Do início até o para sempre escrita por Gle Smacked Cullen


Capítulo 11
O retorno da guerra


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que leem minha história.

Desde já peço desculpas pela demora, acabei ficando sem ideia e me desanimei um pouco, mas agora voltei com um capitulo novinho.

Espero que gostem e que me perdoem se houver erros ortográficos e gramaticais.



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Estava rodeada de crianças querendo tocar-me; empurravam-se, estendiam os bracinhos na minha direção. Nunca me havia sentido tão querida e necessária. Assim, aquelas crianças, em nosso encontro, deram-me algo que eu precisava: deram-me amor.
Fiz um bolo de chocolate e trouxe para as crianças que se deliciaram, todas ficaram extremamente felizes. Entre brincadeiras, come come de bolo de chocolate e muita leitura foi um divertimento que só, as horas passaram sem ao menos eu perceber.

— Que bom! você voltou. Havia um sorriso muito sincero naquele rostinho, sujo de chocolate. Olhei bem para ela e sorri.

— Sim, amy! Eu não podia deixar de visitar vocês. Vamos brincar? - perguntei.

Durante quase toda manhã, eu e as crianças corremos, dramatizamos, contamos histórias

E assim se seguiu durantes vários dias, sempre levando uma coisa ou outra para os pequenos e também aprendendo muito com com cada criança. Elas têm muito amor para dar e têm necessidade de alguém para amar, alguém que esteja disposto a receber lindos sorrisos.

— Tia Esme, a mamãe da Amy vai levar ela embora. - Um garotinho me disse.

— mamãe da Amy? - questionei surpresa e ele acabou não respondendo, fomos interrompidos pela senhora Rodwell.

— Isso mesmo garotinho. Amy logo vai embora com a mamãe dela. Mas isso é muito bom, logo será sua vez. - ela disse carinhosa.

— Eu queria ir junto com minha amiguinha - ele disse triste e saindo.

— Amy foi adotada? - questionei.

— Sim! Graças ao bom Deus. Já é difícil essas crianças serem adotadas, e nesse momento de guerra é quase impossível - ela disse suspirando tristemente.

— Fico muito feliz! Amy é adorável, alias todas as crianças são.

— Ela é pequena, branquinha então é muito mais fácil ser adotada.

— Louis ainda não foi adotado por esse motivo? - perguntei indignada.

— Sim, por isso. Ele já está grandinho e sua cor não ajuda muito.

— Como a cor da pele pode determinar algo assim? Ninguém é responsável pela cor da pele.

— Mas infelizmente não podemos mudar a cabeça dessas pessoas.

— isso é péssimo! amor, inteligência, carinho, força e tantas coisas boas são características, não uma paleta de cores.

— Concordo contigo minha querida.

— Eu gostaria de poder fazer algo pra acabar com essa mentalidade ignorante - digo suspirando

— Senhora Everson, você já faz! Pensar diferente já é muito importante, são pessoas como a senhora que vai mudar as novas gerações que virão! E sabe? Apenas agradeça por não ser como esses e por amar todos como seres humanos incríveis que são.

Assenti sorrindo agradecida pelas lindas palavras da senhora Rodwell.

Continuei brincando com as crianças a tarde inteira, porém já estava quase anoitecendo e por questões de segurança, precisei me despedir das crianças e voltar para casa. Ao chegar em casa dei de cara com Mary.

— Senhora Everson - ela falou assustada e baixo.

— aconteceu alguma coisa Mary? - perguntei desconfiada.

— O senhor Charles voltou da guerra, chegou graças a Deus. Mas está nervoso porque a senhora não estava em casa. Eu o despistei dizendo que foi na igreja se confessar - ela me disse baixo o suficiente pra eu escutar e com o rosto amedrontado.

— Deus, co ... como assim? Ele já voltou, tão rápido. Em menos de 1 ano - Eu disse assustada e completamente desorientada.

— Entre senhora, rápido. Por favor!

Entrei em casa em silencio e com muito medo. Mary foi direto para a cozinha. Pensei muito se deveria subir para o quarto e encontrar com Charles, resolvi subir. Abri a porta do meu quarto e percebi que o mesmo estava tomando banho, resolvi esperar na cama sentada.

Não demorou muito para que ele saísse do banho enrolado na toalha. Estremeci quando nossos olhos se encontraram. Charles estava mais magro, sua barba estava bem maior e estava com algo estranho em seu olhar.

— Boa noite esposa, tive a triste surpresa de não encontra-la em casa para me receber após tantos dias longe de casa. - ele me surpreendeu, controlando sua expressão por um segundo. Quando falou, sua voz era totalmente fria e controlada.

— Charles, desculpe! Eu não fazia ideia que retornaria hoje. - falei baixo.

— E aonde você estava? - Me lembrei do que Mary me disse.

— Fui a igreja, me confessar e também orar por você, para que retornasse bem dessa guerra. E graças a Deus ele me ouviu - digo olhando pra ele e já me desculpando mentalmente por está mentindo com o nome de Deus.

Ele pareceu não gostar muito do que escutou, mas se contentou com as pequenas informações que descobriu. Ficou aquele silêncio desconfortante entre nós. até que falou:

— Entendi! Deus não te escutou muito, voltei com um ferimento de bala. Estou com dores. - ele me disse um pouco frustado, se virou mostrando seu abdômen.

— Céus, Charles! Esse ferimento está horrível, foi por isso que retornou? - eu disse rápido.

— A guerra chegou ao fim. a Alemanha e os Aliados assassinaram o Armistício de Compiégne. Eu tive sorte, de ir pra guerra já próximo do final. - ele disse se deitando na cama de toalha e fazendo uma cara de dor

— Preciso trocar as ataduras, me ajude! - Fui em sua direção e o ajudei a retirar faixa que cobria seu abdômen... Eu estava extremamente desconfortável mas resolvi disfarçar para não haver brigas.

— Acho que deve se alimentar - eu disse após terminar de ajuda-lo no processo da ferida no abdômen.

— Peça a Mary pra me trazer algo - Assenti e desci as escadas em direção a cozinha, pensando em como as coisas mudaram tão de repente, antes eu só pensava em ir dormir cedo e rápido pra no dia seguinte me encontrar com as crianças, agora estava indo na cozinha pedir para preparar um alimento para Charles porque ele voltou, confesso que isso me deixou bem abalada. Gostaria tanto que ele não voltasse, apesar dele está calmo e ainda não ter feito nada contra mim mas mesmo assim, queria ficar sozinha e viver do jeito que eu estava. Cheguei a cozinha.

— Mary, por favor querida. Leve algo para Charles comer. - Eu disse cabisbaixa.

— Senhora Everson, ele ficou nervoso contigo? - ela disse baixo.

— Por incrível que pareça não, se está nervoso,  está sabendo controlar. - eu disse olhando pra baixo, as atitudes dele eram tão confusas.

— Vá ficar com ele, já subo com o alimento.

— Mary, acho que não vou mais ir visitar as crianças né? - digo baixo e enchendo meus olhos de lagrimas.

— É melhor não senhora, se dedique a ficar com seu marido. Ele voltou de uma guerra e quer ficar contigo, mas não fique triste, faça a suas crianças. - sua fala me encheu de nojo em saber que logo eu teria que entregar meu corpo a ele novamente.

— Vou subir Mary! - voltei pra o quarto e encontrei com Charles deitado me olhando enrolado apenas num lençol.

— Como está se sentindo? - eu o perguntei, antes que ele tivesse chance de falar qualquer coisa.

— Estou bem! - ele sentou-se, enquanto falava e pude ver os sinais de dor em seu rosto, enquanto ele se movia.

— É bom ficar deitado, não se esforce tanto.

— Maldita guerra! - ele resmungou, visivelmente irritando.

— Chegou ao fim Charles! - digo de certo modo tentando conforta-lo, posso imaginar quanta coisa ele deve ter enfrentando nessa guerra.

— Sabe, senti sua falta querida. - Não respondi porque sabia que ele deveria já está pensando várias sujeiras, e eu sabia que logo aconteceria mas graças a Deus não agora com ele machucado assim, mantive meus olhos baixos sem devolver o olhar que sentia que me dava.

— Não sentiu minha falta, querida? - ele me questionou novamente.

— É ... é senti

— Não parece, nem ao menos sorriu ou  me beijou desda minha chegada. - Ele disse sério.

— Eu só fiquei surpresa com sua chegada, desculpe Charles - sorri levemente.

— Conta-me como passou esses meses? - perguntou me olhando de maneira avaliativa e pensei em cada momento maravilhoso que passei longe de Charles.

Minha casa tinha ficado tão mais alegre, com cheiro de bolo de chocolate. Janelas abertas entrando luz do dia. Até consegui fazer um mini jardim. Além claro da minha felicidade em visitar as crianças no orfanato quase todos os dias, brincar com cada uma. Mas infelizmente minha felicidade durou pouco.


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Notas finais do capítulo

Feliz pelos comentários anteriores ♥

Eu espero que tenham gostado, peço por favor que deixem suas opiniões nos comentários, não sejam leitores fantasmas ♥ É importante pra mim, então, por favor, apenas um gostei está bom.

Beijos e até o próximo, gente linda.



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