Um Plano Irrecusável Parte II escrita por ChattBug


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aviso: Antes de ler essa fanfic, recomendo que, para melhor compreensão, você leia a parte um: "Um Plano Irrecusável"

Olá! Como vocês estão?

Aaaaaa finalmente começou a parte dois! Espero que vocês gostem dessa tanto quanto gostaram da primeira hahah!

Por enquanto é isso. Boa leitura!



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Adrien observava Marinette costurar uma das peças da futura coleção que ela tanto se dedicava naqueles últimos dias. Sorrindo, se aproximou da azulada assim que ela terminou.
— Agora eu posso ter um pouco de atenção ou ainda vai me trocar por esse casaco? — Ele falou em um tom brincalhão e virou para si a cadeira giratória em que ela estava sentada.
— Como é carente esse meu gatinho! — Disse ela, no mesmo tom, e aproximou-se dele para beijá-lo, mas, ao invés de fazer isso, bagunçou o cabelo dele. Adrien fez uma careta que arrancou risadas dela.
A azulada começou a guardar os tecidos enquanto o loiro a fitava, ajudando-a a organizar a mesa de costura. Amava esses momentos com ela. Era incrível como cada segundo parecia único, mesmo que já tivesse acontecido algo semelhante durante aquelas semanas que já tinham passado juntos. Há alguns meses, ele nunca esperaria estar tão próximo de sua lady, mas também nunca esperaria ter que esconder o que eles tinham das pessoas.
Adrien compreendia a decisão de Marinette de não contar sobre eles para ninguém. Ele era famoso e certamente isso traria problemas para os dois, como ele pôde perceber quando Chat Noir fingia namorar Marinette no mês anterior. Esse inclusive tinha sido um dos motivos que a azulada citou na "lista de um milhão de motivos para recusar esse plano", como ela chamou na época. Adrien riu com aquela lembrança.
— O que foi? — Ela perguntou.
— Eu não acredito que você vai me deixar ir embora sem nem me dar um beijo de despedida. Aliás, nem beijo de "olá" você me deu...
— O que deu em você hoje para estar tão carente assim? — Ela disse, rindo, e lhe deu um selinho rápido.
— Você chama isso de beijo de despedida? — Adrien mostrou o sorriso de canto típico de Chat Noir e ela cruzou os braços, fazendo uma careta. O loiro riu e a puxou para um beijo apaixonado.
Marinette sentia seu coração explodir de felicidade. Era maravilhoso saber que beijava, ao mesmo tempo, seu melhor amigo e o garoto de seus sonhos. Era incrível saber que eram a mesma pessoa e que não sentiria mais seu coração dividido. Embora ainda não tivessem "oficializado" o relacionamento, dizia para si que namorava Adrien Agreste e ainda não conseguia acreditar. Há alguns meses isso parecia tão distante...
Ela não esperava um pedido formal de namoro, assim como não esperava contar nada a ninguém sobre eles nem tão cedo.
Claro que seus pais desconfiavam, na verdade, a azulada tinha certeza que eles sabiam, pois sempre que Adrien aparecia lá ou quando ela saía para encontrá-lo, os pais davam um sorrisinho cúmplice para ela e Tom piscava um olho, como se dissesse "pode deixar que guardamos seu segredinho".
— Isso sim é que é um beijo de despedida. — Adrien falou ofegante, após se separarem, e os dois riram.

 

***

 

Depois que Adrien foi para casa, Marinette observava a noite de sua varanda. Ainda era estranho não estar conversando com Tikki naquele momento, embora já fizesse quase um mês desde que deixara de ser Ladybug e guardara todos miraculous na caixa.
Era tão estranho não ter que inventar desculpas para seus amigos para poder se transformar. Era tão estranho não precisar sair correndo de algum lugar para lutar contra um vilão. Era tão estranho não se transformar mais em Ladybug...
Ela encarou as poucas estrelas que conseguia enxergar naquela noite nublada. Será que algum dia se acostumaria àquela sensação de saudade que invadia seu peito? Ou melhor, será que algum dia Paris precisaria de Ladybug e Chat Noir novamente?
Ela respirou fundo e retornou ao quarto. "Por que eu fiquei tão nostálgica de repente?", pensou e deitou sobre a cama, desejando sonhar com alguma batalha, para, de alguma forma, matar a saudade daquela adrenalina que seu corpo parecia sentir falta.

 

***

 

Adrien estava deitado na cama, encarando o teto do seu quarto, entediado. Estava sem sono e uma sensação de que faltava alguma coisa o invadia naquela noite.
Ele olhou para a prateleira do quarto, que guardava uma meia que Plagg havia feito para enganá-lo uma vez e sorriu.
Parecia que fazia muito mais do que três semanas que não via o kwami. Aquela criaturinha tinha se tornado um amigo muito mais próximo do que Adrien esperava. Sendo o único naquela época a saber do seu segredo, Plagg o aconselhou muitas vezes e o ajudou a fugir daquela mansão tão solitária várias vezes também. Claro que essas fugas só ocorriam depois de muitas reclamações e depois de promessas de queijo extra, é claro. Adrien riu ao lembrar do camembert de cheiro tão forte do kwami, que sempre rendia inúmeras discussões entre eles.
O loiro sorria ao pensar naquelas recordações, ao lembrar da sensação de liberdade que tinha quando se transformava em Chat Noir. Seu sorriso se desfez ao lembrar o motivo de sentir tanta saudade daquilo. 
Apoiou Marinette na decisão de recolher os miraculous por segurança, já que não sabiam onde Gabriel estava ou se planejava vingança. Os dois sabiam, pelo vídeo que Marinette tinha gravado, que Gabriel pretendia usar a relação deles para akumatizar a azulada. Dessa forma, além de recolherem todas as jóias mágicas e de Marinette garantir que estavam seguras até dela mesma, os dois escondiam o relacionamento por segurança, além, é claro, de evitar fotógrafos e fãs do loiro.
Mas isso não impedia que se encontrassem e pensar nesses momentos o fazia sorrir. 
A azulada era ainda mais maravilhosa do que tinha imaginado, ou, como diria Chat Noir, miauravilhosa. Era até estranho não conseguir definir o que eles tinham naquele momento. Quer dizer, ele não fez um pedido de namoro e, como ninguém sabia que estavam juntos, nunca se referiram um ao outro como namorados. Embora quisesse referir-se à ela dessa maneira, entendia que não era uma boa ideia revelar o que tinham naquele momento. "Mas isso não impede que a gente se refira assim um com outro, não é?", ele pensava, "Será que ela espera um pedido formal? Será que devo falar com os pais dela primeiro? Será que ainda está muito cedo para iniciar um relacionamento mais sério?"
Muitas dúvidas rondavam sua mente. Era tudo tão novo para ele. Há alguns meses, só se preocupava com o dia em que conquistaria sua lady, nunca pensava no que aconteceria depois.
Com esses pensamentos, encarou a pelúcia de Plagg e, sentindo falta de seus conselhos, ele adormeceu.

 

***

 

Já te disse que está linda hoje, Bugaboo?

 

A azulada sorriu ao ler a mensagem no celular enquanto respondia ao questionário que a professora passava.

— Humm, que sorrisinho bobo é esse, amiga? — Alya disse ao vê-la digitando, o que fez Marinette se assustar e quase derrubar o aparelho. As duas riram baixinho e voltaram a fazer a tarefa.

 

Acho que já, mas pode repetir o quanto quiser.

 

Adrien sorriu ao ler.

 

O papel de charmoso e convencido é meu!

 

Parece que alguém ficou chateado

 

Até meus trocadilhos de gato você está roubando?

 

kkkkkk
Qual a programação de hoje, gatinho?

 

Surpresa, my purrrrrincess

 

***

 

A azulada saiu do colégio e imaginou que encontraria Adrien na porta, mas ele não estava lá. Ela estranhou, pois tinham combinado de ir para algum lugar depois da aula.

 

Cadê você?

 

Tive que sair mais cedo para uma sessão de fotos, esqueci de avisar.

 

Ué, hoje você não tinha a tarde livre?

 

É... eu tinha. Amanhã podemos sair.

 

Amanhã você não tem aula de chinês?

 

Ah é... 
Depois de amanhã, então.

 

Depois de amanhã você tem aula de esgrima.

 

Pra que uma agenda quando se tem Marinette Dupain-Cheng?

 

kkkkkkk

 

Marinette enviou a mensagem e começou a caminhar até sua casa.
Conversou brevemente com os pais, notando que Tom parecia esconder alguma coisa, mas logo lembrou que seu aniversário seria dali a alguns meses, talvez ele estivesse planejando algo. Ela subiu as escadas sorrindo, sabendo que sua possível festa surpresa não seria tão surpresa assim. Mas, quando chegou ao quarto, descobriu que seu pai não estava tentando encobrir uma festa.
A azulada olhou para o chão do local, que estava repleto de papéis cortados em forma de patinhas de gato, que levavam até a varanda. "Só pode ser coisa do Adrien...", pensou, já sentindo um sorriso formar-se em seus lábios. Ao chegar à varanda, encontrou o loiro com a fantasia de Chat Noir que tinha ganhado no clipe de Clara Nathingale.
— Boa noite, princesa. — Ela riu.
— Acho que é boa tarde ainda. — Disse, olhando para o céu visivelmente claro das duas da tarde.
— Estou tentando reconstituir a noite em que tudo começou, dá para me ajudar? — Ele fingiu estar bravo e os dois riram.
— Boa noite, gatinho. O que aconteceu para eu receber sua incrível visita? — Disse, entrando na brincadeira.
— Estava assistindo a um filme e lembrei de você.
— Dizem que eu pareço muitas atrizes por aí... — Falou, se esforçando para lembrar os detalhes daquela noite, e curiosa para saber aonde ele queria chegar com aquilo.
— Na verdade, não foi por isso que eu lembrei de você... — Ele se aproximou, fazendo-a sorrir — O filme era sobre dois amigos que fingiam namorar para tentar chamar atenção de seus amores secretos e não correspondidos. Aí eu pensei em você, nós somos amigos, temos amores não correspondidos e seu pai já até chegou a achar que estávamos juntos uma vez, não é? Com certeza esse plano vai dar certo! — Ela riu, ainda curiosa para saber o objetivo daquela encenação toda — Então... o que acha de um plano? Quer ser minha namorada? De verdade, dessa vez.
Marinette se surpreendeu com o pedido tão repentino. Não esperava que ele fosse fazer algo do tipo, não sentia que precisava de um pedido para dizer que ele era seu namorado, mas aquilo fez seu coração acelerar de alegria. Ela riu e selou seus lábios com um beijo.
— Se eu recusasse, estragaria o clichê. — Riram e beijaram-se novamente.

 

 

***

 

 

Nathalie passava o olhar da carta de Gabriel sobre a mesa para os miraculous em suas mãos.
Ela já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha relido aquela carta nas últimas semanas, mas a pegou para ler novamente, como se fosse a primeira vez que o fizesse.

 

"Estou confiando muito à você e sei disso.
Eu esperava seguir o que planejava e ficar em Paris, mas as circunstâncias me fizeram perceber que ainda não era o momento.
Não sei o que eles vão fazer com essa informação, não sei nem se você vai chegar a ler isso ou se vão levar como prova. Portanto, não há muito o que posso dizer aqui.
Adrien deve pensar que sou um monstro e talvez você também esteja pensando isso, já que os abandonei ao invés de lutar por eles.
Eu nem preciso pedir, pois você sabe o que deve fazer.
Cuide dele."

 

Nathalie relia a carta cuidadosamente escrita para o caso de alguém a encontrar. Sabia que Gabriel queria que ela compreendesse as entrelinhas. Havia um motivo para as duas últimas frases estarem separadas. Não tratavam da mesma coisa.
Não demorou muito para que ela encontrasse o miraculous da borboleta em seu quarto, juntamente com o miraculous do pavão, surpreendentemente em excelente estado. "Ele... o consertou? Mas como?", Nathalie tinha pensado naquele dia, mas logo lembrou que fora ela mesma quem tinha entregue o tablet com o livro dos guardiões decifrado para Gabriel. Certamente esperava que aquilo acontecesse, só não imaginava que seria ela quem usaria os dois miraculous.
Levou algumas semanas para que finalmente decidisse fazer aquilo. Foi então que, ao encarar Emilie adormecida naquela caixa de vidro, lembrou o único lugar em que Gabriel poderia estar.
Tomou todo cuidado para não descobrirem que ela sabia o paradeiro dele, embora Ladybug e Chat Noir misteriosamente não tivessem divulgado a identidade de Hawk Moth para ninguém. Depois da batalha fracassada, Nathalie imaginou que aquela seria a notícia mais repetida da semana nos jornais e que não demoraria muito para que desconfiassem dela e invadissem a casa, descobrindo Emilie, mas isso não aconteceu. Ela não compreendeu por que os heróis não contaram para todos a identidade de Hawk Moth, mas tinha certeza de que eles já tinham percebido que ela era a pessoa mais próxima de Gabriel que eles conheciam, e, portanto, a principal suspeita para ser a Mayura, e também estava certa de que era vigiada por eles de alguma maneira.
"Você sabe o que deve fazer", as palavras da carta de Gabriel repetiram-se em sua mente e Nathalie suspirou.
Ela hesitava, mas lutou contra sua indecisão e colocou os dois miraculous.
— Duusu, Nooroo, unificar!

 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Hahah!

Vocês devem estar com muitas dúvidas sobre o Gabriel, a Nathalie e o relacionamento do Adrien e da Marinette, né? Hahah! Mas se acalmem que tudo vai se explicando ao longo dos capítulos…

Ah, acho que está no capítulo, mas vou relembrar: esse primeiro capítulo se passa uma semana depois do final da primeira parte. Ou seja, três semanas depois que eles lutaram contra a Nathalie akumatizada achando que era o Hawk Moth.

Enfim, estou pensando em publicar os capítulos dia sim, dia não. Mas pode ser que depois eu mude a frequência, assim como na parte um.

Então… o próximo capítulo será postado depois de amanhã.

Acho que é só isso hahah! Obrigada por ler



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