O País dos Doces escrita por Gab


Capítulo 1
A entrada


Notas iniciais do capítulo

Uma tentativa de escrever algo. Espero que gostem!



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Quando eu menos esperava, uma luz reluziu diante de mim. Enfim, era mais um momento para visitar meu lugar favorito. 

Um tipo de portal multicolorido cresceu microscopicamente na frente da porta do meu quarto, e de forma que faça com que eu pudesse adentrar, abriu-se em uma altura considerável, quase que para que um adulto também pudesse ultrapassar. Diante daquela magnífica obra mágica, abismei-me com as cores psicodélicas que produzira no corredor antes de adentrar para o espaço interno. Foquei na porta final, que de tão bela, me tomou alguns segundos de admiração; mas tive que abri-la, não suportava mais o suspense de finalmente poder entrar no país dos doces.

Estava ensolarado, quase que fiquei cega diante de tantos raios solares que recaiam sobre a porta de entrada. Mas depois que meus olhos acostumaram-se com a exposição excessiva, consegui observar com mais calma o que presenciara. Minha visão conseguiu captar uma quantidade extensiva do que eu não imaginaria que veria dessa vez. Meus olhos passaram do chão coberto por inúmeras plantações características do lugar, até o riacho e as montanhas que continham uma certa peculiaridade. 

Senti como se pudesse viver para sempre. Senti como se tudo pudesse ser feito, como se eu pudesse me sentir feliz. Não estava acostumada a me sentir bem, passei tantas noites suspirando e ansiando por uma mudança extravagante que quando foi possível, parecia estranho. Vivia num ambiente em que não era propício para as minhas imaginações, não podia ter um escopo que perdia rapidamente, na verdade, me era arrancado depressa. Inúmeras ilustrações de como não me comportar eram mantidas a vista pelos que deveriam cuidar de mim. Mas isso de certa forma não importava mais; estava livre de tudo aquilo que me atormentava — pelo menos por algumas horas. 

Não me importei mais com a realidade, estava fora dela, e dessa vez, precisava aproveitar mais. Andei em passos curtos de primeira, mas quando me dei conta, estava correndo com toda minha força. Me joguei diante da grama que estava um pouco pegajosa. Não entendia direito o que se tratava, mas tudo era muito bonito. O céu tinha uma cor diferente do habitual, assim como o sol também não parecia o mesmo. O chão era certeza que tinha outra textura, e junto dele vinha a grama, plantas e árvores. 

'Não havia percebido que tudo aqui era magicamente intrigante', pensei. 

Mas dessa vez me foi permitido fuçar a todos os cantos em busca de respostas. Tinha perguntas que extrapolavam o limite de tempo em que podia ficar ali, mas acredito que tudo me seria respondido somente com o poder da visão. Fiquei de pé novamente e procurei saber do que se tratava tudo daquele lugar.

O cheiro era muito agradável e a vista nem se falava. Era tudo brilhante e com um teor comestível. Foi quando avistei o riacho com mais calma, que pude perceber que ele tinha uma cor fora do normal. Ele era todo vermelho, e os troncos das árvores ao redor pareciam ser feitos de chocolates.

'Não é possível, como isso pode ser verdade?' pensei. 'Estava em meu quarto há poucos minutos, como pude parar aqui? Tudo isso era real ou somente produto incrivelmente bem produzido pela minha imaginação?'. 

Não obtive resposta instantânea, mas tive a certeza de que seria castigada quando voltasse para casa. Minha roupa estava um desastre, com sujeira do chão pegajoso que havia me deitado. Parecia se tratar de sujeira causados por balas de goma verde com um pouco de chocolate. 

Suspirei, pois sabia que viriam coisas ruins, mesmo que agora era uma das melhores. Sorri, pois não havia motivo para entristecer num lugar como aquele. Mas antes que eu conseguisse saciar todas as dúvidas e possivelmente a vontade de experimentar um doce, uma voz ecoou pelo país inteiro. Quase que no mesmo momento o lugar que uma vez foi muito bem iluminado, escureceu de tal forma que fiquei totalmente apavorada, tanto que até fechei os olhos com veemência. 

Quando abri os olhos a porta do meu quarto também acompanhou simultaneamente. 

'Clarice, venha até aqui que eu te chamei inúmeras vezes e você me ignorou completamente'.

'Perdão, só um minutinho' respondi.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero continuar em breve.



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