Zombie AU 2 - A caçada mortal. escrita por Penelope


Capítulo 3
É o momento da verdade e o momento da mentira.


Notas iniciais do capítulo

A música que o Naveen canta é aquela que o vaga-lume Ray canta no filme A Princesa eo Sapo.



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Alice Kingsleigh

FLASH BACK ON

4 MESES DEPOIS DA INFECÇÃO.

O panfleto na minha mão dizia que tinha um abrigo na Califórnia. Era pra lá que eu iria, minha mãe sempre gostou de lá, dizia que um dia iria ficar uma semana nas praias relaxando, sorri boba e uma lágrima escorreu no meu rosto. Sinto falta dela. Sinto tanta falta, porque ela não me ouviu e fomos logo embora? Tão teimosa.

Eu tinha minha mochila preta de gatinho nas costa, com uma roupa extra , meu celular, comida e um kit pequeno de emergência que tinha lá em casa. Iria da a volta pela floresta pra pegar a auto estrada e não passar por dentro da cidade e correr o risco de pegar essa doença.

Eu sabia me virar acampando um pouco na floresta, já que minha mãe e eu acampávamos em todo 4 de julho em varias florestas pela redondeza. Mas, quando eu cheguei na autoestrada eles estavam lá. Olhei assustada, eram muitos e um deles me viu e veio até mim junto com outros, corri o suficiente sabendo que não poderia fugir por muito tempo, teria que me esconder.

Mas, onde iria me esconder? Um deles pegou na minha mochila e tentou me puxar mas, eles não são tão fortes, joguei minha mochila em cima dele e sai correndo, parei perto de uma arvore e cai em um buraco e comecei a ouvir mais deles vindo.

Eu quero tanto minha mãe.

FLASH BACK OFF

— Sinto muito pelo Peter, Alice – Tiana disse enquanto esperávamos Naveen olhar se o mercado era seguro. – Sei que amava-o

— Obrigada por terem me salvado. – Falei. – Pelo menos estou viva, né? Isso eu tenho que agradecer.

— Sei que você queria estar viva com o Peter – Ela falou – Ter alguém que te ame de verdade, pelo o que você é e queria construir seus sonhos com você, é ouro – Ela falou e eu sabia que ela tinha isso com o Naveen, olhei em direção ao mercado de 1 Dólar e Naveen fez sinal para entrarmos.

— Nossa, não ta todo saqueado, que milagre. – Peguei um carrinho e comecei a empurrar – ALO, ALO LIMPEZA NO CORREDOR 3 – Gritei vendo um corpo podre no chão e coloquei meu lenço no nariz por causa do fedor.

— Olha o que eu achei – Naveen falou mostrando o ukulele e começando a tocar e cantarolar.

— Numa loja de um dólar só tem doces, nunca comida. – Ela falou também empurrando o carrinho e colocando, igual eu, coisas aleatórias nele.

— Acho que não existe comida que sustente por um dólar né. – Rimos – Você e Naveen se casaram antes ou depois do fim do mundo? – Perguntei e coloquei uma bola da Pixar no carrinho.

— Antes. Fazia pouco tempo que tínhamos abrido um restaurante e então tudo começou, ficamos presos na cozinha por duas semanas até a Charlote vir buscar a gente. Nos conhecíamos desde crianças, minha mãe fazia roupas para ela e me levava para gente brincar juntas.

— E da onde vem o talento da cozinha?

— Do meu pai – Ela sorriu – Era um ótimo cozinheiro e dava valor a família. Hei isso pode ser bom! – Ela pegou um soquete de metal e pôs na minha mochila. Carregávamos uma mochila que achamos na beira da estrada e reversávamos em quem carregava. – Útil pra comida e pra matar os bichos, depois a gente decide qual dos dois. – Rimos. – E seus pais?

— Não conheci meu pai e minha mãe morreu uns meses depois, me virei sozinha.

— Herdeu algo da sua mãe?

— Talvez a teimosia – Rimos e Naveen apareceu com outro carrinho cheio. – O que foi?

— Podemos passar a noite aqui. Os drones dificilmente entram em estabelecimentos e podemos ficar de guarda caso algum miliar entre, mas eles geralmente não andam a noite.

— Ótima ideia.

FLASH BACK ON

— Se fosse o Hic você também iria – Falei melancólica para Merida que me solou em seguida. Andei em meio a poeira e um pedaço do teto que tinha caído e ralei a coxa ao tentar passar por alguns escombros. Era difícil ver por onde eu andava, quase cai e alguém me pegou – Jack? Volte fique com o Jamie!

— Não, eu vou te ajudar! A Punzel tbm ta ai – Não quis discutir e continuei a andar e veio três cabeças mortas para cima da gente. Peguei um pedaço de pedra e bati em dois e Jack em um. Chegamos com dificuldade na Ala e não tinha ninguém. Olhei desesperada pro Jack e alguém bate no Jack e ele cai no chão. Olhei assustada e um cara com uma cicatriz e então um morto pulou nele fazendo o seu bastão cair longe.

— Venha Alice – Olhei quem me puxou e era Tiana, vi Naveen pegar o bastão do cara e sair correndo atrás da gente. Sempre gostei muito da Tiana, ela trazia as refeições do Peter pessoalmente e me contava sobre ele. Então, posso dizer que nos tornamos amigas.

Entramos no deposito de produtos de limpeza.

— Acho que deveríamos ajudar o Jack. – Falei meio entorpecida por tudo que aconteceu.

— O que? O Jack tava lá? – Naveen perguntou e eu afirmei e eles se olharam, enquanto Naveen abria uma janela.

— Me perdoe, Alice. Mas, temos que ir e eu sei para onde ir. Te explico no caminho. – Ela falou e Naveen chamou-a e pulamos a janela.

FLASH BACK OFF

— Ela ilumina o céu. – Naveen estava tocando enquanto estávamos na cozinha perto do fogão a lenha. – M’a belle Evangeline. – Ele estava cantado e eu olhei estranho. Quem é Evangeline. – Coração pertence só a mim. – Ele deu um beijo no nariz da Tiana. – Je t’dor. Je t’aimo, Evangeline.

— Eu te adoro. Eu te amo – Olhei para ela – é a tradução.

— Com ela tão linda assim, poderia gostar de mim. – Ele falou olhando para Tiana – O amor sempre acha um caminho, eu te amo Evangeline. – Ele se sentou terminando de cantar.

— Que lindo, Naveen. – Sorri – Mas, quem é Evangeline?– Eles riram.

— É tipo um código que temos. Evageline é como sua lama gêmea ou só o seu amor de verdade. – Ele falou e beijou a mão de Tianna. – Claro, que serve mais para homem. – Nos rimos. – Tinhamos um amigo que morreu no começo da infecção. Ele tinha o amor da vida dele, a Evangeline.

— Esse nosso amigo que compôs a musica. – Tiana falou e bocejou deitando então eu me levantei falando que vou fazer a primeira ronda. Quando o casal é muito romântico, tipo Merida e Hiccup, é muito doido pensar que os dois transam. Eu tenho certeza que mesmo a Tiana e o Naveen sendo românticos, vão transar agora.

Comei a andar pelo corredor e querendo chorar, me segurando o máximo. Peter é um idiota, eu nunca quis me envolver com ele por isso. Eu sairia ferida, como sempre saio. Ele podia ao menos me deixar um bilhete com: Alice to vivo.

Assim eu não sofreria.

FLASH BACK ON

6 MESES DEPOIS DA INFECÇÃO

Depois de 1 semana naquele buraco percebi que nunca mais vou conseguir ver nenhum desenho de insetos sem vomitar, ou sentir simplesmente a vontade de comer algo. A ronda de mortos que cercava a floresta se afastou o suficiente para eu atravessar a auto estrada e chegar até o lado onde vai para o abrigo. Dito e feito demorei, mas cheguei na cidade que não parecia ter muitos mortos. Durante todo meu trajeto, eu parava varias vezes fugindo dos mortos e encontrava pessoas que me ofereciam abrigo, mas eu queria California. Era o sonho da minha mãe, ela nunca viu o mar e eu queria ver o mar e contar para ela como é.

— Se vc tá procurando um abrigo para esse lado, não tem. – Um garoto falou em cima de um muro, ele era ruivo tinha um olho roxo e estava só com uma blusa xadrez verde aberta, mostrando seu peito todo arranhado – Todos foram infectados ou mortos. – Ele tragou o cigarro e eu continuei andando. – Se quiser ver por sí mesma, que seja. – Ele pulou do muro e foi pro lado oposto de mim.

As pessoas sempre falavam que para esses lados era suicídio. Eu nunca ouvi, afinal ninguém iria tirar da minha cabeça que eu precisava contar para minha mãe como era a praia. Eu andei até achar uma cerca grande.

— Oi? Tem alguém ai? – Balancei a cerca e ouvi um barulho, olhei para dentro e não vi nada, resolvi subir uma pequena colina e de longe vi uma praia. Sorri. Quem precisa da porra de um abrigo agora? A praia ta logo ali. Eu iria andar até a praia, mas alguém me derrubou no chão. – Mas, que porra tu ta fazendo? – Ele tampou minha boca. Era o garoto ruivo e ele apontou para baixo da colina. Dentro do abrigo tinha uma ronda de mortos e mais alguns do lado de fora. – Tu ta me seguindo? – Falei depois de recuperamos folego de tanto correr, para ir para longe dos mortos. Por sorte eles não nos viram

— Caralho em loira, acabei de salvar sua vida e com isso que você se preocupa? – Ele falou ofegante – Vem, sei onde tem água. – Segui ele e ele levou para uma escola.

— Serio isso? Um bebedouro?

— Ué, é. – Esse garoto era muito sem noção.

FLASH BACK OFF

— Vamos Alice? – Tiana me acordou – Você ronca sabia? – Eu bati na perna dela e ela riu, cocei os olhos quando vi o sol la fora e bocejei, sinto falta de uma cama.

— A gente vai chegar, Alice. E eu acho que sua amiga Elsa fUoi para lá com a família em um helicóptero. – Eu concordei sorrindo, o plano era ir para uma instalação no México. Não era difícil chegar lá, mas era longe. Dizem que lá é um pais com menos infecção e um dos mais protegidos e que muitos dos cientistas foram para lá. Só espero que encontre um dos meus amigos lá.


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