feira e eles vão voltar para casa depois do show Noah vai na moto – que ele usou para vir pra cá – e Drew veio no próprio carro do hospital então vai voltar nele também. Eu e Alex entramos no Blu e finalmente seguimos todos.

  É um show beneficente num parque com bandas alternativas locais, até por que um show que começa às 15h00m de um domingo não podia ser muito mais louco que isso. Claro que foi ideia de Noah e das meninas, mas como não tínhamos mais o que fazer e tudo que arrecadarem vai para instituições de caridade resolvemos que seria divertido participar.

  - Quero um sorvete – digo assim que chegamos, tem de tudo nas barraquinhas a nossa volta.

  - Nunca pensei que chegaria o dia em que eu viria a um show para tomar um sorvete – Drew ri. – Mas também quero um.

  - Está de plantão amanhã? – pergunto e ele faz que sim.

  - Eu vou encontrar as meninas primeiro, depois acho vocês – Noah avisa antes de se afastar.

  Então eu, Alex e Drew vamos atrás do sorvete.

  Eu estou sonhando com um sorvete de chocolate e muita cobertura de morango e os meninos estão conversando sobre a nova casa de Drew onde ele claramente não mora ainda por que vive na casa dos nossos pais quando alguém se choca contra o meu irmão e vão os dois para o chão. Eu e Alex encaramos a cena surpresos.

  Há uma mulher sobre o meu irmão e seu cabelo escuro forma uma cortina sobre o rosto deles, parece uma cena dos livros que leio.

  - Pardalzinho! – alguém chama e a garota fica de pé com uma agilidade absurda. – Volta aqui!

  - Desculpa – ela murmura quase tremula e continua a correr para onde estava indo. Tudo que tenho do seu rosto é um vislumbre dos olhos escuros antes dela sumir com a mesma velocidade que apareceu.

  Um homem passa por nós correndo sem nem nos olhar e a cena toda acaba com a mesma rapidez que começou e Drew ainda está sentado no chão parecendo surpreso. Meu irmão toca os lábios e depois olha para onde a garota correu.

  - O que foi isso? – meu gêmeo pergunta e dou de ombros enquanto Alex o ajuda a levantar.

  - Se você não sabe, nós não temos nem ideia – digo.

  Meu irmão leva alguns minutos para voltar realmente à conversa quando alcançamos a barraquinha do sorvete, a coisa toda com a garota misteriosa mexeu com ele. Nós pegamos o sorvete e quando os amigos de Alex aparecem, eles finalmente conseguem distrair Drew. Os meninos nos convidam para ficarmos todos juntos perto do palco, mas eu recuso e convido Alex para ficarmos juntos – e sozinhos – mais longe da confusão de pessoas, meu marido não vê problemas nisso e quando a primeira banda finalmente aparece estamos de pé perto de uma árvore mais longe do palco ouvindo a música animada e os meninos já sumiram todos.

  O sol brilha no céu azul, a brisa está fresca e tem música de fundo, me sinto praticamente dentro de uma pintura. Quando Alex me abraça e me beija eu sorrio pensando que só estaria mais feliz se Tommy estivesse aqui conosco.

  - Só está faltando Tommy aqui para ficar perfeito – Alex ecoa meus pensamentos me fazendo sorrir. – Assim eu teria todos os meus amores nos braços.

  - O queria aqui também para ter todos vocês por perto.

  - “Todos” são muitos, por enquanto somos só nós três, mas quando tivermos nosso bebê aí seremos uma pequena multidão – ele sorri colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e sorrio pensando que já deixamos de ser “só nós três”.

  - Nós já somos uma grande multidão na verdade – digo e Alex me olha sem entender.

  - Analu?

  - Eu pretendia dizer isso de um jeito fofo e tudo mais, mas na verdade só quero te contar – começo e vejo os olhos escuros do meu marido se arregalarem e se iluminarem. – Eu fui ao consultório da Dra. Stuart ontem com a Manu.

  - Princesa, você...?

  - Eu estou grávida, Sr. Bad Boy! Nossa família acaba de dobrar de tamanho!

  - Isso é... Espera! – ele para, então me olha confuso me fazendo sorrir. – Dobrar?

  - Então... São dois bebês – digo e Alex me olha e pisca processando as palavras.

  - Dois? – ele ri e faço que sim percebendo que estou chorando.

  - Dois!

  - Eu te amo! – é tudo o que Alex diz antes de me erguer no ar e girar nós dois. Quando ele me coloca outra vez no chão me beija e tudo que sinto é felicidade e amor. – Amo vocês também – meu marido diz e, bem ali no meio do show com mais gente a nossa volta, ele se abaixa e beija minha barriga fazendo as lágrimas caírem livremente pelo meu rosto.

  - Nós amamos você – digo num sussurro embargado quando ele fica de pé outra vez e me abraça.

  - Obrigado por ter atropelado minha moto naquele dia em que mudou tudo – Alex diz e sorrio limpando as lágrimas.

  - Obrigada você por ter me pegado quando cai daquela escada e não ter me soltado mais – digo divertida.

  Nossa história está só começando e esse é um novo capítulo que vou amar acompanhar e viver, nossas Surpresas do Amor só começaram, mas vamos aproveitar cada uma delas com tudo o que tivermos de agora em diante.    


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Notas finais do capítulo

Ai meu Deus! Eu nem acredito que cheguei até aqui!
Eu ainda me pergunto como a Elisa e o seu Bonitão de Terno ganharam uma proporção tão grande, a história dela era pra ser só um jeito que eu arrumei em um natal na casa da minha tia para me distrair e agora eu estou aqui terminando o livro de um dos filhos dela, isso é surreal!
Quando eu terminei Contrato de Amor eu falei que o livro provavelmente não teria continuação por que eu nunca tinha escrito uma continuação e tinha medo de estragar esse livro que vocês tanto gostam com uma sequência ruim, mas cá estamos nós no final do livro da nossa Princesa Guerreira que conquistou vários corações assim como a sua mãe e eu não poderia estar mais feliz!
Eu fiz outra vez, eu consegui, terminei mais um livro e a isso eu quero agradecer, como sempre, a minha irmã Michelly, a coitada nem sempre lê os livros, mas sempre sabe tudo sobre todos eles por que me ouve falar sobre minhas histórias todo o tempo, te amo sua chata, obrigada por me ouvir e ajudar com os livros!
Quero agradecer também a minha amiga Amanda, é ela quem faz as capas e os trailers dos meus livros que sempre são incríveis, obrigada meu amor, por além de tudo isso ainda ler e comentar!
E por último eu queria agradecer a vocês meus leitores queridos que sempre estão comigo e alguns me acompanham a muito, muito tempo! Obrigada pelos comentários, as opiniões, mensagens e principalmente o carinho, eu amo todos vocês! São vocês que me animam a escrever mais e mais, obrigada mesmo, de coração ♥
E é isso, espero que tenham gostado e agradeço também por terem chegado até aqui!
Beijocas e até a próxima, Lelly ♥
PS: O próximo livro será o conto sobre o casamento da Brianna e sobre o próximo irmão Whitmore que vai ganhar um livro, isso vocês vão ter que esperar mais um pouquinho para descobrir! Kkkkk amo vocês!
PPS: Para quem ainda não viu o trailer do livro da tia Bri vou deixar ele aqui embaixo!
https://www.youtube.com/watch?v=dRMJ-W3jPQE



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