Last Dance escrita por Amurat


Capítulo 2
Chapter II




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Sans estava jogado no sofá com uma expressão entediada, enquanto zapeava pelos canais da TV, então o som da campainha despertou sua atenção, levantou-se do sofá e desligou o aparelho, jogando o controle sobre o sofá e foi em direção á porta. Ao abri-la, avistou Chara.

─ Nós marcamos de sair hoje? Desculpe, eu esqueci. ─ Disse Sans enquanto coçava a nuca.

─ Não, seu bobo. Eu só tava de bobeira em casa e resolvi aparecer. ─ Deu um sorriso brincalhão. ─ Que belo anfitrião você heim, nem chama pra entrar nem nada.

─ Oh, que rude da minha parte. ─ Sans fez uma expressão fofa e forçou uma voz fina que se assemelhasse a de uma garota. ─ Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café? ─ Chara caiu na gargalhada, mas também resolveu entrar na brincadeira.

─ Mas não seria muito incomodo? ─ Falou forçando uma voz grossa.

─ Mas é claro que não, pode entrar. ─ Riu e fez menção para que Chara entrasse.

─ Tá, madame. ─ Adentrou a casa e fechou a porta atrás de si. ─ Desse jeito vou começar a achar que você na verdade é a famosa giletinha.

─ Giletinha? ─ A olhou confuso, não entendendo o que a palavra significava.

─ Sim, sabe. Aquela que corta pros dois lados. ─ Chara caiu na gargalhada, como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo, enquanto Sans só a encarou com uma expressão de tédio.

─ Quando eu acho que você já me contou todo tipo de piada horrível, você vai lá e me surpreende.

─ Qual é? Não foi tão ruim assim. ─ Falou enquanto enxugava as lágrimas que tinham escorrido de seus olhos por conta das gargalhadas. Os dois caminharam a até o sofá e sentaram-se nele, então ficaram encarando a tela desligada da TV. ─ Então, quer fazer alguma coisa?

─ Não. Acho que tô sem coragem pra me levantar de novo. ─ Sans inclinou suas costas sobre o sofá, ficando totalmente apoiado nele.

─ Na real, eu também. ─ Deitou-se no sofá, apoiando sua cabeça no colo de Sans. ─ Mexe no meu cabelo?

─ Claro. ─ Colocou a mão direito sobre os cabelos de Chara e a moveu suavemente entre os fios macios. 

─ Hey, posso fazer uma pergunta?

─ Você já fez. ─ Chara fez uma careta, que Sans não pode ver, graças à posição de sua cabeça, e deu um beslicão na perna de Sans, fazendo com que ele solta-se um “ai”. ─ Tu adora fazer piadinhas, agora quando é com você fica toda irritada. ─ Soltou um riso. ─ Enfim, vá em frente e pergunte o que você queria.

─ Sabe, eu te conheço há alguns anos e vim aqui várias vezes, mas nunca vi nem sombra dos seus pais. Eu queria saber o porquê disso.

─ Ah, isso. É que eu moro com meus tios e eles viajam muito por conta do emprego deles, normalmente só aparecem em feriados e você sempre viaja nos feriados, então por isso nunca encontrou eles.

─ Entendo. Espera! Você disse seus tios? O que aconteceu com sua mãe e seu pai? ─ A pergunta fez com que Sans congelasse na hora.

─ Minha mãe... E meu pai?... A minha mãe...

 “Onde você está? Seu pirralho imundo!”

Fragmentos de memórias começaram a passar diante dos seus olhos, como um filme e, consequentemente, vozes começaram a ecoar por sua mente. Sans levou as mãos até seus cabelos e os puxou. Exprimiu seus olhos o quanto pode e o suor frio pingava de seus poros.

“O porquê disso? Não é obvio? É o que monstros como você merecem.”

 “Você é igual a ele, um monstro! MONSTRO!”

─ Sans? Sans? Sans volte a si! ─ Quando finalmente recuperou sua consciência, estava sendo balançado pelos ombros por Chara, que estava com os olhos arregalados devido ao susto.

─ Calma, já estou bem. ─ Levou sua mão até a testa, enxugando um pouco do suor e respirou profundamente, se recuperando.

─ O que aconteceu? Do nada você ficou pálido e começou a ter um treco. ─ Ela o encarou com preocupação nítida em seus olhos, mas Sans nada respondeu. ─ Foi à pergunta não é? Me desculpa. Eu devia parar de ser tão enxerida. ─ Disse cabisbaixa. Sans suspirou e colocou sua mão sobre o queixo de Chara, levantando sua cabeça para olha-la nos olhos.

─ Tá tudo bem. Só tem algumas coisas que eu prefiro não falar sobre, ok? ─ Ela assentiu. ─ Ótimo. ─ Colocou os braços sobre os ombros de Chara, que apoiou sua cabeça em seu peito. O casal ficou em silêncio por alguns minutos, então Chara arregalou seus olhos e estralou os dedos, como se tivesse acabado de ter uma ideia, em seguida direcionou seu olhar para Sans, que a encarou de volta com curiosidade.

─ Tem uma dança nova que eu aprendi, quer que eu te ensine? ─ Falando dando um enorme sorriso, que derreteria o coração de qualquer pessoa normal, porém, por algum motivo, não funcionava com Sans, mas ele fingia que sim.

─ Você sabe que eu não sou muito bom nisso e nem gosto de dançar. ─ Disse coçando a nuca. Chara fez um bico, como se estivesse prestes a chorar. ─ Mas, já que você insiste, por mim tudo bem.

─ SÉRIO? ─ Gritou e pulou para fora do sofá, dando pulinhos de alegria, o que fez Sans deixar escapar uma risada.

─ Você parece uma criança às vezes. ─ Se levantou do sofá, ficando de pé diante dela.

─ Bem, então vamos logo por a mão na massa. ─ Chara retirou seu celular do bolso e colocou uma música para tocar, em seguida o depositou sobre a mesa de centro e segurou a mão de Sans, o guiando para um local da sala onde os móveis não pudessem os atrapalhar.

Como na noite do baile, Sans apenas seguiu atentamente os passos de Chara, porém dessa vez, acabou levando alguns tombos e pisou nos pés de Chara algumas vezes. Mas, apesar de tudo, os dois se divertiram bastante, tanto que em questão de segundos já haviam esquecido o ocorrido. Porém na vida nem tudo são flores e os dois mal imaginavam que aquela seria a última dança que teriam.

 

                                      [...]

 

Chovia bastante naquele dia, por conta disso, Chara teve que além de um guarda-chuva, usar uma capa de chuva para não correr riscos de ficar ensopada. Ela andava o mais rápido que podia, fazendo as poças de água no chão molharem suas galochas, diminuiu o passo quando viu que estava se aproximando da casa de Sans.

Ao finalmente chegar lá, encarou a porta durante alguns segundos, reunindo sua coragem, respirou fundo e finalmente bateu na porta, como não houve resposta, resolveu girar a maçaneta, então a porta imediatamente se abriu. Estranhou um pouco a porta estar aberta, mas apenas deu de ombros e adentrou o local, deixando o guarda-chuva perto da entrada, junto da capa de chuva e suas galochas. Estava um pouco apreensiva, os dois não se viam há algum tempo, pois Chara ficou um pouco ocupada e temia que Sans estivesse bravo, mas não era apenas isso, a notícia que iria lhe dar não era muito agradável.

Ao chegar à entrada da sala, Chara tomou um susto ao avistar Sans que segurava um taco de baseball prestes a lhe acertar, por conta do susto, acabou deixando um gripo escapar, que foi imediatamente abafado pela mão de Sans. Depois de alguns segundos, ela finalmente reagiu removendo a mão de Sans de seu rosto e lhe dando um soco no ombro.

─ Mas que droga, quer me matar de susto?

─ A culpa é sua que fica entrando de fininho na casa dos outros. Achei que fosse um ladrão. ─ Falou enquanto passava a mão no local onde levou o soco.

─ E quem te mandou deixar a porta aberta? Enfim, preciso falar com você sobre uma coisa.

─ Ah, tudo bem, eu só vou guardar isso e já volto. ─ Disse Sans e em seguida retirou-se do local. Chara foi até o sofá e sentou-se nele enquanto esperava por Sans, na mesa de centro estava uma garrafa de vinho pela metade ao lado de uma taça, indicado que o dono da casa havia bebido á pouco tempo. “Talvez seja melhor voltar outra hora.” Pensou.

Dentro de alguns minutos Sans voltou à sala e sentou-se ao lado de Chara, os dois ficaram se encarando em silêncio por algum tempo, até que Sans – que já estava ficando impaciente –  tossiu chamando a atenção de Chara, que parecia perdida em seus pensamentos.

 ─ Você disse que tinha algo a me dizer, mas só ficou me encarando.

 ─ Ah, desculpa. É que... Não seria melhor eu voltar outra hora?

 ─ Por quê? ─ Chara direcionou seu olhar para a mesa de centro e Sans fez o mesmo, ao entender o que a mesma queria dizer, soltou um riso o que fez com que ela o encarasse confusa. ─ Não se preocupe com isso, eu sou bem resistente com bebida, então estou bem sóbrio.

 ─ Se você diz. ─ Respirou fundo. ─ Esses dias recebi uma carta de uma faculdade onde dizia que eu fui aprovada, mas é bem longe daqui, então eu teria que me mudar e seria bem difícil da gente se ver. Então, acho que seria melhor a gente dar um tempo. ─ O silêncio se instalou no local e o clima pareceu ter ficado mais pesado, a cada segundo que passava Chara ficava mais ansiosa para receber sua resposta. ─ Sans? Você está me ouvindo?

 ─ Sim, é só que... Você ta me dando um pé na bunda? Ok, tudo bem, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde de qualquer jeito. Só me da um minuto pra processar.

 ─ Não, eu não to te dando pé na bunda, eu só disse que precisamos dar um tempo.

 ─ E o que “dar um tempo” significa pra você? ─ A encarou com raiva.

 ─ Eu sabia que você não tava com cabeça pra isso. ─ Disse enquanto se levantava. ─ Eu volto amanhã e resolvemos isso melhor, ok? ─ Deu um sorriso e logo o desfez percebendo que Sans continuava irritado, deu um longo suspirou e quando ia fazer seu caminho para fora, sentiu algo segurar seu braço, ao olhar para trás viu que Sans estava cabisbaixo e segurava seu pulso. Ela tentou soltar seu braço, mas ele a estava segurando com bastante força. ─ Você tá me machucando, me larga! ─ Tentou usar seu outro braço para se soltar. Sans se levantou erguendo o braço de Chara até a altura de seu rosto e usou ainda mais força para segurá-lo, ela acabou deixando escapar um grito, o que fez Sans rir.

 ─ O que deu em você? ─ Chara gritou. ─ A um minuto você estava normal e agora está agindo feito um... Um...

 ─ Um monstro! ─ Disse a encarando nos olhos, em seu olhar era nítido o ódio misturado com adrenalina. ─ Era isso o que ia dizer não era? Você é igual a ela. ─ Flashs de memórias novamente começaram a passar diante de seus olhos, como se fosse um filme, um filme de terror.

Sons de chutes e socos, acompanhados de xingamentos e gritos de dor ecoavam pela sala e atravessavam a porta do quarto de Sans – que na época tinha cerca de 6 anos – que era onde ele estava, sentado em posição fetal com a cabeça abaixada e suas mãos tapando os ouvidos, na tentativa de abafar os sons que vinham da sala.

De repente, os sons pararam e ouvi-se o som de uma porta sendo fechada violentamente, então o silêncio se instalou no local. Lentamente ergue sua cabeça, retirando as mãos dos ouvidos, ainda permaneceu sentado por alguns minutos, mas a curiosidade acabou por lhe vencer, então ele levantou-se do chão apanhando seu velho urso de pelúcia e caminhou até a porta, espiando pelo espaço entreaberto dela.

Na sala estava uma mulher de cabelos brancos que usava um vestido preto surrado, ela estava sentada em uma cadeira fumando um cigarro, seus braços e pernas estavam repletos de cortes e manchas roxas, algumas mais apagadas, outras bem nítidas – indicando que haviam sido “feitas” recentemente. Ela pareceu perceber que estava sendo observada e olhou diretamente para Sans, que acabou caindo para trás com o susto.

─ Sans? ─ Ele puxou seu urso, o abraçando o mais apertado que podia. ─ Eu sei que você está ai, venha aqui da um abraço na mamãe. ─ Ela se levantou de seu assento, então Sans rapidamente fechou a porta e correu para debaixo da cama, minutos depois a porta foi escancarada e Sans obervou os pés de sua mãe se movimentando pelo quarto. Então, sem nenhum aviso prévio, mãos agarraram seus pés e o arrastaram para fora da cama. ─ Estava se escondendo da sua mãe de novo?

─ N-na-não. ─ Gaguejou.

─ Querido, você sabe que mentir é feio. ─ Ela o envolveu com um de seus braços e o puxou para um abraço, Sans ficou completamente paralisado de medo. ─ Você é um bom garoto não é? ─ Ele assentiu com a cabeça. ─ Bom. Mas sabe... Filhos de monstros não podem ser outra coisa senão monstros. ─ Colocou o cigarro sobre o pescoço de Sans enquanto usou o outro braço para segurá-lo no lugar, ele se debateu e gritou, pedindo para que ela parasse, mas ela não lhe deu ouvidos.

Quando o cigarro foi totalmente apagado, Sans foi jogado no chão e sua mãe começou a lhe desferir chutes, enquanto ela gritava vários xingamentos. Isso continuou até que ela se cansou e saiu do quarto, deixando Sans sangrando e chorando no chão do cômodo.

Sua vida tinha sido assim desde que se lembrava, seu pai bebia bastante e acabava batendo bastante em sua mãe, em algumas vezes ela acabou indo parar no hospital. Ela por sua vez, descontava sua frustração e raiva no filho. Isso continuou durante toda sua infância, até que em uma das surras, a mãe de Sans acabou sendo ferida seriamente e sangrou até a morte.

Depois da morte da mãe, o pai de Sans acabou sendo preso e sua custódia foi para os seus tios, desde então ele tinha levado consigo alguns segredos, como as torturas que tinha sofrido e, principalmente, o fato de que ele poderia ter ligado para uma ambulância e salvado sua mãe, mas preferiu assisti-la sangrar lentamente. E havia gostado bastante disso.

Em um movimento rápido, Sans pegou a garrafa de vinho que estava na mesa e a acertou na nuca de Chara, fazendo com que ela apagasse e sangrasse um pouco. Ele jogou o corpo desacordado sobre o sofá e começou a andar em círculos na sala, tentando pensar no que faria a seguir, então foi até o sofá e a segurou nos braços, levando-a até seu quarto.

Chegando no cômodo, Sans abriu a porta com o pé e a depositou sobre sua cama. Puxou uma cadeira e sentou-se nela, precisava pensar rapidamente em algo para fazer. Em hipótese alguma podia deixá-la sair, foi então que ele olhou no canto do quarto e avistou seu taco de baseball, que havia ganhado de aniversário. Um sorriso psicótico se abriu em seus lábios enquanto caminhava lentamente até o taco, ele o pegou e foi até a cama, onde Chara dormia profundamente.

─ Você não poderá fugir. ─ Levantou os braços e mirou o taco nas bem nas pernas de Chara. ─ Se não puder andar.

O som do despertador tocou, anunciando que era hora de acordar, Sans resmungou e esfregou os olhos, estendeu sua mão sobre a cômoda, desligando o despertador.

─ Estou sonhando sobre o passado de novo. ─ Espreguiçou-se e deu um bocejo. ─ Acho que vou ver como ela está. ─ Se levantou da cama, foi em direção ao guarda-roupa e pegou algumas roupas para vestir. Depois de se trocar, foi até sua cômoda pegando de cima dela uma chave, então abriu uma das gavetas onde se encontravam vários objetos cortantes, pegou um bisturi e o guardou no bolso.

Direcionou-se até o local onde havia um pequeno alçapão no teto, ele o destrancou e puxou o alçapão, revelando uma escada que daria no sótão. Sans subiu as escadas e entrou no sótão, indo em direção a uma cama onde Chara estava sentada. Seus braços estavam amarrados com cordas, suas pernas estavam soltas, pois haviam sido quebradas; ela  estava seu blusa e seus olhos não tinham mais vida;  seu corpo estava repleto de cortes, queimaduras e hematomas.

─ Sabe, hoje tive outro sonho sobre o passado. ─ Disse se sentando ao lado dela. ─ Foi sobre o dia em que virei seu namorado, o último dia em que dançamos e claro, o dia em que te trouxe pra cá. ─ Sans colocou seu braço sobre os ombros dela e a puxou para perto. ─ Quanto tempo isso faz? 5 meses? Um ano? Dois? Eu não faço ideia. ─ Ele olhou para o rosto de Chara, ela olhava fixamente para o nada e não se manifestou em momento algum. Sans deu um longo suspiro.

─ Isso tá realmente ficando um saco. Torturar uma pessoa que não reage não é nada divertido. ─ Colocou a mão no bolso e retirou dele o bisturi. ─ Então vou realizar seu último pedido. Vou te libertar. ─ Disse enquanto posicionava o bisturi sobre o pescoço dela. ─ O chato é que já que você não vai mais estar aqui, vou ter que arrumar outro brinquedo. Mas não se preocupe, você sempre vai ser a minha preferida. ─ Deu um beijo no topo da cabeça de Chara em seguida cortou seu pescoço, depois de algum tempo sangrando, a vida finalmente se esvaiu de seu corpo e ela ficou fria.

Sans a deitou sobre o colchão, e limpou o objeto usado para matá-la em seguida o  guardou de volta no bolso. A encarou por alguns minutos e depois deu de ombros, podia jurar que tinha visto um sorriso em seu rosto, mas não tinha tempo a perder, precisava arrumar aquela bagunça antes de ir atrás de um novo “brinquedo”.

 

                                   [...]

 

 A garota estava sentada em sua cama segurando um porta retrato contra seu peito, ela havia subido para seu quarto, pois odiava ir a velórios, principalmente se tratando do velório de alguém de sua família. Sons de batidas na porta chamaram sua atenção, ela limpou suas lágrimas e respondeu um “sim?”.

─ Frisk, querida. Nós já iremos leva-la para o cemitério. ─ Disse sua mãe, com a tristeza nítida em sua voz.

─ Eu já vou. ─ Respondeu. Então passos de sua mãe descendo a escada foram ouvidos e silêncio voltou a reinar no cômodo. Frisk se levantou e colocou o porta retrato sobre seu criado-mudo, nele estava uma foto dela com Chara, que haviam tirado no natal passado. ─ Eu vou achar quem fez isso com você e quando eu acha-lo vou fazê-lo pagar. É uma promessa. 


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