Do início até o para sempre escrita por Gle Smacked Cullen


Capítulo 9
Convocação para a guerra


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores,

Me perdoem pelo atraso, demorei um pouco para postar. Eu fiquei decepcionada pelo fato de apenas 2 comentários então decidi dar um tempo além do grande bloqueio de ideias. Mas acredito que já passou, vamos ver como sai as coisas a partir daqui.

Eu espero que gostem. Me perdoem pelos erros.

Boa leitura.



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Após aquela noite em que Charles ficou furioso comigo, me mantive mais quieta. Falando apenas o essencial, eu temia que acontecesse novamente mesmo ele dizendo que não aconteceria. Mas infelizmente eu estava certa de temer meu marido, passou-se alguns dias e ele não mudou, chegou tarde e bêbado novamente e desta vez não só me tomou a força como me agrediu.

Acordei cansada demais da noite anterior, abri meus olhos aos poucos com certa dificuldade, minha cabeça latejava e meu corpo doía. Olhei para meu pulso que estava dolorido e percebi a cor levemente roxeada, evidenciando o quão perturbadora foi minha noite.

— Esme... Você me deixou estressado ontem a noite, você sabe que não foi minha culpa né? - eu sequer tiver coragem de olha-lo.

— Querida, eu gosto de você, mas você tem um gênio muito difícil. Eu sei que sou grosso muitas vezes... Mas você não colabora, parece que só entende as coisas com brutalidade. - eu estava me controlando para não cair no choro. Ele tocou meu rosto e estremeci só de senti-la e lembrar de sua força.

— Por favor, Charles. Eu quero ficar um pouco sozinha. - eu lhe pedi segurando minhas lagrimas e ainda não o encarando.

— Viu só como você é Esme? Sou seu marido, quero te consolar, ficar contigo e você me despensa.

— Você quer me consolar? - Eu disse com certa raiva na voz, o olhei e vi o mesmo franzindo o cenho e respirando bem fundo. Senti medo de sua reação e me apressei em falar.

— Desculpe Charles! eu sou ingrata. Só estou com mau humor matinal.

— Tá certo Esme, espero que esse mau humor passe rápido! Não quero perder a paciência com você hoje. - Ele saiu do quarto fechando a porta.

Voltei aos travesseiros sem conseguir conter minhas lágrimas por mais tempo. Me sinto tão confusa, com culpa. Eu me perguntava aonde eu errei, pra aguentar essa situação, aprendi mais sobre humilhação nas ultimas semanas do que esperava aprender na vida.

— Senhora Everson - Mary me chamou, abrindo a porta devagar.

— Diga Mary - fiz o melhor que pude para me controlar e agir normalmente.

— A senhora Dolan, veio lhe fazer uma visita. Ofereci um café e ela a espera na sala. - Assenti e ela se retirou.

Levantei-me com dificuldade, fazendo muitas caras por conta da dor. Tomei um banho rápido e depois coloquei um vestido. Suspirei olhando minha imagem no espelho, eu estava emagrecendo, pálida e com enormes olheiras, estou com uma aparência doentia... Peguei meu pó de arroz para tentar melhorar minha aparência e cobrir os tons roxeados de meu braço. Depois de pronta, desci para receber a senhora Dolan.

— Sra. Dolan, perdão pela demora. Acordei um pouco tarde devido uma dor de cabeça. - a cumprimentei.

— Fica tranquila querida! Não há o que se desculpar. Só vim porque imagino que esteja precisando conversar. - ela falou, eu franzi a testa em confusão. Será que ela escutou minha briga com Charles ontem a noite?

— Conversar? aconteceu alguma coisa? - perguntei, me sentando ao seu lado.

— Estou sabendo sobre Charles - Aquilo me fez abaixei meu rosto e então ela prosseguiu.

— Charles é um homem muito rico e um bom negociador. Ele vai conseguir reverter essa situação.

— Que situação? - Eu a olhei confusa e ela levantou uma sobrancelha para mim.

— Sobre a demissão da empresa - minha surpresa devia estar bem visível em meu rosto, porque ela continuou - Ah meu Deus, ele não lhe contou? eu pensei que soubesse. Já faz quase 5 dias.

— Confesso que estou surpresa, eu não estava sabendo ... - Essa noticia me fez pensar sobre a mudança de comportamento de Charles, em como ele está bebendo sem moderação alguma com certeza é devido a demissão.

— Me desculpa por fofocar contigo, como eu disse pensei que estivesse sabendo. Mas imagino que Charles não lhe contou pra não lhe desagradar. - a voz da senhora Nolan me trouxe de volta de meus pensamentos.

— Tudo bem. Ahm, foi bom saber por de qualquer modo.

— Deve ser difícil para Charles lhe contar, como homem né? é humilhante. Enfim, como está o casamento? - Ela passou a me olhar como se me avaliasse.

— Indo bem - falei com um sorriso fraco, continuamos conversando distraidamente que nem observei a chegada de Charles. Me assustei ao som de sua voz e me virei para vê-lo.

— Senhora Nolan? Que surpresa, é honra recebe-la em nossa casa - Charles falou, sua voz era simpática e completamente falsa.

— Obrigada Charles! Eu vim conversar um pouco com Esme, saber como do casamento. Papos de mulheres.

— Claro, entendo. Na próxima vez venha com o Senhor Nolan. Será um prazer recebe-lo também.

— Claro, voltarei da próxima vez com Richard. - Ela disse já se levantando - Já está tarde, passei a tarde conversando com Esme, preciso voltar para casa. - Me levantei pra abraçar a senhora Nolan em forma de despedida mas ela parou ao notar alguns hematomas em meu braço.

— Nossa Esme, o que aconteceu? - Ela puxou meu braço pra olhar e então me afastei constrangida; abaixando mais as mangas do meu vestido. Olhei para Charles e ele se apressou em dizer.

— Minha mulher é muito estabanada, caiu dessa escada acredita? - ele respondeu com um sorriso forçado e me olhando fixamente.

— Hum, sei. - Ela disse me olhando, então continuou - Sabe Esme, tenha, cuidado. Tem mulheres que caem da escada e às vezes é fatal. Cuidado com essas escadas. - Seu completo deboche me chocou por um momento, me deixando sem resposta. Eu abaixei meu rosto, os acontecimentos da noite passada vieram a minha mente e me fazendo sentir péssima.

— Sim senhora Nolan, obrigada pela preocupação. Tomarei cuidado com minha esposa - Charles disse rápido.

— Verdade, vou prestar mais atenção nas escadas Senhora Nolan - eu disse baixo.

— Venha, a levarei até a porta - Charles disse, quando ela saiu, me voltei para Charles.

— Ela comentou sobre seu emprego.

— Que velha fuxiqueira! É verdade. Mas não precisa se preocupar com isso, temos uma boa reserva para você se manter até a minha volta. - estranhei

— Você vai viajar? - eu perguntei curiosa. Ele começou a se mexer e ficou desconfortável.

— Sim, recebi uma carta de convocação para a guerra.

— O Estados Unidos entrou na guerra? minha nossa. Pensei que estivesse próximo de acabar - comentei pensando em quantas famílias ficarão desoladas nessa guerra que parece nunca termina. Não entendo a razão de tudo isso. Porque existe tanta ambição no mundo?

— Qual a importância de se interessar por política? Isso só desrespeita a homens. - Charles me disse como se fosse obvio. Resolvi não persistir no assunto para não acabarmos brigando.

— Vou ajudar Mary na preparação de sua mala. - Me virei prestes a me afastar de Charles quando sinto sua mão me impedindo de sair da sala.

— Deixe que Mary, faça as malas sozinha. Temos uma empregada para essas coisas. - assenti respirando fundo.

— Você quem sabe! Então irei procurar algo para fazer, se me der licença. Por favor - eu só queria ficar longe dele.

— Eu fui convocada a guerra. A partir de amanhã você ficara bastante tempo longe de mim. Quero me despedir dignamente.

A expressão de Charles era puro desejo, ele aproximava-se como se estivesse me cercando. Me afastei instintivamente, eu ainda estava com dor da noite anterior. Não queria que ele me tocasse, não hoje. E então falei olhando pra baixo e um pouco nervosa.

— Charles... Você me machucou ontem, eu ... Eu não quero! - Falei firme a parte do que não querer.

Mas isso não pareceu ser o correto. Senti seus dedos esmagando meu braço, a pressão fazia em minha pele a fazia arder. Olhei sua expressão que estava extremamente nervosa. Pensei que eu não precisasse teme-lo quando não estivesse bêbado, mas pensei errado.

— Você não quer? eu acho que escutei errado. - Ele me segurou com mais força quando me movimentei, soltei um gemido de dor. Mas ele pareceu ignorar.

— Eu fui precipitada, você esta certo! Devemos nos despedir melhor. - me apressei em falar assustada.

— Agora você quer se despedir né Esme, depois que me pisa em mim. Tenho uma lição pra te ensinar antes de partir.

Charles me puxou pelo braço com brutalidade me levando para nosso quarto. Mal entramos no quarto e novamente num movimento brusco ele virou-me e me segurou com as duas mãos, elas estavam em meus braços, apertando, pressionando e me machucando. Sem eu menos esperar ele empurrou-me contra a penteadeira, a colisão com o objeto me fez protestar.

— Não Charles, eu já aprendi. Eu não vou me negar a você nunca mais - Lágrimas de medo rolavam em meus olhos.

— Cala a boca - Ele me levantou e uma só fez abrir minhas pernas levantando minhas roupas. Ele já tinha me mostrado que não estava se importando comigo, aquelas ações me mostraram que nada seria como antes. Charles estava desabotoando o cinto e ao terminar de tirar as calças virou-me com uma brutalidade maior, segurei no móvel apertando-o prendendo minha respiração da dor que ele me causou com sua entrada brusca.

Senti nojo de mim mesma, até que os movimentos parou, suspirei agradecendo aos céus. Mas o vi me puxar para baixo e me lançar contra a cama arrancando suas roupas e rasgou os fitilhos de meu vestido. Ele acabou de me deixar completamente nua e veio para cima de mim de imediato por reflexo do corpo fechei minhas pernas, o nó em minha garganta me fazia prender a respiração. mas com um movimento forte ele abriu minhas pernas e levou seu membro a minha entrada. Eu não podia mais resistir a sua força. Nada o pararia, seus dedos maltratavam meu seio, beliscando e apertando. Enquanto com a outro mão apertava minhas coxa para que ele pudesse ir mais fundo em suas investidas.

Tentei controlar minha dor, mas era impossível, me restava chorar e rezar para que essa tortura acabasse. Mordi fortemente meus lábios para evitar meus gritos e tentar reprimir um pouco da dor... Olhei o teto com as imagens de anjos e chorei ainda mais com tal hipocrisia.

Quase não notei quando aquela tortura acabou, a dor me consumia tanto que não percebi. Eu já não chorava mais, meus olhos estavam secos e doloridos.

— Espero que aprenda Esme! Deixe de ser maluca assim e me trate melhor. Você aprendeu a lição? - ele segurou meu rosto e pela minha falta de resposta me deu tapa no rosto pra eu responder.

— Si.. sim! - sussurrei pela pela minha falta de voz.

— Sim, o quê? - Charles gritou furioso, enquanto apertava meus braços e me chacoalhava violentamente.

— Eu entendi a lição Charles, não cometerei mais esse erro contigo. - falei alto já começando a chorar novamente.

Charles me encarou e assentiu me dando um beijo breve nos lábios e eu não seria louco de recusar. Ele levantou e começou a distanciar-se de mim. Me deixando sozinha no quarto. Fiquei ali sem reação por um momento, somente com meus pensamentos. Não sei identificar meus sentimentos, nunca senti tanto nojo, raiva e tantos sentimentos por alguém como sinto com Charles. por um momento pensei que tudo poderia ser diferente, nunca quis me casar mas pensava que meu casamento poderia dar certo. Tantos casais se apaixonam depois só que para minha infelicidade isso não iria acontecer.

Eu me perguntava aonde eu errei, por que Deus permite que isso aconteça? eu gostaria tanto de saber o porquê. Eu sempre tentei tão fortemente ser boa e não era o suficiente. Desejo do fundo do meu coração dolorido que Charles não volte dessa guerra, sei o quão feio é pensar assim, desejar o mal do outro. Mas não existe outro sentimento que eu possa desejar para meu infeliz marido além da morte.


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