O príncipe babaca e a florista iluminada escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 4
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Eliza descobre algumas coisas sobre seus antigos namorados kkkkkkk



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POV Eliza

Quando Arthur abriu a porta, pude ver claramente que ele ficou surpreso ao me ver, aparentemente ele não sabia que eu viria para o jantar. Ficamos alguns segundos nos encarando até que ele falou:

—Eliza eu não sabia que você era a amiga que Jojo disse que viria jantar conosco, faz muito tempo que você voltou?

—Apenas alguns dias, Max e Adele fizeram uma festa de boas vindas, vocês não apareceram, senti falta de vocês lá. - admiti ficando levemente corada.

Depois que disse isso ficamos mais alguns segundos nos encarando, até que ele me convidou para entrar, e quando passei pela porta, notei que Arthur quis fazer algo, mas ele parecia meio desconcertado com a minha presença inesperada ali.

—Ninguém nessa casa vai vir me dar um abraço, passei dois anos longe e acho que não sentiram minha falta.

Depois de abraçar Cida e Jojo, olhei para Arthur e esperei que ele viesse me abraçar também, quando ele me puxou e passou os braços ao redor, me senti segura e em casa, o carinho que ele fez no meu cabelo, me levou muito tempo atrás em várias outras ocasiões que ele me consolou, me motivou, essa sensação tinha sabor de saudade, era bom.

Depois de alguns segundos, Cida pigarreou e nos tirou da nossa bolha, fiquei meio sem jeito, porém logo passou e fomos para mesa prontos para jantar.

Passamos horas conversando sobre minha estada na Europa, falei sobre os lugares em que estive, as pessoas que conheci (evitei contar sobre meus relacionamentos, achei que não tinha necessidade de dividir isso com eles), descobri também que Arthur e Jojo tinha passado um mês velejando, tinham ido até o Caribe.

Quando percebemos já passava da meia noite, Jojo e Cida já tinham ido dormir fazia algum tempo, e nós estávamos no sofá tomando uma champagne e conversando, até que Arthur levantou e me fez um convite.

—Me concede uma última dança, para encerramos esta noite maravilhosa? - ele levantou e colocou uma música suave para tocar e me estendeu a mão.

Um pouco receosa aceitei a mão estendi e então ele me puxou, passou um braço ao redor da minha cintura e a outra mão foi para meus cabelos, passei os dois braços ao redor do seu pescoço e foi como se voltasse quase três anos atrás, quando dançamos pela primeira vez, depois do fiasco na prova de comportamento.

—Lembra a primeira vez que dançamos, você estava me consolando por causa do meu vexame da prova? 

—Seu não, do teu carrapato, você estava tão assustada, tão frágil, mas eu ainda conseguia ver a mulher forte e poderosa dentro de você, no fim provasse a todos que eu tinha razão, você tinha todas as qualidades necessárias para ser a garota totalmente demais.

—Para Arthur, assim você me deixa sem jeito - falei enquanto ele me rodopiava uma, depois duas vezes, para então me puxar com um pouco mais de força, nos deixando bem próximos, para então colocar a mão no meu rosto antes de me dizer.

—Apenas digo verdades e vou ter que pegar emprestada uma frase com Oscar Wilde que acho que te define perfeitamente “O futuro pertence aos requintados. Os charmosos dominarão o mundo”, você já começou o processo para dominar o mundo Eliza.

Encostei a cabeça no seu ombro, tinha sentido mais falta disso, do que tinha ousado admitir, esses momentos com Arthur sempre serviram para me mostrar o quanto eu era capaz.

—Sabe vou admitir isso apenas uma vez, e longe de todos para que você não tenha testemunhas, senti saudades dessas coisas bonitas que você fala pra mim.

—Eu causo esse efeito nas mulheres, infelizmente é algo que não posso controlar.

—Mais é um chato convencido, você não muda né?

—Sabe vou admitir isso apenas uma vez e porque não tem ninguém por perto, senti saudades de você me xingando, essa casa ficou bem sem graça quando você foi embora definitivamente.

Quando a música terminou ficamos nos encarando por alguns segundos, meu coração estava acelerado, então antes que as coisas ficassem confusas novamente, me afastei e comecei a pegar minhas coisas para ir embora, afinal já estava tarde e provavelmente minha mãe estaria preocupada.

—Acho melhor eu ir embora Arthur, já está tarde, e não quero te causar problemas com a Carolina – falei de repente lembrando que a algum tempo tinha lido em um site de fofocas que os dois estavam juntos.

—Espera Eliza, você não vai me causar problema nenhum, eu e a Carol terminamos faz algum tempo, não foi de uma forma muito bonita, mais isso é história para uma outra noite, pelo menos me deixa de levar em casa, sabe o Rio continua um lugar muito perigoso, ainda mais para uma bela mulher sozinha.

—Sempre um cavalheiro né Arthur - disse quando ele parou ao meu lado com um braço estendido.

Pouco depois paramos em frente ao Flor do Lácio, descemos do carro e ele me acompanhou até o portão, então me deu um beijo no rosto e disse que tinha adorado a noite, e que esperava repetir, esperei ele ir embora para entrar em casa. Ao abrir a porta me sentei no sofá e deixei escapar um sorriso bobo pela noite maravilhosa que tinha tido.

Na manhã seguinte meu celular tocou cedo, era o número da Excalibur, o que será que eles poderiam querer essa hora, sentei na cama, terminei de acordar e me espreguicei, antes de atender.

—Bom dia ruivinha linda do meu coração, preciso que você venha até a agência, adivinha Brasil, uma das marcas mais top’s de lingeries do mercado, quer seu rostinho e seu corpinho posando para a próxima campanha deles.

—Sério Max, daqui um pouco estou aí, e você me explica melhor os detalhes.

Desliguei logo depois, e fui tomar um banho pra me arrumar para ir para agência, tinha ficado animada com essa campanha, era a primeira que faria no Brasil desde que tinha ganhado o concurso, aproveitaria também para distribuir os mimos que tinha comprados pro pessoal da agência.

Eliza passou pela cozinha e pegou apenas uma fruta, não queria se demorar muito.

—Mãe estou indo lá na Excalibur, volto para almoçar em casa e a tarde te ajudar no Flor. 

—Eliza, filha, nem te vi voltar ontem, e já vai lá ver o Arthur de novo, olha lá.

—Para de ver coisas onde não tem nada, ontem voltei tarde mesmo, mas foi por que ficamos conversando, e agora estou indo encontrar o Max pra assinar um contrato.

—Ta bom minha filha, mais tenha juízo – dei um abraço nela, peguei minha bolsa, as sacolas de presentes e saí, já chamando um táxi.

Estava distraída mexendo no celular, tanto que não notei a aproximação do casal que vinha em minha direção, não até eles falarem comigo pelo menos.

—Eliza, é você mesmo? – reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

—Jonatas? – disse levantando o rosto para vê-lo abraçado com a Leila, confesso que foi uma cena que me chocou pouco, sabia que a patricinha era apaixonada por ele, provavelmente quando ele retornou ela o procurou.

—Você voltou faz muito tempo? – ela questionou.

—Não Leila, faz poucos dias, estava indo para agencia, assinar um novo contrato – nisso meu táxi encostou – inclusive minha carona acabou de chegar, parabéns por estarem juntos, espero que estejam feliz, agora preciso que vocês me deem licença.

Dito isso dei as costas aos dois e entrei no táxi, parece que algumas coisas não mudam não importa quanto tempo passe, alguns sentimentos aparentemente também não, só não sabia bem ao certo o que isso significava para mim.


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