Do início até o para sempre escrita por Gle Smacked Cullen


Capítulo 4
O sonho que minha alma escreveu


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero que gostem desse novo capitulo.

Boa leitura.



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Chegando em casa fui direto para meu quarto sob o amparo de meu pai.
Me movi aconchegando-me na cama e tentando manter-me mais relaxada. A dor tinha minimizado consideravelmente devido eu está sob efeito dos remédios.

— Esme, qualquer coisa nos chame. Permaneça na cama por agora - meu pai falou, me olhando preocupado e se retirou relutante.

Suspirei e senti um nó em minha garganta. Era a primeira vez que me sentia tão distraída devido um homem, ainda me sentia hipnotizada pelo doutor, por sua beleza e até mesmo, sua personalidade. Ele despertava em mim sentimentos desconhecidos.

Espreguicei-me na cama e tentei me acomodar melhor para evitar qualquer desconforto. Puxei um livro que estava na cabeceira para ler, afinal não tinha muito o que fazer neste quarto devido a imobilidade de minha perna. Fiquei tão absorvida pela leitura. Tanto que não percebi o tempo passar, até que ouvi passos e a porta do meu quarto ser abriu. Olhei para ver quem chegava e vi que era minha irmã.

—Olha só, cadê a menina desobediente - Minha irmã entrou no quarto sorrindo e me analisando, fiquei surpresa afinal fazia algum tempo que eu não a encontrava de verdade.

— Elizabeth, que saudades eu estava de você! - falei com sinceridade.

— Vou fingir que acredito, você deve está muito feliz com o quarto apenas para você. - eu sorri, vendo sua cara de zombaria.

— Pensando bem é verdade, gosto muito desta minha privacidade. - falei com sarcasmo.

— Esme, que bom que não foi tão grave sua queda. Fiquei preocupada... Você e essa mania de subir nas árvores, uma hora ou outra isso iria acontecer.

— Está tudo bem Beth. Eu apenas estava distraída e me desequilibrei

— Apenas tenha mais cuidado! - ela disse em tom carinhoso.

Minha irmã era uma mulher muito comunicativa, o tipo de pessoa com quem se pode conversar eternamente e nunca faltar assunto. Antes eu e Elizabeth vivíamos juntas compartilhando conhecimentos, foi complicado aceitar a separação quando ela teve que se casar e ir embora.

— E como está o casamento com Tommy?

— Tá tudo bem, eu dei muita sorte de ter encontrado ele, é um bom homem!

— Mamãe quer que eu me case logo, mas não me sinto preparada - eu suspirei chateada.

— É normal, querida! Eu também não me sentia mas deu tudo certo. - minha irmã disse e percebeu meu desconforto e então quando tentou prosseguir ouvimos som de tosse vinda de trás. Era mamãe....

— Hum, escuto a tagarelagem de vocês lá da cozinha - ela disse meio brincalhona e veio andando até a gente sorrindo.

— Desculpe mamãe, é impossível não tagarelar com a Beth. - Eu disse rindo e provocando minha irmã.

— Estávamos conversando sobre casamento, eu iria comentar para a Esme o quão ela é sortuda! Afinal tem dois belos exemplos que é o meu e o da senhora para ter um matrimônio sólido. - ele falou sorrindo e sua voz me passava uma tranquilidade.

— É verdade minha filha, sua irmã tem razão ... Assim é bem mais fácil de aceitar o que o destino, suas obrigações e seu marido lhe impuserem. - ela me olhou calma e sorriu

— Irmãzinha, qualquer casamento tem altos e baixos, mas temos de nos esforçar para que ele funcione e quer um conselho? apenas temos que melhorar nosso temperamento e vontades para tudo seguir bem.

Fiquei desanimada por um momento, mas então percebi que eu estava sendo muito dramática. E é inevitável esse destino, cabe a mim esperar para descobrir como sucederá.

— É bom casar, ganhamos autonomia. - ela acrescentou com um sorriso percebendo meu desconforto.

— autonomia? isso não é verdade. saímos de casa para não ter que obedecer papai e mamãe entretanto temos que obedecer nossos maridos. - falei totalmente frustada e observando minha mãe surpresa.

— O que disse mocinha? Nos obedecer é o mínimo. - ela falou abismada com minha declaração

— Para com isso mamãe. Deixe-a em paz! Esme, apesar do marido ser o chefe da família. Tem muitas coisas que podemos fazer sem o seu consentimento. - Minha irmã disse tentando fugir do sermão de minha mãe.

— Sei, então cita uma coisa que podemos fazer, Elizabeth? - questionei

— Hum, podemos mandar totalmente na casa. - ela disse totalmente sorridente e eu dei um sorriso sincero a ela.

— É verdade filha! Na casa quem manda é a gente - Minha mãe falou rindo e se aproximando, dando-me um beijo na bochecha.

— Vou deixa-las a sós. Preciso cuidar da MINHA casa. - falou toda exibida e rindo balançando os ombros.

Gostei de escutar isso, me parece muito bom mandar totalmente na casa. Eu poderia pintar da cor que eu quisesse as paredes e mudar os móveis de posição a todo momento. Deixar do meu jeitinho e transformá-la no melhor lugar do mundo!

— É isso foi bem convincente, gostei! Posso até imaginar a decoração. - falei-lhe docemente, sorrindo um pouco.

— Uma pena que não poderei fazer uma visita e conhecer sua casa. - ela me disse ausente e me pareceu um pouco triste. Eu desviei o meu olhar dela e questionei

        - Como assim? Claro que poderá, quero sempre receber suas visitas.

— Esme, mamãe não te contou? Eu vou me mudar. Tommy conseguiu um emprego muito melhor em Oklahoma.

— Ela não me disse, poxa Beth ... se já foi complicado me afastar de você devido o seu casamento, imagine agora que vai para milhas de distância.

— Mas tá tudo bem Esme! Quando tudo estiver mais estabilizado com certeza venho fazer visitas. - ela disse acariciando minha bochecha.

Pelo resto do dia me mantive no quarto, minha irmã foi embora me deixando a sós. Acabei não resistindo ao sono, dormir era a minha única alternativa.
Acordei no meio da noite com sede, levantei e fui até a cômoda, tinha uma jarra de água, mas estava muito quente bebi quase toda a jarra para matar minha sede. Depois voltei para a cama e tentei dormir novamente mas algo chamou minha atenção, não conseguia enxergar direito estava muito escuro; senti as mãos de alguém contornarem meus lábios.

Esme... - disse à voz que eu reconheceria em qualquer lugar. Era o Doutor, sim é ele, Carlisle. Um sorriso idiota se espalhou em meus lábios.

Estava muito escuro, eu só podia acreditar no som de sua voz e eu não sei o foi que aconteceu, mas senti seus lábios encostar nos meus e e eu não estava disposta a não retribuir.

Carlisle .... - abrir meus olhos para os lados, eu estava sozinha. Não passou de um sonho. Meu Deus! Eu estava um pouco suada e com a respiração entrecortada. Estou louca! Olhei novamente o quarto para verificar se não tinha ninguém, realmente estava sozinha. A noite era fria, sentei-me na cama e pensei em ir até a janela mas logo desisti estava muito frio e sentirei dor na perna caso fizesse esforço. Pareceu tão real, eu desejei que fosse real.

Fiquei encarando a janela por alguns minutos retomando meus pensamentos no sonho que tive com Carlisle e isso me assustou mas também me deixou feliz. Não tinha muito o que se fazer, além de tentar dormir novamente e quem sabe obter um sonho extra com ele de novo.


Carlisle

Minha paciente Esme se mostrou um verdadeiro desafio ao meu autocontrole. Após sua partida fiquei surpreendentemente descontrolado e necessitei fugir velozmente para não acabar exterminando todos presentes naquele hospital.

Sinto-me indefinidamente estranho á situação em que ela me colocou. É sabido que o sangue humano é o que realmente desperta desejo num vampiro, mas mesmo assim, existe uma vasta extensão de tipos de sangue humano disponível, alguns mais potentes para diferentes vampiros do que outros. E o cheiro do sangue de Esme se mostrou assustadoramente saboroso, mesmo sem eu ao menos ter tido a chance de prova-lo.

Depois de me alimentar na floresta retornei ao hospital. E me deparei pensando em seu olor! Eu, não conseguia parar de pensar em Esme. mas ao invés de continuar lutando contra o inevitável eu decidi arriscar e procurá-la.

Já é tarde, ela sem dúvida já deve estar dormindo. No entanto eu preciso vê-la. Farejei seu cheiro pela cidade de Columbus e encontrei sua casa ...

Depois que conseguir o que queria, parei em frente a janela de seu quarto. Estava tudo escuro ainda, estava perto de amanhecer. Olhei ao redor e me deparei com Esme dormindo profundamente.
Fiquei a observando dormir. Seu cabelo caramelo, longo e cacheado, caia por um de seus ombros. Seu rosto fino me passava uma grande tranquilidade. Sua camisola estava um pouco caída, pois ela dormia de lado, com o rosto virado diretamente para a janela que me encontro. Fiquei perdido, olhando-a.

Me aproximei e toquei seu rosto para verificar a temperatura, ela ainda estava um pouco quente, mas não de forma alarmante. Continuei tocando seu rosto, acariciando-o delicadamente.

Eu sabia que nunca poderia fazer isso enquanto ela estivesse acordada, então era melhor não desperdiçar a chance. A única chance aliás, eu já estava envolvido, mesmo que não quisesse, não havia mais volta. Mas não posso fazer isso com ela, comprometer assim sua vida. Jamais, em circunstância nenhuma posso ser tão egocêntrico.

— Espero que tenha uma vida magnífica Esme. - sussurrei e suspirei buscando calma para os meus pensamentos, e fui levantando da cama.

Dei-lhe as costas e a deixei entregue à sua própria sorte e parti o mais veloz possível.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem! Até o próximo capítulo.



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