Tales of Star Wars escrita por Gabi Biggargio


Capítulo 40
Equilíbrio (Obi-Wan)


Notas iniciais do capítulo

Voltei, meus amores ♥

E eu volto hoje com a continuação do conto 38. Eu estava super insegura, mas o Amauri e a Pugamegold fizeram tantos elogios que resolvi atender aos pedidos dos dois o mais rapidamente possível e trazer o............. TREINAMENTO DO OBI-WAN COM O QUI-GON EM TATOOINE.

Aos dois, eu agradeço demais o apoio. Estamos chegando no 40o conto e eu jamais pensei que a fic chegaria tão longe assim. Pra ser sincera, eu nem tinha planos de estender a fic tanto assim hahahaha Muito obrigada por todo o carinho! O capítulo de hoje é dedicado aos dois ♥ Espero muito que gostem e que o capítulo esteja a altura de ser um presente aos dois por todo o apoio que vocês me deram desde o começo dessa jornada. Eu devo ser uma das pessoas mais inseguras do mundo e, por causa disso, essa fanfic NUNCA teria passado do capítulo 10 se não fosse por vocês dois. Obrigada demais!

PS: Para as duas cenas de meditação, eu sugiro lerem com a seguinte trilha sonora. É do episódio 8 e eu escrevi enquanto ouvia porque acho que se encaixa PERFEITAMENTE com as sequências de ações de cada uma das 2 cenas ♥

https://www.youtube.com/watch?v=qVUgEHNSuh0

(eu posso ter uma lista IMENSA de críticas à trilogia sequel, mas eu não nego que eu amo de paixão as trilhas sonoras dela rsrs)



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Respire.

Ele não sabia onde estava. Qual era aquele local da galáxia. Poderia ser absolutamente qualquer lugar. Mas era lindo. Uma imensa floresta com pinheiros cercando um lago calmo que refletia o tom rosa-alaranjado do céu durante o pôr-do-sol, cercado por inúmeras e gigantescas montanhas cujos cumes eram tomados por uma fina camada de neve. Nas margens, as gramíneas balançavam suavemente com o vento, espalhando no ar um aroma suave e nostálgico.

Havia paz. Uma paz inexplicável que apenas o fazia se sentir bem. Bem como não se sentia há muito tempo. Talvez, até como jamais se sentira em toda a sua vida. Era como se, naquele lugar, não existisse Império, stormtroopers ou qualquer outra atrocidade. Havia apenas a Força, em todo o seu esplendor. Terrível e fascinante ao mesmo tempo. Um lugar onde tudo era sempre igual.

Respire.

E havia vida. Abelhas pousando sobre as flores, minhocas que revolviam a terra, frutas que cresciam nos galhos das árvores, ovos de lagartos chocando e pássaros que voavam até seus ninhos para alimentar seus filhotes. Mas também havia morte. Flores secas e pisoteadas por animais, a carcaça de um animal em decomposição e um pequeno roedor que agonizava enquanto o veneno de um predador agia em seu corpo, morrendo lentamente sem nada poder fazer para se salvar. Luz e trevas. Mas, acima de tudo isso (e unindo tudo isso), havia harmonia. Havia equilíbrio.

Agora, olhe para dentro de você.

E ele obedeceu.

Mas, diferentemente do local idílico em que estava, não havia paz. Não havia harmonia. Não havia equilíbrio. Luz e trevas em completa oposição, uma tentando se sobrepor a outra. E isso lhe causava dor. Medo. Insegurança. Não havia nada de pacífico ali. Havia apenas o conflito e todas as suas consequências. Um sentimento de insuficiência que tomava cada centímetro de seu corpo, dizendo-lhe que não era e nem nunca seria capaz. Que sua hora já havia passado e que nada mais havia para ser feito.

Respire.

Então, ele viu.

Era como se estivesse em quatro lugares ao mesmo. Quatro lugares, um para cada direção em que olhava, em cenários completamente opostos. Havia o homem, que duelava contra o dathomiriano ao redor de um fosso metálico, sem que ele pudesse fazer nada para ajudar, separado do combate por uma parede de luz vermelha. Havia a imensidão da sala do trono no palácio, com paredes de vidro, e a mulher loira apunhalada logo à sua frente. Havia um rapaz imolado, caído ao lado de um rio de lava. E havia a moça vestida de branco, cujos gritos durante o parto fariam parte de seus sonhos pelo resto da vida.

E dor. Havia dor. Muita dor...

Concentre-se!

Mas tudo aconteceu tão rápido...

Em poucos instantes, tudo havia mudado. O homem empalado morria em seus braços. A mulher lhe dizia que o amava antes de morrer. O jovem em chamas, a poucos metros de distância, urrava em agonia. E a mulher de branco morria à sua frente, ainda acreditando em uma mentira. E, em tudo isso, havia apenas dor. Havia apenas sofrimento. Uma agonia inexplicável que se manifestava como um nó em sua garganta. O grito de desespero que ele queria gritar, mas não conseguia. As lágrimas que queria chorar, mas nunca escorriam de seus olhos.

Não desconcentre! Respi...

 

— Me desculpe, eu não consigo mais...

Quando voltou a si, Obi-Wan Kenobi sentiu o momento exato em que tocou o solo rochoso de Tattoine, terminando sua meditação e sem saber que, durante todo aquele tempo, estava flutuando. Em seu rosto, era visível que estava consternado. Ao seu lado, a poucos metros de distância, Qui-Gon Jinn reluzia enquanto acariciava um lothcat que dormia em seu colo.

— Concentre-se, Obi-Wan – disse o homem. – Você precisa avançar além disso.

— Não é mais questão de me concentrar, mestre – ele protestou. – Eu só... eu não consigo passar desse ponto... é tanta dor, é tanto sofrimento... eu não quero reviver tudo isso. Eu... eu não consigo...

Pelos traços no rosto de Qui-Gon, era visíveil que estava impaciente. Afinal, ele já havia perdido a conta de quantas vezes aquela mesma discussão já havia acontecido.

Nos primeiros dias de treinamento, Obi-Wan avançara bem. Grandes progressos eram feitos todos os dias e, por um tempo, Qui-Gon acreditava que todo o aprendizado se desenvolveria sem maiores intercorrências. Mas ele sabia que existia um momento em particular que poderia atrasar tudo. Tentou não se preocupar com essa possibilidade, mas a verdade se fez presente quando Obi-Wan passou a precisar confrontar a si mesmo. E, desse ponto, ele não avançava. Há quase cinco dias, estavam parados no mesmo ponto, sem progresso algum.

— Eu imagino como deve ser difícil, Obi-Wan... – Qui-Gon começou, com sua sempre tão calma e sutil.

— Ah, mas você não imagina mesmo! – ele rebateu, impaciente, usando as mãos para se apoiar no chão e levar e, em seguinda, limpando-as em sua túnica. – Quantas vezes você precisou ver alguém que você amava morrer na sua frente sem poder fazer nada?

Envergonhado, Qui-Gonn abaixou os olhos.

— Nenhuma – ele assumiu.

De fato, tentar imaginar o que Obi-Wan havia passado era um exercício inútil de empatia. Jamais conseguiria se colocar em seu lugar, sentir o que ele havia sentido. Mas isso, no entanto, não o impedia de se solidarizar com a dor de seu antigo Padawan.

— Então não me diga que imagina como é – disse Obi-Wan. – Você não faz a menor idéia de como é.

— Não, eu não faço – concordou o Jedi. – Mas eu respeito o que você sente. Mas você, mais do que ninguém, sabe que cada uma dessas situações mexeu com algo dentro de você, não é? Sabe que tudo isso despertou algo em você. Algo que você sempre quis suprimir. Algo que você dizia para si mesmo que não existia, mas, no fundo, sempre soube que estava lá. Uma outra versão de você mesmo que você sempre tentou manter em latência. Ou eu estou errado quanto a isso também?

O silêncio de Obi-Wan foi uma resposta mais precisa que qualquer verbalização que ele pudesse emitir. Em seus olhos, havia apenas a dúvida.

— É esse outro Obi-Wan que você precisa confrontar – continuou Qui-Gon. – Quer você queira ou não, ele faz parte de quem você é. Você precisa assumir isso para si mesmo. Só assim, chegará ao fim de seu treinamento.

— E o que eu vou encontrar no final disso tudo? – ele perguntou. – Mais dor? Mais sofrimento? Porque eu não vou me obrigar a reviver tudo isso por nada. O que eu vou conseguir com tudo isso, mestre? O quê?

Apesar da pergunta, Obi-Wan sabia muito bem qual era a resposta.

— Equilíbrio – Qui-Gon lhe disse. – Mas não o equilíbrio na Força. O equilíbrio dentro de você.

Qui-Gon, agora, estava em pé. Tranquilamente, o lothcat ainda dormia nos braços do Jedi enquanto ele começou a circundar seu aprendiz.

— Nem Jedi, nem Sith – ele quase sussurrava ao redor de Obi-Wan. – Nem luz, nem trevas. Apenas o equilíbrio.

Obi-Wan sabia que Qui-Gon estava certo, mas sabia a dor que teria que enfrentar para chegar a isso.

— Permita-se sentir o que o verdadeiro Obi-Wan sentiu em todas essas situações – continuou Qui-Gon. – Não o Padawan ou o Jedi. Não o que o homem criado pelos Jedi sentiu. Não o que você foi ensinado a sentir. O que o seu verdadeiro eu sentiu. Faça o que você quis fazer, mas não fez. Permita-se sentir tudo isso, mas, acima de tudo, controle esses sentimentos. Assuma para si mesmo quem você é e seja o seu próprio mestre.

Em seu peito, Obi-Wan sentia seu coração disparar. Não queria fazer aquilo... Talvez, até quisesse... Mas não achava que tinha forças para isso. Sem nem sequer estar meditando, o nó voltou a se formar em sua garganta. Ele quis gritar, ele quis chorar.

— Permita-se se sentir vivo de novo – concluiu Qui-Gon.

— E se eu falhar, mestre? – Obi-Wan perguntou. Em sua voz, a insegurança e o medo de um Iniciando. – E se eu não conseguir?

— Então, eu vou estar ao seu lado – Qui-Gon respondeu. – Se você cair, eu caio junto. Você não está sozinho. E eu confio em você.

— Não diga isso – disse Obi-Wan. Sua voz falhava. – Eu não... eu não quero desapontar mais ninguém. Não de novo.

Qui-Gon, vendo o quanto seu aprendiz estava fragilizado naquele momento, aproximou e, com uma mão, tocou o seu ombro. Um toque paternal que transmitia confiança e, ao mesmo tempo, segurança. Uma forma que contato tão próximo que há mais de um ano ele não sentia.

— Você nunca me desapontou – disse o Jedi. – E nunca vai. Agora, sente-se.

Ainda completamente crente de que não conseguiria, Obi-Wan se sentou sobre a pedra, encarando a imensidão do deserto à sua frente. Ele respirou fundo e, enfim, fechou os olhos.

Respire, a voz de Qui-Gon ecoou em sua cabeça, como se estivesse a parsecs de distância.

 

Ele estava de volta ao paraíso perdido nos confins da galáxia. E, novamente, havia paz. Uma paz inexplicável que esvaziava sua mente de todo o sofrimento e toda a dor que experenciara em seu último ano. Como se nada daquilo tivesse existido. Como se tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. E, novamente, havia harmonia. Uma harmonia não encontrada em nenhum outro lugar do universo. Uma harmonia entre a vida que florescia e a vida que terminava. Um elo perfeito que mantinha o equilíbrio. Uma flor que desabrochava em meio ao solo adubado pela carcaça de um animal morto, ainda cercada pelos seus ossos. Vida e morte, ao mesmo tempo.

Agora, encontre o equilíbrio dentro de você.

Mesmo receoso, ele obedeceu.

Retirado desse santuário de paz, Obi-Wan se viu em meio ao conflito. Uma tempestade de sentimentos que o afogava em um oceano de incerteza, sufocando-o. Sentimentos bons e ruins que o consumiam, fazendo cada centímetro de pele se arrepiar. Uma intensidade de sentimentos que ele jamais havia experimentado e que, agora, afloravam em sua carne. Havia paixão, havia fúria. Havia paz, havia inquietação.

E ele estava de volta... De volta ao centro do reator de energia de Naboo, de volta à sala do trono do palácio de Sundari, de volta ao leito do rio de lava em Mustafar e de volta à enfermaria de Polis Massa. Ao mesmo tempo, como se todos aqueles eventos estivessem acontecendo novamente. À sua frente, Darth Maul ainda duelava com Qui-Gon e ainda suspendia Satine Kryze no ar com a Força. Anakin se adiantava sobre o tablado, pronto para saltar. E o primeiro choro que Luke e Leia Skywalker ecoava no ar.

Os instantes que antecediam o caos.

Sinta, Obi-Wan. Sinta!

E ele sentia. Medo, raiva, frustração, impotência... Situações que estavam fora de seu controle e à beira de desfechos catastróficos. Desfechos que ele conhecia, mas não tinha poder algum para interferir. Uma agonia que ele não conseguia reverter.

E, então, aconteceu.

Qui-Gon e Satine apunhalados. Anakin com seus membros decepados. Padmé morrendo após o parto.

Liberte o verdadeiro Obi-Wan.

Nesse momento, todos aqueles sentimentos explodiram dentro dele, transformando-se em algo além do descritível. Como se apenas as duas fizessem parte do universo, e nada mais.

Em Naboo, logo após Darth Maul se voltar para ele, o dathomirano foi suspenso no ar, sendo estrangulado pela Força que emanava das mãos de Obi-Wan, ainda separado dele pela parede de luz vermelha. Em Sundari, Darth Maul também foi levantando no ar, incapaz de respirar enquanto Obi-Wan, ainda observando o corpo sem vida de Satine, fechava seus dedos à distância. Em Mustafar, Obi-Wan se aproximou de seu antigo aprendiz, abaixando-se ao seu lado e o arrastando para longe do leito de lava do rio incandescente ao seu lado. Em Polis Massa, ele depositou a mão sobre o ventre de Padmé, sabendo que aquele poder Jedi milenar cobraria o seu preço, mas o aceitando de boa vontade, mesmo assim.

Em Naboo e em Sundari, era possível ver as marcas deixadas no pescoço de Maul, que agonizava sem respirar, suspenso no ar, marcas como dedos invisíveis. No reator de energia, logo após a parede se desfazer, raios de energia saíram da mão de Obi-Wan, eletrocutando Maul no ar. Em Sundari, Savage Opress e soldados mandolarianos avançaram, inutilmente, contra Obi-Wan para defender seu mestre, apenas para serem igualmente levantados no ar e terem todos os seus ossos partidos quando a Força e a fúria que emanavam de Obi-Wan (que nem mesmo precisava olhar para eles) os contorceu, arremessando-os, mortos, para os lados enquanto todas as imensas janelas da sala do trono se estilhaçavam, com cacos caindo ao chão juntamente com os fragmentos das armaduras de beskar. “Me ajude”, suplicou Anakin, preso entre os braços de Obi-Wan, em meios aos seus gemidos de dor, quase inaudíveis diante das explosões de magma ao redor. Tudo isso, em meio à paz que ele sentia enquanto sua energia fluía de seu corpo para o de Padmé.

Luz...

—Sempre... – sussurrou Obi-Wan para Anakin.

Ele era seu aprendiz. E pouco se importava com as coisas que ele havia feito. Jamais desistiria de Anakin. Seu coração não lhe permitia fazer isso. Jamais teria paz se o fizesse. Porque, apesar de tudo, Obi-Wan se recusava a acreditar que não havia nada de Anakin naquele homem em seus braços. E ele resgataria o pouco de seu antigo amigo que ainda agonizava em meio ao ódio do recém-nascido Darth Vader.

... e trevas.

Envolto em raios, Darth Maul foi arremessado para dentro do foço do reator em Naboo. No ar, ainda era possível sentir o cheiro de sua carne queimada Obi-Wan se abaixou ao lado de seu mestre, agora em seu leito de morte. E havia prazer nisso. Nada daquilo traria Qui-Gon de volta, mas a vingança lhe dava uma sensação de poder e de controle que jamais experimentara. E ele gostou dela.

Vida...

Trazida de volta dos mortos, Padmé abriu os olhos. Aparentemente, confusa. E sem entender porque Obi-Wan, ao seu lado, caia ao chão, desfalecido. Como se tivesse apenas desmaiado. Mas, em meio a isso tudo, havia paz. Um fim por um motivo digno, um fim por um motivo justo. Afinal, viva, Padmé faria mais bem à galáxia do que ele jamais poderia.

... e morte.

Enquanto Maul ainda era sustentado no ar, sem respirar, o piso e as pilastras que sustentavam o palácio de Sundari se partiram, abalando a sua estrutura e fazendo o mundo tremer ao redor deles. Com a mão direita estendida para Maul (e fechando seus dedos em um aperto sufocante de raiva e amargor), Obi-Wan gritou, e lágrimas escorreram de seus olhos. O grito que jamais dera, as lágrimas que jamais derramara. Ambos saindo de seu corpo com uma energia descomunal que fazia o palácio entrar em ressonância, uma força implacável da natureza feita de paixão e fúria e incapaz de ser parada, destruindo tudo em seu caminho.

O último suspiro antes do mergulho para o vazio.

Enfim, as pilastras cederam e o teto ruiu, soterrando Obi-Wan, Maul e o corpo sem vida de Satine em um pandemônio de escombros, fumaça e esquecimento.

 

O ar entrou dentro dos pulmões de Obi-Wan como se ele estivesse a longos minutos sem respirar, entrando em seus pulmões na forma de uma respiração agônica, longa e estridosa. Sob o céu alaranjado do pôr-dos-sóis em Tatooine, Obi-Wan foi retirado de sua meditação, interrompendo o seu flutuar e caindo na pedra suja de areia. Deitado e enfraquecido, Obi-Wan finalmente entendia.

Nem Jedi, nem Sith. Apenas o equilíbrio.

Fisica e mentalmente exausto, fraco demais para conseguir se mover, Obi-Wan apenas sentiu seu lothcat lamber seu rosto antes de, por fim, perder a consciência.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

Vou confessar e dizer que esse foi um dos capítulos que eu mais amei escrever e de longe o que eu mais me emocionei enquanto escrevia. Mas e vocês? Me contem o que acharam!

Ao meu ver, essa idéia tão dualista da Força morreu (em partes) depois da Ordem 66. Digo, todo esse maniqueísmo era o que movia a guerra entre siths e jedi. Eu imagino (ou, pelo menos, quero imaginar) que os jedi sobreviventes da ordem 66, apesar de ainda confiarem nos ensinamentos jedi refletiram melhor sobre as posturas que tomavam, tudo com o objetivo de chegar ao equilíbrio. Não que isso os afastasse dos caminhos jedi, mas ao menos fazia com que eles olhassem pra esses ensinamentos com um olhar mais crítico, sabe...

E foi mais ou menos isso que eu quis passar nesse conto, com o Obi-Wan dando voz aos seus sentimentos, por mais extremos que eles possam ser, mas ao mesmo tempo compreendendo que eles fazem parte dele, independente de ser um sentimento valorizados pelos jedi ou pelos sith. Fazem parte dele e ele não precisa ter vergonha disso, mas sim aprender a controlar isso. Não sei se ficou claro assim, mas foi o que tentei hahahahaha

Só pra terminar, a idéia de escrever esse conto assim veio de quando o Yoda passou por esse treinamento, lá na 6a temporada de clone wars, em que ele tem que enfrentar a versão dele mesmo no lado sombrio e ele só consegue fazer isso quando entende que ele nunca venceu aquele Yoda e nem nunca vai vencer. Bem, enfim, falei demais hoje hahahaha Vou deixar vocês em paz.

Beijinhos e até o próximo ♥



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